IDERVAL TENÓRIO: A CHAGA DO POMBO - Filéto A G Sousa MÉDICO EM SALVADOR

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

A CHAGA DO POMBO - Filéto A G Sousa MÉDICO EM SALVADOR

A CHAGA DO POMBO

Filéto A G Sousa

Médico do Trabalho

Nada contra ao animal em seu canto ou seu lugar. Afinal, todos os seres precisam do seu espaço para sobrevivência. Acontece que, quando em reprodução maciça e sem o fator de controle, vira uma peste, que por sinal, também capaz de transmitir doença.

Estava revisando um dos capítulos das doenças dos trabalhadores quando me deparei com o olho de pombo que o cromo produz no trabalhador sem proteção. Se bem que estava intrigado com a febre dos fumos em Galvanoplastia, motivo para fustigar o tal agente. Não é que um pombo bateu asas no momento em que abri a janela para adentrar a claridade?! E lá estavam os seus restos mortais, digo, fecais, prontos a receberem a quentura das telhas sob um sol de lascar. Meio grosseira a expressão, eu sei, mas ela serviu como dosar a intensidade.

Pombo tem sua graça e não me esqueço do raminho de parreira que um sinalizou para Noé - aquele da Arca! Ademais, vale acrescentar que algumas filosofias utilizam o ramo da parreira para abertura de um estudo qualquer. Depois eu falo disso.

Pois bem. No jogo das coincidências humanas, aves de rapina estão ensinando e sendo utilizadas como predadoras naturais de outras aves, inclusive para roedores como o rato. Melhor seriam a coruja e o gato, mas, este, cheio de mordomias de madame, perdeu a função. O Falcão amestrado vem traçando os pombos e evitando que estes, através a poeira de suas fezes, infectem humanos com criptococose, psitacose, histoplasmose, toxoplasmose, ornitose, alergias etc, fomentadas pelos velhinhos e bondosos que os alimentam em via pública. Não sei a que ponto julgar essa caridade, porém os prédios estão reclamando a sujeira pútrida de suas fachadas. A população de pombos aumenta a cada dia e cada vez mais o gavião se afasta das cidades, embasado pelo número cada vez menor em relação a um passado não distante. Será que existe ilação entre o número geométrico de pardais afugentando o bem-te-vi que escorraça o gavião?! Ultimamente não os vejo em seus mirantes apreciando os movimentos de roedores e outros animais, alguns indefesos, ainda no ninho.

O avicida deve ser evitado; mas algo, naturalmente, deve ser posto em seu lugar. Pena que o gavião, quando aninhado, responde com boas unhadas quem passa no limite do seu território.

Ultrassons...produtos químicos afugentadores...espantalhos eficientes....talvez opções alentadoras. No entanto, enquanto não aparece o predador natural e efetivo, a educação parece um termo adequado para o cidadão permitir que a ave encontre no seu esforço a fonte de alimentação.

Filéto A G Sousa

médico

PALAVRAS DO BLOG-

ENQUANTO MAIS ALIMENTOS , MAIOR É A SUA REPRODUÇÃO.

Todo cuidado é pouco diante de tantas patologias ligadas aos inocentes pombos, o autor foi enfático na sua bela crônica, cabe aos cidadãos entender a mensagem, o autor não chama à matança e sim ao controle responsável tanto da população como das autoridades, cabe a todos afastar do convívio próximo para não contrair determinadas doenças, AS ZOONOSES, faço o mesmo alerta a outros animais, como cães, gatos e pássaros.

Cada animal tem direito a viver em liberdade e no seu habitat, o homem ao dota-lo no seu ambiente e com todas as parafernálias pertinentes aos humanos , não deixa de ser uma maneira de escravidão, não deixa de ser uma das propriedades de domínio. A escravidão seguia este ritual e muitas são as maneiras de tornar os outros como eternos dependentes.

Para pensar, nenhum animal de estimação é coisa, como coisa já foram muitos seres humanos, basta olhar para a história da humanidade.

Iderval Reginaldo Tenório