quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

OS ANIMAIS DOMÉSTICOS E AS ZOONOSES

ESTE ARTIGO MOSTRA A IMPORTÂNCIA DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS NAS VIDAS DAS PESSOAS ,MOSTRA TAMBÉM O RISCO E A VARIEDADE DE DOENÇAS QUE OS MESMOS TRAZEM NA SUA EXISTENCIA E FAZ UM ALERTA PARA A GRANDE QUANTIDADE DE  DEJETOS JOGADOS NAS RUAS SENDO SEM DÚVIDAS UM GRANDE PROBLEMA P ARA A SAÚDE PÚBLICA .
DA MESMA MANEIRA QUE  OS ANIMAIS SÃO DE SUMA IMPORTÂNCIA PARA O HOMEM ,TORNA-SE DE SUMA IMPORTÂNCIA TAMBÉM  O DESCARTE DE SEUS DEJETOS.     

CITAREI AS SETE PRINCIPAIS DOENÇAS CANINAS.

As sete principais doenças caninas
         Há sete doenças caninas comuns e potencialmente fatais contra as quais você deve proteger seu cão com vacinas regulares: tosse canina, coronavírus, cinomose, hepatite infecciosa canina, leptospirose, parvovirose e, a mais terrível de todas, a raiva.

         
VIAS DE TRANSMISSÃO
    A transmissão das zoonoses pode ocorrer através das seguintes vias:
    1 ) TRANSMISSÃO DIRETA: Um hospedeiro vertebrado infectado transmite o parasita a outro hospedeiro vertebrado suscetível através do contato direto. Ex.: a raiva, brucelose, carbúnculo hemático, sarnas, microsporidioses, tricofitoses.
    2) TRANSMISSÃO INDIRETA: Pode ocorrer através de diferentes vias:
    2.1 ) Alimentos - Ex.: leptospirose, botulismo, carbúnculo hemático, brucelose, tuberculose, salmoneloses, teníases, triquinelose.
    2.2) Secreções - Ex.: Raiva, brucelose.
    2.3) Vômitos - Ex.: leptospirose, peste, sarna, brucelose.
    2.4) Artrópodes - Ex.: febre amarela, encefalomielite equina, tifo e peste
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                                                    Iderval Reginaldo Tenório


                Animais Domésticos: Zoonoses  e /ou   Terapias?

                       Diversos são os estudos a respeito da melhora da qualidade de vida  e de como é boa a convivência com animais domésticos  principalmente para as crianças, para os idosos, os solitários e alguns portadores de doenças com debilidade neurológica ou mental.

                   Comprovado também que o homem é um ser social e  procura em algum setor a liderança. Não é à toa que o homem, independente  da classe social  procura um ser para comandar, seja do ponto de vista financeiro ou intelectual ,seja na família, na sua  ocupação ou na  sua comunidade.  Exemplo maior é o desejo milenar de possuir um ser vivo eternamente amigo e submisso, que seja comandado em todas as circunstâncias e mesmo que maltratado ou passe fome não arrede o pé da submissão, veja como os que ocupam as mais baixas camadas sociais se preocupam em possuir um cão amigo, cão este sem pedigree, sem saúde, sem teto, sem comida, mas acima de tudo fiel, acima de tudo amigo e obediente.
                 Aquele homem não manda em nada, aquele homem nada possui, aquele homem é acima de tudo um abandonado, porém o seu cão continua aos seus pés, obediente e em contínua lambição, lambe os pés, os dedos, a boca, a pele, lambe o homem, esta é a função milenar do verdadeiro subserviente, motivo mais do que suficiente para que o homem se sinta contemplado.

                   O que dizer dos que vivem solitariamente nas grandes mansões, nos casebres, nas ruas, famílias pequenas, filhos sem pais, pais sem filhos, famílias sem crianças, sem netos, sem bisnetos, sem amigos e muitos  com sobra do vil metal.  

                  Substituindo o humano por animais domésticos, estes animais passam a ser o melhor achado para companhia, o homem conversa com os animais como se estes fossem humanos, partem para verdadeiros bate-papos e os tratam como humanos, dão todas as características, oferecem confortos, problemas  psíquicos, orgânicos como  também de relacionamentos, levando a estes animais os mesmos trajetos que passam os humanos como: obesidade, psicoses, depressões e uma infinidade de doenças da modernidade, tudo pelo poder sobre aquele subserviente, obediente, amigo e dedicado animal.

               Tempos atrás a população era rural e abrigava todas as espécies no mesmo espaço, as paredes eram imaginárias e o teto era o céu, os animais domésticos faziam parte da rotina, na caça, no transporte, no trabalho, na segurança, no entretenimento e em todas as suas atividades. O Homem foi se civilizando e para a sobrevivência foi se agrupando em comunidades gerando as grandes aglomerações hoje chamadas de cidades. Nestes aglomerados  um grupo manteve  o perfil do sonho do comando, sentiu a necessidade de continuar o sonho da liderança, para a solução nada mais justo do que continuar o relacionamento com os animais domésticos, muitas das  suas funções ficaram obsoletas  e foram substituídas por outras como entretenimento, companhia para afastar a solidão e fundo terapêutico.

