terça-feira, 22 de setembro de 2015

A GUERRA ENTRE AS CLASSES SOCIAIS BRASILEIRA É UM BARRIL DE PÓLVORA A EXPLODIR

O URUBU ESTÁ COM RAIVA DO BOI E A ELEIÇÃO 2014


                            O URUBU ESTÁ COM RAIVA DO BOI E A ELEIÇÃO 2014



O Brasil de 1970 e de  outras datas para trás vagueiam pelo Brasil de hoje, o Brasil  de lá sob o crivo do governo militar e o de cá  sob o crivo do governo popular,  um sob a égide do militarismo e o  outro sob os ditames do populismo. 


São dois Brasis bem Brasil, bem brasileiros, são duas Pátrias  expatriadas, a de lá sob o ferro e a chibata e a de cá sob o crivo do medo, da insegurança e da maior guerra oculta jamais vista nesta nação.

São dois Brasis bem brasileiros, o de lá  pregou que cresceu 50 anos em 05,   o de cá prega que resgatou em uma década  50 milhões  de brasileiros. Como na China,   no Brasil daquela época  o suborno politico suplantou o setor econômico e no Brasil de hoje,  o suborno econômico aniquila e  mata a autonomia política do seu povo em todos os níveis sociais, tudo para angariar aliados.



Esquecem estes dois Brasis,  que o Brasil não é propriedade de grupos isolados, que o Brasil não pode ser refém de correntes políticas extremas, o Brasil não pode ser divido em lado A e lado B, o Brasil é um misto de todos.

O que se vê é um divisor entre o seu povo, entre norte, sul e nordeste,  um divisor entre as famílias, um divisor entre os amigos , entre empregados e empregadores , entre marido e mulher, entre pais e filhos, entre  colegas e entre as classes sociais,  numa demonstração  clara de uma  guerra civil nevrálgica  e  psíquica, uma guerra encefálica.

Foi pregado a discórdia entre os brasileiros, foi pregado a raiva, o rancor , o preconceito como um todo, foi pregado  a desunião cívica, diferentemente do esporte no tocante a seleção canarinho. 

O caldeirão está fervendo, o fogo alto está no fundo  e a panela prestes a explodir, jamais voltar àqueles tempos  macabros , porém, jamais pregar o pânico praticado nos dias de hoje,  como também,   jamais vaticinar o ressuscitamento das práticas  aplicadas pelo  governo de lá  . O Brasil não permitirá  que tais atitudes  façam partes do governo de cá.

Brasil  olhe pelo Brasil .

Iderval Reginaldo Tenório
ESCUTEM DE ARNAUD RODRIGUES E CHICO ANYSIO





  • Urubu tá com raiva do boi - Baiano e os Novos Caeta

    Chico Anísio satirizando os tempos "hippies" de Caetano. Um prsente do meu irmão que me garantiu .
  • Urubu tá com raiva do boi..Baiano e Os Novos Caetanos
    “Legal... me amarro nesse som, tá sabendo?
    O medo, a angústia, o sufoco, a neurose, a poluição
    Os juros, o fim... nada de novo.
    A gente de novo só tem os sete pecados industriais.
    Diga Paulinho, diga...
    Eu vou contigo Paulinho, diga”

    Urubu tá com raiva do boi
    E eu já sei que ele tem razão
    É que o urubu tá querendo comer
    Mais o boi não quer morrer
    Não tem alimentação

    Urubu tá com raiva do boi
    E eu já sei que ele tem razão
    É que o urubu tá querendo comer
    Mais o boi não quer morrer
    Não tem alimentação

    O mosquito é engolido pelo sapo
    O sapo a cobra lhe devora

    Mas o urubu não pode devorar o boi:
    Todo dia chora, todo dia chora.
    Mas o urubu não pode devorar o boi:
    Todo dia chora, todo dia chora.

    “O norte, a morte, a falta de sorte...
    Eu tô vivo, tá sabendo?
    Vivo sem norte, vivo sem sorte, eu vivo...
    Eu vivo, Paulinho.
    Aí a gente encontra um cabra na rua e pergunta: ‘Tudo bem?’
    E ele diz pá gente: ‘Tudo bem!’
    Não é um barato, Paulinho?
    É um barato...”

