O blog foi criado para a cultura. Mostra o quanto é importante o conhecimento.Basta um click no artigo. Centro Médico Iguatemi,310.CLINICA SÃO GABRIEL LTDA- 33419630 33425331Participe ,comente, seja seguidor. DR IDERVAL REGINALDO TENÓRIO , 1954 , JUAZEIRO DO NORTE -CEARÁ. 08041988lgvi.1984 CHEGOU EM SALVADOR COM 18 ANOS , MEDICINA NA UFBA. CIRURGIÃO GERAL. driderval@bol.com.br
ACESSEM DO AMIGO E RADIALISTA PERFILINO NETO O SEU SITE DE MUSICA eradoradio.com.br
Fui presenteado, via WhatsApp, por amigo e conterrâneo Nonato Luiz e queria enviar para todos os meus amigos esta Pérola musical.
Confesso que foi uma das mais belas peças que tive acesso.
Nonato, meu irmão, muito obrigado.
Idervall Reginaldo Tenório
Nonato Luiz, nome artístico de Raimundo Nonato de Oliveira
(nascido na cidade de Lavras
da Mangabeira, no estado do Ceará, no dia 3 de agosto de 1952) é um renomado violonista brasileiro,
compositor, arranjador, intérprete e dono de uma obra musical com centenas de
composições. Seu repertório violonístico contempla desde gêneros e estilos
"universais” (valsas, choros, minuetos, prelúdios, estudos, canções) e
estrangeiros (blues, flamenco) até os tipicamente nordestinos (baiões, xotes e
frevos).
Seu primeiro álbum, nominado "Terra" foi
lançado em 1980 e, atualmente, sua discografia é composta por
mais de 30 discos gravados, na sua maioria, autorais, onde Nonato Luiz
apresenta-se como solista de suas peças. Em outros, tanto explora obras de renomados
compositores, arranjando-as para o violão, quanto divide parcerias com
instrumentistas.
Como concertista, possui uma
carreira internacional consolidada, por apresentar-se em várias partes do
mundo, principalmente pelo continente europeu, por onde excursiona anualmente,
com destaque para Salzburg, terra natal de Mozart.
O Quarteto Iguaçu é um grupo musical criado em 1984, que desenvolve um relevante trabalho na divulgação da música brasileira. Com mais de 800 concertos realizados pelo Brasil, ao longo desses mais de 30 anos de experiência, o quarteto busca sempre realizar apresentações didáticas, favorecendo a compreensão dos ouvintes, despertando neles o interesse e incentivando para que novos talentos venham surgir. O grupo é formado por José Maria Magalhães Silva, Moisés Nesi, Leila Cristina Tascheck e Romildo Weingartner.
O
Quarteto Iguaçu também idealizou o Projeto Cordas do Iguaçu, que conta
com uma Orquestra de Cordas composta por crianças e adolescentes.
O Quarteto Iguaçu é um grupo de câmara de Curitiba, no Paraná:
O Quarteto Iguaçu é formado por integrantes da Orquestra Sinfônica do Paraná.José Maria Magalhães Silva, fundador do grupo, é natural do Ceará e integra a Orquestra Sinfônica do Paraná desde 1985
Local
Curitiba, Paraná
Fundado em
1984
Membros
Faisal Hussein (violoncelo), Rafael Stefanichen Ferronato (violino), Winston Ramalho (violino), José Maria Magalhães (viola)
Trabalho:
.........
Divulgação da música erudita brasileira e internacional
28 de mai. de 2023 — Memórias
da primeira ida ao campo, do primeiro contato com as vacas, do sabor
ímpar que tinham as frutas colhidas direto das árvores e do .
Nos livramos do que aconteceu 1930, será que viria uma ditadura militar?
Com a palavra os eleitores
VIVA A DEMOCRACIA A LEI FOI CRIADA PARA TODOS.
DITADURAS JAMAIS- NEM DE DIREITA E NEM DE ESQUERDA.
VIVA A DEMOCRACIA
Querido
amigos, o país caminha a passos largos para um desentendimento total. A
sociedade civil deverasmente amedrontada com o crescimento desenfreado do BOLIVARIANISMO,
as instituições e os poderes totalmente sem força e à deriva, dando combustível
para uma intervenção militar tal qual 1930. Em
1929 aconteceu Eleição Presidencial, quando foi eleito o Júlio Prestes,com apoio do governo Washington Luiz.
