domingo, 17 de julho de 2022

A História da Asa Branca em quatro etapas. Luiz Gonzaga, Humberto Teixeira, Zé Dantas, Zé Marcolino e João Silva .

 

História da Asa Branca em quatro etapas. Luiz Gonzaga, Humberto Teixeira, Zé Dantas, Zé Marcolino e João Silva .

 

pomba-asa-branca (Patagioenas picazuro) | WikiAves - A Enciclopédia das  Aves do Brasil

PDF) Mundo das Aves: Asa-Branca invade o Brasil

 

O mestre João Silva compositor e parceiro de Luiz Gonzaga. | Luiz gonzaga,  Fatos e fotos, Fotos

O que é caatinga? Conheça o bioma que só existe no nordeste brasileiro

 

Sementes de Jatobá-da-mata (Hymenaea coubaril var. stilbocarpa) | Sementes  Arbocenter

 

https://institutosoka-amazonia.org.br/wp-content/uploads/2021/02/Fruto-Jatob%C3%A1-1024x683.jpg

Vaqueiro Nordestino. | Vaqueiro nordestino, Cavalos bonitos, Vaqueiro
  Aplicativo para celular permite acompanhar situação da seca no Nordeste |  Agência Brasil

 Previsão de chuvas para o Nordeste em fevereiro

HISTÓRICO DO NORDESTE EM QUATRO ETAPAS.

.A Asa Branca .
 Luiz Gonzaga, Humberto Teixeira,

                        Zé Dantas , João Silva e Zé Marcolino .                                                                                  


PARTE I- 
1947

ASA BRANCA

Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga

O Nordeste Brasileiro sempre foi uma região  esquecida pelos poderes públicos  e milenarmente  sapecada pelo causticante sol  nas grandes secas.
 
No seu miolo a precipitação média é de 600mm de chuva ano, só os xerófilos entendem como é a sobrevivencia nestas terras e  que para todos os nordestinos natos,   um verdadeiro paraíso.

Para imortalizar a saga de um povo, o cearense do Iguatu, Humberto Teixeira e o pernambucano do Exú, o  Luiz Gonzaga   pensaram   qual seria a figura  nordestina  que  poderia ser o seu  símbolo e quais os acordes a serem  entoados para gerarem um fidedigno hino para este resistente povo.

Matutaram e de comum acordo chegaram à conclusão que  o animal que previne ,  que se protege ,  que foge da seca para escapar da fome e  sabe quando ela terá o seu fim ,  é o pássaro ASA BRANCA.  

A columbiforme da família Columbidae foge do sertão nas épocas ruins e volta nas grandes aguadas,  foge da fome e da tristeza ,  retorna na alegria e na fartura, é o maior orientador deste povo.  Voa para outras plagas  ,  porém,  jamais abandonará o seu povo , o seu torrão , volta cheia de vida ,  de alegria e na certeza que cairá muita água dos céus, como disse o grande menestrel  Ednardo, imortal compositor cearense no clássico   Água Grande, faixa 11do seu primeiro LP em 1974: 

 Adeus São Paulo,  está chovendo pras bandas de lá” . Está chovendo pras bandas de lá...Adeus São Paulo,  está chovendo pras bandas de lá” .


Não foi difícil para os dois compositores encontrarem o fio da meada. De estalo o descamisado  filho de seu Januário falou para o experiente advogado  cearense,   e   ao mesmo tempo  o Humberto falou para o Luiz : “ Mestre , como a ASA BRANCA, existe uma música  folclórica de domínio  popular cantada  há mais de 300 anos e a sua melodia  continua na memória do povo nordestino ” . Foi uma verdadeira transmissão de pensamento .

Não deu outra,    ambos de cátedra e simultaneamente pensaram a mesma coisa, na Asa Branca  , nos seus costumes e nos seus ensinamentos, foi obra do Criador. 

Sedimentaram a saga da ASA BRANCA e ao  arcabouço da  folclórica música centenária   deram nova letra, novos acordes, novos sentimentos , família, coração, choro, vida e  alma  . Nascia ali o maior hino do Nordeste documentando a seca, o sofrimento e o êxodo do nordestino para o Sul para escapar da “fome feroz”, como dizia o mestre Patativa do Assaré, em  A Triste Partida , poesia de 1935, publicada na sua  obra Cante Lá que eu Canto Cá   em 1978, antes  imortalizada por Luiz Gonzaga em 1964.

