sexta-feira, 27 de março de 2015

INVASÃO DA INGLATERRA ESCRAVIZA A AUSTRÁLIA- É A CIVILIZAÇÃO?


Aborígines e Estado Australiano

sangue, civilização, segregação racial e... coelhos

Gabriel Passetti *

Mestrando em História Social – USP
passetti@klepsidra.net

 



INTRODUÇÃO

 
            Pensar em um filme sobre a Austrália nos remete quase que sempre à série “Crocodilo Dundee”. O que mais há na Austrália além de “Crocodilos Dundee”? O que aquele imenso e desconhecido país tem a nos oferecer além de surfistas, bumerangues, cangurus, coalas e ornitorrincos?
 
            Quando se lembra na Austrália, geralmente se esquece da sua população original: os aborígines. Até sabemos que existiam índios nos EUA, afinal eles atacavam os mocinhos nos Westerns e, por serem tão hostis aos mocinhos, teriam sido apagados do mapa.



Mas o que dizer da população original da Austrália? Desconhece-la totalmente já é um indício de que há algo errado. O filme “Geração Roubada” aborda exatamente esta questão. Segundo filme mais assistido na Austrália em 2002, rodado com apenas US$ 3 milhões, e vencedor do Prêmio de Melhor Filme Estrangeiro pelo público na 27ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, este filme nos apresenta o oposto da imagem criada por “Dundee”.
 
 
UM POUCO DE HISTÓRIA...
 
            Se “Geração Roubada” é o oposto de “Crocodilo Dundee”, podemos dizer que também a Austrália também é uma oposição. Esta diferença, se dá devido a enorme maioria da população ser branca, ocidentalizada e descendente dos britânicos, e os 2% restantes, aproximadamente 350.000 indivíduos, serem das diversas etnias aborígines.
 
            Quando os ingleses chegaram à Austrália, em 1788 – pouco depois de perderem suas principais colônias, os atuais EUA – aquela região era povoada por mais de 2000 diferentes etnias, que viviam lá a mais de 150.000 anos com uma forma de vida bastante arraigada à terra: eram em sua maioria caçadores e nômades, tendo sacralizado alguns fenômenos naturais e acidentes geográficos. Para os ingleses, aquele novo continente foi considerado terra nullius, ou seja, terra-de-ninguém. Afinal, não havia pessoas vivendo lá, mas sim alguns “remanescentes do Neolítico”, como diziam.
 
            Inicialmente terra de degredados e presos, a Austrália passou a chamar a atenção dos ingleses quando estes descobriram ouro em suas terras. Uma febre imigratória ocorreu e, rapidamente, começou a colonização das terras de seu interior. Aos aborígines restavam alguns trabalhos de menor qualificação nas fazendas, ou então o trabalho de guias. Aos demais, a expulsão para terras cada vez mais distantes através da expansão da fronteira branca.
 


Moodoo e Mr. Neville, ícones da nova
civilização australiana
            Esta invasão desestruturou totalmente a sociedade aborígine. Armados de flechas e lanças, não eram páreo para fazendeiros e mineradores com seus rifles Remington. As terras começaram a ser cercadas, os locais sagrados destruídos, e a tradicional vida nômade de caça passou a ser cada vez mais difícil. Paralelamente ao massacre proporcionado pelas armas, chegaram as doenças: varíola e gripe, que conseguiram com muito mais eficiência e em menor tempo, dizimar a população nativa.
   
A independência chegou em 1905. Os diferentes estados se organizaram na forma de uma federação e continuaram sua expansão. Porém, à esta época, já havia um enorme problema aflingindo aos fazendeiros: os coelhos.
 
Trazidos pelos ingleses ainda no século XIX, os coelhos encontraram na Austrália o ambiente ideal para a sua reprodução: clima e vegetação propícios e a inexistência de predadores naturais. Rapidamente regiões cada vez maiores da Austrália passaram a ser literalmente devastadas pelos coelhos. Tomou-se então, uma medida drástica: o governo construiu uma gigantesca tela de proteção que dividia o país em dois: um civilizado, branco, agrícola e à prova de coelhos; e o outro, selvagem e infestado de coelhos.
 
Dentro deste contexto, as populações aborígines eram empurradas cada vez para mais longe. Afastadas de suas regiões de origem, sem poderem caçar nem manter sua vida nômade, muitas etnias passaram a depender diretamente das rações alimentares e de vestimentas oferecidas pelo governo.
 