    Urubu tá com raiva do boi
    E eu já sei que ele tem razão
    É que o urubu tá querendo comer
    Mais o boi não quer morrer
    Não tem alimentação

    Urubu tá com raiva do boi
    E eu já sei que ele tem razão
    É que o urubu tá querendo comer
    Mais o boi não quer morrer
    Não tem alimentação

    Gavião quer engolir a socó
    Socó pega o peixe e dá o fora

    Mas o urubu não pode devorar o boi
    Todo dia chora, todo dia chora
    Mas o urubu não pode devorar o boi
    Todo dia chora, todo dia chora

    “Nada a dizer... nada... ou quase nada...
    O que tem é a fazer: tudo... ou quase tudo...
    O homem, a obra divina...
    Na rua, a obra do homem...
    Cheiro de gás, o asfalto fervendo, o suor batendo
    O suor batendo (4 x) 














  • Urubu tá com raiva do boi - Baiano e os Novos Caetanos ...

    www.youtube.com/watch?v=oEnYU9nUGz0

    17/04/2011 - Vídeo enviado por LisergicDevil
    Chico Anísio satirizando os tempos "hippies" de Caetano. Um presente do meu irmão que me garantiu ...
  • Baiano & Os Novos Caetanos - Urubu Tá Com Raiva Do Boi ...

    www.youtube.com/watch?v=p91zSr3MYCc

    16/02/2010 - Vídeo enviado por Denis T.B.
    Baiano & Os Novos Caetanos - Urubu Tá Com Raiva Do Boi. Denis T.B ...
  • URUBU TÁ COM RAIVA DO BOI BAIANO E OS NOVOS ...

    www.youtube.com/watch?v=1Qkcha4QVmM

    15/03/2010 - Vídeo enviado por vangodias
    URUBU TÁ COM RAIVA DO BOI BAIANO E OS NOVOS CAETANOS. vangodias ...
  • segunda-feira, 21 de setembro de 2015

    HISTÓRIA QUE MINHA MÃE CONTA


    HISTÓRIA QUE MINHA MÃE CONTA




    Conta a minha mãe, que numa delegacia encontrava-se preso um jovem de 18anos de idade e que este levava surras diariamente, diziam os seus algozes que eram surras corretivas, surras necessárias para aqueles que se apoderam do que é dos outros.





    Certa manhã após a mais nova leva de surras, chamou o delegado e pediu encarecidamente , suplicante a presença de seus pais, principalmente da sua mãe. O delegado após relutância resolveu atender o seu pedido. Providenciou e fez chegar até o presidiário os seus genitores.





    Chegaram. Foram até à sala do delegado, houve a identificação e por último adentraram à cela do infeliz adolescente. A mãe  na cabeça um lenço florido, trazia a tiracolo um pacote de frutas, um de biscoitos e uma garrafa de mel. O pai de mãos vazias.

    Em respeito aos pais , o delegado informou que se retiraria para um melhor diálogo familiar, quando de repente, num rompante incompreensível disse o jovem ao delegado que aquela atitude não era a desejada, inclusive queria que o delegado convocasse todos os seus algozes para ouvir e presenciar aquela visita, e assim foi procedido.





    Quando todos se encontravam na sala, o presidiário começou o seu relato


    Sentado , voz trêmula e baixa, os olhos em lágrimas,moralmente abatido,lamentou a sua atual situação, o seu estado educacional, a sua personalidade e os conceitos sedimentados em sua mente,aprendidos e praticados durante toda a sua existência.
    Quando de repente, mais do que de repente,levantou-se,arregalou os grandes olhos,trancou a cara e com o dedo em riste apontado para os pais, vociferou:
    __ Velhos moleques, velhos safados, descarados, desonestos, irresponsáveis, vejam como me encontro hoje.
    O delegado fez menção de intervir, o jovem retrucou.
    _ ____Não seu delegado, não senhores soldados, eu preciso falar, eu preciso dizer alguma coisa. Vejam o filho que os senhores botaram no mundo e como criaram, vejam como hoje me encontro, preso como se fosse um bicho selvagem e alheio à socialização.
    Velhos levianos o que os senhores faziam quando eu chegava em casa com carrinhos e brinquedos não comprados pelos senhores, com bolas que o senhores nem sabiam de onde vinham. O que faziam quando eu saía e dizia que ia estudar e os senhores nunca, nunca foram até a minha escola ,não queriam saber como estavam as minhas notas, nunca foram conversar com os professores, nem sabiam onde eu estudava, aliás nunca se sentaram para me orientar. Depois com 14 anos, quando não dormia em casa , dizia que dormia nas casas dos amigos e os senhores nunca questionaram quem eram,onde moravam,o que faziam,quem eram os seus pais. Comecei a trazer para casa bicicletas, relógios ,roupas bonitas e produtos alimentícios que os senhores comiam satisfeitos,enchiam as panças e não perguntavam de onde vinham, como eram adquiridos. Assistiam tudo quanto era porcarias na televisão e achavam que eram corretos, filmes de assaltos, roubos, sexos e falcatruas . Votavam em homens conhecidamente desonestos ,muitas vezes desmascarados pela mídia e também achavam que este comportamento era normal.
    Quantas e quantas vezes chegavam os cobradores e os senhores diziam:__ diga que não estamos, que estamos trabalhando, que não sabe a hora que chegaremos.
    ___Seu delegado eu nunca esqueço de um fato muito vergonhoso: um dia cheguei em casa já com os meus 14 anos, quando minha mãe me disse.
    ___Filho, pule o muro de seu Idelfonso, o vizinho e pegue aquela galinha.

