segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

O NEGRO

                               Milton Gonçalves – Wikipédia, a enciclopédia livre

Kaya

                       Vivendo na Inglaterra em um auto exilio, desde o atentado de 1976

                                                                                      
Colaborar, sempre, cargo no governo, não", diz Gilberto Gil – DW –  19/07/2022

 
          
 
O fascinante é  enxergar em cada brasileiro a mistura de três raças,  propriedade  que originou a mais plural população do universo.
 
              Branco,  índio ou negro? nada disso : É Brasileiro.

No dia 20 de novembro , dia da consciência negra  , não poderia deixar em albis esta importante data.
 
Fala-se na abolição, na liberdade e outras coisas, porém não falam que os negros  em nome da alforria coletiva,  na verdade,  foram foi  abandonados e entregues ao tempo.

Por ser uma raça de fibra, de luta e  de briga partiram para a sobrevivência, foram  interiorizando a nação , conquistando e   ocupando espaços nas metrópoles e nos mais longínquos  rincões   semeando os  fortes e enérgicos gens.

Mesmo contra a vontade de muitos  ,  infiltraram-se no mundo  da educação e fizeram por merecer muitos títulos jamais imaginados pelos dominantes da época, basta atentar para a pífia participação do negro nas Universidades  Brasileiras . 

Como referência cita-se a Universidade Federal da Bahia, que  até 12 anos atrás apenas 2 % era constituída de negros, principalmente nos cursos tidos como elitizados : engenharia, direito e medicina,  num estado onde a população é de 70 a 80% de negros. Mesmo assim saíram dos bagos dos negros o grande  sociólogo Professor Milton Santos, o médico psiquiatra Dr Juliano Moreira, o médico e educador  Dr Carneiro Ribeiro, o Senador Ruy Barbosa, um dos maiores juristas do Brasil ,  o  Professor Dr  Edvaldo Brito e outros ícones em diversas áreas. 

Hoje graças ao sistema de cotas, que é muito criticado, este   programa de inclusão acelerou  a entrada de mais afro descendentes e indígenas  no curso superior, chegando a percentuais de 30 a 40%.

Na cultura atente para o pelourinho, berço  e coração da civilização brasileira,  logradouro que  nunca deixou de pulsar .  Das suas entranhas, das suas cicatrizes  arraigadas pelas chibatas no lombo dos irmãos africanos, surgiram diversos núcleos para a conquista da cidadania. 

Estribados no grande Mário Gusmão, Zumbi dos Palmares, Nelson Mandela,  Steve Biko, Desmond Tutu, na   lenda viva  da atualidade,  o imortal Clarindo Silva e noutros ícones, pontua-se que os negros partiram no sangue e na raça para a conquista da cidadania em todos os continetes do globo terrestre. Basta olhar para o cinema, os musicistas, o sport, a televisão, a política, o mundo empreserial,   a educação e o relacionamento entre as pessoas.

Diversos foram os grupos, no Brasil,  que nasceram e ganharam o mundo.   O Olodum, na Bahia,   desta-se como  um dos mais importantes, trazendo e plantado meios para a verdadeira liberdade:  a  Educação , a  Cultura, o Respeito e a sobrevivência nutricional  para todos. 

Este comentário é  para mostrar a pujança dos negros , a sua  força na Bahia, no Brasil, na África e no mundo. Fiz questão de demonstrar na cultura os grandes movimentos , dentre eles o  OLODUM,  nascido no coração do Brasil, bairro  Pelourinho  em Salvador.


O Olodum é uma Ideia,  um grito de liberdade , um  eco em busca da cidadania.  
Viva o negro , viva o Olodum, viva  homem consciente.

                                                 Viva o homem como um todo.
 
                 Salvador, 20 dce janeiro de 2023

                Iderval Reginaldo Tenório
 
 
                O BLOG É CULTURAL
                                       

Dos negros pelo mundo, destacarei um que o povo pouco conhece e que  tem a mesma importância do Nelson Mandela, do Desmond Tutu, do Barack Obama , o Steve Bantu Biko que deu a vida pelos negros de todo o  universo.













"Steve Bantu Biko (18 de dezembro de 1946 - 12 de setembro de 1977) foi um conhecido ativista do movimento anti-apartheid na África do Sul, durante a década de 1960.

Insatisfeito com a União Nacional de Estudantes Sul-africanos (National Union of South African Students), da qual era membro, participou da fundação, em 1968, da Organização dos Estudantes Sul-africanos (South African Students' Organisation). Em 1972, tornou-se presidente honorário da Convenção dos Negros (Black People's Convention).

Em março de 1973, no ápice do regime de segregação racial (Apartheid), foi "banido" , o que significava que Biko estava proibido de comunicar-se com mais de uma pessoa por vez e, portanto, de realizar discursos. Também foi proibida a citação a qualquer de suas declarações anteriores, tivessem sido feitas em discursos ou mesmo em simples conversas pessoais.