Antes de assumir a Presidencia,
os governos de Minas, Paraíba e o Rio Grande do Sul criaram o
movimento ALIANÇA LIBERAL, sob a tutela do Getúlio Vargas, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada e João Pessoa para
derrubar e não deixar o Júlio Prestes assumir. Tantos foram os desentedimentos
que as forças armadas tiveram que intervir e antes da posse, uma
junta militar derrubou o Presidente Washington Luiz, anulou a eleição do Julio Prestes e depois
entregaram a cadeira ao Getúlio, que deu início a mais sangrenta ditadura do país,
mostrando que governo não se ganha no voto e sim se toma, é o lema e o
que temos visto.
Fato
relevante. O assassinato do Presidente da Paraiba e vice de Getúlio
Vargas. Este episódio foi mais um dos estupins para a destuição do
Woshingtin Luiz e a anulação da posse do Júlio Prestes, um dos maiores
produtores de café do Brasil. A vez era a do Leite, cideda por Minas
para o Rio Grande do Sul.
Disse o Governador de Minas Antônio Carlos Ribeiro de Andrada:
" Getúlio, nem ele e nem eu, você aceita esta luta?".
De pronto o Getúlio falou:
" Eu, Você e o João Pessoa salvaremos o Brasil, vamos arregaçar as mangas."
O maior fato político da Paraíba no Século XX, também considerado um
dos mais importantes do Brasil pelo menos na primeira metade do século
passado: a morte de João Pessoa, então presidente da Paraíba, completa
90 anos neste domingo (26). O assassinato que eternizou o nome do
político na capital da Paraíba e o luto na bandeira do estado foi o
episódio fatídico que mudou os rumos políticos do Brasil, decretando o
fim do período da República Velha e alçando Getúlio Vargas ao poder.
Crime passional ou homicídio por razões políticas? Embora haja um
acirramento de narrativas para contar as versões do fato, o professor da
UFCG José Luciano de Queiroz Aires, doutor em História pela UFPE e
autor do livro “A Fabricação do Mito João Pessoa: Batalhas de Memórias
na Paraíba (1930-1945)”, propõe uma explicação científica para o
assassinato do governador da Paraíba em 26 de julho de 1930 pelo
advogado João Dantas, no Recife, como um misto das duas versões
totalizantes
Foram 06 as ditaduras a posteriore.
Getúlio
1930 a 1945 depois 1950 a 1954, Eurico Gaspar Dutra 1946 A 1950 e as
QUATRO militares- 1964 CASTELO- MEDICI- GEISEL E A DE JOÃO BAPTISTA DE FIGUEIREDO até
1985.
Em 1 de março de 1930, foram realizadas as eleições para
presidente da República que deram a vitória ao candidato governista, que era o governador
do estado de São Paulo, Júlio Prestes. Porém, ele não tomou posse em virtude
do golpe de estado desencadeado a 3 de outubro
de 1930, e foi exilado. Getúlio Vargas assumiu a chefia do "Governo
Provisório" em 3 de novembro de 1930, data que marca o fim da
República Velha no Brasil.
A Aliança Liberal foi criada em agosto de 1929 para
fazer oposição à candidatura de Júlio Prestes
à presidência da república. Formavam a Aliança Liberal: Minas Gerais, Rio
Grande do Sul, Paraíba e partidos políticos de oposição de diversos estados,
inclusive do Partido Democrático (1930) de São Paulo.
A eleição para a presidência da república foi realizada no
dia 1 de março de 1930, um sábado de carnaval,
e foi vencida por Júlio Prestes, (chamado, pela imprensa de "Candidato
Nacional") com 1.091.709 votos contra 742.797 dados a Getúlio (Candidato
Liberal).
Getúlio, no entanto, obteve 100% dos votos do Rio Grande do Sul e
um total de 610.000 votos nos três estados aliancistas. A votação de Getúlio
nos 17 estados prestistas foi inexpressiva. No antigo Distrito Federal,
a cidade do Rio de Janeiro, houve empate. O Rio Grande do Sul acabou sendo o
único estado aliancista que chegou unido às eleições de 1 de março.
Júlio
Prestes foi eleito para governar de 1930 a 1934. Sua posse na presidência
deveria ocorrer no dia 15 de novembro de 1930. A apuração dos resultados da
eleição foi demorada e tensa, se estendendo até maio de 1930.
