IDERVAL TENÓRIO: Delmiro Augusto da Cruz Gouveia Um Cearense de Fibra.Um brasileiro brasileiro. Parabéns.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Delmiro Augusto da Cruz Gouveia Um Cearense de Fibra.Um brasileiro brasileiro. Parabéns.

Delmiro Augusto da Cruz Gouveia

Um Cearense de Fibra.

Delmiro Augusto da Cruz Gouveia, conhecido como Delmiro Gouveia Cearense da Cidade de Ipu, nasceu no DIA 05 DE JUNHO DE 1863, faleceu na cidade de Pedra, Alagoas no dia 10 DE OUTUBRO DE 1917 com 54 anos.

Foi um dos pioneiros da industrialização do Brasil, e precursor do grande potencial hidroelétrico, tendo construído a segunda usina hidroelétrica do Brasil.

Nasceu na Fazenda Boa Vista, no município cearense de Ipu, sendo filho natural do cearense Delmiro Porfírio de Farias e da pernambucana Leonila Flora da Cruz Gouveia. Sua família transferiu-se em 1868 para o estado de Pernambuco, onde se estabeleceu na cidade de Goiana, mudando-se para o Recife em 1872.

Com a morte de sua mãe teve que começar a trabalhar aos 15 anos de idade, em 1878, inicialmente como cobrador da Brazilian Street Railways Company no trem urbano, denominado maxambomba. Posteriormente chegou a Chefe da Estação de Caxangá, no Recife. Foi despachante em armazém de algodão.

Em 1883 foi ao interior de Pernambuco, interessado no comércio de peles de cabras e de ovelhas que passou a negociar, tendo obtido grande sucesso.

Em 1886 estabeleceu-se no ramo de couros e passou a trabalhar por comissão para o imigrante sueco Herman Tehodor Lundgren , Casas Pernambucanas) e para outras empresas especializadas nesse comércio, como a Levy & Cia.

Em 1896 fundou a empresa Delmiro Gouveia & Cia e passou a alijar seus concorrentes do mercado, empregando os melhores funcionários das empresas concorrentes.

Em 1899, inspirado pela Feira Internacional de Chicago de 1893, inaugurou no Recife um moderno centro comercial e de lazer o DERBY, considerado o primeiro shopping Center do Brasil. Este centro passou a ser a coqueluche da época, mais de 10 mil pessoas o frequentava diariamente, em 1900 a Policia Militar de Pernambuco o incendiou, dizem que foi a mando do Conselheiro Rosa e Silva seu arque inimigo politico.

Delmiro concluiu que sua vida corria perigo no Recife e transferiu-se em 1903 para Pedra , Alagoas em virtude de ter-se apaixonado e depois raptado a filha natural de 16 anos do então governador de Pernambuco. Na Microrregião Alagoana do Sertão do São Francisco, fazendo fronteira com Pernambuco, Sergipe e Bahia, Delmiro comprou uma fazenda às margens da Ferrovia Paulo Affonso, onde centralizou seu lucrativo comércio de peles e construiu currais, açudes, sua residência e prédios para abrigar um curtume.

Planejando construir ali uma fábrica de linhas de costura - que até então eram importadas da Inglaterra, as conhecidas Linhas Corrente, que monopolizam o mercado brasileiro - e apelando para ideais nacionalistas, nativistas e cívicos então em voga, conseguiu concessões que incluíam o direito à posse de terras devolutas, isenção de impostos para a futura fábrica e permissão para captar energia da cachoeira de Paulo Afonso além de recursos governamentais para ajudar na construção de 520 quilômetros de estradas ligando o município de Pedra a outras localidades.

Em 1912 iniciou a construção da fábrica de linhas e da Vila Operária da Pedra, com mais de 200 casas de alvenaria.
Em 26 de janeiro de 1913 inaugurou a primeira hidroelétrica do Brasil com potência de 1.500 HP na queda de Angiquinho.

Em 1914 iniciou as atividades da nova fábrica sob a razão social Companhia Agro Fabril Mercantil, produzindo as linhas com nome comercial "Estrela" para o Brasil, e "Barrilejo" para o resto da América Latina. Com preços muito abaixo das "Linhas Corrente", produzidas na Inglaterra pela inglesa Machine Cotton que até então monopolizava o mercado de linhas de costura em toda a América Latina,logo dominou o mercado brasileiro e amplas fatias dos mercados latino americanos.

O sucesso da empresa - que em 1916 já produzia mais de 500.000 carretéis de linha por dia - chamou a atenção do conglomerado inglês , que tentou por todos os meios comprar a fábrica, o mestre não vendeu e disse que jamais faria um sacrilégio daquele, a Fábrica era o orgulho do Nordeste e do Brasil .

Por motivos políticos e questões de terras, Delmiro Gouveia entrou em conflito com vários coronéis da região, o que provavelmente, segundo a maioria dos historiadores ocasionou seu misterioso assassinato à bala, ficando a empresa inglesa como a principal suspeita pela morte do bravo Cearense de Ipu.

Seus herdeiros não resistindo às pressões da Machine Cotton, venderam a fábrica à empresa inglesa, detentora na América Latina da marca "Linhas Corrente", que mandou destruir as máquinas, demolir os prédios e lançar os maquinários e escombros no rio São Francisco, livrando-se assim de uma incômoda concorrência.

FOI ASSIM QUE A INGLATERRA MATOU UM DOS ORGULHOS DO BRASIL.

Legado-

1-Cabra macho sim senhor

2-Construtor da segunda hidrelétrica do Brasil

3-. Primeiro exportador de couro e carne de bode para o exterior.

4-Construtor do primeiro S.Center do Brasil.

5-Construiu a primeira Fabrica de FIOS PARA MALHARIA E DE LINHAS DO BRASIL.

DELMIRO GOUVEIA FOI E CONTINUA SENDO GENTE DA GENTE

Iderval Reginaldo Tenório

Coronel Delmiro Gouveia Delmiro Gouveia já tinha presenteado o Padre Cicero, com o boi mansinho, que depois foi doado ao beato José Lourenço, do caldeirão grande, talvez venha daí a liberação do uso de seu nome, na marca de linhas da fábrica da pedra, em nome de uma amizade antiga.

Matéria realizada após leitura e estudo de diversos artigos,inclusive da INTERNET .

Desde o tempo de escola, o Delmiro Gouveia sempre foi referencia para este mortal inclusive do meu pai.

Grande homens que jamais sairão das nossas mentes.

Iderval Reginaldo Tenório