segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

FRAGMENTO DO CAP 100 DA MAIOR OBRA SOBRE OS NEGROS AMERICANOS- NEGRAS RAÍZES DE ALEX HALEY



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O AUTOR- ALEX HALEY

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                                             TODO MUNDO DEVERIA LER ESTA OBRA


                          

FRAGMENTO DO CAP 100 DA MAIOR OBRA SOBRE OS NEGROS AMERICANOS- NEGRAS RAÍZES
DE
ALEX HALEY
......
"E todas as noites, ao que consigo recordar-me, a menos que ouvisse alguma notícia local, elas falavam sobre as mesmas coisas. Só mais tarde é que eu viria  saber que era a longa e acumulada história da família, transmitida de geração para geração.
Era essa conversa que gerava os únicos atritos que me lembro de ter visto surgir entre mamãe e vovó. Vovó, às vezes, se punha a falar sobre o assunto, mesmo quando as mulheres mais velhas, suas convidadas do verão, não estavam presentes.
Não demorava muito para que mamãe dissesse rispidamente algo assim:
— Ora, Mamãe, eu gostaria que você parasse com toda essa bobagem ultrapassada do tempo da escravidão. É muito embaraçoso. 
Ao que vovó reagia prontamente:
 
— Se você não se importa quem é e de onde veio, eu me importo!
E as duas podiam passar um dia inteiro sem se falarem, às vezes mais.
Seja como for, fiquei com a impressão inicial de que aquela conversa entre vovó e as outras mulheres de cabelos brancos, o que quer que fosse, era algo que remontava a um passado distante. Quando uma delas recordava algo da infância, apontava para mim e
dizia:
— Eu não era maior do que esse menino!
A noção de que uma pessoa tão velha e encarquilhada pudesse ter sido da minha
idade era algo que escapava-me à compreensão. Mas foi isso que me fez pensar que as coisas de que elas falavam eram muito antigas.
Sendo apenas um menino, eu não podia entender boa parte do que elas falavam. Não sabia o que era um “massa” ou uma “missis”, não entendia o que era uma “plantação”, embora julgasse tratar-se de algo parecido com uma fazenda. Mas, aos poucos, de ouvir as histórias todos os verões, comecei a reconhecer nomes frequentemente repetidos e a lembrar de coisas que haviam sido ditas a respeito de tais pessoas. A pessoa mais antiga de quem falavam era um homem a quem davam o nome de “Africano”, que fora trazido para
aquele país por um navio e desembarcado num lugar chamado “Naplis”.
Elas contavam também que ele fora comprado por um “Massa John Waller”, que tinha uma plantação num lugar chamado “Condado de Spotsylvania, Virgínia”.
Contavam como o Africano tentara fugir diversas vezes.
Na quarta tentativa, tivera o infortúnio de ser capturado por dois brancos caçadores profissionais de escravos, os quais aparentemente haviam decidido fazer dele um exemplo.
Haviam dado ao Africano a opção de ser castrado ou ter o pé cortado.
E, “graças a Jesus ou não estaríamos hoje aqui contando a história, o Africano preferira o pé. Eu não podia entender como homens brancos eram capazes de fazer uma coisa tão terrível.
A vida desse Africano, contavam as mulheres, fora salva pelo irmão do Massa John, um Dr. William Waller.
Ele ficara tão furioso com a mutilação desnecessária que comprara o Africano para trabalharem sua própria plantação. Embora o Africano estivesse aleijado, podia sempre trabalhar em alguma coisa e fora cuidar do jardim e da horta. Fora por isso que o Africano fora mantido na mesma plantação por tanto tempo, numa época em que os escravos especialmente os homens, eram vendidos com tanta frequência que a maioria das crianças escravas não tinha a menor ideia de quem eram seus pais.
Vovó e as outras diziam que os africanos que desembarcavam dos navios negreiros recebiam nomes novos, dados por seus massas. No caso particular do Africano, fora-lh dado nome de “Toby”. Mas elas diziam que, sempre que algum outro escravo chamava-o assim, ele reagia imediatamente, declarando que seu nome era “Kinty”.
Capengando de um lado para outro, cuidando do jardim e da horta, depois tornandose o cocheiro do massa, “Toby”
— ou “Kintay” — terminara conhecendo e casando-se com uma escrava, a qual vovó e as outras mulheres chamavam de “Bell, a cozinheira da casa grande”. Haviam tido um filha, a quem deram o nome de “Kizzy”. Quando ela tinha quatro para cinco anos, o pai Africano começara a levá-la a passear, sempre que tinha uma oportunidade.
Apontava-lhe diversas coisas e repetia os nomes em sua língua nativa. Ele apontava, por exemplo, para uma guitarra e dizia algo que se parecia com “ko”. Ou então apontav para o rio que corria perto da plantação, o Rio Mattaponi, e dizia algo que soava como “Kamby Bolongo”. E falava ainda muitas e muitas outras coisas.
A medida que Kizzy foi crescendo, o pai Africano havia aprendido inglês um pouco melhor, passando a contar-lhe histórias a respeito de si mesmo, de sua gente, de sua terra e como fora roubado de lá. Ele dissera que estava na floresta, não muito longe de sua aldeia, cortando madeira para fazer um tambor, quando fora surpreendido por quatro homens subjugado e levado para a escravidão.
Quando Kizzy tinha 16 anos, contaram vovó Palmer e as outras mulheres da família Murray, fora vendida para um novo massa, Tom Lea, que possuía uma pequena plantaçã na Carolina do Norte. E fora nessa plantação que Kizzy tivera um filho, cujo pai era Tom Lea, que dera ao menino o nome de George.
Quando George tinha quatro ou cinco anos, a mãe começara a contar-lhes as histórias e as palavras que ouvira do Africano, até que ele as conhecesse profundamente. Quando George tinha 12 anos, fora entregue a um certo Tio Mingo, contavam as mulheres na varanda. Era esse Tio Mingo quem cuidava dos galos de briga do massa, e George tornara-se o ajudante dele. Ainda adolescente, George conquistara tamanha reputação entre os aficionados de brigas de galo que ganhara o apelido que levara para o túmulo:
“Chicken George”.
Quando tinha 18 anos, George conhecera e casara-se com uma moça escrava
chamada Matilda, que acabara lhe dando oito filhos.
A cada criança que nascia, diziam vovó e as outras, Chicken George reunia a família em sua cabana de escravo, contando novamente a história de seu avô Africano chamado “Kintay”, que chamava uma guitarra de “ko”, um rio na Virgínia de “Kamby Bolongo” e outros nomes estranhos, que dissera estar cortando madeira para fazer um tambor quando fora capturado e reduzido à escravidão.
As oito crianças cresceram, casaram-se, tiveram seus próprios filhos. O quarto filho, Tom, era um ferreiro quando fora vendido com o resto da família para um “Massa Murray”, que possuía uma plantação de tabaco no Condado de Alamance, Carolina do Norte. Lá, Tom conhecera e casara-se com uma moça escrava que era meio índia, chamada Irene, qu vinha de uma plantação de um certo “Massa Holt”, que tinha também uma fábrica de
algodão. Irene tivera também oito filhos. A cada criança que nascia, Tom mantinha atradição do pai, Chicken George, reunindo a família e contando a história do Africano e de seus descendentes.
Desse segundo grupo de oito filhos, a caçula era uma menina chamada Cynthia. Ela tinha apenas dois anos, quando o pai, Tom, e o avô, Chicken George, haviam liderado uma caravana de carroções de escravos recentemente libertados a caminho do Oeste, até Henning, Tennessee. E fora lá que, aos 22 anos de idade, Cynthia conhecera e se casara com Will Palmer.
Quando eu estava profundamente imerso a escutar as histórias dessas pessoas
misteriosas que tinham vivido há muito tempo e em lugares distantes, a longa narrativa finalmente chegava a Cynthia… e eu me empertigava, espantado, olhando para vovó!  olhava também, aturdido, para Tia Viney, Tia Matilda, Tia Liz, que eram irmãs mais velhas de vovó e tinham viajado também no tal carroção.
Continuei com vovó em Henning até depois que dois irmãos nasceram, George em
1925 e Julius em 1929. Papai vendeu a serraria para vovó e tornou-se professor de
Agricultura. Vivíamos onde quer que ele ensinasse. O período mais longo foi no A&M College, em Normal, Alabama. Certa manhã, quando eu estava na escola, recebi um recado para ir correndo para casa. Ao chegar, ouvi os soluços desesperados de Papai.
Mamãe, que volta e meia estava doente desde que partíramos de Henning, estava
estendida na cama, morta. Corria o ano de 1931.Ela tinha 36 anos.
Todos os verões, George, Julius e eu íamos para Henning, ficar com vovó. Era evidente que algo nela desaparecera, depois que vovô e mamãe tinham morrido. As pessoas que passavam pela rua sempre a cumprimentavam.
— Irmã Cynthy, como é que tem passado?
— Apenas passando…
Dois anos depois, papai casou-se novamente, com uma colega professora, Zeona
Hatcher, de Columbus, Ohio, onde ela conseguira fazer o mestrado, na Universidade Estadual de Ohio. Ela se encarregou’ de cuidar e criar três meninos que cresciam depressa e ainda nos deu uma irmã, Lois.
Eu tinha acabado o segundo grau e me alistado na Guarda Costeira dos Estados
Unidos, aos 17 anos, quando a segunda Grande Guerra começou. No meu navio de transporte de munição, cruzando o Pacífico Sudoeste, encontrei a longa estrada que me levou a escrever NEGRAS RAÍZES.

