PERGUNTO:O QUE FAZER COM OS MEDICAMENTOS NÃO UTILIZADOS E
QUE FICAM PERDIDOS EM CASA.JOGAR NO LIXO,DOAR,FAZER O QUE? GERALMENTE NO SEU
DESCARTE O HOMEM ESTÁ CONTAMINADO O MEIO AMBIENTE .LEIA ESTA MATÉRIA
.QUERO A SUA OPINIÃO.
BREVEMENTE O PAÍS ELABORARÁ LEIS PARA
O DELICADO ASSUNTO
Iderval Reginaldo Tenório
O QUE FAZER COM REMÉDIOS VENCIDOS OU QUE NÃO SÃO MAIS UTILIZADOS?
Veja alternativas para fazer o descate correto dos medicamentos
Remédios são
essenciais para resolver os problemas de saúde, mas depois que a enfermidade
passou, normalmente sobram comprimidos nas caixas, xarope nos vidros e até
ampolas de injeção. Tudo isso fica guardado nos armários até perder a validade.
E o que fazer com eles, então? Não há outra alternativa do que jogá-los fora,
mas resíduos de medicamentos podem contaminar o solo e a água quando
descartados no lixo ou na rede de esgoto comum. O problema é que boa parte da
população não sabe disso e, pior, quase não há postos de recolhimento e quando
há, não são devidamente divulgados.
Segundo Luiz Carlos da Fonseca e Silva, médico e especialista em Vigilância Sanitária da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), "as drogarias e farmácias não têm obrigação legal para aceitá-los e, além disso, haveria risco de comercialização indevida do produto”, afirma.
Centros de saúde ou qualquer outra instituição de serviço de saúde também não devem aceitar medicamentos mesmo que estejam dentro da validade estipulada. “A razão é que sempre serão desconhecidas as reais condições de armazenamento e conservação nos domicílios, que poderiam adulterar as propriedades terapêuticas do medicamento. Exemplo: o medicamento não pode ser guardado perto de fonte de calor ou em local úmido”, afirma o especialista da Avisa.
Pesquisas
Algumas toneladas de medicamentos são produzidas por ano e aplicadas na medicina humana e veterinária, mas geralmente a produção exata não é publicada.
Recentemente, o monitoramento de medicamentos no meio ambiente – conhecidos na literatura como ‘fármacos’ – vem ganhando grande interesse devido ao fato de muitas dessas substâncias serem frequentemente encontradas, em concentrações altas, em efluentes de Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) e águas naturais.
As engenheiras químicas do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação da Universidade Estadual do Rio de Janeiros (COPPE-UFRJ), Daniele Maia Bila e Márcia Dezotti, afirmam que uma parte significativa dos medicamentos é descartada no esgoto doméstico. Estudos demonstram que várias dessas substâncias parecem ser persistentes no meio ambiente e não são completamente removidas nas ETEs. Sendo assim, muitos resíduos resistem a vários processos de tratamento convencional de água.
“Em todo o mundo, fármacos como antibióticos, hormônios, anestésicos, antiinflamatórios, entre outros, foram detectados no esgoto doméstico, em águas superficiais e de subsolo.
Os medicamentos são desenvolvidos para serem persistentes, mantendo suas propriedades químicas o bastante para servir a um propósito terapêutico. “Porém, 50% a 90% de uma dosagem do fármaco é excretado inalterado e persiste no meio ambiente. O uso em excesso de antibióticos acarreta dois problemas ambientais: um deles é a contaminação dos recursos hídricos e o outro é que esses produtos acabam com microorganismos menos resistentes, deixando vivos apenas os mais resistentes”, afirmam as pesquisadoras.
De acordo as pesquisadoras, nas ETEs há três destinos possíveis para qualquer medicamento:
1. Pode ser biodegradável, ou seja, mineralizado a gás carbônico e água, como por exemplo, o ácido acetilsalicílico;
2. Pode passar por algum processo metabólico ou ser degradado parcialmente, como as penicilinas;
3. Pode ser persistente, como o clofibrato.
Vigilância
Quando questionado sobre o que fazer para resolver o problema, o médico da Anvisa, Luiz Carlos da Fonseca e Silva, diz que a Agência faz parte do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. “É um órgão regulador e a fiscalização fica sob responsabilidade das vigilâncias sanitárias dos estados, municípios e do Distrito Federal. As normas existentes dizem respeito aos estabelecimentos de serviços de saúde; ainda não foram editadas normas que abranjam o consumidor final com relação ao descarte de medicamentos.”
O médico informa que “estados e municípios têm autonomia para legislação própria, desde que não contrariem as normas federais. Caso existam legislações estaduais e municipais, as mesmas devem ser observadas”. E acrescenta, “os riscos dos itens descartados devem ser sempre analisados. No caso de medicamentos, devem ser avaliados os riscos existentes nos princípios ativos dos mesmos, levando-se ainda em consideração a quantidade que está sendo descartada, a forma farmacêutica e os possíveis danos ambientais decorrentes do descarte dos mesmos”.
E Luiz Carlos da Fonseca e Silva ressalta que, “de acordo com o IBGE, apenas 12,5% dos municípios brasileiros têm aterro sanitário. O restante tem os chamados lixões, o que é muito mais perigoso para a população”.
