terça-feira, 5 de junho de 2018

A MENINA QUE FOI VENTO
 SYMONA GROPPER.

O livro pode ser encontrado na livraria LDM (Shopping Paseo Itaigara e Cine Itaú Glauber Rocha) e na livraria Leitura (Shopping Bela Vista). 
PELA INTERNET
 https://sefer.com.br/a-menina-que-foi-vento/1/
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                          TODO MUNDO DO MUNDO DEVERIA CONHECER ESTA OBRA

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Experiente jornalista cultural, Symona Gropper lança , seu terceiro livro: A Menina Que Foi Vento - Memórias de Uma Imigrante (Assembleia Cultural, selo da Assembleia Legislativa da Bahia).

Trata-se de uma autobiografia, na qual Symona resgata a própria história – e a de sua família – como refugiados do regime comunista soviético que ocupou sua terra natal no pós-Guerra.
Como seu pai tinha origem em uma família burguesa (em oposição às famílias proletárias), o estado não lhe garantia emprego no novo regime. Para sobreviver, a solução foi deixar o país. Mas nada foi fácil para a família de Symona.

“Eu nasci em Bucareste, Romênia. A raiz do nome Bucarest é alegria. Eu perdi essa alegria quando saí de lá aos cinco anos e meio. Não foi uma fuga no sentido literal da palavra. Eu, meus pais e minha irmã saímos oficialmente”, conta.

“Mas foi uma fuga do regime comunista, que para nós representava a miséria. Papai havia nascido em família burguesa, portanto, sem direito a emprego. As autoridades comunistas só admitiam deixar os judeus saírem para Israel. Mas confiscavam o que podiam: o apartamento, as joias, os quadros”, acrescenta.

Como se vê, os comunistas soviéticos, que conseguiram aniquilar os nazistas da Europa Central, não tiveram atitudes lá muito diferentes das dos oponentes. A família de Symona perdeu quase tudo o que tinha ao deixar a Romênia.

“Só pudemos viajar com 40 quilos de bagagem – para uma mudança de vida e de país. Na saída, todos eram revistados, inclusive as crianças. Revista minuciosa, inclusive ginecológica. Até os grandes cachos louros da minha irmã passaram por um exame minucioso”, lembra.
Após embarcarem em um navio, Symona, seus pais e irmã chegaram ao recém-fundado estado de Israel. Um país novo e sem qualquer estrutura, que naquele momento recebia, aos milhares, os judeus que fugiam da guerra e da miséria que a ela se seguiu.

“Fomos instalados em um campo de refugiados lotado de tendas. Uma tenda minúscula, sem forro no chão, foi nossa primeira morada. Fazíamos fila todo dia para receber um prato de comida. As crianças tinham direito a um pedacinho de chocolate”, conta.

Na escola improvisada, mais dificuldades: “Lembro do meu desespero por não entender nada do que a professora dizia. Me cortou o coração o recente caso da menina muçulmana decretada autista pela professora brasileira, quando o fato é que ela não entendia português. Eu mesma tive uma experiência traumática com minha primeira professora no Brasil”, relata.
Symona Gropper
Jornal A TARDE




Iderval reginaldo Tenório
Minha preclara Jornalista, Escritora e Intelectual  Symona  Gropper.

Faço parte de um grupo que recebe e participa do lançamento  de obras literárias da Assembléia Legislativa do Estado da Bahia , devido os afazeres , por ser médico cirurgião e gastroenterologista em Salvador, só agora em maio dediquei  parte do tempo para a leitura de algumas obras  catalogadas do meu arsenal e dei de cara com A menina que foi vento de sua autoria , confesso que tenho mergulhado em muitos mundos, dos clássicos aos regionais e aos nacionais , porém nenhuma obra me deixou tão feliz  como A menina que foi vento


A mestra foi fundo do principio ao fim, foi  eclética letra por letra, histórica, geopolítica  , pedagoga, psicóloga, socióloga, sexóloga   e romancista, a sua obra é prima, uma obra mestra, uma obra capital , é ouro , é o que existe de melhor na nossa literatura.

