O blog foi criado para a cultura. Mostra o quanto é importante o conhecimento.Basta um click no artigo. Centro Médico Iguatemi,310.CLINICA SÃO GABRIEL LTDA- 33419630 33425331Participe ,comente, seja seguidor. DR IDERVAL REGINALDO TENÓRIO , 1954 , JUAZEIRO DO NORTE -CEARÁ. 08041988lgvi.1984 CHEGOU EM SALVADOR COM 18 ANOS , MEDICINA NA UFBA. CIRURGIÃO GERAL. driderval@bol.com.br
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O MUNDO PRESTES A EXPLODIR. É A ÁSIA CONTRA A OTAN.
EUROPA/EUA/ RÚSSIA/ CHINA/UCRANIA-
O MUNDO PRESTES A EXPLODIR. É A ÁSIA CONTRA A OTAN
A Guerra Ásia versus OTAN vai pegar fogo nestes seis meses. A
Europa que depende de 55% dos combustíveis fósseis da RÚSSIA ,principalmentea Alemanha, está à procura de novo fornecedor,
de um novo parceiro,é o CATAR , que
fica no oriente médio, o foco da Europa.
"O Catar é um país peninsular árabe cuja paisagem
abrange um deserto árido e um longo litoral no Golfo Pérsico (Árabe) repleto de
praias e dunas. Também na costa, fica a capital Doha, conhecida pelos
arranha-céus futuristas e pela arquitetura ultramoderna inspirada no antigo
design islâmico, com exemplos como o Museu de Arte Islâmica, feito de calcário e localizado no
calçadão à beira-mar da cidade, chamado de Corniche.
Acontece que a China é o maior importador do Catar.Como a guerra RÚSSIA X UCRÂNIA, onde deve-se
ler- ASIA X OTAN ou EUA X CHINA é uma guerra pelo poderio geopolítico e econômico
do mundo para os próximos cem anos , vai
mostrar realmente os mentoresdesta
disputa e qual o objetivo do embate.
A China já está mexendo
com os seus gestores, República Popular da China , para impedir esta associação EUROPA com o CATAR e as outras nações do Golfo Pérsico, colado à Ásia, o vespeiro está sendo cutucado. O mundo encontra-se em efervescência e como um vulcão prestes a entrar em erupção, a temperatura está subindo e a lama vulcânica encadescente à tona, as suas labaredas atingirão todo o mundo . Esta civilização sofrerá grandes mudanças no seu destino . A China não tomando esta atitude alimentará a força da OTAN e postergará a sua ascensão a Império Dominante no mundo em 2042.
A Rússia é apenas o país asiático a aparecer nesta guerra ,
quando o mentor é a CHINA ou o conglomerado dos países asiáticos sob a tutela
da China e da Rússia .
Caso a Europa insista em conquistar o CATAR ou outras nações
ricas em combustíveis fósseis,o caldo
engrossará e pode ser desencadeada realmente uma guerra maior , que chamam de A Terceira Guerra Mundial.
'Era bonito. Até entender que era um inferno', diz ex-Arautos do Evangelho
Mateus Araújo
Do TAB, em São Paulo
10/05/2022 04h01
Leonardo*
tinha 10 anos quando conheceu os Arautos do Evangelho. Era 2014 e o
garoto ficou impressionado quando entrou na quadra do colégio e viu um
grupo de pessoas vestindo hábitos de estilo medieval. Eles tocavam música
clássica para uma plateia que parecia encantada. Havia um clima
incomum. "Aparentemente, era tudo muito bonito", lembra o rapaz. "Até eu
entender que era um inferno."
Investigados por assédio e tortura
contra crianças e jovens em suas unidades de São Paulo, os Arautos
viveram reviravoltas no Judiciário: em abril, a Vara de Infância e
Juventude proibiu novas matrículas e determinou que todos os menores de
18 anos que viviam nos internatos da instituição voltassem para suas
casas; na quarta-feira (4), contudo, os advogados dos Arautos entraram
com recurso e, 24 horas depois, o TJSP (Tribunal de Justiça de São
Paulo) considerou que não há provas suficientes no processo e derrubou a
liminar de primeira instância. A informação foi obtida pelo TAB e confirmada pelos advogados dos Arautos.
A
nova decisão frustra o grupo de 50 testemunhas (Leonardo entre elas) da
ação coletiva movida pela Defensoria Pública de São Paulo contra a
instituição católica conservadora, presente em todo o Brasil. A ação
corre em segredo de Justiça. TAB conversou com cinco testemunhas no processo.