Em 1947, Luiz Gonzaga  e Humberto Teixeira  bateram o martelo e ali nascia  a profíqua e abençoada    ASA BRANCA, transportando  e translocando o milagre nordestino para o mundo.  
 
Estes gênios colocaram  o homem do nordeste no miolo da discussão e na pauta nacional , introduzindo-o na história sociológica  do Brasil e tornando visível  a existência de grandes demandas , como  a seca, a fome , o sofrimento e o êxodo de um povo sofrido e castigado pelo esquecimento. O nordestino passou a fazer parte do Brasil depois desta denuncia sociológica, econômica  e geopolítica, o homem da caatinga deixou de ser invisível.  
 
 

PARTE II 
1950

A VOLTA DA ASA BRANCA

Do Pernambucano e Médico  ginecologista Zé Dantas
 
O tempo passou ,  os céus do nordeste ficaram carregados de nuvens  acinzentadas , raios e trovões acordaram os deuses do semi-árido do Cariri ao Seridó.  As chuvas chegaram, o capim nasceu, o cheiro de chão molhado saiu do solo junto à tenra babucha, os pássaros voltaram a cantar, os sapos e as rãs coaxaram e,   toda  paba a   Asa branca retorna ao seu lar numa salva de alegrias . Com  o bucho cheio de comida  e com muita água convoca todos os retirantes a retornarem  ao seu torrão. 
 
Com este cenário,  o  Médico Pernambucano Zé Dantas, radicado no Rio de Janeiro, vendo tudo verde,  belo ,  muita fartura na Serra do Araripe e no Cariri,  escrevinhou  A VOLTA DA ASA BRANCA, uma das mais belas, alegre e entusiástica página do cancioneiro popular do Brasil, por ser de autostima deveria ser o Hino do Nordeste, uma vez que não existem hinos   que ovacionem a tristeza, a fome e o desalento, o hino é para trazer coragem, força de vontade e um fio de esperança.    
 
Isto foi em 1950 , para 02 anos depois a Asa  Branca anunciar mais um período de seca, mais um período  para  esturricar o sertão.  Mais uma revoada em busca de escapar da fome feroz, mais um período de retirada, mais uma fase de aflição.  Sabe o sertanejo que um ano de seca destrói dez anos de chuva e de fartura.

Está nesta música uma das fases de alegria do Rei do Baião  Luiz Gonzaga e de todos os nordestinos. Fase interrompida de 02 em 02 ou de  03 em 03 anos com uma nova seca, sempre lembrada na triste   música ASA BRANCA de 1947.


     PARTE III

A RODOVIA  ASA BRANCA   

De João Silva

João Silva, pernambucano de Arcoverde,  o maior parceiro do velho Lula e que vivia ao seu lado, resolveu junto ao Rei documentar a chegada do progresso na terra de seu  Luiz, nesta época de  1984 a 1986 os Governos do Ceará e de Pernambuco resolveram pagar uma dívida ao maior símbolo  musical do Nordeste , para este intento decidiram asfaltar o trecho que vai  da Cidade do Crato no Ceará  ao Exu em Pernambuco, mais de 80 quilômetros, cortando a Chapada do Araripe, meu reduto, meu berço e o porto seguro do velho  rei do baião.  A esta estrada deram o nome de - RODOVIA ASA BRANCA  .

O João Silva compôs a música que foi imortalizada na voz mais nordestina dos nordestinos, na voz do filho de seu Januário e de dona Santana, LUIZ GONZAGA .


        PARTE IV
PROJETO ASA BRANCA  DE  JOSÉ MARCOLINO 
   NA VOZ DO REI LUIZ GONZAGA

 IRRIGAÇÃO ,
  ÁGUA PARA O NORDESTE

Em 1978 assumia o Governo biônico de Pernambuco o Dr. Marcos Maciel,  junto ao Luiz Gonzaga prometeu levar água ao povo sofrido e criou o Projeto Asa Branca, levando água para os serranos da abençoada chapada, hoje o Geopark do Araripe, celeiro fóssil do globo terrestre.