Quiçá que  os intelectuais, os professores, os jovens e a população como um todo tivesse acesso a esta obra. Fico aqui na minha insignificância  feliz e cônscio que depois desta leitura me transformei noutro homem, noutro cidadão e mais participante  do mundo, viajei Romênia adentro,  saindo de Bucareste  atravessei  imaginariamente a Rússia, a Alemanha, França, Ucrânia, a  Itália, a Grécia e mergulhei no Mediterrâneo até alcançar Israel, atravessei a África e fui direto ao  Atlântico , desci oceano abaixo e apontei em Copacabana , Rio de Janeiro , lá  deparei-me  com José de Alencar, Machado de Assis e com toda a beleza das cidades do Rio de Janeiro , a Capital Nacional,   Petrópolis e as suas riquezas naturais. 

Minha escritora e amiga Symona,  para você eu tiro o chapéu.

Parabéns por estes ensinamentos, pela resiliência, força, coragem e depoimentos vividos e vencidos com sapiência. 

Abraços do amigo
Iderval  Reginaldo Tenório
MEDICO-SALVADOR


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https://www.youtube.com/watch?v=GRxofEmo3HA
30 de jan de 2011 - Vídeo enviado por AnAmericanComposer
Antonio Vivaldi - Four Seasons Budapest Strings Bela Banfalvi, Conductor You can get the exact album I have ...

The Best of Vivaldi - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=O6NRLYUThrY
6 de fev de 2013 - Vídeo enviado por HALIDONMUSIC
Subscribe for more classical music http://bit.ly/YouTubeHalidonMusic Listen to our Vivaldi playlist on Spotify ...

Vivaldi - Classical Music for Relaxation - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=aFATDqU4c78
21 de jun de 2017 - Vídeo enviado por HALIDONMUSIC
Subscribe for more classical music: http://bit.ly/YouTubeHalidonMusic Listen to our Vivaldi playlist on Spotify ...

As Quatro Estações (Primavera) - Antonio Vivaldi - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=91teT8R2ZSc
12 de nov de 2015 - Vídeo enviado por Adler Müller
Orquestra Sinfônica do Paraná – As Quatro Estações de Antonio Vivaldi, Primavera 1. Allegro Concerto No ...




sábado, 2 de junho de 2018

A INTERIONA , UMA GUERREIRA




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A INTERIONA , UMA GUERREIRA

Adolfo Ricart(SOBRAMES)


CAPÍTULO I

PERDIDA NUMA METRÓPOLE

Dormiu sob  as marquises por duas semanas, chegara do interior sem lenço e sem documentos, sem eira e nem beira, não possuía um naco de carne, faltavam-lhes músculos, faltavam-lhes brilhos na face, cabelos castanhos enfubazados e  quebrados de tantos pentes com azougue, pele porosa, gordurosa e revelando finas cicatrizes provenientes da lida diária no campo, o sol causticante consumia a sua juventude e queimava as suas retinas , o mormaço secava a sua pele e mumificava a seca carcaça , no campo vivia sob a égide dos fenômenos da natureza e  na selva de pedras duas semanas no relento, duas semanas comendo não se sabe o que, não tinha acesso nem ao  pão que o diabo amassou que  para a sobrevivência até  este seria bem vindo.

No desespero  porém  com  esperanças, que para esta guerreira nunca morrerá,  bate pela vigésima vez noutra porta, batedor de metal  cabeça de leão desgastado pelo tempo , era   cobre ou  bronze amarelo, produzia  um som alto e estridente que ocupava todo o espaço do longo e escuro corredor até chegar à desarrumada  sala, o trinco da robusta fechadura , de ferro preto,  era atado a um longo cadarço que dava até  a sala e lá era  destravado pela robusta matrona dona da pensão, a pesada e verde porta é destravada das seculares caixas de madeiras de lei e dos grossos alisares de vinhático, do fundo da casa aos gritos  surge uma voz em taboca rachada.