    O Velho logo retrucou:___ cuidado, bote uma mão no bico e a outra nas asas para não fazer zoada

    .E eu seu delegado,tirei a minha sandália e pulei aquele muro como se fosse um gato. Peguei a galinha silenciosamente, para não perturbar as outras,voltei para casa, mãe e pai já estavam com a água no fogo para pelarem a galinha, pelaram , botaram as penas num saco e mandaram jogar lá do outro lado da rua, lá embaixo,bem longe, para que não houvesse nenhuma desconfiança por parte do vizinho. Comemos a galinha e no outro dia, seu Idelfono foi até a minha casa, estava eu, meu pai e minha mãe, indagou se haviam visto uma galinha e eles de imediato,na bucha foram logo dizendo.
    ____Nem de galinha nós gostamos, aqui há muito não se come galinha, e eu fiquei impressionado com tamanha mentira, fiquei de boca aberta e achava que era certo. 
    ___Seu delegado,eu mereço apanhar, eu mereço surras e mais surras, pois naquela época se os meus pais tivessem boas atitudes, me corrigido, puxado as minhas orelhas, me dado umas boas correções, até mesmo corretivas surras , pequenas surras simbólicas e  sem raivas, surras merecidas , se falassem a verdade tenho certeza que não seria o indivíduo que sou hoje. Hoje eu sou um moleque, um safado, ninguém me respeita,hoje não compreendo o que é ética, vivo à margem.    Seu delegado pode bater, eu mereço . E aos senhores velhos desequilibrados, vou perdoar , porém sumam de minhas vistas, desapareçam, puxem de minha vida velhos irresponsáveis.
    O delgado e os soldados após este relato,foram abaixando as cabeças,foram diminuindo de tamanho,atônitos e pálidos levaram os lenços até os olhos, enxugaram os prantos, alguns foram saindo e o delegado em voz trêmula disse:

    ___Soldados, o homem tem cura,o homem não é tão ruim como se pensava, o garoto tem jeito, não foi bem orientado, o problema foi no seio familiar.  Menino a partir de hoje tu terás um pai, uma mãe, irmãos e uma família, terás um lar.
    Esta história foi minha mãe que me contou para justificar muitas vezes os tratamentos duros que muitos pais dão aos seus filhos para a formação do homem, principalmente no seio familiar e para que os pais não fiquem traumatizados diante dos modernos conceitos psicológicos impostos aos pais e que muitas vezes são insuficientes , proporcionando o desvio de comportamentos, condutas e éticas do jovem de hoje.
    Enfatiza a minha mãe, primeiro o diálogo, depois o dialogo, por último o diálogo, na sua ausência , o amor dos genitores : corretivos mais duros. Um dia os filhos agradecerão e como agradecerão.
    Iderval Reginaldo Tenório

    O pequeno burguês [Martinho da Vila] - YouTube

    www.youtube.com/watch?v=L8K9YShmuHo
    12 de nov de 2013 - Vídeo enviado por Daniel Lunardelli
    Felicidade, passei no vestibular Mas a faculdade é particular Particular, ela é particular Particular, ela é ...