O Estado de Western Australia (Austrália Ocidental) foi o primeiro a estabelecer leis discriminando e segregando a minoria aborígine da maioria branca. Os nativos ficaram restritos, em sua maioria, às reservas nas fronteiras da linha dos coelhos. E, quando eram enviados às cidades, eram impedidos de ter acesso à certas regiões, bem como a inúmeros direitos civis.
 
Foi instituído nesta época o cargo de Protetor-Chefe dos Aborígines. Este, era responsável pelo “bem-estar” dos nativos, podendo selecionar quais crianças desta população seriam retiradas de suas famílias e levadas aos “centros educacionais”, para aprenderem a viver como brancos.
 
Tais “centros” eram, na realidade, campos de concentração de aborígines, nos quais as crianças eram obrigadas a abandonar seus idiomas e costumes tradicionais, e assumirem uma orfandade. Passado este estágio, eram então, catequizadas e ensinadas a trabalhos da mais baixa qualificação: para os rapazes trabalhos agrícolas ou manuais urbanos, para as moças prendas domésticas.
 
Após saírem dos “centros educacionais”, os jovens aborígines agora “civilizados”, eram enviados a famílias de toda a Austrália, que passavam a ser responsáveis por eles, inclusive por seus casamentos.
 
Um detalhe sórdido era escondido dentro deste sistema: somente crianças mestiças eram levadas aos “centros educacionais”. Estas, poderiam casar somente com brancos, para que seus traços sangüíneos aborígines fossem apagados em três ou quatro gerações. O discurso oficial de “civilizar os aborígines” se tornava insustentável diante do fato de que em uma mesma família, crianças mestiças foram levadas, e crianças “100% aborígines”, não.
 
Em 1937, a Federação Australiana proclamou uma lei na qual os aborígines do centro e do norte, que fossem mestiços, deveriam ser “civilizados” de forma continuada. Em 1951, esta lei foi extendida a todos os aborígines da Austrália. Com o tempo, desapareceria o problema aborígine.
 
Entre 1910 e 1960, período em que a transferência de crianças de suas famílias para os “centros educacionais” esteve em seu auge, calcula-se que de 10 a 30% de todos os nascidos aborígines foram levados. Nenhuma família ficou intocada. A partir da década de 1960, este processo diminui gradativamente, até que em 1972 tal lei é finalmente abolida.
 
            “Geração roubada” foi o nome dado à todas estas gerações de crianças aborígines levadas de suas famílias para a “civilização”. Quando o filme foi lançado, em 2002, o governo federal afirmou que o livro com o qual este se baseou e, o próprio filme, narravam mentiras. Resta lembrar que este mesmo governo, foi um dos poucos que respondeu prontamente à solicitação de tropas por parte de George W. Bush, para as invasões do Afeganistão e do Iraque.
 
Em 1997, a Justiça Australiana havia deliberado que o ocorrido com as “gerações roubadas”, havia sido um genocídio. Porém, negou quatro pedidos de ressarcimento estatal aos descendentes destas pessoas e de seus familiares. A alegação foi de que os pais haviam consentido com a retirada das crianças. Há imprecisões, pois estes pais eram analfabetos, e muitas vezes nem compreendiam o idioma inglês. Sua “assinatura” era na realidade um “X” em uma folha.
 
 

O FILME

    
           “Geração Roubada” é intitulado originalmente “Rabbit-Proof Fence”, o que em uma tradução literal significa “Cerca à prova de coelhos”. Enquanto que o título em português trata o tema de forma global, destacando o fato de que aqueles personagens foram apenas peças em um grande jogo, o título em inglês nos oferece outras interpretações: a primeira e mais óbvia diz respeito ao caminho seguido pelas heroínas: a cerca. Por outro lado, podemos pensar nesta não como algo que apenas separa as fazendas dos coelhos, mas sim como algo que separa a “civilização” da “barbárie” na Austrália, ou seja, em último caso, brancos e aborígines.
Uma cerca separando civilização e barbárie
 


            O filme narra a história verídica das irmãs Molly (14 anos), Daisy (10) e sua prima, Gracie (8). Elas foram retiradas de suas mães em 1931 através do sistema comandado pelo Protetor-Chefe dos Aborígines, o Sr. A. O. Neville.

            Reconhecida sua mestiçagem, as garotas foram retiradas de suas famílias e sua comunidade, na região de Jigalong, e levadas de trem, dentro de jaulas, até o “centro educacional” de Moore River (Moore River Native Settlement).