ESCUTEM A AFRICANA  MORIAM MAKEBA EM MALAIKA.

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25 de ago de 2011 - Vídeo enviado por AfriHound Woof
Zenzile Miriam Makeba was born in Johannesburg in 1932. Her mother was a Swazi sangoma (traditional ...


Miriam Makeba - Khawuleza 1966 - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=V74f9eIi9c0
3 de set de 2006 - Vídeo enviado por RaynerJM
South African singer and political activist Miriam Makeba sings Khawuleza on a Swedish TV show from 1966 ...

Miriam Makeba - Mas Que Nada - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=oztzZu5zPzs
28 de ago de 2010 - Vídeo enviado por SoRollingStoned
Sorprendente versión. Miriam era sudafricana y el gobierno facista del momento le quitó la nacionalidad por ...

Miriam Makeba - Oxgam - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=CdUEjpcKJ1E
22 de jul de 2011 - Vídeo enviado por sfdungeon
Miriam Makeba (4 March 1932 -- 10 November 2008) one helluva lady... 100% dedicated to her craft, all the ...

Miriam Makeba - The Sound of Africa - 60 Original Recordings (Not ...

https://www.youtube.com/watch?v=bZfADtpNzpo
20 de mar de 2015 - Vídeo enviado por finetunesTV
Miriam Makeba - The Sound of Africa - 60 Original Recordings Released 2013-12-27 on Not Now Music 1 ...

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