Para homenagear e documentar o fato,  o Luiz  junto ao paraibano de Monteiro,  Zé  Marcolino  lançaram em 1983 a música  PROJETO ASA BRANCA.

Como estão vendo,   é a arte uma das melhores maneiras de documentação desde os primórdios do mundo. Lembro que foram os cordelistas , os repentistas , os  escritores regionais, os almocreves  e a mídia boca a boca  que documentaram mais de mil anos de história. Vide o cangaço, o Padre Cícero, as grandes batalhas e os diversos fatos que hoje são resgatados com precisão.
 
                                         Posfácio

Luiz Gonzaga e os seus parceiro  foram os maiores documentadores dos fatos brasileiros, o país está retratado nas suas obras.  Mais de 1000 músicas gravadas , mais de 100 LPs próprios , participação em mais de 1000 de outros artistas.  Cada episódio, cada cidade, cada amigo, cada momento e cada povo está salpicado, ovacionado, registrado, imortalizado e reverberado na mais ouvida e suave voz do Brasil, LUIZ  GONZAGA DO NASCIMENTO, o imortal rei do baião, um gênio que nunca desafinou.
  

" Vai, boiadeiro, que a noite já vem

Guarda o teu gado e vai pra junto do teu bem"

Klecius Caldas / Armando Cavalcante

 
Luiz Gonzaga é gente da gente , é gente  nossa, é a alma do nordeste. Foi Luiz que deu voz ao nordestino:  Seu Zé passou a ser chamado de  Sr. José Clemetino, seu  mané de Sr. Manoel Salustiano  , dona Toinha de Sra Antonia Clementina e dona Maria  de Senhora Maria Nordestina do Araripe, baiano em São  Paulo  e paraíba no Rio de Janeiro ganharam identidade.
Os nordestinos ganharam nomes ,  sobrenomes e cidadania.

Três homens imortais,   um pássaro, uma chapada, a seca, a chuva, uma estrada e depois a irrigação. Estes fatos só poderiam acontecer no Nordeste Brasileiro e não poderiam ficar engasgados na goela deste simples mortal. Um desidratado retirante tal qual  a Asa Branca.  Nascido, batizado, criado e sapecado pelo sol esturricante  na abençoada Chapada do Araripe, divisa do Ceará  com Pernambuco.

Sou  fruto pequeno, sou quase nada da Chapada do Araripe,   mas,  nascer naquelas plagas já  foi uma dádiva do Criador, está  bom demais, se tivesse de nascer outra vez , guiaria  a cegonha para o mesmo pasto , para a mesma casa de adobe , cairia nas mamas de minha mãe e esperaria os estrondos dos bacamartes desparados por meu pai.

Sou nordestino e retirante com muita honra, no meu tempo e onde  nasci,  de cada quatro morriam dois, só ficavam os fortes.  Os que comiam pedra, pau, mandacaru, tanajura, girino,   sibito,  peba, calango, preá , berdoega, beiju de forno,  doce de gergelim , leite de cabra ;  frutos, folha e raiz de umbu. Os que comiam  poeira, cabo de foice , de enxada , de cavador, de facão  , sopa de pregos e de parafusos, os que  matavam a sede com água barrenta de barreiros e de telhados    tratada com pedra hume e  coada na boca do pote. Aqueles que tomavam  café torrado no caco , moído no   pilão e adoçado com rapadura,    mel de cana ou de abelha.   Só escapavam os fortes, os  resistentes, como dizia o Euclides da Cunha na enciclopédia do nordeste,  OS SERTÕES,  publicado em 1902  “O sertanejo é, antes de tudo, um forte".  Eternizado no cancioneiro brasileiro  pela Eescolas de samba  Em Cima da Hora  do Rio de Janeiro no carnaval de 1976.
 
"Marcado pela própria natureza
O Nordeste do meu Brasil
Oh! solitário sertão
De sofrimento e solidão"

Composição de Edeor de Paula interpretada na avenida por Nando e Baianinho.



Só escapavam aqueles que passavam 04 meses numa farinhada arrancando mandioca, cortando e carregando lenha no lombo dos jegues, brigando com as formigas, com as lagartas e com  as  cascavéis.  Vencendo os bichos de pé, pulgas, mutucas, espinhos e carrapatos, tendo direito a apenas um banho por semana, aos domingos,   com uma cuia de cabaça, nos outros dias apenas lavava os pés para não sujar a preciosa rede,  devido a escacez da água e do sabão, os raios solares desinfetavam os fungos e bactérias pertinetes ao ser humano.

