O blog foi criado para a cultura. Mostra o quanto é importante o conhecimento.Basta um click no artigo. Centro Médico Iguatemi,310.CLINICA SÃO GABRIEL LTDA- 33419630 33425331Participe ,comente, seja seguidor. DR IDERVAL REGINALDO TENÓRIO , 1954 , JUAZEIRO DO NORTE -CEARÁ. 08041988lgvi.1984 CHEGOU EM SALVADOR COM 18 ANOS , MEDICINA NA UFBA. CIRURGIÃO GERAL. driderval@bol.com.br
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Um flamingo rosado caribenho adulto alimenta seu filhote em Yucatán, México.Alejandro Prieto / National Geographic Nature Photographer of the Year 2017
A National Geographic acaba de anunciar os ganhadores de seu concurso de fotografia de natureza, o Nature Photographer of the Year 2017.
Vida selvagem, paisagens, fotografia aérea e debaixo de água, são as
quatro categorias nas que se desenvolveu o concurso. Entre um total de
11.000 fotografias apresentada, a imagem de um orangotango macho olhando
para uma árvore enquanto cruza um rio em Bornéu, do fotógrafo
Jayaprakash Joghee, foi a ganhadora absoluta. Ganhador absoluto:
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Terceiro posto na categoria: Vida selvagem.
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Menção honrosa na categoria: Vida selvagem.
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Prêmio do público na categoria: Vida Selvagem.
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Fotografia ganhadora na categoria: Paisagens.
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Segundo prêmio na categoria: Paisagens.
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Terceiro prêmio na categoria: Paisagens.
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Prêmio do público na categoria: Paisagens.
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Fotografia ganhadora na categoria: Fotografia aérea.
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Segundo prêmio na categoria: Fotografia aérea.
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Menção honrosa na categoria: Fotografia aérea,
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Prêmio do público na categoria: Fotografia aérea.
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Fotografia ganhadora na categoria: Debaixo d'água.
O revólver que teria sido usado por Vincent Van
Gogh para se suicidar em 1890 foi vendido por 162.500 euros (cerca de R$
704 mil) em um leilão promovido pela AuctionArt-Rémy, nesta
quarta-feira (19), no Hôtel Drouot, em Paris. >Revólver usado por Van Gogh em suicídio será leiloado
A venda da arma Lefaucheux, de calibre de 7 mm, foi concluída por
telefone, por um comprador que não teve sua identidade divulgada.
O valor da "arma mais famosa da história da arte" estava estimado em
algo entre 40.000 e 60.000 euros, com lance inicial de 20.000 euros.
Van Gogh teria atirado no peito, aos 37 anos, e morreu dois dias depois ao norte de Paris.
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Foto: AFP
Seu gênio artístico e suas crises de loucura continuam causando fascínio no mundo da arte.
"Sua notoriedade internacional" é tamanha que japoneses, americanos,
mexicanos, finlandeses, alemães e italianos viajaram para Paris para ver
a arma durante sua exibição ao público antes do leilão, disse à AFP o
responsável pela venda do objeto, Grégoire Veyres.
Seu valor de venda não foi, contudo, um recorde.
A pistola - com a qual o poeta francês Paul Verlaine feriu seu colega
Arthur Rimbaud, em 1873, em Bruxelas - foi vendida por 434.500 euros em
um leilão da Christie's, em 2016.
Encontrada por um camponês
Em 27 de julho de 1890, o mestre holandês teria caminhado até um
campo próximo da hospedaria onde estava instalado em Auvers-sur-Oise.
Ele teria, então, levantado a camisa e atirado no peito com uma arma do
proprietário do estabelecimento.
O revólver teria caído das mãos de Van Gogh, que, ferido, teria voltado para a pensão, onde faleceu dois dias depois.
O revólver, cuja autenticidade é provável que nunca seja formalmente
confirmada, foi descoberto em 1965 por um agricultor nesse mesmo campo.
Depois de sua descoberta, o camponês entregou a arma - muito
danificada - a Arthur Ravoux, proprietário dessa hospedaria. Desde
então, o objeto teria permanecido na família, conta a casa de leilões
AuctionArt.
Foi apresentado publicamente pela primeira vez em 2012 com a aparição
do livro "Aurait-on retrouvé l'arme du suicide?" ("Teria-se encontrado a
arma do suicídio?"), o qual narra a história do revólver.
Indícios verossímeis
Vários indícios tornam verossímil a hipótese de que o artista teria se suicidado com essa arma.
