Uma viagem nos grotões da Serra do Araripe, Ceará /Pernambuco, e haja catabis.
Quando íamos pra Serra no Jeep, contávamos os bichos na beira da estrada. Eu de um lado, Edval do outro.
Tinham lagartos verdinhos, gatos do mato, veados, preás, cobras e muitos jumentos. Edval e eu competíamos nessa longa viagem.
Ganhava, quem visse mais animais do seu lado.
Naquele
tempo, a diversão era compartilhada, pois Edval ficava sentado no banco
perto de Papai e eu ao lado de mamãe. Como éramos pequenos, sempre
andávamos na frente, os 4. Eles também participavam da brincadeira,
afinal 2 pares de olhos viam melhor.
Quando
chegávamos na Serra, mamãe descia do carro e ia logo no chiqueiro das
galinhas, pegava um capão ou galinha e preparava a galinhada. No final,
tirava aquele caldo gostoso e bem quente da panela e despejava numa
tigela cheia de farinha para fazer o pirão escaldado. A gente ficava
salivando, vendo as bolinhas subindo e estourando. Depois ela tirava os
pedaços de carne e jogava em cima. Levava para a mesa, onde o primeiro a
se servir era Papai que pegava logo uma coxa, era o pedaço predileto
dele. Depois, mamãe pegava os pratos e ia preparando nossa comida de um a
um. Ia fazendo e quando terminava de preparar, cada um já sabia qual
era o seu, pois tinha o pedaço preferido de cada um, logo em cima.
Como é bom relembrar nossa infância na Serra do Araripe. Lembro-me que o meu pedaço predileto era a Moela, e vocês lembram?
Velhos tempos, belos dias.
Naquele tempo, acordávamos com o cantar dos galos, nas noites, tinham muitas estrelas brilhantes no céu, e brincávamos muito no terreiro(quintais).
Lá havia galos, noites e quintais.
Rosangela Maria Reginaldo Tenório
Engenheira Agrônoma
Juazeiro do Norte Ceará.
Esta
musica eu considero o Hino do Nordeste, uman ode à alegria e de
autoestima , diferente da ASA BRANCA, uma música que fala de muita
tristeza .
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