A Conspiração
A
partir da recusa da maioria dos políticos e tenentes da Aliança Liberal de
aceitar o resultado das urnas, iniciou-se uma conspiração, com base no Rio Grande do Sul e em Minas
Gerais, com a intenção de não permitir que Júlio Prestes assumisse a
presidência, o que deveria ocorrer em 15 de novembro. No nordeste do Brasil, o tenente Juarez Távora, que
havia fugido da prisão em janeiro de 1930, organizava, na clandestinidade, a
revolução.
Esta
conspiração sofreu um revés em 10 de maio, quando morreu, em acidente aéreo,
o tenente Antônio Siqueira Campos. Siqueira Campos era um
bom articulador político e fazia o contato com militares estacionados em São
Paulo. Com sua morte, praticamente acabou o ímpeto revolucionário entre
militares estacionados em São Paulo.
Em 29 de maio de 1930, a conspiração sofreu outro revés, com o brado comunista
de Luís Carlos Prestes, que deveria ter sido o
comandante militar da revolução de 1930, mas desistiu do comando para apoiar o comunismo.
O comandante militar secreto da revolução ficou sendo então o tenente-coronelPedro Aurélio de Góis Monteiro. Em 1º de
junho, Getúlio lança um manifesto acusando irregularidades nas eleições de 1º de
março, porém não clama por revolução, assim como em sua última mensagem anual,
como presidente do Rio Grande do Sul, ao poder legislativo gaúcho.
No Nordeste do Brasil, os revolucionários marchavam
em direção à Bahia. Pelo sul, os revolucionários, vindos do Rio Grande do Sul,
estavam estacionados na região de Itararé,
na divisa do Paraná
com São Paulo, onde as forças do governo federal e tropas paulistas estavam
acampadas para deter o avanço das tropas revolucionárias.
Esperava-se que ocorresse uma grande batalha em Itararé.
Getúlio aguardava os acontecimentos, instalado em Curitiba.
No Sul de Minas Gerais tropas federais ainda
resistiam ao avanço das tropas mineiras rumo ao Rio de Janeiro. Não houve a
esperada "Batalha de Itararé", porque, em 24 de outubro, antes que
ela ocorresse, os generais Tasso Fragoso , Mena Barreto e o almiranteIsaías de Noronha depuseram Washington Luís
através de um golpe militar, e formaram uma Junta Militar Provisória.
No
mesmo dia, Osvaldo Aranha foi enviado ao Rio de Janeiro para negociar a entrega
do poder a Getúlio Vargas. A Junta Militar governou o Brasil até passar o
governo a Getúlio em 3 de novembro de 1930. Washington Luís foi deposto
22 dias antes do término do mandato presidencial, que se encerraria em 15 de
novembro de 1930.
O tenente Cordeiro de Farias, que chegou a marechal,
afirmou, em suas memórias, que os tenentes estavam em minoria no exército
brasileiro em 1930, mas que mesmo assim fizeram a revolução de 1930.
RESUMO
DA REVOLUÇÃO E O RISCO QUE HOJE PASSAMOS ..
Política
Três ex-ministros de Getúlio Vargas
chegaram à Presidência da República: Eurico Dutra,
João Goulart
e Tancredo Neves.
Este último não chegou a assumir o cargo, pois, na véspera da posse, sentiu
fortes dores abdominais sequenciais durante uma cerimônia religiosa no
Santuário Dom Bosco, recebendo o diagnóstico de diverticulite
que o levou à morte em 21 de abril de 1985, em São Paulo.
Já são 562.229 médicos inscritos/Previsto 600.000 em 2024.
A projeção é de que em 2035 haverá entre 1.016.121 e
1.032.753 médicos no Brasil.
Número de médicos especialistas no país cresce 84% em 10 anos, e mulheres serão maioria na profissão já em 2024
A materia mostra o que a população precisa saber sobre a medicina.
É um vasto material para estudo, pesquisas, debates e para a orientação dos gestores públicos.
Para facilitar a leitura da matéria, publicarei em oito pequenos capítulos.
O leitor poderá escolher um dos tópicos, fazer a leitura e caso se interesse pode mergulhar e ler todos os tópicos.
É importante para toda a população, notadamente para os professionais de saúde, para os que querem entrar nesta segmento profissional, os jovens e os seus pais.