O início do "processo pedagógico": jaulas
 




Estado (Sr. Neville, à esq.) e Igreja
(freira, à dir.) unem-se para educar
as aborígines
            Lá, foram recepcionadas pelas religiosas que comandavam o local, e tiveram que se adaptar rapidamente ao novo sistema: foram proibidas de conversar em seu idioma, tomaram banhos, trocaram de roupas e passaram a obedecer severa hierarquia e disciplina. Rapidamente, Molly liderou a irmã e a prima para uma fuga: era inconcebível permanecer naquele local.         O filme desenrola-se então a partir deste ponto: as meninas fogem desesperadamente do Sr. Neville (apelidado “carinhosamente” de Sr. Devil – notem a semelhança fonética no idioma inglês entre “Nevil” e “Devil”), de seu capanga Moodoo (um aborígine cuja profissão é caçar as “fujonas”) e da polícia.

 


           O filme se torna gradativamente um drama épico. As três garotas conseguem fugir de Moore River, mas não sabem nem para onde devem ir para conseguirem chegar em casa, em Jigalong. Correm instintivamente: às vezes encontram ajuda, às vezes tem problemas. Elas não sabiam que teriam que caminhar mais de 2.500 km através do sertão e do deserto australiano para conseguirem voltar, a única coisa que sabiam é que deviam seguir a cerca dos coelhos. Em seu caminho, sem comida e sem água, são auxiliadas por alguns ex-internos de Moore River. Entre eles está o caso dramático de uma moça que, após sair do internato, foi enviada para trabalhar em uma fazenda. Mal sabia ela que, além dos trabalhos domésticos, deveria também oferecer serviços sexuais ao patrão.

            O filme foi baseado no relato de Doris Pilkington Garimara, uma das filhas de Molly. Dirigido pelo badalado Phillip Noyce, de “O Colecionador de Ossos”, “Perigo Real e Imediato”, e “O americano tranqüilo”, utilizou como atrizes-mirim, garotas que são filhas da “Geração Roubada”: apesar de suas feições serem de mestiças, não sabiam pronunciar sequer uma palavra dos idiomas aborígines.

Neste mapa podem ser destacadas linhas contínuas,
com a indicação das cercas dos coelhos, e no pontilhado,
o caminho percorrido pelas fugitivas de Moore River

             Obviamente, o filme gerou grandes discussões e controvérsia na Austrália. Um assunto que é um enorme tabu, escondido e negado durante décadas, foi retratado de forma esplendida nas telas: não é pra menos que foi o segundo filme mais visto em 2002 naquele país. Para os conservadores, o filme é injusto com aqueles que apenas queriam levar o bem para os bárbaros. Para os descendentes dos nativos, o filme foi ainda brando de mais com pessoas que na realidade teriam sido ainda mais sanguinárias e preconceituosas.
 

            O principal ícone deste sistema segregacionista e etnocida é o Sr. Devil. A. O. Neville realmente existiu, assim como todas as demais personagens. De 1915 a 1936, foi o Protetor-Chefe dos Aborígines, sendo que seu cargo deveria reportar-se somente ao Premiê Australiano. No filme, o Sr. Devil é retratado como alguém que entusiasticamente realmente acredita estar fazendo o bem para aquelas pessoas. Seu enorme preconceito é extravasado em frases como “indesejada terceira raça” (a respeito da mestiçagem), “avanço ao status branco” (sobre o branqueamento), “eles são nossa responsabilidade” (sobre o controle total da vida dos aborígines).
A. O. Neville, com a Bíblia em mãos, acredita
estar salvando a Austrália e os aborígines
 
            Entramos, então, na seguinte questão: apenas por uma pessoa acreditar estar fazendo “o bem” a alguém, isto a isenta de responsabilidades? O que era este “bem” que Neville acreditava estar fazendo? Era um bem aos aborígines, a ele próprio, ou à Austrália branca? Que direito ele – e tantos outros – tinha de decidir sobre a vida das outras pessoas?
 
            Por discordar desta ingerência em suas vidas, Molly e Daisy tiveram que viver o resto de suas vidas escondidas do olhar vigilante do Estado Australiano. Transferiram-se para o “lado de lá” da cerca junto de seus familiares e, forçosamente, retornaram ao estado original de sua população: caça e nomadismo.

          Porém, nem mesmo isto foi possível para conter a “luta pelo bem”: quando tinha 24 anos, Molly foi mais uma vez presa, junto de duas filhas suas, e levada para Moore River. Foge mais uma vez de lá, só com sua filha de um ano e meio, Annabelle, seguindo mais uma vez a cerca dos coelhos. Porém, nem assim conseguiria a tranqüilidade. Annabelle foi mais uma vez raptada, e desta vez não conseguiu fugir de Moore River. Voltou a ter notícias de sua mãe somente em 2002, ao assistir a “Rabbit-Proof Fence”, mas esta história será contada em um novo filme...
Mãe aborígine "autoriza" a tutela
estatal de suas filhas



 

EXCLUSIVIDADE AUSTRALIANA?