Em Porto alegre existem estabalecimentos que fazem orecolhimentos de medicamentos para serem descartados de forma correta. Embora ainda não haja normas para este tipo de serviço, algumas farmácias e postos de saúde prestam este serviço à população numa atitude de tentar amenizar os problemas causados pelos fármacos ao meio ambiente.
Segundo Luiz Carlos da Fonseca e Silva, médico e especialista em Vigilância Sanitária da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), "as drogarias e farmácias não têm obrigação legal para aceitá-los e, além disso, haveria risco de comercialização indevida do produto”, afirma.
Centros de saúde ou qualquer outra instituição de serviço de saúde também não devem aceitar medicamentos mesmo que estejam dentro da validade estipulada. “A razão é que sempre serão desconhecidas as reais condições de armazenamento e conservação nos domicílios, que poderiam adulterar as propriedades terapêuticas do medicamento. Exemplo: o medicamento não pode ser guardado perto de fonte de calor ou em local úmido”, afirma o especialista da Avisa.
Pesquisas
Algumas toneladas de medicamentos são produzidas por ano e aplicadas na medicina humana e veterinária, mas geralmente a produção exata não é publicada.
Recentemente, o monitoramento de medicamentos no meio ambiente – conhecidos na literatura como ‘fármacos’ – vem ganhando grande interesse devido ao fato de muitas dessas substâncias serem frequentemente encontradas, em concentrações altas, em efluentes de Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) e águas naturais.
As engenheiras químicas do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação da Universidade Estadual do Rio de Janeiros (COPPE-UFRJ), Daniele Maia Bila e Márcia Dezotti, afirmam que uma parte significativa dos medicamentos é descartada no esgoto doméstico. Estudos demonstram que várias dessas substâncias parecem ser persistentes no meio ambiente e não são completamente removidas nas ETEs. Sendo assim, muitos resíduos resistem a vários processos de tratamento convencional de água.
“Em todo o mundo, fármacos como antibióticos, hormônios, anestésicos, antiinflamatórios, entre outros, foram detectados no esgoto doméstico, em águas superficiais e de subsolo.
Os medicamentos são desenvolvidos para serem persistentes, mantendo suas propriedades químicas o bastante para servir a um propósito terapêutico. “Porém, 50% a 90% de uma dosagem do fármaco é excretado inalterado e persiste no meio ambiente. O uso em excesso de antibióticos acarreta dois problemas ambientais: um deles é a contaminação dos recursos hídricos e o outro é que esses produtos acabam com microorganismos menos resistentes, deixando vivos apenas os mais resistentes”, afirmam as pesquisadoras.
De acordo as pesquisadoras, nas ETEs há três destinos possíveis para qualquer medicamento:
1. Pode ser biodegradável, ou seja, mineralizado a gás carbônico e água, como por exemplo, o ácido acetilsalicílico;
2. Pode passar por algum processo metabólico ou ser degradado parcialmente, como as penicilinas;
3. Pode ser persistente, como o clofibrato.
Vigilância
Quando questionado sobre o que fazer para resolver o problema, o médico da Anvisa, Luiz Carlos da Fonseca e Silva, diz que a Agência faz parte do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. “É um órgão regulador e a fiscalização fica sob responsabilidade das vigilâncias sanitárias dos estados, municípios e do Distrito Federal. As normas existentes dizem respeito aos estabelecimentos de serviços de saúde; ainda não foram editadas normas que abranjam o consumidor final com relação ao descarte de medicamentos.”
O médico informa que “estados e municípios têm autonomia para legislação própria, desde que não contrariem as normas federais. Caso existam legislações estaduais e municipais, as mesmas devem ser observadas”. E acrescenta, “os riscos dos itens descartados devem ser sempre analisados. No caso de medicamentos, devem ser avaliados os riscos existentes nos princípios ativos dos mesmos, levando-se ainda em consideração a quantidade que está sendo descartada, a forma farmacêutica e os possíveis danos ambientais decorrentes do descarte dos mesmos”.
E Luiz Carlos da Fonseca e Silva ressalta que, “de acordo com o IBGE, apenas 12,5% dos municípios brasileiros têm aterro sanitário. O restante tem os chamados lixões, o que é muito mais perigoso para a população”.
Em Porto alegre existem estabalecimentos que fazem orecolhimentos de medicamentos para serem descartados de forma correta. Embora ainda não haja normas para este tipo de serviço, algumas farmácias e postos de saúde prestam este serviço à população numa atitude de tentar amenizar os problemas causados pelos fármacos ao meio ambiente.
2 comentários:
O solo, a água, o ar, o vento, a vegetação são nossos grandes irmãos, assim como temos nossos pequenos irmãos que são os microorganismos do solo que formam o húmus que alimentam as plantas que nos alimentam. Contaminar o solo, consequêntemente se contamina o lençol freático, os aquíferos e as consequências destas contaminações repercutem em nós, os humanos que, com práticas desumanas estamos degradando e matando nossas fontes de vida. O corpo do homem é formado de água, fogo, terra e ar. Sem a união de corpo e alma, não passamos de cadáveres. Vamos respeitar a natureza e deixar que naturalmente ela continue formando material de primeira para formação do nosso corpo.
ótimo texto infelizmente são minoria os que seguem as instruções corretas de onde devem descartar essa espécie de lixo. Muito bom o texto com idéias sustentáveis e de preservação da natureza.
Marcus Vinícius
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