sexta-feira, 11 de outubro de 2024

A raiz do patriarcado. A LUTA .Mary Wollstonecraft e a emancipação feminina

 



 

A raiz do patriarcado e o conceito de propriedade privada

Indignada, Mary Wollstonecraft inaugurou a luta pela emancipação feminina.

A raiz do patriarcado é a “propriedade” do homem sobre a mulher, a sua pretensão de considerá-la e o poder de fazer dela uma coisa “sua”. Já as temáticas postas em campo pelo movimento das mulheres desorientam as forças das diversas esquerdas e deslocam a arena onde se desenrolou grande parte do conflito político.

A opinião é do sociólogo e escritor italiano Guido Viale, em artigo publicado no jornal Il Manifesto, 28-11-2018. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

A entrada em campo de um movimento mundial de mulheres que enche a cena política e social dos últimos anos – do qual a marcha do sábado passado, em Roma, era apenas uma articulação – leva a pensar que esse movimento será protagonista de todo possível processo de transformação das relações sociais nas próximas décadas.

A irrupção de temáticas, embora ligadas à “questão social” e aos objetivos da luta de classes dos últimos dois séculos, mas substancialmente estranhas aos modos tradicionais de fazer e viver a política, desloca até à irrelevância as forças das diversas esquerdas, mas também, de modo mais geral, a arena onde se desenrolou grande parte do conflito político ao qual nos acostumamos.

Isso impõe a nós, homens, a tarefa de discutir e rever – continuamente e não de vez em quando – o modo como nos relacionamos com a “outra metade do céu” e, em particular, com aquela parte dela que frequentamos pessoalmente pelas mais diversas razões; mas também a tarefa de entender como aproveitar os instrumentos teóricos e práticos que o feminismo nos fornece – ou que conseguimos captar – em uma revisitação geral de todas as nossas referências.

Não se trata de ser “feministas”, de imitar as suas práticas: isso seria ridículo. Sempre nos faltará a experiência de ser mulher e de tudo o que toda mulher pode obter do conhecimento do próprio corpo e da própria vivência. Mas o que o feminismo nos põe à disposição pode nos abrir uma fresta para as estruturas de poder das quais, bem ou mal, fazemos parte.

Essa fresta, destinada a se tornar um abismo, é o patriarcado; o seu indissolúvel nexo com realidades difusas, como a propriedade, a dominação, a exploração, a soberania; o fato de ser fundamento e marco de todas as formas que aquelas realidades assumiram nas diversas fases da história, incluindo, obviamente, o capitalismo financeiro, extrativo e predatório (não uso o termo neoliberalismo, que considero totalmente inapropriado) atual.

A raiz do patriarcado é a “propriedade” do homem sobre a mulher, a sua pretensão de considerá-la e o poder de fazer dela uma coisa “sua”. Sobre ela, modelaram-se todas as outras formas de propriedade que acompanharam a sucessão das civilizações: sobre os animais domesticados, sobre os campos, sobre as pastagens e as florestas, sobre os escravos, sobre os edifícios, sobre o dinheiro, sobre os meios de produção, sobre o conhecimento, sobre o genoma: todas formas de acumulação daquilo que é fecundo ou considerado como tal, daquilo que “produz” ou promete produzir.

O modelo é a fecundidade da mulher, a produção da prole, desde sempre a forma fundamental da riqueza: a perpetuação, em outras vidas, da própria existência. Não só isso. A propriedade de uma, de várias ou de muitas mulheres talvez seja a razão última da apropriação de todas as outras coisas, consideradas dignas de acumulação. Toda a riqueza do mundo, as propriedades acumuladas ao longo dos séculos, não serviam e não serem senão para isso: de forma direta ou simbólica.

E a soberania, não de uma comunidade, pequena ou estendida, que se autogoverna, compartilhando ônus e benefícios da convivência, mas sim de uma “pátria” (cuja assonância com patriarcado foi repetidamente ressaltada), isto é, de um Estado, cujos membros são mantidos juntos pela dominação de um Leviatã (um tirano) ou por uma “vontade geral” que precisa de alguém que a interprete para se externar – os “gestores” da soberania –, nada mais é do que uma extensão em nível social daquela forma elementar de dominação que é a propriedade: uma das tantas condições para garantir a dos homens sobre as mulheres. Acima desses soberanos, há apenas um deus, também ele um Pai. Um papa que havia levantado a hipótese de que deus também era mãe morreu cedo.

Até mesmo a revolta das classes oprimidas contra seus dominadores muitas vezes tem assumiu as características de uma luta para manter, sem ter que recorrer a uma propriedade da qual não dispunham, um poder sobre as “próprias” mulheres que a riqueza alheia colocava em risco.