Em 6 de setembro de 1977 foi preso em bloqueio rodoviário organizado pela polícia. Levado sob custódia, foi acorrentado às grades de uma janela da penitenciária durante um dia inteiro e sofreu grave traumatismo craniano. Em 11 de setembro, foi embarcado em veículo policial para transporte para outra prisão. Biko morreu durante o trajeto e a polícia alegou que a morte se devera a "prolongada greve de fome empreendida pelo prisioneiro".

Em 7 de outubro de 2003, autoridades do Ministério Público Sul-africano anunciaram que os cinco policiais envolvidos no assassinato de Biko não seriam processados, devido a falta de provas. Alegaram também que a acusação de assassinato não se sustentaria por não haver testemunhas dos atos supostamente cometidos contra Biko. Levou-se em consideração a possibilidade de acusar os envolvidos por Lesão Corporal seguida de morte, mas como os fatos ocorreram em 1977, tal crime teria prescrito (não seria mais passível de processo criminal) segundo as leis do país."

Este fato gerou um grande debate, culminando com o desenlace do movimento Sul Africano,  com a conquista, proporcionou  a  ascendência do Mandela à Presidência da República.  Biko foi peça importante neste movimento e dos ícone da Raça no Universo.

Iderval Reginaldo Tenório.

ESCUTEM DONA IVONE LARA, UMA DAS MAIORES CANTORAS DE TODOS OS TEMPOS, NÃO SÓ DO BRASIL,  DO MUNDO.


  1. Dona Ivone Lara - Sorriso Negro

    de BrazilGoodMuzik1 ano atrás 39213 views
    Sorriso Negro de 1981

domingo, 22 de janeiro de 2023

Ao amigo José Ilânio Couto Gondim e a todos que me influenciaram em Juaz...


 Ao amigo José Ilânio Couto Gondim e a todos que me influenciaram em Juazeiro do norte-Ceará.

Vicente Reginaldo Tenório

João Reginaldo Tenório

José Reginaldo Tenório

Odilio Camilo da Silva 


Entrevista com o empresário barbalhense *José Ilanio* Couto ...

José Ilânio Couto Gondim, para rádio Progresso/Iracema de. Juazeiro no início dos noo anos de  80. 
*Um arquivo raro da memória da nossa cidade .

A CATÁSTROFE DE MARIANA- SILENCIO TOTAL CULPADOS : OS GOVERNOS QUE SOBREVIVERAM DA VENDA DAS COMMODITIES

 

 Brumadinho: tragédia faz 2 anos sem barragens desativadas e com disputa  jurídica | CNN Brasil

Barragens: as lições canadenses - Revista Mineração

A CATÁSTROFE DE MARIANA-  SILÊNCIO  SEPULCRAL

 OS GOVERNOS QUE SOBREVIVERAM  DA VENDA  DAS COMMODITIES CONHECEM OS RESPONSÁVEIS.

Brasileiros , numa tarde tenebrosa, a nação foi devastada por uma gigantesca catástrofe contra a natureza , o rompimento da barragem  de Mariana em Minas Gerais, no dia 05 de novembro de 2015.  Episódio este,  fruto da somatória  de múltiplos e   equivocados atos governamentais,  que culminou com o desequilíbrio do ecossistema,  a morte de diversos animais, inclusive de  muitos  seres  humanos .

A barragem armazenava os rejeitos do ferro  na produção de pelotas e do ferro gusa,  mineral responsável pelo maior faturamento da pauta de exportação do país.  Eram as commodities  que oxigenavam a  enganosa  economia brasileira perpetrada pelos governos dos últimos 20 anos. 

Nas gestões de 1996 a 2016 o país passou a ser um mero extrativista , retroagiu a 1930,  a diferença é que naquela época o café era a principal commodity .  O Brasil produzia 70% de todo o café mundial e era o responsável por 69 %  das exportaçães brasileiras. Dos 480 milhões de dólares  o café participou com 293 milhões.  Hoje o agronegócio , não diferente do café e do ferro é o responssável pelas exportações braasileiras, o país continua sendo extrativista a alimentar bilhões de bocas e se orgulha de ser cognominado de "o celeiro do mundo" e haja destruição . 

Para  a exploração do ferro utilizam-se máquinas pesadas,  fornos  alimentados  por  carvão vegetal e mineral, toneladas de explosivos a rasgar o  solo, promovem-se grandes devastações, assoreamentos  dos rios e consomem-se muita água potável.  Água   que deveria ser usada na manutenção do ecossistema ,  no consumo  humano  e dos animais,  no equilíbrio do meio ambiente , dos rios e mananciais , nos projetos agropecuários , na manutenção da flora , da fauna e na equalização o  clima. 

Explorar as riquezas naturais para o bem da população se faz necessário, todavia o que não se defende é a devastação da natureza numa subserviencia sacral aos países desenvolvidos, os principais responsáveis pela contaminação do globo. Este modus operandi perpetrado pelos hegemônicos,  sedentos pelo consumo, acotence na Ásia, África, América Latina, Oriente , América do Sul e Oceania.  Onde existe riquezas naturais  há devastação e  sacrificios de bilhões de vidas , tudo sob a tutela das grandes nações e o apoio dos seus defensores.

                                                   EXISTEM CULPADOS?