Além de ter sido encontrada no mesmo lugar onde o pintor teria
atirado em si mesmo, o calibre corresponde ao descrito pelo doutor Paul
Gachet, que cuidou dele durante sua agonia. A natureza do ferimento
também é compatível com a baixa potência da arma.
Finalmente, estudos científicos apontam que o revólver permaneceu enterrado por 75 anos, tempo transcorrido até sua descoberta.
Em 2016, o museu que leva seu nome em Amsterdã apresentou a arma, na
exposição "Nos confins da loucura, a doença de Vincent Van Gogh".
O artista teria se instalado em Auvers-sur-Oise dois meses antes de
seu suicídio, aconselhado pelo irmão, Théo, após passar um ano em uma
instituição para doentes mentais.
Em 1888, Van Gogh teria cortado a própria orelha em uma briga com seu
amigo e pintor Paul Gauguin e a teria oferecido a uma prostituta.
Em sua fase em Auvers-sur-Oise, Van Gogh estava no auge da carreira,
pintando mais de uma obra por dia. Ao mesmo tempo, era vítima de grandes
crises psicológicas que se acentuaram pouco antes de sua morte.
Outra teoria sobre a origem da arma, muito polêmica, foi apresentada
em 2011 por dois investigadores americanos. Segundo eles, Van Gogh não
se suicidou. Ele teria sido, na verdade, vítima de um disparo acidental
por parte de dois irmãos adolescentes que brincavam com uma arma.
O homem mais zangado do mundo. Foi assim que o
poeta e xilógrafo Abraão Batista definiu Joaquim dos Santos Rodrigues, o
Seu Lunga, em cordel lançado em 1982. Com 32 páginas, o folheto contava
histórias do comerciante impaciente, que não gostava de "pergunta
besta", e acabou vendo seu nome ganhar o Brasil, como um personagem
popular em Juazeiro do Norte, no Cariri cearense. Isso não o impediu que
entrasse com ação judicial contra o próprio cordelista.
Em novembro deste ano, completam-se cinco anos da morte de Lunga. A
maioria dos "causos" associados a ele são mentirosos, segundo a própria
família e amigos, que guardam a memória de um homem gentil, atencioso,
trabalhador e honesto. O comerciante conheceu Carmelita Camilo durante uma missa na Igreja
Matriz de Nossa Senhora das Dores. Os dois namoraram por oito meses
antes de casar. Do matrimônio, vieram 13 filhos. 10 mulheres e 3 homens,
estes últimos, já falecidos. Socorro Rodrigues Camilo, hoje com 67
anos, foi a primeira. "Ele queria um homem", lembra a técnica de
laboratório. O filho do sexo masculino veio em seguida.
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Do matrimônio de Seu Lunga com Carmelita Camilo vieram 13
filhos. Dez mulheres e 3 homens, estes últimos, já falecidos.
FOTO: ANTÔNIO RODRIGUES
"Ele era um pai presente, mas não se comunicava muito. Não perguntava
como foi na escola, se teve nota boa. Era mais pra dar conselho. E ele
era bem observador. Pedia pra gente ter cuidado, não se enganar, ter um
pé na frente e outro atrás. Ser honesto e não querer nada de ninguém",
lista a primogênita. Sua primeira casa, no largo da Capela do Socorro,
tinha três quartos e chegou a comportar todos os 13 filhos. Com família grande, um dos prazeres de Seu Lunga era reunir os
descendentes, colocá-los na "picape" americana da marca Willis, do ano
de 1951, e levá-los para seu sítio, que fica na localidade das
Pedrinhas. A propriedade tem 71 tarefas de terra, com largura de 77
metros, indo das margens do Rio Salgadinho até a CE-292,
recém-pavimentada, próxima ao Aeroporto de Juazeiro do Norte. "Milho,
coco, banana, siriguela, goiaba. Até fumo tinha lá", enumera Socorro. O comerciante gostava de passar o fim de semana no sítio. Era um dos
seus prazeres. De lá, trazia produtos para a família e amigos. Criava
porco, gado, cavalo e, curiosamente, rãs para alimentação. No inverno,
plantava milho, feijão e capim para a engorda do gado. Plantas
medicinais também eram cultivadas e doadas a seus vizinhos.