Hoje, a guerra do fundamentalismo islâmico contra o Ocidente evidencia que o que está em jogo nesse “choque de civilizações” é a conquista ou reconquista de um poder sobre as mulheres que o feminismo ou a emancipação da mulher no mundo ocidental põem em causa. Sem ver que grande parte dessa emancipação, particularmente no campo sexual, mas sobretudo o uso e a exibição do corpo da mulher por motivos comerciais, nada mais são do que o outro lado de uma dominação sobre a mulher que mudou de forma, mas que é reafirmado de novas maneiras.

O debate sobre a relação entre capitalismo e patriarcado trouxe à tona que a aceitação ou a legitimação das relações de dominação e exploração nas sociedades em que vivemos têm raízes, como já captara Marx nos “Manuscritos econômico-filosóficos”, na relação entre homens e mulheres.

A permanência em todas as latitudes e nas formas mais diversas de várias formas de violência – aberta ou mascarada, e até mesmo inconsciente – contra as mulheres, até ao feminicídio, revela a profundidade dessas raízes, e é o que impede de prever ou praticar uma verdadeira alternativa a uma sociedade cujo fim último é a aquisição de renda, riqueza ou poder como condições irrenunciáveis para conservar de algum modo uma propriedade dos homens sobre as mulheres.

 L

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Indignada, Mary Wollstonecraft inaugurou a luta pela emancipação feminin 

 

Aqui uma série de matérias importantes para os sere humanos tomarem conhecimentos da evolução das civilizações .


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quinta-feira, 10 de outubro de 2024

CUIDADO COM A LINGUA FALADA E A LINGUA ESCRITA.

 


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CUIDADO COM A LINGUA FALADA E A LINGUA ESCRITA.

 

Cuidado com as palavras faladas e com a escritas. Seja Cidadão.

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CUIDADO COM A LINGUA FALADA E A LINGUA ESCRITA.


 Iderval Reginaldo Tenório

A língua falada é geralmente espontânea,  a língua escrita é pensada, calculada, sopesada, proposital, intencional e cheia de dúvida, segue muitos critérios.

Para escrever o indivíduo tem que pensar, para falar ele verbaliza o seu nível cultural, regional e familiar, usa  a fala da sua formação, a fala do seu povo, o cotidiano.  

A mente do indivíduo na língua escrita  aplica o  racional, o  nível cultural, técnico e oficial, na falada, o contexto é a sua vivência, o meio e  a sua   vida.

 Para a língua falada não precisa de escola. A escola é o cotidiano da vida.

Iderval Reginaldo Tenório


Pense, pese, sopese e pense mais vezes  antes de desferí-las. Este é um dos  motivos para que o individuo antes de falar, faça uma reflexão nos significados de cada palavra, não se fala de supetão diante de uma plateia sem saber o real significado das palavras.
 
Palavras de baixo calão, notadamente no viés político e na internet,  têm que serem ditas com  cuidado . 

Palavras são como flechas,  depois de disparadas o autor não mais as controlas.

Três são as palavras pesadas e duras, que jamais deveriam ser ditas a um ser humano, são palavras eivadas de sentimentos nocivos, podem trazer consequências escabrosas e indesejáveis. 
.
1-SAFADO(A)
2-VAGABUNDO (A)
3-ESCROQUE
 
Este texto é para  os que utilizam palavras sem fundamentação.

Iderval Reginaldo Tenório
 

 

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

CUIDADO COM A LINGUA FALADA E A LINGUA ESCRITA.


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CUIDADO COM A LINGUA FALADA E A LINGUA ESCRITA.



 Iderval Reginaldo Tenório

A língua falada é geralmente espontânea,  a língua escrita é pensada, calculada, sopesada, proposital, intencional e cheia de dúvida, segue muitos critérios.

Para escrever o indivíduo tem que pensar, para falar ele verbaliza o seu nível cultural, regional e familiar, usa  a fala da sua formação, a fala do seu povo, o cotidiano.  

A mente do indivíduo na língua escrita  aplica o  racional, o  nível cultural, técnico e oficial, na falada, o contexto é a sua vivência, o meio e  a sua   vida.

 Para a língua falada não precisa de escola. A escola é o cotidiano da vida.

Iderval Reginaldo Tenório


Pense, pese, sopese e pense mais vezes  antes de desferí-las. Este é um dos  motivos para que o individuo antes de falar, faça uma reflexão nos significados de cada palavra, não se fala de supetão diante de uma plateia sem saber o real significado das palavras.
 
Palavras de baixo calão, notadamente no viés político e na internet,  têm que ser ditas com  cuidado . 