Iderval Reginaldo Tenório
Tópicos em capítulos
CAPÍTULO 1-Introdução da materia, muito importante
CAPÍTULO 2-Médicos especialistas e especialidades médicas*
CAPÍTULO 3-*Aumento de médicos no Brasil*
CAPITULO 4- *Projeção da oferta de médicos no Brasil nos próximos anos*
CAPITUlLO 5- *Mais mulheres na profissão*
CAPITULO 6-*Consultas médicas no Brasil*
CAPITULO 7- *A expansão dos cursos de medicina no Brasil e o perfil dos estudantes*
CAPITULO-8- *Oferta e distribuição de Residência Médica*
Iderval Reginaldo Tenório
Chamada da matéria .
Número de médicos especialistas no país cresce 84% em 10 anos, e mulheres serão maioria na profissão já em 2024
CAPÍTULO 1
INTODUÇÃO
Demografia Médica no Brasil 2023,
produzida em parceria entre a Associação Médica Brasileira e a
Faculdade de Medicina da USP, também projeta que país chegará em 2035
com mais de 1 milhão de médicos; médicas declaram renda 36% anual
inferior que os colegas homens
O número de registros de médicos com título em alguma
especialidade cresceu 84% nos últimos 10 anos no Brasil. As mulheres
passarão a ser maioria na profissão já a partir do próximo ano. Com a
expansão da abertura de cursos e vagas de medicina, em 2035 haverá no
país mais de um milhão de médicos no país.
As informações constam da mais nova edição da Demografia
Médica no Brasil (DMB) a primeira produzida em parceria entre a
Associação Médica Brasileira (AMB) e a Faculdade de Medicina da USP
(FMUSP), no mais completo estudo já realizado sobre a realidade dos
médicos em todo o país. O levantamento foi divulgado na manhã desta
quarta-feira (8/2) na sede da AMB, na capital paulista.
A DMB 2023, coordenada pelo pesquisador Mário Scheffer,
professor livre-docente do Departamento de Medicina Preventiva da FMUSP,
foi formulada a partir de três eixos principais: estudos demográficos
da população médica, estudos sobre formação e profissão médica e
inquéritos sobre Residência Médica e trabalho médico no Brasil.
César Eduardo Fernandes, presidente da Associação Médica
Brasileira, destaca o suporte institucional oferecido para a nova edição
da DMB, por meio da disponibilização dos dados anonimizados dos
associados da entidade, dentre outras informações. “Temos orgulho de
participar ativamente desta edição da Demografia Médica, que oferece
dados de relevância nacional e importantes subsídios a todos os gestores
públicos e privados comprometidos com a valorização da medicina e a
saúde da população”, enfatiza.
Para a professora Eloisa Bonfá, diretora da Faculdade de
Medicina da USP, a Demografia Médica tem se revelado importante fonte de
informações dirigida a pesquisadores, veículos de comunicação,
entidades e órgãos governamentais. “É fundamental para o planejamento do
sistema de saúde tomar conhecimento do número, do perfil e da
distribuição dos médicos e médicas no Brasil, das mudanças na graduação
de Medicina, na Residência Médica e na oferta de especialistas, assim
como acompanhar as transformações no mercado de trabalho médico”,
afirma.
Além da AMB, a produção da Demografia Médica no Brasil
2023 também contou com apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de São Paulo, CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico), FFM (Fundação Faculdade de Medicina), Opas
(Organização Pan-Americana da Saúde) e Ministério da Saúde.
CAPÍTULO 2
*Médicos especialistas e especialidades médicas*
Em 2022 o Brasil possuía 321.581 médicos
com ou mais títulos de especialistas, o que representa 62,5% dos
profissionais em atividade no país. Os demais 37,5% eram médicos
generalistas, ou seja, sem titulação em nenhuma especialidade.
O número total de registros de médicos titulados no país
chega a 495.716, o que representa 84% a mais em relação aos 268,2 mil
registros existentes em 2012. Trata-se de um dado inédito e relevante da
Demografia Médica, resultado da expansão da Residência Médica no Brasil
e da atuação da AMB e de suas filiadas – sociedades de especialidade
que concedem títulos de especialistas.
Um mesmo médico pode ter título ou ter concluído Residência Médica em
mais de uma especialidade e, por isso, o número de títulos em
especialidades é maior que o número de indivíduos especialistas.
O estudo considerou as 55 especialidades médicas
reconhecidas pela Comissão Mista de Especialidades, composta por
representantes da Comissão Nacional de Residência Médica, Conselho
Federal de Medicina e Associação Médica Brasileira.