 
            Apesar de ser desconhecido de nós este chocante caso da História Australiana, não é novidade este sistema por lá desenvolvido. É difícil encontrarmos um dos países que atualmente se intitulam “civilizados”, “modernos” e “defensores dos direitos humanos”, que não tenha construído esta dita modernidade sobre os cadáveres de milhares de “bárbaros”.
 
É bastante conhecido o que foi feito pelos europeus na África e na Ásia nos séculos XIX e XX: em nome de Deus e da civilização, controlaram, dominaram, exploraram e assassinaram milhares de colonizados. Aplicando um implacável sistema de dominação, exploraram suas colônias até o máximo que conseguiram, deixando para trás um rastro de devastações nas populações e na natureza.
 
Após a Primeira Guerra Mundial e a crise do imperialismo, veio então o ápice deste sistema segregacionista e racista: o nazismo. Este, sim, é demonizado. Porém, o que dizer do que foi feito no Congo Belga? E sobre as atrocidades francesas na Argélia? Sobre as violências de ingleses na Índia e na China?
 
Se as metrópoles aplicaram duramente as teorias eugênicas e de darwinismo social, os países (in)dependentes do resto do mundo foram igualmente a fundo nestas políticas: acreditando que o caminho para chegarem no estágio evolutivo europeu poderia ser cortado, as elites locais potencializaram o que as metrópoles vinham fazendo em suas colônias. Para estas elites, o tempo corria e era o momento de definição entre o sangue impuro e o sangue puro, entre a preguiça e o trabalho, e eles, como os legítimos responsáveis pelas novas “nações”, não poderiam permitir que seus povos permanecessem no Neolítico.



     Qual a solução, então, para chegarem à modernidade e ao esplendor da sociedade européia? Branquear a população, separar civilizados de bárbaros e de preferência acabar com estes. Houve basicamente dois modelos a serem aplicados: um pode ser exemplificado com o que foi o aplicado na África do Sul, e no Sul dos EUA: separação total entre as populações – brancos e negros não deveriam ter contato entre si, e deveria haver um esforço coletivo para conter o aumento populacional negro enquanto que era estimulada a chegada de brancos.
Moodoo é o retrato do aborígine "civilizado": passa a ser
caçador das fugitivas de Moore River

            O segundo modelo foi aquele aplicado no Oeste dos EUA e na Argentina, por exemplo: extermínio – com o uso das mais modernas tecnologias, o Estado tinha o direito de eliminar o sangue impuro e bárbaro das terras até aquele momento improdutivas.


            E como entra a Austrália nesta história? Qual sua especificidade? A Austrália conseguiu unir as duas políticas em uma só, criando uma terceira. Ao mesmo tempo em que isolou seus aborígines em reservas, ao mesmo tempo em que reduziu sua população drasticamente, também tratou de impedir o surgimento de uma “terceira raça”: aqueles que eram mestiços, eram propriedades do Estado e deveriam ser cuidados para que o processo que havia começado em seu sangue, acabasse: o branqueamento.



 

Ícone da resistência
aborígine, a mãe de Molly
e Daisy aguarda junto à
cerca o retorno de suas
filhas
            A hipocrisia da sociedade branca, cristã e ocidental exalta sua modernidade, sua civilidade e sua cultura, opondo-se ao restante do mundo, enquanto que isto foi construído a partir de um sistema que, se aplicado hoje, seria considerado o mais bárbaro de todos. Porém, como está em um passado místico, é endeusado: a Rainha Vitória é ainda hoje o principal ícone da civilidade britânica, a corrida para o Oeste é o símbolo do crescimento Norte-Americano, a Conquista do Deserto é o marco da virada argentina para a civilidade.

           Escondendo enormes interesses econômicos e um enorme preconceito racial, as elites “civilizadas” de todo o mundo, do século XIX ao XX, aplicaram com maior ou com menor intensidade um projeto que visava manter sob seu controle uma quantidade cada vez maior de recursos, enquanto que paralelamente dizimavam as populações nativas para conseguir suas terras e ao mesmo tempo alcançar o inalcançável e o inútil: a pureza racial. Hoje em dia, todo este processo pode ser descrito como “consolidação dos Estados”.