Palavras são como flechas,  depois de desferidas o autor não mais as controlas.

Três são as palavras pesadas e duras que jamais deveriam ser ditas sem fundamentação, a um ser humano. São palavras eivadas de sentimentos nocivos, podem trazer consequências escabrosas e indesejáveis. 
.
1-SAFADO(A)
2-VAGABUNDO (A)
3-ESCROQUE
 
Este texto é para  os que utilizam palavras sem fundamentação.

Iderval Reginaldo Tenório

 

 

 

O Outro, seja cidadão.

                                 Nenhuma descrição de foto disponível.

              

                                                     O Outro, seja cidadão.

Quando completei dez anos de medicina, olhei para os lados  e encontrei um ambulatório coalhado de pacientes. Macas  da emergência, salas de cirurgias ocupadas, corredores cheios e várias ambulâncias no pátio.  Não consegui ficar parado  e nem com a boca escancarada esperando a morte adentrar naquele recinto. Ativei os residentes e convoquei outros cirurgiões que não estavam no plantão .

Naquele  dia  sedimentei e tive a  certeza  que a compaixão, a benevolência, a beneficência, a autonomia, o compromisso, o repeito  e a ética são os pilares da medicina. 

Recuperado e resolvida a  nefasta situação, no maior hospital de urgência da Bahia,  pela  manhã  elaborei este documento.

1-Zele pelo que é do outro, não   atrapalhe  a vida do outro. 

2-Faça o melhor pelo  outro e não peça nada em troca.

3-Não pense só em você, pense no outro, tudo que se aprende é para o bem do outro. Ajude, procure gostar, cuide, zele, seja cortês, abnegado, tenha gratidão e compaixão pelo outro.

4-Faça  o seu  melhor, não espere nada em troca. Ajude, cuide, zele, não espere nada fácil, seja justo e  cidadão.

5-Pratique o bem, seja amigo fraterno destes seres humanos: Mãe, pai, esposa, irmãos, tios, primos e faça muitos amigos.

06-Deixe pensar que você é bobo, as vezes   para não contrariar o outro, passe por bobo, porém não faça o outro de bobo.

07-Quem ajuda o outro, um dia será ajudado pelo outro, pelo filho,  neto  ou o  amigo do outro, mesmo sem saber e sem querer, será. Na vida as vezes acontece algo de bom e não se sabe de onde veio, tenha certeza que são os frutos  da lei do outro.

08-Esta  cartilha nos guiará para um  mundo mais humano. Aprenda a fazer o bem e procure conquistar o seu espaço, respeitando o espaço do outro. Numa relação social humana, pense na coletividade, um  aprende com o outro.

09-Olhe com bons olhos para os animais não humanos e respeite as suas vidas. Cada animal tem uma função para com o homem, uns para o psíquico, outros para o trabalho, muitos para a alimentação e controle da natureza, proporcionando equilibrio ao ecossitema e ao bioma.

Você para o outro é o outro.  Faça ao outro o que espera que faça por você.

 

                                       Do amigo

                             Iderval Reginaldo Tenório

 

 Esta semana foi a de maior movimento na medicina da Bahia, foi o incêndio de Pojuca com o descarrilamento de um trem cararegado de gasolina.  

Além da gasolina derramada nos trilhos, nos dormentes e no solo, muitos da população foram encher os seus potes com a  gasolina que se derramavam dos tanques como torneiras abertas e armazevam no intetior de suas casas. 

Baldes, panelas, caçarolas, garrafas,  jarros e latas abertas eram os utensilhos utilizados pela população. Crianças, jovens, mulheres, idosos, desempregados e empregados formavam um exercito, como um formigueiro em busca de um naco. Na primeira fagulha as labaredas corriam e invadiam as casas em busca do inflamável combustível.  Pojuca virou uma grande fogueira em chamas de 20 metros de altura e de fumaça preta que encobriam o azul do céu.

O incêndio foi descomunal, mais de 500 pessoas morreram queimadas. 

                                       Documenetei nesta matéria .

                                            BASTA UM CLICK

O Descarrilhamento do trem em Pojuca 1983 e o Hospital Central Roberto Santos


                             Iderval Reginaldo Tenório

ESCUTEM DONA IVONE LARA EM TIÊ TIÊ. UM CLÁSSICO DO CANCIONEIRO MUNDIAL. 

Tie - Dona Ivone Lara
YouTube JOSE LUIZ DOS SANTOS Luiz
12 de jan. de 2012

 

    DEPOIS UM CD COMPLETO COM VÁRIAS MÚSICAS.

CONHEÇA DONA IVONE LARA .