Três dias sem água, trinta dias sem carne e três anos de sol.   O feijão com  farinha e toucinho de porco  o   prato preferido, um taco  de rapadura para adoçar a boca    , uma caneca d’água para tirar o gosto de açúcar da boca e o saboroso café ainda com alguns fragmentos de pó.
 
Isto  é o Nordeste, isto é  a Asa Branca e assim foi mais uma etapa  na vida do nordestino.  

Iderval Reginaldo Tenório
 

ESCUTEM AS QUATRO FASES

Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
 
 
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
 
 
Que braseiro, que fornaia
Nem um pé de prantação
Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
 
 
Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Entonce eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Entonce eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
 
 
Hoje longe, muitas légua
Numa triste solidão





Luiz Gonzaga - Asa Branca (Rei do Baião) - YouTube

www.youtube.com/watch?v=cWiJL0_yj9c
26 de out de 2009 - Vídeo enviado por Breno Alves
Asa-Branca é uma canção de choro regional (popularmente conhecido como baião) de autoria da dupla ...


Luiz Gonzaga - A volta da asa branca - YouTube


Letras
 
Já faz três noites
Que pro norte relampeia
A asa branca
Ouvindo o ronco do trovão
Já bateu asas
E voltou pro meu sertão
Ai, ai eu vou me embora
Vou cuidar da prantação
 
 
A seca fez eu desertar da minha terra
Mas felizmente Deus agora se alembrou
De mandar chuva
Pr'esse sertão sofredor
Sertão das muié séria
Dos homes trabaiador
 
 
Rios correndo
As cachoeira tão zoando
Terra moiada
Mato verde, que riqueza
E a asa branca
Tarde canta, que beleza
Ai, ai, o povo alegre
Mais alegre a natureza
 
 
Sentindo a chuva
Eu me arrescordo de Rosinha
A linda flor
Do meu sertão pernambucano
E se a safra
Não atrapaiá meus pranos
Que que há, o seu vigário
Vou casar no fim do ano.
 
 
Fonte: Musixmatch
Compositores: Luiz Gonzaga / Ze Dantas
www.youtube.com/watch?v=whKGCQiD7iY
17 de mai de 2009 - Vídeo enviado por didiloureiro
essa musica como as demais de Luiz Gonzaga são obras- primas dignas de figurarem em todos os ...

Rodovia Asa Branca

Luiz Gonzaga

COMPOSIÇÃO -JOÃO SILVA


Eu vi um dia
Dois homens fazer um trato
De ligar Exu ao Crato
Pernambuco ao Ceará
O homem de cá
Trabalhou chegou primeiro
E o de lá também ligeiro
Num dançou eu chego lá

Olha o homem aí
É gente da gente
Olha o homem aí
Alegre e contente

Olha os homen aí
É o povo que diz
Olha os homen aí
Juntos com Luiz

Roda, rodada
Rodando, roda rodeia
Rodovia, Asa Branca
Tá todinha prá você

Olha o homem aí..
..

Rodovia Asa Branca - YouTube

www.youtube.com/watch?v=4l6FdSyAzBY
17 de mar de 2012 - Vídeo enviado por Pedro Macedo
Música Rodovia Asa Branca com Luiz Gonzaga. ... Asa Branca no aniversário de 75 anos de Luiz ...

Projeto Asa Branca - YouTube


www.youtube.com/watch?v=NHkL54Gugjc
17 de mar de 2012 - Vídeo enviado por Pedro Macedo

 

Projeto Asa Branca

Luiz Gonzaga/ ZÉ MARCOLINO

Ainda não temos a cifra desta música.