___Pode entrar.


Sem ouvir uma única palavra a senhora sentada numa cadeira de balanço logo entendeu o motivo da visita, não agiu com compaixão, estava precisando de mais um serviçal.

___ Não tenha medo, se não sabe lavar, passar ou cozinhar servirá para serviços diversos, o dia começa às seis da manhã e só termina quando o último hóspede deixar a sala da televisão.

Cabisbaixa, introspecta, olhar para o futuro, com as palavras atritadas e pensativa a garota responde.

___Aceito sim senhora, aceito sim, onde fica o meu quarto?


___Que quarto? Nos fundos onde se guarda as tralhas arma-se uma rede, bate-se a porta e só se abre às cinco da manhã, banho tomado, inhaca fora e logo-logo ajudando a Maria na lida do café, só se come após recolher a mesa depois do último hóspede.

Sem titubear e pela necessidade , uma vez que a fome não tem consciência,  a menina sem perder tempo confirmou automaticamente, intestinalmente  a vontade de ficar , não dormiria mais no relento..


___Aceito sim senhora,  aceito sim, já posso começar?

A velha  e futura patroa pede atenção, voz ríspida, fácie em casca de laranja, mumificada , dedo em riste e de olhos arregalados vociferando detalha.

___Outra coisa, roupas limpas e bem comportadas, também com este corpo pode até assombrar a hospedaria; toma este sabão, dá uma geral, desgrenha esta moita da cabeça, esta juba ressecada  e veste este conjunto, foi da última que despedi na semana passada , emprenhou e mandei de volta para os pais, por isso tome cuidado e nada de trela com os vadios da rua.

Passa para a desvalida dois conjuntos de roupas velhas, puidas, surradas, número maior  do que o seu manequim e exige pressa. 

Neste dia após o banho a interiorana mata a fome e não deixa um único naco de pão para a farinha de rosca, da sopa rapou até o tacho e foi assim durante o primeiro mês quando começou a perder o medo da cidade grande, acostumou-se com o rabugento jeito da patroa, tomou coragem e lhe dirigiu a palavra.


___Dona Gertrudes daria para a senhora me arrumar um sabonete, não precisa ser do bom, basta que seja cheiroso e eu queria também um pente com os dentes mais afastados para não danificar os meus já ressecados cabelos.

A velha retrucou na mesma hora com um olhar reprovador, com uma mão na cintura e a outra a gesticular  foi dura com a neófita aprendiz, desdenhando do seu atrevimento a reempreendeu.

___Sabonete? pente grosso? Olha menina vai trabalhar que é melhor, para onde tu vais com esta arrumação? Para onde tu vais? Tu não tens parentes aqui na cidade, namorado não arranjas, para que diabo esta invenção? cuida do teu serviço e pronto, faz uma touca, cobre estes cabelos e sabão de côco não falta nesta casa, o que vou arrumar é um desodorante para acabar com esta inhaca dos sovacos e este odor de tigre.


A menina não insistiu, também não procurou se desviar do bom caminho, juntava as sobras  dos sabonetes  e dos shampos usados pelos hóspedes, colava um ao outro e tomava banho com diversas essências, do seu pente arrancou-lhe os dentes pulando um, arrancado  outro, pulando e arrancando, com este engenho penteava  os encaracolados e finos fios que já tomavam jeito .

Com a farta alimentação, evidente sobras, a menina foi ganhando umas carnes, a ausência causticante do sol, banhos diários e com  noites bem dormidas a menina foi sendo  recuperada, revelou-se  que    por detrás das cicatrizes definitivas causadas pelos  finos arranhões mostrava uma delicada pele ainda preservada, de bom trouxe os belos dentes enfileirados que após trinta dias de escovação passaram a causar inveja, são os mistérios da vida.

A garota foi vista por dona Gertrudes, a menina tomava jeito de gente, mostrava-se  preocupada com o trabalho e não apresentava nenhuma amofinação, tinha jeito para as coisas,  desenvolvia bem, tinha futuro..


___Menina, vou te vestir com roupas mais compostas, vi que já aprendestes a fazer o café e pôr a mesa pela manhã, o que também me impressiona é a tua rapidez nos serviços e sem reclamar, mas sempre reivindicando, me diga uma coisa, tu estudastes até que ano?