 
Saiba mais sobre a Austrália na internet:
 
 

Bibliografia

ATTWOOD, B & ARNOLD, J. (org) The struggle for aboriginal rights: a documentary history. Melbourne: Allen & Unwin, 1999.

 
BERNDT, R. M. (org) Aborigines and change: Australia in the 1970’s. New Jersey, 1977.
 
BIRD, C. (org) Bringing them home. Queensland, University of Queensland Press, s/ data.
 
GRIMSHAW, P., LAKE, M., McGRATH, A. & QUARTLY, M. Creating a Nation. Melbourne: McPhee Gribble, 1994.
 
HEGARTY, R. Is that you, Ruthie?. Queensland: University of Queensland Press, 1999.
 
KIDD, R. The way we civilize. Queensland: University of Queensland Press, s/ data.
 
MARKUS, A. Blood from a stone. Monash publications in History, 1986.
 
PRENTIS, M. D. A study in black and white: the aborigines in Australian History. Methuen, 1975.
 
ROWLEY, C. D. The destruction of aboriginal society. S/ local, s/ data.
 
TUDBALL, L. Australians: our lives through time, vols. 1 e 2. Rigby Heinmann, 1988.
 
PILKINGTON, D. & GARIMARA, N. Follow the Rabbit-Proof Fence. Queensland: University of Queensland Press, 1996.
 
POAD, D., WEST, A. & MILLER, R. Contact: an Australian History. Macmillan, 1986.
 
QANTAS – The spirit of Australia. Rabbit-Proof Fence study guide. In http://www.enhancetv.com.au/study_it/Fence.pdf

Nota:* - Bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - Fapesp

terça-feira, 24 de março de 2015

MORRE GRANDE MEDICA NA BAHIA- DRA CREMILDA COSTA DE FIGUEIEDO














Morre aos 80 anos de idade em Salvador, Ba a ginecologista Dra Cremilda Costa de Figueiredo, médica atuante, eterna companheira da Ética, 54 anos de formada pela Universidade Federal da Bahia, participante contumaz do movimento médico por melhores dias,  membro de todas as  suas entidades, Conselheira do Conselho Regional de Medicina, inclusive assumindo diversos cargos na Diretoria.
A doutora Cremilda Costa de Figueiredo durante a sua vida foi um dos esteios de sua família, não media esforços para ajudar toda a sua família e não familiares, onde existisse benevolência, beneficência e caridade estava lá a guerreira com a sua participação.
Eu, Iderval Reginaldo Tenório,  um simples seguidor de Asclépio e filho da medicina tem muito a agradecer os ensinamentos por mais de 20 anos de  convivência quase semanal, nos debates e na busca por uma medicina mais humana..
O Brasil, a Bahia e Salvador não perdem por completo esta grande pessoa, perde apenas uma parte, a material,  uma vez que os seus pronunciamentos e as suas atitudes serão sempre seguidas e relembradas por todos os que tiveram o prazer de conhece-la  .
Uma jovem atuante, guerreira e que se destacava em tudo que se arvorava em realizar.
Parabéns Dra Cremilda Costa de Figueiredo e tenha certeza que tens aqui um seguidor, um amigo, um admirador e eterno aprendiz,acredito que muitos também queriam lhe dizer estas palavras.
Do amigo, do irmão, do companheiro de CREMEB  por mais de 17 anos e de luta port mais de 30.  
A MEDICINA BAHIA E OS SEUS CLIENTES AGRADECEM PELO BELO EXEMPLO DE VIDA. POR SER UMA GRANDE CATÓLICA E SEGUIDORA DE DEUS  A HOMENAGEIO COM UMA MÚSICA DO PADRE ZEZINHO
Iderval Reginaldo Tenório.



  1. Padre Zezinho - Um Certo Galileu Vol. 1 (álbum Completo ...

    www.youtube.com/watch?v=gYTe-nVmZ_w
    19 de jun de 2014 - Vídeo enviado por Rodrigo Silva
    Padre Zezinho - Um Certo Galileu Vol. 1 (álbum ... "Mini Sermão" by PeZezinho scj .... Um certo ...




segunda-feira, 23 de março de 2015

ALDO SOUZA - UM DOS MAIORES ARTISTAS DA BAHIA- EM SILENCIO.

Adicionar legenda

ALDO SOUZA


Aldo Souza é um compositor da Bahia, nascido na região do Sisal, na cidade de Coité, detentor de mais de 400 letras e músicas , canta e toca samba, baião e MPB do mais puro sangue.
 
Está de volta depois de voar pelo Rio de Janeiro por mais de 30 anos.
Postarei uma das pérolas da música brasileira do mestre Aldo.
 