    HISTÓRIA DO CEARÁ- UMA CORONEIA OU UMA CORONÉ NO CEARÁ. DONA FIDERALINA - LEIA

    Ceará em Fotos e Histórias


     

    sábado, 23 de junho de 2012

    Dona Fideralina, a Matriarca de Lavras da Mangabeira



     Dona Fideralina Augusto Lima
     
    Num universo dominado pelo patriarcalismo, há que se ressaltar a figura de Fideralina Augusto Lima, nascida em Lavras da Mangabeira no ano de 1832, filha de um poderoso latifundiário e chefe político local. Com a morte do pai, dona Fideralina deu continuidade a sua atividade político-partidária. De atitudes enérgicas tornou-se figura expressiva entre o coronelismo da região.
    Casara-se muito jovem, aos 15 anos e enviuvara aos 44, sendo mãe de doze filhos. O poder herdado do pai, e mais tarde do marido, foi habilmente mantido. Fideralina conseguia sempre estar bem com os governos: de monarquista converteu-se em republicana,  contanto que dominasse a região de Lavras da Mangabeira. 
    Nunca quis cargo político mas os ocupava com os familiares e amigos próximos. Os mais próximos chamavam-na de Dindinha, os mais distantes chamavam-na de Fidera do Tatu.
     
    Casa do Sitio do Tatu, onde viveu Fideralina 

    O apelido devia-se ao fato de, apesar de ser proprietária de vastas terras, vivia no sitio do Tatu, próximo à cidade. Ali mantinha engenho, casa de farinha e bolandeira de beneficiar algodão. Era também proprietária de muitos escravos, onde se destacava um grupo de negras que eram usadas  como parideiras de moleques, que após algum tempo eram vendidas. Fideralina impunha respeito, e despertava medo e curiosidade das pessoas. 

    Foto do final dos anos 1930/início da década de 1940. Antiga Rua da Praia, depois Rua Santos Dumont e hoje Wilson Sá. Ao fundo a Rua da Beira do Rio, destruída pela enchente de 1947. (imagem: http://lavrasdamangabeirace.blogspot.com.br)


    Entre os negros do sitio do Tatu, quatro deles, dos mais fortes, deviam estar sempre prontos para carregar a liteira de Dona Fideralina, nas suas idas à cidade. Corpulenta, medidas avantajadas, quadris largos, rosto cheio, Fideralina era baixa e gorda, sisuda, falava alto, cheirava rapé e bebia zinebra. Tempos depois trocou a liteira pelo cabriolé – uma espécie de charrete – e, depois de velha, estranhamente, começou a andar a cavalo, inspirando uma crônica do juiz Álvaro Dias Martins, assustado com a vitalidade da velha cavaleira. 

     estação ferroviária de Iguatu, em 1957 (foto do site estações ferroviárias)
     
    Temida pelo povo, não era só medo que ela despertava nas pessoas. Quando viajava de Lavras para Iguatu, onde tomava o trem para Fortaleza, e se hospedava na casa do chefe político da cidade, despertava imensa curiosidade. O povo ia à casa do coronel para vê-la, corria às calçadas a fim de lhe assistir a passagem e, na hora do embarque, uma multidão se comprimia na plataforma da estação ferroviária para ver aquela mulher perigosa, valente, cheia de coragem, que mandava matar os inimigos. 

    igreja matriz de Lavras da Mangabeira (foto: O globo)
     
    Essas viagens faziam parte de seu relacionamento com o Presidente da Província. Mas Fideralina abusava às vezes dessas boas relações. Chegou a exigir em carta ao Presidente que nomeasse um amigo analfabeto para o posto de professor de grego do Liceu de Fortaleza. Provavelmente era ela mesma quem escrevia as próprias cartas. Tinha uma bela letra e assinava Federalina, com a letra E no lugar do I, como era conhecida.
    Graças a seu poder político e econômico, Dona Fideralina podia manter certos hábitos interditos à mulher. Falava o que lhe viesse a cabeça, dizia palavrões em qualquer oportunidade, alteava a voz com os homens. Tinha um grupo de "cabras" capazes das maiores crueldades para proteger a propriedade e garantir a família. Ela própria andava sempre com um bacamarte ao alcance da mão. 
    Rezava o rosário diariamente em companhia da família e das escravas – o folclórico dizia que o rosário era confeccionado de orelhas dos inimigos. 

     Localização de Lavras da Mangabeira, no mapa do Ceará
     
    Fideralina faleceu em 1919, o que não encerrou o domínio da família Augusto. Apenas na década de 70, pela primeira vez, os Augustos não conseguiram eleger o prefeito de Lavras. 













    pesquisa:
    História do Ceará, de Airton de Farias
    site estações ferroviárias 
    Jornal Diário do Nordeste
    Tv Assembleia do Ceará