             Com este preâmbulo volto aos animais domésticos  principalmente ao cão. Levantamento efetuado nas grandes  metrópoles mostrou que para cada 10 humanos existe em média 01 animal doméstico  o que corresponde a 10%. Para uma população de 1,0 milhão de habitantes são 100 mil animais, muitos soltos nas artérias e logradouros das cidades. Cada espécie animal é portadora de características peculiares, para se manter viva obedece a  determinados parâmetros, cada uma tem uma função bem definida e nada impede que as espécies vivam em harmonia  desde quando cada um  no seu verdadeiro mundo e não perca os conceitos basilares. A humanização  das outras espécies é uma afronta antropológica,quase doentia e sem lógica que muito prejuízo trará a esta civilização, nada impede que vivam no mesmo torrão como espécies distintas.

           O Objetivo deste artigo é para se pensar a respeito das doenças pertinentes a cada espécie e que têm a capacidade de migrarem para as outras, tanto do homem para os animais e destes para o homem, as famigeradas  zoonoses.

           Para viver em comunidade os aglomerados humanos tiveram que se submeter a diversos ajustes, instalações elétricas, moradias, drenagens fluviais, aterros sanitários, drenagem dos esgotos e dos dejetos humanos ou restos de alimentos, condição mínima para a não proliferação das doenças peculiares.   Para este intento o homem passou e passa por um período de educação e de adaptação ao novo modo de vida, mesmo assim com a falta de recursos, na não aplicação dos poucos existentes nestas infra-estruturas fica a maior parte da população sem estes serviços, vivendo nos bolsões  à margem  da civilidade, tudo a céu aberto, vulnerável a proliferação de diversas patologias.

            Agora  imaginem as conseqüências  para os poderes públicos e para a população  ao enxergar os animais na ótica dos que não se preocupam, dos que não cuidam, na ótica dos humanos desumanos e que não têm compromisso com a comunidade,alguns jogando os dejetos nas ruas,outros dormindo com os animais no mesmo aposento ,beijando e lambendo as suas bocas numa troca constante de bactérias,vírus e etc,etcs,sem sombra de dúvidas a maioria. Imaginem as conseqüências uma vez  que os que têm donos passeiam com os seus tratadores nas artérias das cidades, de pés descalços,cheirando os arredores dos muros,eliminam os seus dejetos na maioria das  vezes não recolhidos pelos humanos e voltam às suas casas,apartamentos e lares repletos de estrutras impregnadas nas famosas patas semeando por onde passam estes elementos,alí estão carregando doenças:
                       Se cada animal numa média aritmética produz de 500 a 700 gramas de dejetos dia, como não existem sanitários apropriados, como  não são escolarizados e mais de 80% despejam nas calçadas, nas ruas, nas avenidas, nos logradouros públicos e os outros 20% são descartados por seus donos nos cestos de lixo, configura uma forte ameaça à saúde de toda a comunidade.

               O que preocupa é que existe como já mencionado 10 animais para cada 100 habitantes, para uma população de três milhões, são 300 mil animais, chega-se à seguinte conclusão:
                Para cada mil animais são produzidos   700 kilogramas  de dejetos dia, para cada  100mil, 70mil kilogramas dia (70 toneladas) e para cada 300mil, 270 toneladas de dejetos pulverizados  diariamente na cidade,isto  equivale a 27 caminhões pipas de 10 toneladas  por dia, nestes dejetos existem milhares de parasitos, bilhões de bactérias e outros trilhões de vírus que de diversas maneiras contribuem para a proliferação das temidas zoonoses.  Faça uma conta deste volume para uma cidade de 3 milhões de habitantes (300 mil animais) durante  365 dias,  assim: 270 toneladas  de dejetos dia vezes 365 dias dão exatamente  98 mil 550 toneladas de  fezes e urina por ano, isto é  9mil 885 carros pipas de 10 mil kg,isto é   810 carretas por mês ,já que são 27 carretas por dia.
                     É de assombrar.

             Como se livrar de tantas patologias,(como exemplo, cito a leishimaniose,antes rural ,hoje urbana) se a fonte geradora não pára de crescer, para onde vão os restos placentários após os partos, os animais que vão a óbito e o que se faz com os enfermos portadores de  doenças de  alto contágio.    A população tem o direito de conhecer, tem o direito de se familiarizar com estes pontos  para poder se posicionar e optar em possuir um ser submisso, um ser  importante, porém  gerador de tantos problemas  para a comunidade solucionar, uma vez que os animais vivem confinados nos lares da população, muitas vezes dividindo o mesmo quarto quiçá a mesma cama.
           Salvador, 20 de agosto de 2001.
           Iderval Reginaldo Tenório
                    MÉDICO
             TEXTO REGISTRADO

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VIAS DE TRANSMISSÃO
    A transmissão das zoonoses pode ocorrer através das seguintes vias: 

    1 ) TRANSMISSÃO DIRETA: Um hospedeiro vertebrado infectado transmite o parasita a outro hospedeiro vertebrado suscetível através do contato direto. Ex.: a raiva, brucelose, carbúnculo hemático, sarnas, microsporidioses, tricofitoses. 

    2) TRANSMISSÃO INDIRETA: Pode ocorrer através de diferentes vias: 

    2.1 ) Alimentos - Ex.: leptospirose, botulismo, carbúnculo hemático, brucelose, tuberculose, salmoneloses, teníases, triquinelose. 

    2.2) Secreções - Ex.: Raiva, brucelose. 

    2.3) Vômitos - Ex.: leptospirose, peste, sarna, brucelose. 

    2.4) Artrópodes - Ex.: febre amarela, encefalomielite equina, tifo e peste. 

Um comentário:

Artes e escritas disse...

Parabéns! estou cansada de ver conhecidas com o diagnóstico de toxoplasmose e as tristes consequências da doença. Sempre é bom alertar e amei o seu texto. Um forte abraço, Yayá.