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Passar o fim de semana no sítio de Pedrinhas era um dos prazeres de Seu Lunga
FOTO: ANTÔNIO RODRIGUES
Por muitos anos, Cícero, seu amigo, cuidava da propriedade, que ainda
tem uma pequena casa. "A gente ia pra lá no São João, assava batata,
milho, fazia canjica. Um homem tocava sanfona por lá. Era uma festa
grande", completa a filha Socorro. Após a morte de Cícero, o vaqueiro e agricultor Damião José da Silva
começou a cuidar do sítio. Foram 10 anos trabalhando com Lunga. Muitas
vezes, buscando-o e deixando-o de moto na sua casa. "Me agarrava na
cintura e partia", conta Damião. Ao chegar no terreno, costumava juntar
as pedras soltas e colocar num cantinho para não machucar o gado. O
comerciante também tirava a palha de coco do chão para o terreiro ficar
limpo. "Aqui no sítio era brincalhão. Foi um patrão excelente. Mas eu
presenciei, às vezes, ele sem papas na língua. Só que o que ele gostava
mesmo era dizer uma 'lua', fazer umas rimas", conta Damião. Seu Lunga
gostava de contar poesias e a família reúne um material cheio. A
inspiração vinha da vida na roça e também na religiosidade.
Da terra divina graça/ Que se diz mimosa luz/
Só quem morreu na terra /Mas foi cravado na cruz/ Um homem que se
chamava/ O menino Jesus".
As poesias eram registradas em gravadores e na memória.
Sucesso
Do "personagem Lunga", porém, Socorro alerta para histórias
inventadas pelo povo. "Já fui pro Rio de avião ouvindo piada de papai no
banco de trás do avião. A maioria não era verdade. Ele não era
ignorante. Não gostava de pergunta idiota", pondera Socorro. Com a fama e
participações em programas de TV, a loja de Seu Lunga se tornou um
ponto turístico. Pessoas de todas as partes do Brasil, principalmente
romeiros, passavam por lá para conhecê-lo. Ele sempre foi muito
atencioso e tirou fotos com todos, isso, claro, sem sair de sua cadeira.
Foi nesse momento que começaram a provocá-lo para receber alguma
resposta contundente. "Dentro de casa, ele não era assim", ressalta a
filha. Em 1988, Seu Lunga disputou o cargo de vereador em Juazeiro do Norte.
Filiado ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), obteve
273 votos, figurando na 56ª, sem conquistar o pleito. A própria família
evita falar desta empreitada política. "Quando começaram a pedir coisa,
ele não gostou", resume Socorro.
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Socorro Rodrigues recorda a vida ao lado do pai, Seu Lunga, por meio de retratos da família
FOTO: ANTÔNIO RODRIGUES
Com o passar do tempo, as filhas de Lunga notaram ele triste, pálido e
emagrecendo. Em 2013, descobriram o câncer no esôfago. Em estado
avançado, com dificuldades de engolir, a família optou por evitar a
quimioterapia e radioterapia pela agressividade do tratamento, já que o
comerciante alcançava seus 86 anos. Uma enfermeira foi contratada para
cuidar dele à noite, dar os medicamentos e o soro. Um ano depois da
doença descoberta, ele teve uma piora e foi internado no Hospital São
Vicente, em Barbalha.
Nos últimos dias, Seu Lunga já não conversava muito porque a voz
estava frágil. "Ele sabia que ele ia, mas nunca falou pra gente que
tinha medo de morrer", reforça Socorro. Na manhã do dia 22 de novembro
de 2014, o cuidador que o acompanhava foi chamá-lo para tomar o café da
manhã. "Vamos, Seu Lunga, comer!", pediu. Depois de olhar para o rapaz, o
comerciante virou o rosto e descansou; da mesma forma costumava dormir,
de lado. Desta vez, foi para sempre. A loja foi alugada pela família para o dono de um estacionamento
vizinho ao prédio, que ampliou seu negócio. O ferro foi vendido a um
sucateiro de Fortaleza. O sítio ainda pertence à família, mas está
arrendado por cinco anos. Por iniciativa de um comerciante juazeirense,
há um projeto para construção de uma estátua de bronze na Praça do
Socorro, em frente onde Seu Lunga morava. Confira trechos das poesias de Seu Lunga:
Quem me dera ser um pássaro para no mundo
voar. Eu ia para o oceano, depois podia voltar. Mas ia cair nos teus
braços somente para consolar
Morava bem em Juazeiro, me transportei daqui e
fui morar em Salgueiro. Lá existe uma fazenda que só existe vaqueiro.
Existe também um boi, que é um grande boi mandingueiro. Se eu pego meu
cavalo, um cavalo muito ligeiro. Vou derribar o boi, cavalo, boi e
vaqueiro