___Fiz o primário dona Gertrudes, fiz o primário, não aprendi mais devido a distância da escola e porque na roça é comum as crianças deixarem a escola na época das plantações, nas limpas e nas colheitas, primeiro o enche-se o bucho para matar a fome , come-se de tudo, até xingó assado é banquete no meu interior, depois a educação, depois o conhecimento cultural, como  na minha região só existia o primário tomei rumo à capital para completar os meus estudos, deixei a minha família chorosa, pai morreu antes dos cinquenta, no interior os homens bebem muito e é bebida quente, até alcool de posto de gasolina eles bebem,  morrem cedo,   mãe vive cuidando da roça, prometi a mãe que um dia ela iria se orgulhar de mim, um dia ela iria  receber o meu retrato vestida de uma formatura, vestida numa beca preta, que vai vai,  é a minha meta.

A PROMOÇÃO

A velha não botou fé, não levou a sério o diálogo com a nova empregada, mesmo assim a promoveu e pela honestidade demonstrada  além do café entregou os quartos para arrumação.


A menina passou a acordar mais cedo, a cozinheira não morava na hospedaria, quando chegava tudo já estava pronto, quintal lavado e varrido, feijão catado e de molho, carnes cortadas e temperadas, a mesa posta e algumas novas guloseimas a enriquecer a mesa da tradicional pensão.

Os hóspedes cada dia mais satisfeitos,  principalmente com a organização dos seus quartos, com a limpeza dos sanitários e com a impecável honestidade da funcionária, muitas vezes facilitavam, moedas sobre as mesas, cédulas dentro dos livros com as pontas à mostra e mesmo assim nada a reclamar, a moça foi ganhando confiança e com ela pequenos agrados: roupas, sapatos e produtos de  beleza ,  contudo o que de mais   gostava era quando recebia livros e revistas,   aos poucos foi se revelando.

Passado seis meses já circulava na sala da televisão com muito respeito, vezes para servir um suco, uma água, para socorrer alguns com dor de cabeça servindo um analgésico e até mesmo participando de conversas após os telejornais, a esta altura mês de janeiro já procurara vaga numa escola pública para completar os seus estudos, não conseguiu devido a idade e entrou numa escola de aceleração, concluiu  em 18 meses de estudo os três anos do colegial.



O PROGRESSO

Dona Gertrudes  já se orgulhava da sua  caipira, já acreditava nas suas palavras e podia deslumbrar um futuro melhor, nenhuma desavença com os hóspedes, nenhuma notícia que arranhasse a sua reputação como mulher, não dava atenção às tentações dos moradores , exigia reciprocidade no respeito, do trabalho para a escola e deste para o trabalho, tudo nos conformes , a honestidade e o trabalho eram as suas marcas prediletas, a  velha patroa vivia  e dormia em paz, inclusive era a predileta para acompanhar dona Gertrudes em consultas médicas e tirar algumas duvidas de como utilizar os medicamentos , a menina era atenciosa.  
                                                          CAPÍTULO II


                                    O PRIMEIRO VÔO PARA O FUTURO

___Dona Gertrudes preciso falar com a senhora, fui convidada para cuidar de um ancião, mora num bairro nobre, mora com a filha mais velha e só trabalharei até às 17 horas, poderei estudar à noite e terei carteira  assinada, o que a senhora acha?

A velha não gostou, como perder uma funcionária de tão boa índole, uma funcionaria de tão bom perfil, tão cheia de força de  vontade? Como perder? Quis botar gosto ruim, mas o senso de responsabilidade falou mais alto, não só apoiou como também deu alguns conselhos e uma pequena ajuda financeira, passou a ser uma orientadora, a partir daquele dia saía mais um cidadão da informalidade, dona Gertrudes fez o papel de mãe, abriu as suas portas , até chorou na sua partida.