A defasagem entre os egressos de cursos de medicina e vagas de
Residência Médica de acesso direto aumentou no período analisado pela
Demografia Médica. Essa diferença, que era de 3.866 vagas em 2018,
passou para 11.770 vagas em 2021. Considerando que a oferta de vagas de
graduação em medicina vem aumentando no país, em curto prazo o número de
médicos sem formação especializada deverá aumentar ainda mais, caso não
haja ampliação de vagas de Residência Médica.
As especialidades com maior número de registros de
especialistas são Clínica Médica, com 56.979 médicos, Pediatria
(48.654), Cirurgia Geral (41.547), Ginecologia e Obstetrícia (37.327),
Anestesiologia (29.358), Ortopedia e Traumatologia (20.972), Medicina do
Trabalho (20.804) e Cardiologia (20.324). Juntas, essas oito
especialidades representam mais da metade (55,6%) do total de registro
de especialistas.
Um segundo grupo, de cinco especialidades – Oftalmologia,
Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Psiquiatria, Dermatologia e
Medicina de Família e Comunidade, soma 14,4% do total de especialistas.
Assim, 13 das 55 especialidades médicas existentes no Brasil reúnem 70%
dos registros de especialistas.
No período entre 2012 e 2022, algumas especialidades como
Clínica Médica, Medicina de Família e Comunidade, Radiologia e
Diagnóstico por Imagem, Medicina Legal e Perícia Médica, Cirurgia de
Mão, Medicina de Tráfego, Angiologia, Geriatria, Cirurgia de Cabeça e
Pescoço, Neurologia, Genética Médica e Mastologia pelo menos dobraram o
número de especialistas.
Outras 15 especialidades se destacaram, com crescimento
entre 80% e 100%. São elas, Ortopedia e Traumatologia, Cirurgia
Vascular, Endocrinologia e Metabologia, Cirurgia do Aparelho Digestivo,
Dermatologia, Reumatologia, Patologia, Nefrologia, Medicina Intensiva,
Medicina Esportiva, Cirurgia Geral, Endoscopia, Psiquiatria,
Infectologia e Oftalmologia.
Os homens são maioria em 36 das 55 especialidades médicas
e as mulheres predominam em 19 delas. As especialidades mais
“femininas” são Dermatologia, Pediatria, Alergia e Imunologia,
Endocrinologia e Metabologia e Genética Médica. As especialidades mais
“masculinas” são Urologia, Ortopedia e Traumatologia, Neurocirurgia,
Cirurgia Cardiovascular e Cirurgia do Aparelho Digestivo.
A especialidade com maior número de mulheres é a Dermatologia: são
8.236 médicas, o que representa 77,9% dos dermatologistas do país.
Outras especialidades com grande proporção de mulheres são Pediatria
(75,6%), Alergia e Imunologia e Endocrinologia e Metabologia, ambas com
72,1%.
Em nove das 55 especialidades, os homens são mais de 80%. As mulheres
são minoria em todas as especialidades cirúrgicas, caso da Cirurgia
Geral, em que representam menos de 25% do total de especialistas.
Em 34 das 55 especialidades médicas existentes no Brasil, a média de idade dos médicos especialistas é inferior a 50 anos.
No Sul do país, 68% dos médicos possuem alguma especialidade. Já no
Centro-Oeste 63,4% dos profissionais são médicos especializados,
enquanto no Sudeste são 63,3%, no Norte, 57,2% e no Nordeste, 52,3%.
O Distrito Federal possui a maior proporção de médicos especialistas
em relação ao total de profissionais (72,7%), enquanto o Amapá registra a
menor (40,4%).
Em relação à Força de Trabalho Cirúrgica – que inclui cirurgiões,
anestesiologistas e obstetras, a Demografia Médica aponta que, no
Brasil, há uma densidade de 66 especialistas por 100.000 habitantes,
mais do que o triplo do recomendado pela Lancet Commission On Global
Surgery, que é de 20 por 100 mil.
Contudo, também nesse quesito há disparidade na distribuição
territorial. Enquanto no Distrito Federal e no Estado de São Paulo, a
FTC tem razões, respectivamente, de 151,5 e 85,4 por 100.000 habitantes,
no Maranhão e no Acre os índices são de 26,7 e 28,6.
CAPÍTULO 3
*Aumento de médicos no Brasil*
Nos últimos 13 anos, de 2010 a 2023, mais de 250 mil novos médicos
(251.362) entraram no mercado de trabalho no Brasil, resultado direto da
abertura de cursos e de vagas de graduação em medicina.
