Preconceito linguístico- Fale e escreva sem entraves. Aprenda o Oficial.
Preconceito linguístico
As
línguas dos autóctones do Brasil, os
Índios, mescladas com as linguas da Mama África e infiltradas por diversas línguas invasoras(Inglês, Francês,
Italiano, Espanhol, Português, Asiáticas e Orientais) forjaram o
Português Brasileiro.
Os brasileiros urbanos, os escolarizados têm diariamente o português atualizado, os da zona rural ainda trazem muitas palavras seissentistas, muitos não foram informado das mudanças e falam o original.
Os espanhóis, italianos e americanos contibuiram com muitas palavras e expressões da antiguidade ainda hoje ativas. Notadamenete nos sertões e nos grotões por este Brasil afora.
Quem tem o portugues atualizado estranham muitas palavras.
"Pregunta é sinônimo de: PERGUNTA. Pergunta, interrogação, questão, questionamento"
Iderval Reginaldo Tenório
O Português é uma
língua em contínua formação. Sofre diariamente influências
de línguas da Europa, EUA, Oriente, África, Ásia, Japão e de dialetos regionais como o Brasiliense, Caipira, Carioca, Gaúcho, Mineiro, Nordestino, Nortistas, Paulistano e o Sertanejo.
Na atualidade, mais de 20% das novas palavras vêm dos EUA, a língua forte das transações econômicas em todo o mundo, a língua do império contemporâneo. Como vírus, chegam embutidas nos
produtos, propagandas, cinema, livros, jornais, programas televisivos
universais, viagens e outras forçadas pelo poderio hegemônico.
Nos dias atuais, a
juventude brasileira, os profissionais de todas as áreas e a população
em geral são bombardeados pelos meios de comunicação com novas
palavras, sem tradução, e que, automaticamente são incorporadas à língua pátria.
Lembrem-se de onlaine, apigreide, estandebai, chequim, delei, checaute, booque, fastefude, baipasse, uaifai, uatzape, email e outras.
Como o português brasileiro tem pouca importância mundial no comércio,
indústria, música, literatura, turismo, história da humanidade e não é
de uma nação de peso, sofre preconceitos em todo o globo terrestre e dentro do seu próprio povo por ser uma não continental.
Afirma-se
que a alma de uma nação é o seu idioma e foi embasado nesta propriedade,
que Portugal matou a língua nativa brasileira quando invadiu as terras
de Vera Cruz em 1500, deixando-a sem alma e sem identificação.
No século XVI eram mais de 800 línguas nativas, destacavam-se o Guarani
Kaiowá, Xavante, Yanomami, Guajajara, Terena, Tukano, Kayapó, Tupinambá e o Tupi-guaranI. No final do
século XVIII, por volta de 1775, de uma só canetada, o Marquês de Pombal
proibiu o uso de todas estas línguas nativas, as africanas e as embarcadas pelos
estrangeiros, sendo oficializada o Português de Portugal. Esta medida culminou com o batismo linguístico da nação chamada Brasil. Uma Pátria sem língua e evidentimente sem alma, tendo que renascer das cinzas como um milagre e em 1850 quase todas as línguas autóctones praticamente estavam em desuso.
O
genocídio aos habitantes da terra, pejorativamente chamados de
INDÍGENAS, o genocídio aos seus idiomas, costumes e
cultura, juntos à transferência de riquezas minerais, vegetais e
animais para a Europa, foi o suficiente para emplacar anos de
atrasos à nação em nome da civilização colonialista. Isto gerou,
alimentou e alimenta até os dias de hoje,
preconceitos aos nativos e aos africanos traficados por três séculos, ambos os povos tratados como
coisas e de valor insignificante.
Para os Europeus colonizadores, os negros e os nativos não
tinham alma e não eram considerados humanos. Nos Estados Unidos da
América do Norte eram considerados caças, inclusive pelos poderes
públicos até 1900, onde foram dizimados mais de 20 milhões de nativos
em 100 anos de invasão inglesa, na America Latina pelos espanhóis, não foi diferente aqui no Brasil com a
invasão portuguesa e a criação dos bandeirantes, comercializando e dizimando milhões de índigenas, os resistentes.
No Brasil um verdadeiro continente,
o português sofre preconceitos de classes sociais, nível educacional,
etnias, posicionamento político, gêneros e do regionalismo.
Na
sociedade brasileira, o idioma foi fatiado
em diversos segmentos: o culto que é o oficial, regido por leis, criado e
praticado pelos intelectuais, letrados, filólogos e os
gramáticos que ocupam o
culme da pirâmide linguística, tornando
uma língua excludente para os que ocupam a base da pirâmide social, possuidora de no máximo 800 palavas para a comunicação.
O
objetivo é sedimentar nas mãos das
elites o poder da dominação, e e de subordinação para as demais classes
sociais. Pregam
que o certo e o correto é o praticado por esta casta, que se
autodenomina de classe superior. O errado e rasteiro, o praticado pelas demais
classes sociais, principalmente nos rincões do país e nas regiões
esquecidas, denominados de QI baixo, analfabetos de pai e mãe, invisíveis e excluídos da civilização. Quando na
verdade não existe o Português errado, a língua é uma só e depende do
nível sócial,
econômico, cultural e de qual região pertence o cidadão
É primordial entender, que o português tem uma coluna, o de consumno diário,
aquele que constitue o DNA da língua, o popular, o praticado em toda a nação e que todos
compreedem, é o Português Universal e o elo entre todas as classes sociais.