A menina sinalizou e foi  ao encontro do novo emprego, uma mansão abandonada  em um bairro nobre, nela morava um viúvo na sétima década da vida, sofrera injúrias na saúde e necessitava de ajuda para os afazeres primários, casa fria e escura, o limo caia pelos muros e os móveis encruados mostravam sinais de saudosismo, quase tudo era feito de madeira, do  piso ao teto.


____Meu pai é um velho muito culto, é professor aposentado, tem muito ciúmes dos seus livros, tenha muito cuidado, não esqueça dos seus remédios, de sua alimentação e de sua higiene, chegarei mais cedo, só recebe visitas em alguns  domingos quando os filhos casados lhe visitam.

Esta era a ladainha diária, o velho era um sujeito de posses materiais  e de pouca renda, vivia de alguns aluguéis e de uma pequena aposentadoria, por isso morava com uma filha solteira , uma funcionária antiga da Universidade onde lecionava até a aposentadoria , vivia neste casarão quase que abandonado, mal cuidado,  frio , escuro   e sem manutenção, uma prisão, um calabouço, um ergástulo  ,  vivia enclausurado , apesar das posses não existia renda, como professor ganhava pouco , quando tinha saúde possuía outras rendas, depois de aposentado até os amigos sumiram.  

A menina trabalhava até às 17 horas, conversava muito com o ancião, aprendia o que não existia nos livros, o trabalho era  um verdadeiro aprendizado, recolhia-se ao seu aposento  e à noite frequentava novos cursos preparativos para o futuro, o trabalho passou a ser  uma diversão, uma elegria,  passou a ser uma grande oportunidade de educação, o professor era um poço de sabedoria e queria servir, queria ser útil como nos velhos tempos de cátedras, era uma reserva cultural hibernada à espera  de tempos melhores, a solidão atrofiara a sagacidade da vida.

O seu quarto ficava nos fundos, era um quarto pequeno, mas era só seu, tinha um pequeno banheiro, ficava colado à cozinha e a área de serviço dava para os fundos da rua, avistava os carros enfileirados e outros lado a lado, não era um quarto descente para a casa que morava, mas era um quarto só seu, para uma orelha seca já era uma vitória, era assim mesmo, era assim, os aposentos dos serviçais mesmo nas grandes mansões  são minúsculos, apertados, são feitos para mostrar a distância entre as classes sociais num país sem escola, sem educação de boa qualidade para todos, "filho de gato gatinho é e filho de peixe peixinho é", era  assim que se vivia em épocas pretéritas , quando na verdade filho de gato numa espécie que raciocina, a do homo sapiens,   pode evoluir para leão,  é o cérebro quem comanda.

A menina vivia como merecia, o sol não mais queimava a sua pele, as roupas soltas e finas a lhes mostrar o perfil ,  busto escultural , macio e brilhoso, os peitos não necessitavam de apetrechos para sustentá-los, cintura fina, nádegas duras e levantadas , pernas torneadas com toda a  beleza da mocidade, panturrilhas de causar inveja e pés delicados  , a garota no passado era maltratada.

Cuidou do ancião até o dia em que o mesmo olhando para os belos seios da pequena quis massageá-los, a menina  mostrou a sua delicadeza, a  reação foi com urbanismo, porém dura, enérgica ,  com  destreza , maestria e civilidade, o velho foi chamado à   atenção, de imediato , humanamente e por enteder o isolamento , comunicou à patroa sobre o ocorrido , com a voz segura e equilibrada falou:.


___Dona Glória  me desculpe, mas não posso mais trabalhar nesta casa, seu pai já está recuperado, corado, com bom raciocínio e não mais precisa de uma ajudante, ele precisa de uma cuidadora mais idosa, apenas para companhia, seguirei o meu caminho, sempre lhes farei uma visita, o seu pai é um homem sábio e ainda tem vigor pela vida, é um grande professor e ainda está vivo.


                                            CAPÍTULO III

                                                    O SEGUNDO VÔO

Dona  Glória de tudo fez para amenizar a situação, sem sucesso, a bela menina partiu para o mercado, jornal à mão, dedo ao telefone e logo se encontrava sentada na  sala à espera do futuro patrão.

