Continuarei nesta tecla , neste diapasão, se os nossos gestores sonham com um país mais igual, sem preconceito e com igualdade social, basta investir na escola, primordialmente nos brasileiros abandonados por mais de 450anos . Nós, os descendentes dos índios, os verdadeiros brasileiros e os afrodescendentes, que construíram esta nação nas costas e na peia , clamamos por educação de qualidade para todos , independente da classe social, vamos encampar o sonho do grande Martin Luther King Jr, no plural : vamos salvar as crianças brasileiras, são o nosso futuro.
Iderval Reginaldo Tenório
Abdias Nascimento discursa na tribuna do Senado Federal (1991)
Abdias do Nascimento (Franca, 14 de março de 1914
— Rio de Janeiro, 23 de maio de 2011)[1] foi ator,
poeta, escritor, dramaturgo, artista plástico,
professor
universitário, político e ativista dos direitos civis e humanos das
populações negras brasileiro.
Considerado um dos maiores expoentes da cultura negra e dos direitos humanos no
Brasil e no mundo, foi oficialmente indicado ao Prêmio Nobel da Paz de 2010.
Fundou entidades pioneiras como o Teatro
Experimental do Negro (TEN), o Museu da Arte Negra (MAN) e o
Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros (IPEAFRO). Foi um idealizador
do Memorial Zumbi e do Movimento Negro Unificado (MNU) e atuou em movimentos
nacionais e internacionais como a Frente Negra
Brasileira, a Negritude e o Pan-Africanismo. Quando jovem, durante
quatro a cinco meses entre 1936 e 1937, ele teve uma rápida passagem pela Ação
Integralista Brasileira[2], em que atuou como jornalista.
Desligou-se dessa organização no início de 1937 em razão de sua oposição ao
segmento "sistematicamente racista contra os negros"[3]. Atuou no antigo Partido
Trabalhista Brasileiro (1945-65) e foi fundador do Partido
Democrático Trabalhista em 1981, chegando a ser vice-presidente da
legenda a que foi filiado até sua morte.[4]
Foi professor emérito
na Universidade do Estado de Nova York, campus de Buffalo, EUA, onde, durante seu exílio do
regime militar, ele foi professor titular por dez anos. Nascimento
atuou como professor visitante na Escola de Artes Dramáticas da Universidade Yale. Convidado pelo Fórum das
Humanidades da Universidade Wesleyan, também nos Estados Unidos, ele participou
na condição de Visiting Fellow, com alguns dos mais destacados intelectuais da
época, do Seminário "A Humanidade em Revolta". Foi professor
convidado do Departamento de Línguas e Literaturas Africanas da Universidade de
Ife, em Ile Ife, Nigéria. Voltando do exílio, foi
deputado federal e senador da República, além de secretário do governo do
Estado do Rio de Janeiro.
Foi um
dos maiores defensores da cultura e igualdade para as populações afrodescendentes no Brasil, nome de grande importância para a
reflexão e atividade sobre a questão do negro na sociedade brasileira. Teve uma
trajetória longa e produtiva, indo desde o Movimento
Integralista, passando por atividade de poeta
(com a Hermandad, grupo com o qual viajou de forma boêmia pela América do Sul), até ativista do Movimento
Negro, ator (criou em 1944
o Teatro
Experimental do Negro) e escultor.
Anos mais
tarde, sobre as cobranças da UNE quanto ao seu passado
integralista, disse: "não tinha nada a declarar naquela espécie de
autocrítica sob coação. Nada havia no meu passado para lamentar ou arrepender.