Os
Arautos do Evangelho são uma associação privada de padres brasileiros,
aprovada pelo Vaticano em 2001. Fundada pelo brasileiro João
Scognamiglio Clá Dias, ex-membro da TFP (Sociedade Brasileira de Defesa
da Tradição, Família, e Propriedade), ela se espalhou pelo país e
oferece, em suas instalações, atividades extra-curriculares a crianças e
jovens em idade escolar, como aulas de música. O recrutamento acontece
em igrejas católicas e em visitas de membros a escolas.
Ansiedade e briga com a família
Desde 2018, quando saiu do grupo religioso, aos 15 anos, Leonardo foi diagnosticado com transtorno de ansiedade
generalizada — distúrbio que ele e a família associam à série de
traumas psicológicos adquiridos na instituição. Ele foi um dos premiados
com uma vaga no projeto "Futuro e Vida", para ter aulas gratuitas de
arte e de esporte.
Leonardo frequentava a igreja dos Arautos aos
sábados e domingos. Em seguida, foi animado a aumentar a frequência,
acrescentando dois dias para o catecismo. Em um ano, ganhou bolsa de
estudos da escola regular. Em 2018, prestes a entrar no ensino médio,
foi indicado a uma das vagas no internato do Rio de Janeiro. Foi aí que a
relação desandou.
"A mim, eles diziam que havia essa vaga, mas
dependia se minha mãe ia permitir. A ela, diziam que não sabia se teria a
vaga", conta. "Comecei a brigar com a minha família, achando que eles
estavam me impedindo de ir. Na verdade, os Arautos queriam me colocar
contra meus pais."
Leonardo cursou o ensino médio em uma "escola
do mundo", como o grupo se refere a instituições não religiosas. No
primeiro ano, ainda frequentava as missas da igreja vestindo o hábito
marrom, estampado com uma cruz de Santiago vermelha e branca, típico dos
Arautos. "Mas passaram a me olhar estranho. Meus amigos deixaram de
falar comigo. Me senti rejeitado", lamenta.
Enquanto esteve na
escola, Leonardo lembra de ter presenciado casos de racismo e
humilhações. "Se a pessoa fosse um pouco mais bronzeada, era xingado.
Também havia homofobia. Falavam mal das pessoas, faziam pressão contra
elas", conta. "Éramos desestimulados a qualquer conversa e interação com
o que não fosse dali de dentro. Se alguém ouvisse a gente falar de
outra coisa, nos levavam para a coordenação", lembra.
Um mundo à parte
As
primeiras denúncias formais contra os Arautos do Evangelho começaram a
ser reunidas em 2019 pelo Condepe (Conselho Estadual de Defesa dos
Direitos da Pessoa Humana), no bojo de um movimento de acusações
públicas de pais e ex-internos da organização.
O órgão ligado à Secretaria da Justiça e Cidadania
compilou relatos de assédio e violência, além de constatar
irregularidades pedagógicas. Segundo o advogado Dimitri Sales,
presidente do conselho, a escola descumpre diretrizes nacionais de
educação por impor ideologia religiosa e omitir conteúdos essenciais da
formação de crianças e adolescentes.
A partir da análise feita nas
apostilas dos estudantes do internato entre 2017 e 2019, o Condepe
observou que todas as referências bibliográficas são extraídas de livros
de autoria de João Clá ou de Plínio Corrêa de Oliveira, respectivamente
criadores dos Arautos e da TFP. O relatório também mostra que assuntos
como reprodução e evolução, da disciplina de Ciência, são omitidos ou
alterados de acordo com o pensamento religioso, e que nenhum material
didático prepara estudantes para o ingresso em universidades.
Em
outubro de 2019, o conselho chegou a acionar a Secretaria de Educação do
Estado, cobrando fiscalização. "Nada foi feito", reclama Sales.
Os
relatos de ex-internos e familiares se assemelham, principalmente, à
denúncia de um comportamento recorrente de alienação parental. "Nossos
parentes são chamados de FMR, 'Fonte da Minha Revolução'", conta o
motorista Alex Ribeiro, 43. Ele passou 18 anos nos Arautos, onde era
responsável por arrecadar doações de porta em porta. "Comecei em São
Paulo, viajei o Brasil todo e fui para Portugal e Itália", conta. Em
2013, Ribeiro foi internado em um clínica psiquiátrica, depois de tentar
fugir de uma da sede dos Arautos em São Paulo. Ele afirma que foi
medicado, amarrado e levou choque.
Segundo Alex Ribeiro e outras pessoas entrevistadas pelo TAB,
o afastamento é instigado pelos Arautos como garantia de salvação.
"Eles diziam que, quando chegasse o fim do mundo, se fosse preciso,
teríamos de matar os próprios pais para nos salvar", acusa um rapaz, que
não quis se identificar.