Cabelos penteados, blusa branca , blazer e saia quadriculada, sapatos pretos de salto médio,  os olhos bateram com os olhos de um jovem senhor que adentrou a sala. 

A moça pensou: "quem seria aquele moço? Quem seria?   o mesmo sumiu  e só quatro horas depois foi revelado a sua identidade, tratava-se do  seu futuro empregador.


___Nunca trabalhei neste tipo de serviço, só trabalhei em casa de família, se ficar estou realizando o meu sonho, comunicarei primeiro à minha mãe, ela ficará orgulhosa de mim, será a porta de entrada para uma nova vida, farei de tudo para dá certo, farei de tudo.

O jovem empregador sentiu no olhar da donzela um futuro promissor, sentiu que aquele encontro seria um elo importante nas duas vidas, aquele emprego apesar de simples seria o ponta pé inicial para uma bela e independente carreira, seria o inicio do orgulho profissional esperado por sua cuidadosa  e humilde mãe que de longe rogava a Deus por dias melhores.

___Menina o emprego é seu, começa amanhã e faça tudo para aprender, são três meses de experiência, depois contrato definitivo, lembre-se também  que não deverá encará-lo como emprego para o resto da vida, trata-se de mais uma etapa , como mais uma etapa da sua vitoriosa trajetória, porém enquanto aqui permanecer tem que ser com muita competência e responsabilidade.


A menina tomou conta do ambiente, rápida, dinâmica, amiga, interessada, limpa  e inteligente, tinha muita identidade com o jovem patrão, fez curso, fez preparo para o vestibular, passou a ser enxergada e a enxergar o padrão como fazendo parte de sua vida, difícil o relacionamento, mesmo assim conseguiram conviver por um bom tempo, dias felizes, de alegrias,  até quando numa cilada premeditada  se despede do emprego não se desligando  do  jovem senhor, continuou os seus estudos e procurou novos rumos, encontrou um novo relacionamento e honrosamente se afastou definitivamente do seu primeiro emprego  formal , começou uma nova e longa aventura,  ingressou na Escola Superior colando grau 04 anos depois , sempre se superando. 

Com a enxurrada constante de conhecimentos foi perdendo o elã pelo novo companheiro que parou no tempo , no espaço, os pensamentos mesquinhos e arcaicos o afastou da guerreira  , esta sentimentalmente foi se isolando, se  desinteressando  até o afastamento dos corpos, de pele e do diálogo.





                                           CAPÍTULO IV

                                                      O TERCEIRO VÔO

Parte sozinha para novas conquistas e voa para outras plagas à procura de melhores dias, sempre foi e sempre será assim a luta dos vitoriosos,  uma gaivota  de futuro jamais se conformará com as sobras de peixes descartados pelos pescadores, cada abocanhada de alimentos tem que ter o gosto do suor do seu rosto   .
Da sua  boca sempre se escuta: "O CEU É O LIMITE ".

 A depender da sua força, da sua garra, da sua vontade num futuro não muito distante o seu sonho com certeza será realizado.

A vida já é uma conquista.
Adolfo Ricart

Iderval Reginaldo Tenório 2001

Belchior - Saia do Meu Caminho - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=gGV1yyDMGSM
3 de nov de 2012 - Vídeo enviado por Granuhha
Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes nasceu em Sobral, CE, em 26 de Outubro de ...

Belchior - Velha Roupa Colorida (gravado em 2011, no Uruguai ...

https://www.youtube.com/watch?v=96Ke5TPILF0
2 de mai de 2017 - Vídeo enviado por Mateus Bar
Última gravação conhecida do Belchior, já no seu auto-exílio. Gravado em parceria com o músico João ...

Belchior - Tudo outra Vez - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=uUiycm1Mi-I
29 de jul de 2008 - Vídeo enviado por edumota
ainda sou estudante...da vida que eu quero dar...

Belchior 20 Super Sucessos Completo - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=SbNKe3HLufI
18 de set de 2016 - Vídeo enviado por nascimento rodrigues
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