Não me submeteria àquela chantagem."[6][7]
Gumercindo Rocha
Dorea assim descreveu Abdias à Frente
Integralista Brasileira, em 2010: "O nosso encontro seguinte
foi na África, no decorrer do II Festival de Arte Negra, realizado na Nigéria,
em 1977: integrava, então, a comitiva oficial do Brasil, chefiada por Euro
Brandão, na época Secretário-Geral do MEC. Por seu lado, Abdias fazia parte da
comitiva norte-americana, liderada por um líder racista, e que trazia para o
encontro de Lagos o ódio alimentado contra a raça branca, ali ainda
virulentamente dominante. Naquela época era totalmente impossível prever-se a
eleição de um Obama... Abdias do Nascimento já não mais encontrava no
Integralismo a solução para o problema angustiante da integração da raça negra
na estrutura do povo brasileiro. Voltava-se, então, para a doutrina do ódio de
raça contra raça, se tornando, indiscutivelmente, o seu líder. Esquecia-se,
assim, de Plínio Salgado e os integralistas, 'de cuja agenda constavam a
valorização do mestiço e a dignificação do negro', nas palavras de Alberto da
Costa e Silva (...). Dezenas e dezenas de anos lutando por um ideal, mesmo
maculado em sua etapa derradeira – a dos últimos anos – por um ódio irracional!"[8]
Após a
volta do exílio (1968-1978),
insere-se na vida política (foi deputado federal de 1983
a 1987, e senador da
República de 1997 a 1999
pelo Partido
Democrático Trabalhista assumindo a vaga após a morte de Darcy Ribeiro), além de colaborar
fortemente para a criação do Movimento Negro Unificado (1978).
Em 2006, em São Paulo, criou o dia 20 de
Novembro como o dia oficial da consciência negra.[9]
Foi
casado quatro vezes. Sua terceira esposa foi a atriz Léa Garcia, com quem teve dois filhos, e a
última a norte-americana Elizabeth Larkin, com quem teve um filho.
Em 2012
foi homenageado pela escola de samba Acadêmicos
de Vigário Geral, que apresentou o enredo "Abdias Nascimento:
Uma vida de lutas", no carnaval carioca.[10]
Em 14 de
setembro de 2017, teve seu nome dado a um navio da Transpetro - Petrobras
Transporte.
LIVROS DO GRANDE ABDIAS NASCIMENTO
- Africans in Brazil: a Pan-African perspective (1997)
- Orixás: os deuses vivos da Africa (Orishas: the living gods of Africa in Brazil) (1995)
- Race and ethnicity in Latin America - African culture in Brazilian art (1994)
- Brazil, mixture or massacre? essays in the genocide of a Black people (1989)
- Racial Democracy in Brazil, Myth or Reality?: A Dossier of Brazilian Racism (1977)
- O Griot e as Muralhas, com Éle Semong. Rio de Janeiro, Pallas, 2006.[11]
- O Quilombo. Edição em fac-smile do jornal dirigido por Abdias Nascimento.São Paulo, Editora 34, 2003.[12]
- O Quilombismo,2a.ed Brasilia/ Rio de Janeiro. Centro de Estudos Afro-Orientais /Editora da Universidade Federal da Bahia EDUFBA, 2002.
- O Brasil na Mira do Pan-Africanismo, Salvador, Centro de Estudos Afro- Orientais. Ed. EDUFBA, 2002.
- Orixás: os Deuses Vivos da África/ Orishas: the Living Gods of Africa in Brazil. Rio de Janeiro/ Philadelphia: Intituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros/ Temple University Press, 1995.
- A Luta Afro-Brasileira do Senado. Brasília: Senado Federal, 1991.
- Povo Negro: A sucessão e a “Nova República”. Rio de Janeiro: Ipeafro, 1985.
- Jornada Negro-Libertária. Rio de Janeiro: Ipeafro, 1984.
- Axés do Sangue e da Esperança: Orikis. Rio de Janeiro: Achiamé e RioArte, 1983. (Poesia.)
- Sitiado em Lagos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981.
- O Quilombismo. Petrópolis: Vozes, 1980.
- Sortilégio II: Mistério Negro de Zumbi Redivivo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. (Peça de teatro.)
- Sortilege: Black Mystery, trad. Peter Lownds. Chicago: Third World Press, 1978.
- Mixture or Massacre, trad. Elisa Larkin Nascimento. Búfalo: Afrodiaspora, 1979.
- O Genocídio do Negro Brasileiro. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
- Racial Democracy” in Brazil: Myth or Reality, trad. Elisa Larkin Nascimento, 2.ª ed. Ibadan: Sketch Publishers, 1977.
- Racial Democracy” in Brazil: Myth or Reality, trad. Elisa Larkin Nascimento, 1.ª ed. Ile-Ife: University of Ife, 1976.
- Teatro Experimental do Negro, 1959. (Peça de teatro.)
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