Em janeiro de 2023 o país contava com 562.229 médicos inscritos nos
27 Conselhos Regionais de Medicina (CRMs), o que corresponde a uma taxa
nacional de 2,6 médicos por 1.000 habitantes. Na mesma data, o total de
registros médicos chegava a 618.593.
Essa diferença entre o quantitativo de indivíduos médicos e o de
registros se refere aos profissionais que possuem inscrições em mais de
um CRM, seja porque trabalham em cidades de diferentes estados ou porque
se deslocam temporariamente a outro estado.
No ano 2000 o Brasil contava com 239.110 médicos. Enquanto o número
de profissionais mais do que dobrou até 2023, a população geral do país
cresceu em torno de 27%.
Duas regiões do país possuem número de médicos em relação
à população inferior à média nacional. No Norte há 1,45 médico por
1.000 habitantes e, no Nordeste, 1,93.
Já as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul do Brasil
possuem razões de 3,39, 3,10 e 2,95 médicos por 1.000 habitantes,
respectivamente.
Os estados brasileiros que possuem maior densidade de
médicos por 1.000 habitantes são o Distrito Federal (5,53), Rio de
Janeiro (3,77), São Paulo (3,50) e Santa Catarina (3,05). As menores
densidades são encontradas no Pará (1,18 médico por 1.000 habitantes),
Maranhão (1,22) e Amazonas (1,36).
Os dados da Demografia Médica ainda mostram que os
médicos se concentram nas capitais brasileiras que, somadas, reúnem
312.246 médicos de todo o país, o que representa uma razão de 6,13
profissionais por 1.000 habitantes.
Já o grupo de regiões metropolitanas do Brasil (excluindo
capitais) possui 44.824 médicos, o que significa 1,14 médico por 1.000
habitantes. Na somatória das cidades que compõem o interior do Brasil,
são 225.996 médicos ou 1,84 profissional por 1.000 habitantes.
“Ainda é pouco significativa a dispersão territorial ou
‘interiorização’ de médicos, o que vinha sendo aguardado depois que
inúmeros cursos de medicina foram abertos no interior. Pela projeção
feita, o Brasil como um todo terá 4,4 mil médicos por mil habitantes em
2035, mas a desigualdade pode até mesmo se intensificar, com mais
profissionais se dirigindo para locais onde a concentração já é alta”,
destaca o documento da Demografia Médica em suas considerações finais.
CAPITULO 4
*Projeção da oferta de médicos no Brasil nos próximos anos*
Uma das projeções inéditas feitas pela nova edição da
Demografia Médica no Brasil 2023 é referente à oferta de médicos em
atividade no país nos próximos anos.
Em dois cenários analisados – de eventual “congelamento”
na abertura de cursos de graduação e vagas de medicina entre 2023 e 2029
ou de manutenção dos efeitos da legislação vigente em 2022 em que a
abertura de cursos e vagas é regulada e não seria interrompida nos anos
seguintes -, a projeção é de que em 2035 haverá entre 1.016.121 e
1.032.753 médicos no Brasil.
Em ambos os cenários o Brasil chegará a 2035 com
densidade superior a 4,4 médicos por 1.000 habitantes. E, em qualquer
circunstância, a população de médicos no país será, além de mais
numerosa, mais feminina, mais jovem e, provavelmente, mais desigualmente
distribuída.
“Haverá acirramento das disparidades de concentração de
médicos. Das 27 unidades da Federação, 18 delas irão apresentar
densidade de profissionais por mil habitantes abaixo da média nacional,
estimada em 4,4 em 2035. Ou seja, se medidas excepcionais não forem
adotadas, estará mantida ou será agravada a desigualdade da distribuição
geográfica, o que fará persistir a escassez localizada de
profissionais, mesmo em cenário de maior e crescente oferta de médicos”,
alerta o documento da pesquisa.
CAPITULO 5
*Mais mulheres na profissão*
O fenômeno da “feminização” da profissão médica já vinha
sendo observado desde 2009 entre os recém-graduados, mas ainda havia, no
total da profissão, 59,5% de homens e 40,5% de mulheres. Em 2022 a
proporção foi de 51,4% de médicos e 48,6% de médicas. Para 2024 a
projeção é de que 50,2% do total de médicos no país sejam mulheres.
Entre 2010 e 2022 o número de mulheres médicas quase
dobrou, passando de 133 mil para 260 mil. Entre os homens o crescimento
foi mais lento, com acréscimo de 43%.