Louvado seja Deus
Abençoada a canção
Louvado seja o homem
Que dá água pro sertão

Bendito foi o momento
De divina inspiração
Quando feita a conclusão
De um grande planejamento
Dia onze de dezembro
Do ano setenta e nove
Vem à tona e se promove
Uma idéia rica e franca
Marco Antonio Maciel
Criou o Projeto Asa Branca

Dia vinte e um de março
Data marcante, ano oitenta
Maciel num tempo escasso
Prevendo a seca cruenta
Na cidade de salgueiro
Promoveu o lançamento
Para o engrandecimento
Da terra em sua mensagem
Consagrou esse projeto
Pra salvação da estiagem

Parabéns sertão e agreste
Pela graça que hoje alcança
Com a cor da esperança
Toda a região se veste
Tantas obras preventivas
Por ele realizadas
Açude, barragem, estrada
Para comunicação
Prendendo as águas dos rios
Pela perenização

Meningite: Dr. Claudilson José de Carvalho Bastos

É OBRIGATÓRIO TODOS OS CIDADÃOS ASSISTIREM ESTA ENTREVISTA.

CURTA E ESCLARECEDORA.

Assistam esta grande entrevista esclarecedora com o Dr Claudilson Bastos.

Infectogista de grandes conhecimentos e medico especialista do Brasil.

Dr. Claudilson José de Carvalho Bastos (CRM 10647-BA) é secretário da Sociedade Brasileira de Infectologia (regional Bahia) e preceptor da Residência Médica em Infectologia do Instituto Couto Maia

Iderval Reginaldo Tenório

sábado, 16 de julho de 2022

Botulismo infantil e o Mel de Abelha- Cuidado até um ano não pode usar.

Botulismo infantil e o Mel de Abelha- Cuidado  até um ano não pode usar.

 Matéria de suma importância para toda a humanidade. Leia, aprenda e divulgue com todos as pessoas . 

Aquilo que é bom deveria ser compartilhado com mais frequência , pois pode salvar vidas. Mesmo  sabendo que o mel é  um dos melhores alimentos, é prejudicial para o ser humano até o primeiro ano de idade.

Entenda o processo e só o utilize depois do primeiro ou segundo ano de vida.

Iderval Reginaldo Tenório


Mel

O mel está contraindicado para bebês de até 1 ano de idade, pois pode conter a bactéria Clostridium botulinum, que libera toxinas no intestino causando o botulismo, que traz complicações como dificuldade para engolir, respirar e se mexer, podendo levar à morte. 

Isso acontece porque a flora intestinal do bebê ainda não está completamente formada e fortalecida para combater os micro-organismos estranhos que contaminam os alimentos, sendo importante evitar o uso de qualquer tipo de mel.

Desta forma, deve-se evitar dar mel ao bebê até o 1º ano, mas alguns médicos podem indicar esperar completar os 2 anos. O ideal é consultar o pediatra para avaliar o melhor momento para adicionar o mel na alimentação, de acordo com a saúde e desenvolvimento do bebê.

 

Revisão médica: Drª. Beatriz Beltrame
Pediatra
abril 2021

Botulismo infantil: o que é, sintomas e tratamento


O botulismo infantil é uma infecção relativamente rara, porém grave, que é causada pela bactéria Clostridium botulinum que pode contaminar água e alimentos mal conservados. Assim, a bactéria pode entrar no organismo do bebê através do consumo de alimentos contaminados e passa a produzir uma toxina que resulta no aparecimento dos sintomas.

A fonte mais comum de infecção em bebês é o consumo de mel, isso porque o mel é um ótimo meio de propagação dos esporos produzidos por essa bactéria. A presença da toxina no organismo do bebê pode resultar em grave comprometimento do sistema nervoso, podendo a infecção ser confundida com o acidente vascular cerebral, por exemplo.

Por esse motivo, o consumo de mel está desaconselhado antes dos 2 anos de idade para evitar o surgimento de botulismo, que pode acabar prejudicando o desenvolvimento do bebê.

Principais sintomas

Os sintomas iniciais do botulismo no bebê são semelhantes ao de uma gripe, no entanto são seguidos pela paralisia dos nervos e músculos da face e da cabeça, que posteriormente evolui para os braços, pernas e músculos respiratórios.

Assim, o bebê pode apresentar:

  • Dificuldade em engolir;
  • Sucção fraca;
  • Apatia;
  • Perda das expressões faciais;
  • Sonolência;
  • Letargia;
  • Irritabilidade;
  • Pupilas pouco reativas;
  • Prisão de ventre.

Sempre que existir suspeita de botulismo no bebê é importante ir ao hospital ou consultar o pediatra, pois a falta de diagnóstico e o atraso no tratamento aumenta o risco de agravamento da infecção, o que pode colocar o bebê em risco de vida.

