PATATIVA DO ASSARÉ- MAROCA- UMA PARTE DA POESIA- O PAXADOR DE RODAS - DO PATATIVA DO ASSARÉ.
O Patativa do Assaré em 1932 vaticinando a morte do Sertão, das Serras e da Agricultura no Nordeste, descreve o caminho a ser seguido pelo homem do campo expulso pela chegada do MOTOR, relata que esta engenhoca será o responsável pelo êxodo rural e pela desagregação da pacata família e a vida rural nos sertões do Nordeste, acabará com as farinhadas, com a limpa das roças, com a colheita do milho, da cana, com o batimento do feijão, com a aberturas de estradas, com a cavação dos barreiros, com o transporte das mercadorias.
Diz o poeta que o motor matará a vida, o amor, as tradições e o aconchego entre o povo da região, o progresso é bom, porém, covarde e traiçoeiro.
O Motor aumentará o sofrimento do povo nas grandes metrópoles e será um dos maiores concentradores de riquezas nas mãos de poucos.
O Patativa era um gênio.
Nesta sociológica poesia , o Poeta descreve o lamento de um Trabalhador
Rural ( O PUXADOR DE RODAS), que cantava, namorava, gritava e trazia
alegria nas grandes farinhadas, eu participei desta peleja, já fui
forneiro, tangedor de jegue, arrancador de mandioca, carregador de
lenha, ensacador de farinha, prenseiro e puxador de rodas, só não fui
lavador de goma, era tarefa puramente feminina.
O Patativa fala do desemprego no campo , da beleza da mulher do sertão, da força do homem rude. Mostro aos amigos duas estrofes nas quais o poeta fala da mulher Cearense.
O Patativa fala do desemprego no campo , da beleza da mulher do sertão, da força do homem rude. Mostro aos amigos duas estrofes nas quais o poeta fala da mulher Cearense.
Maroca era o nome dela( representa a cabocla trabalhadeira), uma cabocla
bonita e trabalhadeira, mulher forte que deixa o sertão e vai à procura de
novos horizontes nas senzalas nas grandes metrópoles, nas casas de famílias e nas casas de
cômodos por este Brasil afora.
Brevemente publicarei na íntegra esta grande obra do meu amigo Antônio Gonçalves- O Patativa do Assaré.
Iderval Reginaldo TenórioBrevemente publicarei na íntegra esta grande obra do meu amigo Antônio Gonçalves- O Patativa do Assaré.
O PUXADOR DE RODAS
Patativa do Assaré
A CABOCLA DO SERTÃO
Seu moço, eu peço perdão,
Não tenha raiva de mim,
Mas a civilização
Faz coisa que eu acho ruim;
Os engenhêro mecano,
Francês, Inglês ,mericano,
Se larga de seus coidados
E faz certo objetos
Pra buli com quem táquéto
No seu canto, sossegado.
Sei que o senhor não conhece
E também não advinha
O ilugio que merece
Uma casa de farinha;
Pois seu dotô tem vivido
Na capitá, invorvido
Na política danada,
Discuçando na sembréia,
Não pode t boa idéia
Do que é uma farinhada.
Pois bem, um aviamento,
Quando pega a trabaiá,
è o mió divertimento
Que se pode maginá,
É a maió distração,
Tudo ali é união,
Prazê ,alegria e paz,
Só se conveça em amô,
Pois todos trabaiadô
É sempre moça e rapaz.
O puxado não tem móca
É tratado com amô,
Rapadêra de mandioca
É doida por puxado!
As vez inté eu pensava
Que o meu coração virava
Mandioca e macachêra,
E as raiz era cevada
Por as tariscas amoladas
Dos óio das rapadêra.
Seu moço, eu peço perdão,
Não tenha raiva de mim,
Mas a civilização
Faz coisa que eu acho ruim;
Os engenhêro mecano,
Francês, Inglês ,mericano,
Se larga de seus coidados
E faz certo objetos
Pra buli com quem táquéto
No seu canto, sossegado.
Sei que o senhor não conhece
E também não advinha
O ilugio que merece
Uma casa de farinha;
Pois seu dotô tem vivido
Na capitá, invorvido
Na política danada,
Discuçando na sembréia,
Não pode t boa idéia
Do que é uma farinhada.
Pois bem, um aviamento,
Quando pega a trabaiá,
è o mió divertimento
Que se pode maginá,
É a maió distração,
Tudo ali é união,
Prazê ,alegria e paz,
Só se conveça em amô,
Pois todos trabaiadô
É sempre moça e rapaz.
O puxado não tem móca
É tratado com amô,
Rapadêra de mandioca
É doida por puxado!
As vez inté eu pensava
Que o meu coração virava
Mandioca e macachêra,
E as raiz era cevada
Por as tariscas amoladas
Dos óio das rapadêra.
................
Além de trabaiadêra,
Tinha o caboge tombém
Dessas moça feiticeira
Que todo mundo qué bem;
Era uma dessa serra
Que a fidarga praciana
Nos traço não arremeda,
Aquele anjinho composto,
Se era bem feito derosto,
De corpo diazia__Arreda.
Quem tivesse reparando
Nessa franga de muié,
O corpo se balançando
No compasso do quicé,
Via nos lugá dos peito,
Dois catombinho bem feito,
Ficando assim parecido
Com dois pombinho fromoso,
Com seus biquinhos teimoso
Querendo furá o vestido.
................
Comprem do Patativa do Assare.
Cante Lá que Eu Canto Cá.
O Puxadô de Rodas-Página 340,Edição 8a-
Editora Vozes
Todos os Brasileiros deveriam possuir em casa esta relíquia do Poeta Cearense.
Vaca Estrela e Boi Fubá - Fagner - YouTube
www.youtube.com/watch?v=tvzzNyQhGow
26 de fev de 2009 - Vídeo enviado por Angelo Santedicola
Música de Patativa do Assaré, retirada do Disco de 1980 "Eternas Ondas" de Raimundo Fagner...Vaca Estrela e Boi Fubá, por Rolando Boldrin - Sr. Brasil ...
www.youtube.com/watch?v=Ay-59Ttwg7c
3 de jan de 2014 - Vídeo enviado por Sr. Brasil
Rolando Boldrin canta "Vaca Estrela e Boi Fubá" (Patativa do Assaré). Músicos acompanhantes ...Vaca Estrela e Boi Fubá - YouTube
www.youtube.com/watch?v=2Fq6hFF8SMc
17 de mar de 2012 - Vídeo enviado por apfrezende G
Música Vaca Estrela e Boi Fubá de Patativa do Assaré com Luiz Gonzaga.
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