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A CATÁSTROFE DE MARIANA- TUDO EM
SILENCIO
O CULPADO FORAM OS GOVERNOS QUE SOBREVIVERAM DA VENDAS DAS COMMODITIES.
Brasileiros verdadeiramente brasileiros,
numa fatídica tarde de tenebrosas lembranças, a nação foi em
parte devastada por uma gigantesca catástrofe contra a natureza e contra o que
existe de mais sublime , o seu povo, fruto da somatória de múltiplos e
equivocados atos governamentais que culminou com a morte de
componentes de todos os tipos de espécies, inclusive a humana e de todo
um ecossistema.
O rompimento de uma barragem que armazenava os rejeitos
na extração do ferro bruto , elemento indispensável na produção das
pelotas e do ferro gusa, minério responsável pelo maior faturamento da
pauta de exportação das commodities, o setor que oxigenou a sofrida e combalida
economia brasileira perpetrada pelo governos Lula/Dilma, nestes governos o país
passou a ser um mero país extrativista, o país retroagiu a 1940 e muitos
apoiaram.
Para a extração, transporte e produção do ferro
utilizam-se máquinas pesadas, explosivos, grandes devastações, assoreamentos
dos rios e muita água potável, água esta que deveria ser usada na
manutenção do ecossistema em todos os seus vieses, do uso doméstico pelos
homens e animais ao equilíbrio do meio ambiente perenizando os rios , os seus
mananciais , na alimentação dos projetos agropecuários , na manutenção do clima
e de tudo que a ela for interligado.
OS CULPADOS.
Com a escolha do governo central nos últimos
12 anos, de 2003 a 2016, e de priorizar a economia no setor commodities,
principalmente a exportação dos minérios como um todo, primordialmente o ferro,
matando o setor produtivo, a industrial e , azeitando o
setor consumo, o Brasil comteu uma autofagia, comeu luiteralmente o seu próprio corpo e o povo rindo, rindo e rindo de sua própria morte silenciosa, o governo facilitou as licenças, entregou e ofereceu o território
nacional para as grandes mineradoras ao redor do mundo , praticamente
obrigou os exploradores a destruir morros, serras e rios, contribuiu para
se cavar gigantescas crateras, destruírem campos de plantações e criatórios,
enfim, ajudou a consumir e exaurir os recursos naturais, mais uma vez cito,
as águas potáveis e as terras agriculturáveis da região, tudo
com o intuito de alavancar a economia num único segmento, o pior, a venda da
própria terra para o exterior , enviando em forma de minerais brutos ou
semi beneficiados milhões de toneladas de ferro, o Brasil voltou a ser uma
nação extrativista, um país que assim viveu assim por vários séculos.
Os especialistas informam, que uma
barragem com 70 milhões de metros cúbicos , isto equivale a 70 bilhões de
litros de produtos nocivos ao meio ambiente, de rejeitos minerais, um grande
açude de lama ferrosa e outros componentes jamais poderia ficar num alto
colocando em risco milhões de vidas, e que na sua trajetória, caso
acontecesse um rompimento não poderia ficar cidades, vilas, currais, fazendas
ou leitos de rios, no caso em tela, o da vez , foi um Rio, que tal qual o
Nilo, alimentava e alimenta de vida uma população ribeirinha de milhões
de brasileiros, a fauna , a flora e todo um ecossistema, este Rio
corre por mais de 600 quilômetros até a foz e abastece mais de 16 municípios de
tudo, do vegetal ao animal.
Este silêncio diante do estrago é consequência da
conivência governamental, este silêncio configura o sentimento de culpa das
autoridades, configura um filtro para o não despertar da população para o
grande problema criado, como também para evitar a eclosão de mais um escândalo
nacional.
O país foi leiloado ao mundo no setor commodities, grandes são as fazendas de
estrangeiros produtoras de soja e de carnes no seu território,
grandes são as mineradoras a escavacar o solo pátrio com a finalidade de enviar
as riquezas para alimentar as indústrias por este mundo afora, hoje a
única maneira que o governo possui para entrar divisas na nação, vende-la literalmente
ao mundo a preços insignificantes, como nos séculos XV, XVI, XVII, XVIII
E XIX do submundo, quando a nação era apenas extrativista e depois
voltarem beneficiadas a preços de ouro. Vai-se um navio de ferro e voltam
dois faqueiros .
Como recompensa azeita os subempregos nos serviços
e no comércio, ocupa a população desqualificada no setor de vendas de coisas,
de coisas , fechando o ciclo de envio de dólares para os produtores
destas coisas aqui consumidas e aqui não produzidas .
Relembro mais uma vez, enquanto mais se
consome mais divisas são enviadas aos produtores no exterior que priorizaram a
indústria que agregam valores aos manufaturados.
A Catástrofe de Mariana tem nome, pai, mãe ,
responsáveis e endereço, é apenas mais uma questão Brasil, que por aqui e
por lá não tem valor.
Da vida humana ao meio ambiente, para
os dominantes nada tem valor , é apenas uma questão Brasil, de 1500 para cá o
mesmo diapasão, isto é Brasil.
Os culpados um dia irão responder
Iderval Reginaldo Tenório