O estudo também demonstrou desigualdade de renda entre os
gêneros. Conforme dados obtidos por meio de declarações junto à Receita
Federal referente ao ano-base de 2020, as médicas brasileiras declaram
rendimento médio anual 36,3% inferior que os profissionais do sexo
masculino.
Ainda de acordo com a projeção do estudo da Demografia
Médica, a idade média do médico brasileiro vai cair e, em 2035, mais de
85% dos profissionais terão entre 22 e 45 anos. Também em 2035 haverá
56% de profissionais de medicina do sexo feminino contra 44% do sexo
masculino.
CAPITULO 6
*Consultas médicas no Brasil*
Segundo dados inéditos da Demografia Médica, mais de 600 milhões de
consultas médicas são realizadas por ano no Brasil, o que corresponde a
pouco mais de 3,13 consultas por habitante/ano (dados relativos a 2019,
ano pré-pandemia). O número é menor do que a média dos países que
integram a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico) – 6,8 consultas por habitante/ano.
Considerando o número de médicos no país, cada profissional realiza,
em média, 1.260 consultas anualmente ou 4,5 consultas por dia, em um
calendário de 280 dias úteis (excluindo finais de semana e feriados). O
número também é menor do que a média dos países que integram a OCDE –
2.122 consultas por médico/ano.
As disparidades relativas a consultas nas diferentes regiões do país e
nos setores público e privado de saúde, contudo, são significativas. Em
2019 foram 2,3 consultas por habitante entre usuários do SUS e 3,3
entre clientes da saúde suplementar.
As regiões Sudeste e Sul apresentaram maior proporção de consultas
por habitante, chegando a 3,93 e 3,19, respectivamente. As regiões
Centro-Oeste (2,86 consultas por habitante), Nordeste (2,38) e Norte
(1,86) estão abaixo da média nacional.
Com relação aos estados, São Paulo (4,64 consultas por habitante) e
Rio de Janeiro (3,80) se destacam como os estados com maior número de
consultas por habitante, seguidos pelo Mato Grosso do Sul (3,62).
Tocantins (1,60), Amapá (1,60), Pará (1,76) e Amazonas (1,77) possuem os
indicadores mais baixos.
O número de consultas médicas realizadas no SUS em 2019, segundo
dados do Datasus , foi de 482,6 milhões, correspondente a 2,12 consultas
por habitante.
O indicador varia bastante no território brasileiro. As regiões Norte
e Nordeste apresentam razão de consultas SUS por habitante inferior a
2: 1,49 e 1,76, respectivamente.
Em relação aos estados, Amapá (1,20), Piauí (1,25) e Distrito Federal
(1,27) apresentaram menor número de consultas médicas por habitante na
rede pública. No outro extremo, São Paulo registrou 2,96 consultas SUS
por habitante, o que contribui para manter a região Sudeste à frente,
com 2,48 consultas por habitante.
Já as regiões Sul e Centro-Oeste apresentaram indicadores de consultas SUS por habitante de 2,22 e 2,01, respectivamente.
A proporção de consultas médicas por habitante entre os clientes de
planos e seguros de saúde, em comparação com as consultas de usuários do
SUS, se mostra superior em todas as grandes regiões do país.
A região Sudeste apresenta o maior número de consultas por usuários
de plano privado, com 3,62 atendimentos por habitante, chegando a 4,59
no Espírito Santo e a 3,91 em São Paulo. O Nordeste foi a segunda região
com maior número de consultas por usuários de planos de saúde (3,25 por
habitante), seguida das regiões centro-oeste (2,67) e Sul (2,61).
Já a região Norte, assim como ocorreu nas consultas SUS, foi a que
apresentou a menor razão de consultas por habitante entre usuários de
planos privados de saúde (2,02).
CAPITULO 7
*A expansão dos cursos de medicina no Brasil e o perfil dos estudantes*
Segundo a Demografia Médica, de 2013 a 2022 foi registrada a maior expansão do ensino médico da história do Brasil.
Em 2022 o Brasil contava com 389 escolas médicas que,
juntas, ofereciam 41.805 vagas de graduação. Desse total, 23.287 novas
vagas foram abertas de 2013 em diante. O aumento foi quase quatro vezes
maior do que o registrado entre 2003 e 2012, quando foram autorizadas
5.990 vagas.
Uma das principais características da expansão da oferta
de graduação médica nos últimos 20 anos no Brasil foi a abertura de
vagas predominantemente no setor privado de educação.