Com a eleição   do governo central nos últimos 20 anos, de 1996 a 2016,  em  priorizar a economia no setor commodities, principalmente na exportação dos minérios, primordialmente o ferro, conseguiu enfraquecer e tornar inviável  o setor industrial  sem falar do aumento desenfreado do  custo Brasil com exorbitantes tributos.

 O setor  industrial, o que processa todas as commodities , os minerais, os vegetais e os  animais   na produção de bens com agregação de valor,    foi paulatinamente desativado. Ao mesmo tempo,  com a entrada dos bilhões de dólares das  commodities , o setor consumo foi incentivado, levou o país a uma  autofagia, digerindo  literalmente o seu próprio corpo, o que   levou silenciosamente a economia sustentada à  morte. Quem nada produz e vive das vendas das suas riquezas  e é um descontrolado consumidor  está fadado ao fracasso.

O governo ao priorizar o consumo sem produção e viver com as vendas das commodities perdeu as rédeas da nação, teve que encontrar medidas para corrigir  o equívoco cometido, mergulhou num mar de incertezas e surfou na importação de bens . Observe  que , com o fechamento  da indústria nacional,  mais de    50% dos produtos consumidos tinham que ser importados dos compradores das commodities, precisamente das nações asiáticas e Europeias, com este modelo seiscentista  o país entrou em  derrocada.  

Com o intuito de sustentar a economia , o governo   outorgou  licenças de exploração para os  grandes grupos estrangeiros.  Entregou o território nacional para as grandes mineradoras,  que para gerar os dólares necessários com a   exportação dos minerais in natura,    deterioraram  morros, serras e planícies, contamiram os   rios, o solo e os mares, devastaram as matas  e  cavaram gigantescas crateras destruindo  campos de plantações e criatórios, enfim, ajudou a consumir e exaurir os recursos naturais, mais uma vez mergulhou a nação  no grupo dos países extrativistas, retroagindo à decada de 30.

Os especialistas informam que,  uma barragem com 70 milhões de metros cúbicos de   rejeitos minerais, equilave a 70 bilhões de litros de produtos nocivos ao meio ambiente,  e que jamais poderia ficar num alto colocando em risco milhões de vidas.   Caso acontecesse um rompimento nada ficaria incólume na sua trajetória: cidades, vilas, currais, fazendas ou leitos de rios, todos tinham conhecimentos deste  risco.

No caso de Mariana,  o  rio da vez  foi o  Vale do Rio Doce, que,  tal qual o rio Nilo,  alimentava e alimenta uma população ribeirinha de milhões de brasileiros, a fauna, a flora e todo um ecossistema, este Rio tem um fluxo de 900m³/s , a   área de sua bacia é de 83.400km² , corre por mais de 853 quilômetros até a sua foz no oceano atlântico e abastece mais de 16 municípios dos Estados de Minas Gerais e do Espirito Santos,    

Este silêncio diante do estrago é consequência da conivência governamental, este silêncio configura o sentimento de culpa das autoridades, configura um filtro para o não despertar da população para o grande problema criado, como também para evitar a eclosão de mais um escândalo nacional.

O país foi leiloado ao mundo no setor commodities, grandes são as fazendas de estrangeiros  produtoras de soja e de carnes , grandes são as mineradoras a  enviar as riquezas  para alimentar as indústrias do exteriror.  Vender as commodities   a preços insignificantes,  como no passado extrativista ,  foi  a escolha ou a imposição recebida pelos governos anteriores pelos hegemônicos   . As commodities atravessam o atlantico a preços vis   e  voltam  beneficiadas  a preços de ouro. Vai-se  um navio carregado de ferro e  em troca volta-se uma dúzia de guarda-chuvas ou um faqueiro. 

Como recompensa azeita os subempregos nos serviços e no comércio, ocupa a população desqualificada no setor de vendas de coisas, de coisas , enriquecendo  o ciclo do envio de dólares para os produtores destas coisas aqui consumidas e aqui não produzidas

Relembro mais uma vez,  enquanto mais  uma nação que nada produz  consome bens industrializados,  mais divisas são enviadas aos produtores no exterior, nações que  priorizam a indústria  e que agregam valores aos manufaturados.

A Catástrofe de Mariana tem  nome, pai, mãe , responsáveis e  endereço, é apenas mais uma questão Brasil, que por aqui e por lá não tem valor.

A  vida e  o meio ambiente,  para os dominantes, não têm valor,  são apenas detalhes .  Isto é Brasil , o quintal dos hegemônicos,  e haja impunidade.

Os culpados um dia irão responder

Iderval Reginaldo Tenório


 Devido a impunidade,  três anos depois uma nova tragédia, a de Brumadinho, bem maior e mais devastadaora.

O rompimento de barragem em Brumadinho em 25 de janeiro de 2019 foi o maior acidente de trabalho no Brasil em perda de vidas humanas e o segundo maior desastre industrial do século.

Controlada pela Vale S.A., a barragem de rejeitos denominada barragem da Mina Córrego do Feijão.

 O desastre industrial, humanitário e ambiental causou a morte de 270 pessoas, incluindo oito desaparecidas, em números oficiais divulgados em 6 de outubro de 2021