 Valorizar o que tem de bom nesta  terra é o dever de quem gosta e tem compromisso com a Bahia e com o Brasil.



              Quero a sua opinião .  
          Iderval Reginaldo Tenório




 Escutem e vejam a música,depois voltem e assistam  o documentário sobre o Cangaço, muito bom.

GUERRA DE CANUDOS - ALDO SOUZA - BRASIL - YouTube

www.youtube.com/watch?v=7awFa1AaGi014 ago. 2011 - 4 min - Vídeo enviado por annacarolinarimoli
Aldo Souza, mais uma brilhante composição, gostei muito mesmo, parabéns!!!! Helder de Almeida ..




O Cangaço

A VIOLENCIA OFICIALIZADA NO TEMPO DO CANGAÇO

JOAO SILVA CONHEÇAM ESTE GÊNIO , O HOMEM QUE SALVOU O REI DO BAIÃO.

JOAO SILVA CONHEÇAM ESTE GÊNIO , O HOMEM QUE SALVOU O REI DO BAIÃO.

José Maria Almeida Marques compartilhou uma foto na linha do tempo de Orelha Bonham.
1 h ·



Um toque de Nordeste, ( o que dizer deste Gênio?)

João Leocádio da Silva, o "Mestre João Silva"

Foi um dos maiores parceiro de Luiz Gonzaga na produção de mais de cem músicas, entre elas sucessos tais como: "Danado de bom","Nem se despediu de mim","Forró de Ouricuri","Pagode Russo","Arcoverde Meu" e "De fiá Pavi". Sua participação foi de fundamental importância para que em 1984, Luiz Gonzaga recebesse seu primeiro disco de ouro, com o LP "Danado de Bom".
Em toda a sua vida João Silva compôs mais de duas mil músicas gravadas por grades nomes da música brasileira3 , como:Alcione, Abdias, Ary Lobo, Azulão, Benito de Paula, Beth Carvalho, Bezerra da Silva, Delmiro Barros, Demônios da Garoa, Dominguinhos, Elba Ramalho, Fagner, Falamansa, Flávio José, Flávio Leandro, Forró Limão com Mel, Forró Mastruz com Leite, Frejat, Genaro, Genival Lacerda, Jackson Antunes, Jackson do Pandeiro, Lenine, Luiz Gonzaga, Marinês, Messias de Holanda, Moreira da Silva, Ney Matogrosso, Novinho da Paraíba, Núbia Lafaiete, Oswaldinho, Quinteto Violado, Rastapé, Santana, “O Cantador”, Silvério Pessoa, Sivuca, Trio Nordestino, Trio Parada Dura, Trio Virgulino, Wanderley Cardoso e Zeca Baleiro.
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Um toque de Nordeste, ( o que dizer deste Gênio?)
João Leocádio da Silva, o "Mestre João Silva"
Foi um dos maiores parceiro de Luiz Gonzaga na produção de mais ...de cem músicas, entre elas sucessos tais como: "Danado de bom","Nem se despediu de mim","Forró de Ouricuri","Pagode Russo","Arcoverde Meu" e "De fiá Pavi". Sua participação foi de fundamental importância para que em 1984, Luiz Gonzaga recebesse seu primeiro disco de ouro, com o LP "Danado de Bom".
Em toda a sua vida João Silva compôs mais de duas mil músicas gravadas por grades nomes da música brasileira3 , como:Alcione, Abdias, Ary Lobo, Azulão, Benito de Paula, Beth Carvalho, Bezerra da Silva, Delmiro Barros, Demônios da Garoa, Dominguinhos, Elba Ramalho, Fagner, Falamansa, Flávio José, Flávio Leandro, Forró Limão com Mel, Forró Mastruz com Leite, Frejat, Genaro, Genival Lacerda, Jackson Antunes, Jackson do Pandeiro, Lenine, Luiz Gonzaga, Marinês, Messias de Holanda, Moreira da Silva, Ney Matogrosso, Novinho da Paraíba, Núbia Lafaiete, Oswaldinho, Quinteto Violado, Rastapé, Santana, “O Cantador”, Silvério Pessoa, Sivuca, Trio Nordestino, Trio Parada Dura, Trio Virgulino, Wanderley Cardoso e Zeca Baleiro.


Nem se despediu de mim - Luiz Gonzaga - YouTube

www.youtube.com/watch?v=Vv7CeUGj0Nk
2 de set de 2009 - Vídeo enviado por Musicas200
Nem Se Despediu de Mim Luíz Gonzaga Composição: Luiz Gonzaga - João Silva Nem se despediu de ...