O diagnóstico é mais fácil quando existe informação do histórico alimentar recente da criança, mas só pode ser confirmado através de exame de sangue ou da cultura de fezes, em que deve ser verificada a presença da bactéria Clostridium botulinum.


Como é feito o tratamento

O tratamento do botulismo no bebe é feito com a lavagem estomacal e intestinal para retirar qualquer resto alimentar contaminado. A Imunoglobulina anti-botulismo intravenosa (IGB-IV) pode ser utilizada, mas produz efeitos colaterais que merecem atenção. Em alguns casos é necessário que o bebê respire com a ajuda de aparelhos por alguns dias e, na maior parte das vezes, ele recupera-se completamente, sem maiores consequências.

 

 

O que não dar para o bebê comer até os 2 anos


Os alimentos que não se devem dar para  bebês com menos de 2 anos de idade são aqueles ricos em açúcar, sal, gordura, corantes e conservantes químicos, como refrigerantes, gelatina, balas e biscoitos recheados. Isso acontece porque estes alimentos podem sobrecarregar os rins do bebê e o sistema digestivo, causando irritação no estômago ou intestino, dificultando a digestão e a absorção de nutrientes essenciais para o desenvolvimento do bebê. 

Além disso, os 2 primeiros anos de vida do bebê correspondem à fase de desenvolvimento do paladar, em que o bebê aprende a comer o que é oferecido, o que vai acabar se refletindo na alimentação da vida adulta, devendo-se oferecer uma alimentação mais natural possível. 

Existem alguns alimentos que devem ser evitados até os 6 meses do bebê, como amendoim, ovo, peixe ou frutos do mar, mas que podem ser introduzidos na alimentação logo após essa idade, sendo até recomendados pela Sociedade Brasileira de Pediatria como forma de evitar o desenvolvimento de alergias no futuro. 

Alimentos a evitar até 1 ano

Os principais alimentos que devem ser evitados pelos bebês no primeiro ano de vida incluem:

1. Amendoim

O amendoim, assim como outras oleaginosas, como castanhas e nozes, são alimentos potencialmente alergênicos, o que significa que têm alto risco de fazer com que o bebê desenvolva alergia e tenha problemas sérios, como dificuldade para respirar e inchaço da boca e da língua.

Assim, essas oleaginosas devem ser evitadas até os 6 meses de idade, que é a fase em que o bebê deve se alimentar exclusivamente do leite materno e/ou fórmulas. A partir dos 6 meses até 1 ano de vida, é recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria que esses alimentos sejam oferecidos ao bebê, pois possuem alto valor nutricional e podem ajudar a evitar o desenvolvimento de alergias no futuro.  

Esses alimentos devem ser oferecidos na sua forma natural, sem sal e sem conservantes e deve-se ter o cuidado para a criança não engasgar.

2. Peixes, ovos e frutos do mar

Assim como o amendoim, o peixe, os ovos e os frutos do mar devem ser evitados até os 6 meses de vida do bebê, que é o período de amamentação exclusiva. Após os 6 meses e até o primeiro ano de vida, a Sociedade Brasileira de Pediatria, recomenda oferecer esses alimentos à criança de forma a evitar o desenvolvimento de alergias no futuro.

Ao oferecer esses alimentos à criança, é importante que estejam bem cozidos e que não contenham pedaços ou espinhas que possam engasgar o bebê. Além disso, recomenda-se dar cada alimento separadamente, pois caso o bebê tenha sintomas de alergia, pode-se identificar o tipo de alimento que causou. 

3. Mel

O mel está contraindicado para bebês de até 1 ano de idade, pois pode conter a bactéria Clostridium botulinum, que libera toxinas no intestino causando o botulismo, que traz complicações como dificuldade para engolir, respirar e se mexer, podendo levar à morte. 

Isso acontece porque a flora intestinal do bebê ainda não está completamente formada e fortalecida para combater os micro-organismos estranhos que contaminam os alimentos, sendo importante evitar o uso de qualquer tipo de mel.

Desta forma, deve-se evitar dar mel ao bebê até o 1º ano, mas alguns médicos podem indicar esperar completar os 2 anos. O ideal é consultar o pediatra para avaliar o melhor momento para adicionar o mel na alimentação, de acordo com a saúde e desenvolvimento do bebê.