Nesse período, enquanto as novas vagas de medicina em universidades
públicas passaram de 5.917 em 2003 para 9.725 em 2022 (aumento de 64%),
as vagas em escolas médicas do setor privado subiram de 7.001 para
32.080 (crescimento de 358%).
Proporcionalmente, a participação das instituições públicas no ensino
médico atingiu seu menor patamar histórico em 2022, quando menos de um
quarto das vagas foram ofertadas em 121 escolas públicas, enquanto as
vagas nos 268 cursos privados representaram 77% do total. No Sudeste
brasileiro, que concentra quase metade de todos os postos de graduação
em medicina no Brasil, apenas 16,6% das vagas estão em instituições
públicas.
Entre 2010 e 2020 o número de alunos cursando o primeiro ano de
escolas médicas passou de 16.818 para 40.881, o que representa
crescimento de 143% no período, resultado da ampla abertura de novos
cursos de graduação no país.
As mulheres foram maioria entre os alunos do primeiro ano de medicina
no período analisado pela Demografia Médica, representando 54,9% do
total de estudantes em 2010 e 61,4% em 2019.
A Demografia identificou um aumento da população negra – soma de
alunos que se declararam pretos e pardos -, de 1.483 estudantes de
medicina em 2010 para 9.326 em 2019.
Além disso, cresceu a participação de estudantes de medicina entre
aqueles que cursaram o ensino médio em escolas públicas, de 25,9% do
total em 2010 para 29,8% em 2019.
CAPITULO 8
*Oferta e distribuição de Residência Médica*
Em 2021, 4.950 programas de RM estavam
credenciados no Brasil. Naquele ano, os 41.853 médicos que cursavam
Residência Médica representavam cerca de 8% do total de médicos em
atividade no país.
O estado de São Paulo concentra 33,3% de todos os residentes, seguido
por Minas Gerais (11,1%), Rio de Janeiro (10%) e Rio Grande do Sul
(7,1%). Das 27 unidades da Federação, 11 possuem menos de 1% do total de
residentes do país. Desses, à exceção do Mato Grosso, todos se
localizam nas regiões Norte e Nordeste.
Cerca de 46% das instituições que oferecem RM se concentram na região Sudeste, onde está metade dos programas credenciados.
O Distrito Federal é a unidade federativa com maior densidade de
médicos residentes por 100.000 habitantes (44,92), seguido por São Paulo
(29,86), Rio Grande do Sul (25,84) e Rio de Janeiro (24,06). No outro
extremo, o estado do Maranhão apresenta a densidade mais baixa (4,57),
seguido por Amapá (5,13) e Pará (7,10).
Em 2021, cerca de 43% dos médicos residentes cursavam programas em
quatro especialidades: Clínica Médica (14,2%), Pediatria (10,87%),
Ginecologia e Obstetrícia (9,15%) e Cirurgia Geral (9,08%).
Entre 2018 e 2021 o número de médicos que cursavam Residência Médica no Brasil passou de 38.681 para 41.853.
Ao comparar a oferta nacional de vagas de primeiro ano de Residência
Médica com o número de profissionais que concluíram medicina no ano
anterior percebe-se um descompasso entre a formação especializada e o
ensino de graduação. Em razão da intensa abertura de cursos de medicina,
as vagas de R1 disponíveis no Brasil não têm sido suficientes para
formar especialistas em quantidade equivalente aos novos registros de
médicos formados no ano anterior.
Ainda conforme a nova Demografia Médica no Brasil, apenas 24,6% dos
médicos residentes entrevistados afirmaram ter intenção de trabalhar
majoritariamente ou exclusivamente no SUS (Sistema Único de Saúde) no
prazo de um ano após a conclusão da residência. No cenário de após cinco
anos da conclusão da RM, a intenção de trabalhar majoritariamente ou
exclusivamente no SUS cai para cai para 12,1% dos entrevistados.
A maioria dos residentes (55,7%) pretende, um ano após a formação,
manter exercício profissional de dupla prática, dividindo a atuação
profissional entre os serviços público e privado. Porcentagem semelhante
(49%) pretende manter essa inserção público-privada após cinco anos de
formado.
Cerca de 20% dos residentes entrevistados revelaram a intenção de
trabalhar majoritariamente ou integralmente no sistema privado após um
ano da conclusão do curso. Essa proporção sobe para 40% quando
questionados sobre a intenção de local de trabalho cinco anos após a
conclusão da RM.