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CIRO E CID GOMES ESTÃO BOLSONARIANO , BOMBA NA POLITICA NACIONAL.
CIRO PODERÁ SER O CANDIDATO DE BOLSOPNARO NA PROXIMA ELEIÇÃO 2022.
Cid quer ser mais o conciliador e menos o dos arroubos
O senador eleito Cid Gomes (PDT) começa a buscar protagonismo na
cena de Brasília. Vai adotando o estilo da trajetória como governador do
Ceará, mais que a marca dos episódios que deram a ele visibilidade
nacional: os confrontos com Eduardo Cunha, na Câmara, e com petistas, em
ato de apoio a Fernando Haddad (PT). Na entrevista publicada nesta
segunda-feira, 19, pelo Estado de S.Paulo, ele busca não ser o Cid dos
arroubos, dos bate-bocas, mas da conciliação. Embora, às vezes, venha a
explosão. O DNA Ferreira Gomes pesa.
Cid não fecha
portas, nem a Jair Bolsonaro (PSL) nem ao PT. Porém, o curioso na
entrevista é que ele parece ter mais boa vontade com Bolsonaro que com o
PT. Mais aberto a se entender pontualmente com o governo que a montar
bloco opositor com os petistas. Para o PT ele coloca condições.
Sobre
Bolsonaro: "(...) se aquilo que a gente entende como melhor para o País
vier como proposta do governo, terá nosso pronto apoio. E naquilo que a
gente não concordar vamos procurar discordar construtivamente
oferecendo alternativas e não simplesmente a velha tradição da oposição
brasileira, quer seja PT ou PSDB, de apostar no quanto pior melhor".
Sobre
o PT: "Se o PT amadurecer e achar que é razoável sair da posição que
lhe é histórica de fazer oposição sistemática, tudo bem, nada a opor". E
mais: "Desde que faça uma revisão, um mea-culpa do seu posicionamento
histórico, que é de fazer oposição sistemática quando não são eles o
governo".
Em ambos os casos, Cid deixa a porta aberta.
Mas, ela me pareceu mais disponível e convidativa a Bolsonaro que ao
partido de Lula. Com o PT, deixa a brecha, se o partido quiser e se
topar rever posições. Volta a cobrar mea-culpa. Com Bolsonaro, a
iniciativa de colaborar parte de Cid. Sintomático.
Futuro chanceler faz ameaça e anuncia "caça às bruxas"
O
futuro chanceler Ernesto Fraga Araújo foi à sua movimentada conta no
Twitter responder ao ex-chanceler durante os anos Lula, Celso Amorim. O
ex-ministro disse, em declaração ao jornal O Globo, que a política
"antiglobalista" de Araújo se assemelha a "volta à Idade Média". Araújo
respondeu com o fígado:
"Não entendi se é crítica ou
elogio, mas informo que não retornaremos à Idade Média, pois temos muito
a fazer por aqui, a começar por um exame minucioso da 'política externa
ativa e altiva' em busca de possíveis falcatruas". "Política externa
ativa e altiva" era como Amorim defendia sua política externa.
A
fala do futuro ministro é grave. Por que analisar eventuais falcatruas
do período Amorim? Se Araújo diz que irá analisar os atos do antecessor
imediato, ou de todos da década passada para cá, tudo bem. Ocorre que o
ex-ministro das Relações Exteriores deixou o Itamaraty na década
passada. Desde que ele saiu, sete ministros passaram pela função, entre
titulares e interinos.
Só vejo duas hipóteses: 1) retaliação pela crítica; 2) perseguição ideológica. Ambas absurdas.
Admira,
sobretudo, que o futuro ministro aponte como ação para começar sua
gestão auditar atos de quem passou pelo cargo na década passada e está
fora da função há oito anos.
Onde o Mais Médicos fracassou
Na
última coluna, prometi tratar hoje de um dos fracassos do Mais Médicos,
após cinco anos do programa. Ele era, realmente, para ser emergencial. E
a promessa era de outras medidas, como abertura de cursos de Medicina e
mudanças na formação. Havia também ideias como a criação de uma
carreira de Estado para médicos, mais ou menos nos moldes da Justiça:
quando passasse em concurso, o profissional iria necessariamente para um
município menor, sendo posteriormente promovido, até chegar às
capitais. O que quer que tenha sido feito pouco atenuou o problema em
cinco anos. A resposta emergencial continua premente. Fracasso que os
governos Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB) acumulam, para não
falar dos que os antecederam e deixaram a situação chegar aonde está.
Em campanha, pouco Bolsonaro falou em saúde. Dá solução a esse problema é outra demanda para ele
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