O
português culto e clássico, como um veículo moderno com os seus
assessórios, direção
hidráulica, portas elétricas, marcha automática, sensores diversoso, celulares, wifi, orientação por
satélites ou câmeras são privilégios de poucos e às vezes supérfluor, o
importante
é viver sem atropelar a coluna central, respeitar o regionalismo,
mastigar o feijão com arroz, as
misturas protéicas e gordurosas sem se esquecer que nos documentos
oficiais, é o Português oficial, o português culto o utilizado. O
português falado está na alma de cada cidadão e vem das suas raízes, das
suas entranhas e ancestralidades.
A Língua é patrimônio da sociedade, isto é, do
povo em todos os níveis sociais e em todos os recantos do país. Não
deve ser uma ferramenta de inibição aos que não praticam a língua culta, a língua daqueles
que ocupam o ângulo superior da pirâmide sócio cultural, econômica e
literária, uma vez que, mesmo os mais cultos, estudados e que leem com
frequência, muitas vezes são ignorantes no repertório jurídico, da matemática, da química, da física e da medicina.
Fale
e pratique a sua língua sem preconceitos ou inibição, contudo,
continue aprendendo a lingua culta, da mesma maneira que se aprende a
andar,
nadar, dirigir e como se aprende uma profissão.
Somos eternos
aprendizes, todos os dias se aprende algo novo. Gratidão às escolas, aos
professores, aos filólogos, aos gramáticos, aos historiadores, aos
analfabetos, aos regionalistas e à natureza, eternos orientadores.
Estudante, viva sem quaisquer tipos de preconceitos,
não se iniba na escola, pergunte e participe das oficinas de aprendizados. O seu
português está sendo forjado e não deve sofrer avarias nesta fase da
vida.
Aprenda com os cultos, os letrados e os não letrados, porém não
se enclausure no aprendizado do imaginário dos intelectuais. Não anule
as suas origens, mescle todos os modos da língua e os utilizem nos
momentos adequados, a depender dos interlocutores.
Tenha
orgulho dos seus pais, de sua região, de todos os da sua convivência na infância e
até dos animais não humanos do seu arrebol, isso é cultura.
Iderval Reginaldo Tenório
Preconceito linguístico
O termo preconceito designa uma atitude prévia que assumimos
diante de uma pessoa (ou de um grupo social), antes de interagirmos com
ela ou de conhecê-la, uma atitude que, embora individual, reflete as
ideias que circulam na sociedade e na cultura em que vivemos. Assim como
uma pessoa pode sofrer preconceito por ser mulher, pobre, negra,
indígena, homossexual, nordestina, deficiente física, estrangeira etc.,
também pode receber avaliações negativas por causa da língua que fala ou
do modo como fala sua língua.
O preconceito linguístico resulta da comparação indevida entre o modelo
idealizado de língua que se apresenta nas gramáticas normativas e nos
dicionários e os modos de falar reais das pessoas que vivem na
sociedade, modos de falar que são muitos e bem diferentes entre si. Essa
língua idealizada se inspira na literatura consagrada, nas opções
subjetivas dos próprios gramáticos e dicionaristas, nas regras da
gramática latina (que serviu durante séculos como modelo para a produção
das gramáticas das línguas modernas) etc. No caso brasileiro, essa
língua idealizada tem um componente a mais: o português europeu do
século XIX. Tudo isso torna simplesmente impossível que alguém escreva
e, principalmente, fale segundo essas regras normativas, porque elas
descrevem e, sobretudo, prescrevem uma língua artificial, ultrapassada,
que não reflete os usos reais de nenhuma comunidade atual falante de
português, nem no Brasil, nem em Portugal, nem em qualquer outro lugar
do mundo onde a língua é falada.
Mas a principal fonte de preconceito linguístico, no Brasil, está na
comparação que as pessoas da classe média urbana das regiões mais
desenvolvidas fazem entre seu modo de falar e o modo de falar dos
indivíduos de outras classes sociais e das outras regiões. Esse
preconceito se vale de dois rótulos: o “errado” e o “feio” que, mesmo
sem nenhum fundamento real, já se solidificaram como estereótipos.
Quando analisado de perto, o preconceito linguístico deixa claro que o
que está em jogo não é a língua, pois o modo de falar é apenas um
pretexto para discriminar um indivíduo ou um grupo social por suas
características socioculturais e socioeconômicas: gênero, raça, classe
social, grau de instrução, nível de renda etc.
A instituição escolar tem sido há séculos a principal agência de
manutenção e difusão do preconceito linguístico e de outras formas de
discriminação. Uma formação docente adequada, com base nos avanços das
ciências da linguagem e com vistas à criação de uma sociedade
democrática e igualitária, é um passo importante na crítica e na
desconstrução desse círculo vicioso