  • Luiz Gonzaga - Nem se Despediu de Mim - YouTube

    www.youtube.com/watch?v=UrMWk3bYmlY
    19 de fev de 2011 - Vídeo enviado por Novo Orkut
    essa música é minha e de uma grande amiga,a primeira vez que agente escuto ela foi em um ônibus
  • domingo, 22 de março de 2015

    EDITORIAL DO DOMINGO :O Brasil precisa dos brasileiros

                                               
                    

    

                                              EDITORIAL

    O Brasil precisa dos brasileiros

    Brasileiros, nesta fase obscura da política nacional, não poupo palavras aos que me escutam, informo que,  o exemplo ,   o legado desta nossa geração  dos 40 aos 70 anos, para a futura ,  foi  e será a pior possível, foi um atraso moral e  ético, foi a ode ao desrespeito, à preguiça , ao ostracismo e a marginalização em todos os setores da sofrida sociedade, inclusive com a instituição familiar.
    É verdade que desde a sua invasão em 1500, das sucessivas intervenções até a data atual, o país tem sido subtraído em todas as suas riquezas, fica ao bel prazer do invasor da vez. Os Estados Unidos, a Europa, o Oriente e o continente asiático têm sugado sem pena e sem piedade as suas riquezas naturais, vegetais e os produtos comestíveis de primeira qualidade. Tem sido uma lastima para o país esta usurpação patrimonial contínua, agora amigos, pior do que estes  assaltos, é o galopante exercício político, social, educacional, comercial sem a presença da moral, da ética, do respeito e a  famosa vergonha nos nossos representantes em todos os poderes, é de estarrecer qualquer cidadão cônscio de sua cidadania.
    O que deixa corar de angústia e de interrogação os cidadãos do bem , é ver , viver e conviver o dia a dia desta nação, na qual os escândalos brotam como uma erupção vulcânica e mesmo assim , muitos brasileiros ainda gastam as suas energias em apoio a candidato A ou político B, numa subserviência coronelesca e sertanista, mesmo sabendo que fazem parte ou contribuem  para esta catastrófica fase vivida por reste rico país, hoje sem rumo, sem prumo e sem paradeiro.
    Não precisa ir muito longe para se chegar à revelada condição, como explicar o aumento vertiginoso e galopante do patrimônio  de um cidadão comum depois que o mesmo entra no mundo político? Como  justificar os carros, as viagens, os iates, os aviões, as fazendas, os belos imóveis e o escancarado consumo exagerado por parte destes neófitos abastados? basta atentar para os que circulam no seu meio, antes  eram comedores de feijão com farinha, hoje conhecedores exímios e contumazes dos melhores pratos, dos melhores vinhos, whiskies e hotéis, algo de estranho acontece neste fantasioso e tenebroso mundo.
    O que chama a atenção, é vê   cidadãos inteligentes, letrados, independentes e exímios profissionais  ficarem embebecidos, embriagados, obnubilados e bestializados a defender com unhas e dentes determinados políticos, mesmo sabendo dos seus comportamentos,  mesmo vivendo num país destruído, endividado , claudicante e subserviente.
    A Saúde  sucateada, utilizada sorrateiramente  na sorrelfa como bandeira político eleitoreira, vide o programa Mais Médicos, provavelmente o maior programa  de envio de divisas  para outros povos, programa eivado de  irregularidades e que sufoca os profissionais da nação pátria e escraviza os 99% dos traídos estrangeiros , todos oriundos de  uma ditadura de meio século, segundo os estudiosos uma das mais ferrenhas, duras  e cruéis do planeta.
    Um país com uma indústria morta, 50 % dos empregos precarizados, 35% da população sustentado pelo governo em programas sociais, fruto das medidas populistas, da falta de investimentos, do assassinato do setor de produção gerando o desemprego em massa, ficando  os setores das commodities e de serviços  como os atores da vez, o primeiro na exportação das riquezas naturais e o segundo na importação destes insumos  em forma de produtos com agregação de valores  num passo galopante para a estagflação, sem contar com os altos proventos daqueles que participam da vida pública, do padrão de consumo e de irresponsabilidade como se vivessem em eternas farras.
    Brasileiros, o Brasil não está bem, consumir sem produção é suicídio, dividir sem sobra é comer o principal, é dilacerar as suas riqueza, é se desfazer de seu patrimônio natural, é se endividar,  é frear o desenvolvimento, é alimentar o consumo e importar mais, é enviar divisas para o exterior, é um forma de suicídio, como também é suicido  esta febre tupiniquim de levar os dólares brasileiros ao exterior na rubrica turismo, por intermédio da classe média, a população está ébria  com milhares de pacotes turísticos arquitetonicamente planejados, como iscas , estes pacotes suicidas fisgam diariamente parte deste universo, os mares do Egito, Jerusalém, da Capadócia, dos EUA , do Oriente, da Ásia  e da Europa estão em voga na atualidade, antes as viagens eram para angariar conhecimentos nas universidades milenares, hoje é por puro entretenimento e comilança.
    O país cambaleante caminha para a estagflação, urge consciência nacional, se faz necessário induzir na cabeça das pessoas e dos políticos que o país tem que produzir, tem que se trabalhar nesta nação, tem que se modificar esta farra febril e irresponsável de se consumir o que não se produz e o que não tem.
    Aos evangelizados da política, aos que canonizam personalidades que atuam no poder, peço que façam uma lavagem naquilo  que existe de impregnado na cabeça pelos manipuladores socialbots da atualidade, chamo à reflexão, chamo ao mundo real,  não continuem a ser encharcados por informações contínuas, fajutas e enganadoras, vivam o mundo real, olhem com os  seus próprios olhos aos arredores, cheirem e escutem com as próprias narinas e ouvidos , peguem com as suas próprias mãos e andem com as suas pernas, vivam as suas vidas e deixem de ser contaminados pelo  mundo das mil maravilhas.
    Dividir a nação em classes  sociais inimigas,  também é uma das formas de suicídio, o país está sangrando, urge trabalho e consciência, o país precisa de união.
                                                   Urge ÉTICA.
    Iderval Reginaldo Tenório


