-SOBRE AS CATÁSTROFES NA NATUREZA- OS RIOS
RIO GUAÍBA RIO GRANDE DO SUL


OS RIOS
O FENÔMENO É GLOBAL
URGE RACIONALIDADE.
O SUJO É USAR AS CATÁSTROFES COMO TRAMPOLINS POLÍTICOS.
Os homens vêm invadindo os leitos e as margens dos rios, nas baixas estações e quando estão secos.
Nestas fases, aterram o leito e as margens, constroem estabelecimentos comerciais, industriais, plantações, praças, estradas e moradias.
Mais tarde, a mãe natureza precisará destes rios e cobrará as suas margens para escoar as águas e enriquecer o solo de nutrientes, que são necessários à vida, e inundam toda a região. Os homens chamam estes eventos de catástrofes e Fenômenos Naturais, quando na verdade, são recados da natureza cobrando os seus espaços.
Urge medidas governamentais para socorrer os atingidos, urge medidas estruturais, mudanças na ocupação do solo e a democratização dos conhecimentos, quando se trata de recursos naturais.
Nestas horas, a Federação é a responsável pelos desastres pré-programados pelos que detêm os quatro poderes: O científico, o político, o econômico e o especulativo.
O socorro não é uma esmola, é uma obrigação da nação e da sociedade organizada, sob a tutela e a chancela do Estado. Tanto a natureza, como a população atingida e os meios de produção têm o direito de reparação.
Os recados da Natureza devem ser levados à serio. A população tem que seguir protocolos bem estudados na ocupação do solo, uma vez que a natureza não respeita os seus infratores e nem perdoa, notadamente aqueles que sobrevivem no centro dos furacões e dos indomáveis fenômenos.
Quem são os culpados, os responsáveis?
A)As vitimas das catástrofes artificiais?
B)Os que mandam e comandam?
C)Ou toda a sociedade?.
Numa análise constitucional, chega-se à conclusão que os culpados são os homens desenvolvidos, aqueles que estudam os fenômenos da natureza sob o viés político e não apontam uma solução. São os gestores públicos em todas as instâncias administrativas, os grandes empresários, a sociedade organizada e os especuladores, todos os que subtraem dos mais pobres a possibilidade de moradias dignas.
O homem das periferias e a natureza pedem socorro aos mentores intelectuais, os que administram as cidades e o pais sem atentar para o meio ambiente. Seres pensantes que têm consciência destes fenômenos, de como evitar e a suas consequências. Não é proibido produzir, o que não se admite é produzir sem sustentabilidade ao querer e ao bel-prazer dos donos do capital, destruindo o meio ambiente.
Estes homens sabem que a desigualdade social é um dos principais fatores e que tem reparos sociais.
Os humanos do ponto alto da pirâmide social, os 10% da população, precisam ser realmente humanos e proteger o seu território de produção.
Os fenômenos da natureza não são catástrofes, são eventos necessários do universo na arrumação da terra, isto sempre aconteceu e acontecerá. São eles que dão vida e modificam a trajetória do globo terrestre, basta estudar os seus comportamentos nos últimos 500 mil anos, as eras glaciais e os períodos interglaciais.
Catástrofes mesmo são as agressões dos homens à natureza, e mesmo assim, jamais conseguirão acabar com o globo terrestre. O homem perante a natureza é um nada, as civilizações passam e o globo se recupera, é só questão de tempo.
As matas de hoje serão desertos no amanhã e vice-versa. Muitas cidades do hoje devolverão para os oceanos as áreas invadidas e o mapa mundial será outro no futuro.
Os homens destroem os seus ecossistemas, diminuem os espaços habitáveis e cultiváveis, impossibilitando a existência da vida.
Exemplo maior: Todas as grandes metrópoles são insustentáveis. Sobrevivem com alimentos produzidos noutras regiões e não no seu território, a água é transportada por 100 ou 500 quilômetros de distância, muitas vezes fora dos seus limites. Os dejetos e os lixos consomem uma grande parte do orçamento e muitas vezes são descarregados distantes de suas origens, até mesmo fora de suas divisas.
O homem jamais destruirá a terra, ele destrói o ecossistema que habita, tornando-o inabitável e incapaz de produzir o que consome.
A solução será diminuir a produção e a reprodução humana, frear o crescimento da economia, morar em espigões com imóveis menores. Descobrir outros modos de produzir energia, reciclar os lixos, os dejetos e as águas. Desacelerar a doença do consumismo, principalmente dos descartáveis, os de uso pessoal, dos eletrônicos e dos supérfluos, como também respeitar a mãe natureza e a diversidade.
Muitos estudiosos já falam em controlar a famigerada evolução e pede que olhem com seriedade para destruição criativa e as inovações mercadológica implantadas pelos homens da economia e pelos donos do capital em busca do lucro, caso nada seja feito, este progresso sem freio e destruidor da natureza, será um grave problema para a atual civilização e para a que se aproxima. Hoje o mundo é habitado por 8 bilhões de humanos e mais de 200 bilhões de outras vidas, sem contar com os que voam, os que nadam, os que rastejam, trilhões de insetos, os vermes, incontáveis vidas microscópicas, e inimagináveis estruturas constiuidas de RNA e DNA, protegidos por uma carapaça proteica, os indomáveis vírus.
O mundo precisa ser reconstruído.
Iderval Reginaldo Tenório
ESCUTEM SAGA DA AMAZONIA DO GRANDE PARAIBANO VITAL FARIAS.