 

Pesquise por assunto
Respeite a autoria e a continuidade da informação de qualidade, referenciando a fonte pelo hiperlink completo. O material produzido pela FoodSafetyBrazil.org é protegido pela lei 9.610/98. (do artigo: https://foodsafetybrazil.org/os-perigos-do-melzinho-na-chupeta-risco-de-botulismo-no-bebe/)
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O QUE É MO NORDESTE.

                     Programação especial de aniversário da morte do Rei do Baião

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Dia do Nordestino 8 de Outubro | Amigos Nordestinos

Quem são os escritores do Nordeste? | Estados Literários | Check-in Virtual

111 anos de Patativa do Assaré é celebrado com festival e condecoração de  personalidades – Badalo

Num debate sobre o Nordeste , lá no Recife, fui provocado a definí-lo  .

De supetão , sem uma escrita prévia , com a ajuda de Deus, do meu Padim Ciço do Juazeiro, da minha mãe e do meu passado  iniciei o meu prosear. 

 Diante de uma plateia seleta com artistas, escritores  e outros nordestinos de valor  ,  olhando para cada um assim me pronunciei.

No fim do arrazoado  e para a minha surpresa o organizador falou: " ficou gravado, vamos transformar em escrita e enviaremos  para o senhor"    

Três meses depois recebo pelos correios este texto, achei  incompleto, porém como sou corajoso resolvi publicar neste blog. 

Boa leitura.

Iderval Reginaldo Tenório 


 

                                            O QUE  É O NORDESTE.

Olhei para os participantes, fileira por fileira, cadeira por cadeira, nome por nome, cidade  por cidade, origem por origem e pensei, ficou fácil.  O Nordeste está na minha mente e parte dele está sentado à minha frente. 

Fui olhando , falando , apontado para cada um dos nobres nordestinos da plateia e saiu estas palavras.

 

O QUE É O NORDESTE. 

                 O Nordeste é poesia,  realidade e   ilusão,  o Nordeste é seca,  chuva e chão, é a fome e a razão.

                 O Nordeste é o homem forte,  é a mulher guerreira, é a Paraíba e o sertão. O Nordeste  é Juazeiro do Norte, Caruaru, Exu, Vitória da Conquista , Palmeira dos Índios,  Feira de Santana, Itapebi, Paramirim, Piranhas, Bom Jesus da Lapa  , o  Crato , Canudos , o Pacto dos Coronéis e   a Guerra de Sediçao. É a Chapada do Araripe ,  da Diamantina , o Raso da Catarina, a  Serra do Sincorá , o  Rio São Francisco, o Delta do Parnaíba , os Lençóis Maranhenses, a Serra da Capivara  e o Vale do Capão. 

                 O Nordeste é o Padre Cícero, a Beata Mocinha, a Beata Maria de Araújo e o milagre do Juazeiro,  o Padre Ibiapina, Antonio Conselheiro, o Beato Zé Lourenço, Dr Floro Bartolomeu,   a Irmã Dulce e  o Frei Damião. 

                 É a Bahia,  Pernambuco,   Ceará ,  o Cariri,  o horto e o sertão. O Nordeste  é  Aroiras, é Dudé,  José ,  Damião e o Patativa do Assaré. É o João Silva, o João Gonçalves, João do Pife, Zabé da Loca,  o Dominguinhos, o Genival, o Onildo Almeida  e Luiz o  Rei do Baião. É o  Chico Anysio,   Xangai, Raymundo Sodré, Elomar, Bule Bule e Riachão.

              O Nordeste   é Luiz Vieira,  Dorival Caymmi, Capiba, Gilberto Gil, Caetano, Fagner, Ednardo,   Luiz Fidelis,  Pedro Bandeira de Caldas, Rosario Lustosa, Rosangela Tenório ,Belchior e o seu medo de avião. 

         É o meu primo Lunga e  o menestrel Marcos Sales, é o  amigo Zé Leite,  é Zé Miguel e dona Tonha,  minha mãe, meu pai e  meu irmão,  é a Serra do Araripe , os padres salesianos e o meu torrão.