    O Guarani (Carlos Gomes) - YouTube

    www.youtube.com/watch?v=PTomUb3r1m0
    28 de ago de 2008 - Vídeo enviado por jenisson lima
    época em que o Brasil tinha musica boa  ... Atualmente esta música de abertura da Voz do Brasil ,que ...

    quinta-feira, 19 de março de 2015

    CID É CANDIDATO 2018

    Adicionar legenda
    ELEIÇÃO 2018

    LULA NÃO É MAIS A BOLA DA VEZ

    Quando a Presidente Dilma e o seu grupo lançou mais uma vez  o seu nome à Presidência da República foi pensando na premissa de governar por  08 anos , tem sido a regra, dois mandatos , mesmo porque ,  não existia outro nome capaz de vencer a oposição , que apesar de tímida fez um rebuliço danado. O grande nome seria o Dirceu ou o Eduardo Campos, o primeiro ficou inelegível e o segundo partiu para carreira solo no PSB sendo detonado pelo Lula, pelo Ciro e pelo próprio Cid Gomes.

    Muitos pensam que o plano é a volta do Lula em 2018, ledo engano, o PT tem juízo e sabe que nesta época o Lula já terá ultrapassado a barreira dos 70 e não tem condições de receber a  peteca  da mão da Dilma.

    Para 2018 existe um cheiro de Cearense na área, existe uma voz firme e quente na terra dos Alencar , é o Cid Gomes,  que do nada conseguiu eleger outro jovem batalhador,  o Camilo Santana, o Cid  na pasta da Educação só não se elege  se não quiser,  se for pouco inteligente, que não é o seu   caso,  ou  por acaso não receba apoio para implantar os salvadores e necessários  projetos para a educação. O seu maior concorrente,  naturalmente foi afastado pelo nefasto acidente aéreo em plena campanha 2014 , que era o ex governador de Pernambuco, o maior nome para 2018.

    Educação é o ministério da vez e o Brasil inteiro espera por melhores dias, o ministro deve seguir os ensinamentos  do Mandela, do Mujica, do Darcy Ribeiro e do Cristovam Buarque, deve seguir as experiências  do Florestan  Fernandes,  do Anísio Teixeira,  do Dom Bosco e do Gilberto  Freire , só assim poderá  dentro do próprio governo enfrentar o Kassab, o Wagner ou o Hadad para em seguida partir para cima do    Alkimim ou mesmo do próprio  Aécio Neves.

    O xadrez já foi montado , a eleição 2018 já teve o seu ponta pé inicial com um leque de candidatos de olho no Palácio da Alvorada.

    Eleição 2018 já teve o seu inicio

    Iderval 
    Reginaldo Tenório
    www.youtube.com/watch?v=b6Y2wVdeYSE
    4 de dez de 2012 - Vídeo enviado por guilherme gilliard
    Populus — Belchior — Coração Selvagem (1977) ... Divina Comédia Humana — Belchior — Todos os ...