Para o defensor público Daniel Palotti
Secco, coordenador do Núcleo Especializado da Infância e Juventude da
Defensoria, "a espinha dorsal" das ações de controle dos Arautos é
justamente a quebra de vínculo familiar. O contato com a família é
escasso, e, quando acontece, é feito por meio de curtas ligações
telefônicas ou por mensagens em um único computador, comum a todos e
numa sala vigiada.
Secco afirma que a Defensoria, responsável pela
ação coletiva, vai continuar atuando para "buscar proteção de crianças e
adolescentes vítimas de violação de direitos".
'Perdi a coisa mais importante'
"Minha
filha dizia que queria dedicar a vida a Deus, a rezar. Qual é a mãe que
iria proibir isso? Diziam que ela teria aulas de idiomas, música, uma
boa formação, de graça. Que mãe não permite isso à filha? Eu não tinha
condições de pagar algo assim", chorava Márcia*, 50, ao telefone. A
filha dela está há 10 anos nos Arautos, e, desde que completou 18 anos,
afastou-se completamente da família.
A menina morava com a mãe,
duas irmãs e o padrasto em Curitiba, e conheceu a escola de música do
Arautos depois de uma visita do grupo católico à escola onde ela
estudava. "Perdi a coisa mais importante da minha vida", diz a mulher.
Márcia
tentou ajuda de todas as formas, na Justiça e até em mensagens a
autoridades via internet, para tentar recuperar a relação com a filha e
denunciar o que ela chama de "lavagem cerebral" a que a menina foi
submetida na igreja.
Entre as pessoas procuradas por ela está a
deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), a quem enviou recados no
Instagram e por e-mail. "Nunca tive resposta", reclama. "Há pouco tempo,
a gente ficou sabendo que ela se casou no Arautos. Nossa, fiquei de
cara. Dá uma raiva tremenda ver pessoas falando do direito das crianças
e, quando você tá pedindo ajuda, você não tem. Como fica? Quando você é
omisso, é porque algo está encobrindo."
Em 27 de dezembro de 2019,
Zambelli casou-se com o coronel Antônio Aguinaldo de Oliveira em uma
cerimônia religiosa realizada na capela dos Arautos do Evangelho em
Mairiporã (SP). Naquela ocasião, a deputada federal chegou a publicar
nas redes sociais que trocaria "os votos sob a bênção da Sagrada
Família, dos Arautos do Evangelho, uma igreja conservadora e abençoada".
Procurada pelo TAB
para comentar as declarações, Zambelli negou que tenha recebido
mensagens com as denúncias. "Ou estão mentindo ou precisam me reenviar o
que elas alegam ter enviado", diz, referindo-se a familiares das
vítimas. A deputada também afirma que não tem "a função de investigar
uma igreja", mas, "de qualquer forma, acionei o ministério da Damares
[Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos] e li o relatório em
que todas as crianças foram entrevistadas e não encontraram nada de
ilegal."
Questionada sobre sua relação com os Arautos, se é
frequentadora da instituição e o que pensa das denúncias relacionadas a
integrantes e líderes do grupo, a parlamentar disse que "é frequentadora
como qualquer fiel da igreja católica", mas ameaçou processar "UOL e quem assinar a matéria" pela pergunta.
"É
passível de processo, dependendo da forma como você a colocar e lhe
deixo ciente que vou processar caso esse tipo de ilação seja feita"
[sic], escreveu Zambelli. "Todas estas denúncias as quais você disse
foram arquivadas pela polícia, MP e Judiciário. Posso lhe mandar as
provas", finalizou.
Em nota ao TAB, os advogados
Marcelo Knopfelmacher e Felipe Locke Cavalcanti, que representam os
Arautos do Evangelho, reforçaram que as acusações contra o grupo
religioso não são "verossímeis" e que a acusação de abuso sexual está
arquivada desde maio de 2021 "a pedido do próprio Ministério Público do
Estado de São Paulo, por serem absolutamente inverídicos os fatos".
"Atualmente, há inquérito policial apurando o cometimento, em tese, do
crime de denúncia caluniosa sobre a conduta da parte denunciante."
Somente
após a publicação da reportagem, a Secretaria da Educação do Estado de
São Paulo enviou seu posicionamento sobre o caso. O texto afirma que a
pasta "não pode exorbitar suas funções" além da "regulação e supervisão
do ensino privado, quanto a aspectos administrativos e estruturais" e do
"cumprimento pedagógico com base na Base Nacional Comum Curricular".
A
Secretaria confirma que recebeu um ofício do Condepe, em 2019, e que
intensificou a supervisão de ensino nos Arautos, com realização de
diligências e elaboração de relatórios. Documentos que, segundo a nota,
"foram encaminhados às autoridades competentes para compor o processo
judicial".