domingo, 29 de janeiro de 2012

COTAS PARA NEGROS

O PAIS TEVE QUE APROVAR O ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL DO SENADOR PAULO PAIM DO RIO GRANDE DO SUL ,PARA REFORÇAR A PRESENÇA DO NEGRO NOS DIVERSOS SEGMENTOS DO PAIS. COM RELAÇÃO AO CURSO SUPERIOR ,AS COTAS NÃO ACEITAS POR UMA MINORIA QUE PENSA QUE É BRANCA ,TEM UMA GRANDE IMPORTÂNCIA PARA O FUTURO DO PAÍS,ESTÁ AÍ O SEGREDO PARA O JOVEM NEGRO OU AFRO DESCENDENTE INGRESSAR NA UNIVERSIDADE PÚBLICA FEDERAL.

      COTAS PARA NEGROS E DESCENDENTES
Iderval Reginaldo Tenório

              Parece que estamos noutro Mundo,tudo indica que o povo brasileiro anestesiado pelo poderio econômico das castas dominantes esqueceu a sua origem.

              Será que existem negros  e brancos puros nesta nação, não seria melhor raciocinarmos na hipótese de que  durante cinco séculos existiu a supremacia da raça branca sobre a negra e este domínio, necessário na época para o crescimento da nação, perdura equivocado até a data atual  onde os que têm menos genes pretos imaginam que são superiores,pois ao dominarem o país durante todo este tempo não permitiram que,  a cozinha  e a senzala viessem até à sala e aos salões  e que os mestiços da atualidade, tão brasileiros como os dominantes,  apenas por possuírem mais genes negros deveriam ficar nos arredores do consumo , margeando a  cidadania.

                Durante  500 anos de miscigenação racial, a diversidade de  genes conseguiu  mesclar as raças dando origem aos brasileiros,alguns com maior quantidade de genes indígenas,outros  negros e uma gama com predominância branca,porém todos da mesma raça  ,a diferença é o poderio econômico.

               Os índios  eliminados aos milhões(calcula-se 6 milhões) ,em nome do progresso e  da incansável ocupação territorial, os negros ,consumidos como máquinas em turnos nunca inferiores a 18 horas de labuta , e três séculos depois,já em 1890   os imigrantes , principalmente  italianos, alemães,espanhóis e depois os japoneses, tão sofridos como os índios e os negros, foram maltratados pelos brancos autóctones nas lavouras do café , na abertura de estradas  e na construção dos diversos municípios por este Brasil afora,porém não aceitaram  no seu total a lei da chibata e exigiram respeito dando  origem a este país plural e heterogênio.

               Como  estão vendo,o  brasileiro é um só,vindo da mesma linhagem ,o que existe é a predominância de características do tronco  dominante que o originou. O que existiu foi um embate Europa,África e Brasil, com predominância dos primeiros devido os conhecimentos tecnológicos,basta atentar para os   impérios econômicos do sul em detrimentos dos arcaicos e escondidos negros quilombolas e dos perdidos , longínquos e sofridos  indígenas que fugiram para os sertões nordestinos.

               Com este comentário ,lembremos que a raça branca durante todo o período de domínio foi incapaz de enxergar o equívoco e cabe ao mundo atual, que conseguiu dar direito sexual ,direito ao voto,direito a ascensão profissional, política e social às mulheres de uma maneira em geral,  permitir e trabalhar para que os negros e índios tenham a mesma chance que os brancos tiveram   durante cinco séculos na conquista da independência , da cidadania e da dignidade.

                 Chegou o momento do sacrifício, não é mais permissível o continuísmo arcáico de uma raça dominante em um país democrático,chegou o momento e acredito que por pouco tempo,pois os negros e descendentes,possuidores de uma inteligência invejável,de uma criatividade nata e de uma história milenar,não precisarão de muito  para recuperarem todo este tempo perdido imposto pelos donos do poder e perpetrado na mente dos que se acham diferentes.

                O país tem que entender que a educação é para todos,que o acesso ao conhecimento é um direito conquistado  e que todos ´possam fazer usufruto,todos sem exceção têm que lutar pela inclusão e banir  a famigerada exclusão  sócio-cultural em todos os níveis,principalmente no topo da pirâmide educacional que é o curso superior,que  até esta data é elitista e discriminatório ,criador de barreiras  intransponíveis para a  classe  dominada e sem  recursos,heranças do Brasil colônia,do Brasil escravo,do Brasil dos dominantes.

    Iderval Reginaldo Tenório
Janeiro de 2008

FAÇO UM APELO:

PELO O AMOR A DEUS E ÀS SUAS FAMILIAS DIVULGUEM ESTE BLOG,ELE É MUITO IMPORTANTE PARA OS JOVENS,PARA OS JOVENS.EU DISSE ,PARA OS JOVENS.

2 comentários:

Anônimo disse...

Exclente artigo, muito bom mesmo. Parabésn doutor, sempre preocupado com os menos favorecidos e esquecidos povos afro-descendentes.
As Universidades públicas precisam ter acesso a esse seu texto.

Maérlio Fernandes Barbosa disse...

Achei o texto apenas panfletário. Lendo-o não sabemos se o autor defende as cotas para os negros ou para todos os brasileiros que historicamente foram vitimas de todos os tipos de preconceitos, principalmente o social. O autor lembra os índios, os japoneses, os italianos e coloca muito bem que todos foram oprimidos pela mesma elite dominante e cruel.
Ora, neste caso, e acho correto, o certo é defender escola de qualidade para todos, independente de cor, raça, credo ou condição social, afinal, somos todos filhos da mesma pátria. Não podemos criar privilégios para uns em nome da desigualdade e da falta de oportunidades no passado.
Não concordo com a idéia de que o filho do branco agora, em nome do "equilíbrio", seja considerado cidadão de segunda classe e com menos privilágios que seus irmãos afro-descendentes. Da mesma forma, não aceito a idéia de que os meus irmãos negros não tenham as mesmas oportunidades dos irmãos brancos.
Acabar com os preconceitos é também lutar por um país que de fato seja de todos, que dê oportunidades a todos, que veja a todos com igualdade.
Portanto, sou contra as cotas, pois não consigo acreditar na justiça de uma idéia que trás em seu bojo outro preconceito, já que privilegia uns en detrimento de outros.
Nada se conserta através de leis de compensação. As leis e as oportunidades têm que ser para todos.
Se por acaso um de nós, por descuido, botar o pé num barril de água fervendo e algum inteligente der a idéia de que para consertar é preciso mergulhar o outro pé num barril cheio de gelo ( alei da compensação), o resultado é que fatalmente a vítima perderá os dois pés.
Um grande abraço