              O Nordeste  é o Chico,  o Francisco ,  o cabeça chata , o Zé Marcolino e o seu   Pássaro Carão.   É Campina Grande  ,  a cabeça de galo e o pirão. É o amigo,  o padre,  o cantor e  o irmão, é a reza, o batismo, o compadre, a comadre, a fogueira   e  a renovação.

              O Nordeste é o Suassuna,   Perfilino Neto ,   Daniel Walker,  o Casimiro,  o Frederico Pernambucano de Melo,  o Israel Filho, o Lenine e o Assisão , é o Alceu Valença, os Calixtos,  o Byron Sarinho, o  Jorge Amado e sua Gabriela, é Antonio Nóbrega, José de Alencar, Ruy Barbosa,  Dom Helder Câmara, Antonio Costa, Herberto Sales e o seu cascalho, é Maria Bonita, Corisco, Volta Seca , Dadá e Lampião.

                 O Nordeste   é o jumento esperto, o cabrito que berra,  o carneiro  valente,  o bode que fede e  o pai de chiqueiro. É  o burro velhaco,  a mula que trota,     a  égua  esquipadeira e   o cavalo alazão.

              É a vaca parida,  a novilha bonita,  o bezerro apartado, é o boi com careta e  o boi cambão, é o cavalo de corrida,  o vaqueiro encourado ,  o macho valente e  a festa de apartação.  É a vaquejada, o feijão de corda,  o queijo de coalho, a carne de sol ,   o baião de dois e a carne de  sertão.  É a buchada de bode,  a cabocla bonita ,  a sanfona solta e  a exposição.

                 O Nordeste é poeira, garrancho, jiquiri   , caatinga, maniçoba ,  pedra e chão  .  É o Paraíso, é a Asa Branca,  a Juriti , o mocó, o calango verde, o Teiú,   o preá ,  a cascavel , o anum e   o Gavião. 

       É o verde, o mandacaru, o aveloz ,  o espinho, a cabeça  de frade , o homem e o  bicho furão.

      O Nordeste é o céu,  o inferno   , o purgatório, o pecado  , Deus e muitas vezes  o nordeste é o cão.


             O Nordeste é  brega,  forró,  xote,  bolero,  valsa ,   xaxado,  samba apracatado, a oito baixos, o triangulo , o zabumba e o baião . O Nordeste é o repente, o cordel,  o desafio, a embolada, a sanfona, a xilogravura,  o pandeiro, o triangulo   ,   a festa da padroeira, a lapinha,  são Pedro, Santo Antonio  e a festa de São João.

              O Nordeste é tudo isto, o Nordeste é nosso, é cultura, sol e   poeira , é a viola e  o violão, é a rabeca, o chifre de boi, o rapé, o cigarro de palha, o cachimbo e o artesão.  É o maneiro pau, o Bigode, Meu Mano, Nair Silva , o reizado,  a lapinha,  o repente,  a força, a coragem  e  a razão.

               O Nordeste é a currulepe, a cangalha, o cambito, o borná,  a baladeira, o arco e flecha,  a garrucha, o bacamarte e  a lazarina, é o cachorro pé duro, a cachorra magra, o cabra, o coiteiro, o jagunço , o cangaceiro,  a gruta de angico, a cabroeira, o chapéu de couro, a cartucheira, a volante,  a faca e o punhal ,  o coroné e    o patrão.

               O Nordeste Dudé é tudo, é   amor,  canção,  Maria ,  José e  João, é o milho, a canjica e o pão, é o choro ,  a tristeza,  a alegria e o perdão . É o dia, a noite,  a lua ,  o sonho, o pesadelo e a emoção,  é o sol,  o vento , o mormaço, a miragem, a incerteza, a dúvida   e a razão.

 O Nordeste  é o meu pai, é a minha mãe e o meus irmãos, é o seu pai , a sua mãe, a sua casa, o seu terreiro, o seu reduto , é a união. 

O NORDESTE  É FOGO,  FRIO ,

LUTA  E  PAIXÃO.

O NORDESTE, meus conterrâneos, somos todos nós, com muito orgulho    e muita  paixão.

Amigos, nós somos o Nordeste, o Nordeste somos nós . 

                                                                08 de outubro de 2002

Iderval Reginaldo Tenório.

Juazeiro do Norte

 

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