RIO — Molduras de estilos, cores e tamanhos diferentes. Obras de arte lado a lado com gravuras, fotos e grafites. Pequenos, ou grandes, objetos e recordações de viagens ou da infância pendurados na parede, com ou sem "vitrines". Num primeiro olhar, até parece que as peças foram colocadas em seus lugares meio sem querer, mas, cada uma delas teve seu espaço muito bem planejadinho para que o resultado final fizesse toda a diferença no ambiente.
— Quadros que estão apoiados no chão, em prateleiras ou ainda sobre móveis ajudam a dar esse ar mais despojado. Mas, para ficar no chão, tem que ser uma peça grande — ensina a de$de interiores Flávia Secioso, que costuma fazer isso em seus projetos.E a verdade é que não há mesmo muitas regras. Mas se a intenção é decorar e não poluir a parede, algumas dicas podem ajudar a alcançar esse visual "bagunça arrumadinha".
Para Flávia, o importante, de fato, é a harmonia, que será conquistada com o equilíbrio entre pesos e cores — as mais fortes devem estar em peças menores — e principalmente com sensibilidade e bom senso. Mas, na dúvida, o truque é (des)arrumar tudo no chão, antes de começar a furar as paredes e se arrepender depois.
— Serve para testar a disposição e encontrar o equilíbrio do conjunto.
O arquiteto Ricardo Mello concorda. Em projeto com o sócio Rodrigo Passos, há de grafite a cocar. Tudo na mais perfeita harmonia. O segredo, segundo ele, está em escolher peças que, mesmo não combinando, tenham certa relação — nas cores, tamanhos ou estilos. E uma dica é delimitar a área em que as peças serão colocadas:
— É preciso que elas sejam alinhadas na altura ou largura, com a posição de portas ou janelas, por exemplo.
De resto, é arriscar. Para Lili Kessler, do ateliê Le Modiste — que cria molduras com formatos, estilos e cores bem diferentes — o que vale mesmo é o bom e velho "olhômetro":
— O que acho bonito é que essa mistura cria um desenho, uma estampa. É como pintar uma tela em branco.
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