quarta-feira, 9 de maio de 2012

Os monumentos gritam por socorro

        Amigos,Tem coisas que não se entende,como pode uma civilização apagar a sua história,como pode os gestores subsequentes destruírem marcos importantes da história de um povo,como explicar para a nova geração ,uma vez que  sempre existirá uma nova geração,sobre a história e os monumentos construídos exatamente para não ficar aquela data em albis,aquele fato,aquele marco  no esquecimento, como explicar? .


       Foi o que aconteceu com este marco do cinquentenário de Juazeiro do Norte,do Ceará e do Brasil, depois de muitos anos de história veio um e  jogou ao chão em vez de sacramentar o  tombamento,em vez de preservar para a eternidade,acho muito estranho que isto ainda continue acontecendo com o Brasil,com os Estados e com os Municípios,faço parte do bloco do reclamo,convoco os gestores a se pronunciarem quando  nas suas cabeças  brotarem estas idéias mirabolantes ,estas idéias neroidianas de destruição ,que só servem para tentar apagar a materialidade da mente  dos que vivenciaram aquela época,deixando apenas as lembranças.

    A História  pede socorro,lá se foi a minha praça do cinquentenário que vi nascer,crescer e morrer, contava este mortal com 07 anos de idade no dia da inauguração,eu estava lá,eu continuo lá , estou registrando neste blog para conhecimento e para reflexão daqueles que depositaram toda uma infância num importante equipamento divisor de épocas de um povo.


      Gestores ,o povo quer ser ouvido antes destas atitudes,a história grita e estrebucha, os monumentos indefesos pedem socorro.  As grandes civilizações deixaram os seus marcos para a perpetuação e eternização de suas histórias,o povo merece respeito.
                                     Iderval Reginaldo Tenório
                                          Quero a sua opinião.

Amigos vejam o que faz a Russia para comemorar a vitória na Segunda Guerra Mundial, 08 de maio de 1945, 67 anos depois,no 08 de maio de 2012.A História  é viva.


                                                        

O veterano Vasily Tyunis, 93, é ajudado por um soldado da Guarda de Honra a caminhar pela parada em homenagem ao Dia da Vitória, em Minsk, capital do BelarusSergey Grits/AP
      
Praça do Cinquentenário


Quando Juazeiro comemorou seu cinqüentenário de independência política (1961) o prefeito Antônio Conserva Feitosa construiu uma praça para perpetuar o evento. Mas depois, na administração do prefeito Manuel Salviano, a mesma foi destruída e em seu lugar foi construído o Memorial Padre Cícero. Na época ninguém reclamou e por  isso Juazeiro perdeu para sempre aquele marco significativo do seu cinquentenário. Abaixo mostramos algumas fotos da Praça do Cinqüentenário, inclusive uma que mostra sua destruição.






O NORDESTINO NATO AINDA TEM ALMA



O Nordestino nato ainda tem alma



                                       O  nordeste sem alma

A descaracterização do nordeste brasileiro com as grandes metrópoles e regiões metropolitanas































 O Verdadeiro Nordestino tem alma


Ao se deparar com um citadino ,o sujeito oriundo do campo,da roça,dos rincões,do interior do nordeste brasileiro  é  logo surpreendido com a célebre pergunta:de onde o senhor  vem?qual o seu interior? é do sertão?  ,fica sempre uma interrogação esperando por uma humilde resposta ,humilde por que a origem nordestina é humilde,é pobre,é arcaica,é tradicional,é sertaneja,é tabaroa,é capiau,é seiscentista,é feia,é agreste,é autêntica,é original,é forte, é o puro nordeste,é a pedra de sal,é o 19 de março,é o empoeirado,é a família cinza,é a caatinga,é a seriedade,é a religiosidade, é a honra,é a vergonha,é a beleza,é o  respeito e a realidade.

O nordestino continua o seu diálogo informando qual a região que nasceu,que se criou e declina o nome do município ao qual foi despejado no mundo,digo despejado, por que na maioria das vezes ,nasce o nordestino nato,nos rincões distantes do progresso ,na solidão do casebre,na escuridão das noites,na luz prateada da lua,no azul celeste do céu,no silencio do abandono e no uivar dos ventos, ele nasce praticamente só,nasce como um animal irracional,nasce após enfrentar todas as dificuldades pertinentes ao mojo,vence todas as entemperies,vence as doenças, a fome, a solidão,o despreparo, a seca,vence o abandono e  todos os óbices que procurarem impedir o desenvolvimento daquele neófito  embrião,por isso e tudo isso  já nasce um Baobá, o  nordestino já nasce um vencedor,tem motivo mais do que suficiente para gritar para o mundo que é um  forte,o nordestino nasce pelo o amor e  mãos de Deus.

Conhece os cânticos das cigarras,os cricris dos grilos,os latidos dos vira latas, o uivar dos animais,o chocalhar  das cobras cascavéis e o sibilar das  caninanas,conhece o cacarejo das galinhas,a orquestra das arribançãs, dos sanhaços,das sabiás,das juritis, os miados dos gatos ,os berros dos caprinos e de quando em vez o mugir de um bovino. 


Agarra-se nos peitos da mãe e lhe sorve o leite e  o sangue até chegar aos 03 anos,muitos não chegam ao primeiro, dois terços sucumbem  no primeiro ano de vida,às vezes por uma simples diarréia,fruto da baixa imunidade e o grau de desnutrição durante o período embrionário, um terço extrapola a barreira dos cinco anos e a cada dia que passa fica mais forte,mais robusto,mais rústico e mais resistente, consome o inconsumível, se depara com a mais cáustica  das vidas e consegue vencer com força ,coragem e com predestinação à luta, é o nordestino vivo e adulto um guerreiro, é um vencedor de múltiplas e grandes  batalhas pela sobrevivência.

Prossegue  a confabulação e o interlocutor ao saber o nome de sua região, informa que conhece a sua terra, a sua terra é linda, limpa e hospitaleira, fica o nordestino nato apoplético, imóvel, pasmo com tantas desinformações,com tantas inverdades,com tantas superficialidades e descaracterização do verdadeiro homem do agreste,do sertão  e da caatinga. 


Aquele citadino fala da cabeça,fala do que se chama a capital ,fala para onde vai 80% das verbas daquele Estado,fala daquela que se emboneca para receber os visitantes,fala daquela que vive em verdadeira transformação cultural ,na artificialização da vida ,dos costumes e do apagamento do verdadeiro nordeste,do agreste e quente sertão, fala da metrópole que representa a sua região,metrópole esta que nada difere das demais , nada difere devido às suas semelhanças,quer que seja do norte,do sul,do leste ou do faroeste ou até mesmo do nordeste, as mesmas congestionadas avenidas,os mesmos em forma de caixa centros comerciais ,os mesmos letreiros,os mesmos restaurantes de comidas rápidas e os mesmos habitantes ,quase todos com os mesmos pensamentos:descartar,descartar,descartar, tudo é descartável,tudo deve ser substituído, até mesmo quando estiver bom,basta que desbote ou surja algo mais moderno. 


 Esta não é a terra do nordestino nato, a sua terra é aquela que jamais sairá do seu pensamento,mesmo que viva geograficamente dela distante,o nordestino nato é o próprio sertão, é o agreste,é o sol,é o vento,é a força,é o sotaque,é a coragem,é a vergonha na cara,é a autenticidade, é a saudade , é a lembrança das vividas dificuldades.

O verdadeiro nordestino não se deixa contaminar ,o verdadeiro nordestino reforça a sua origem ao conhecer novos povos, novos costumes e novas civilizações,o verdadeiro nordestino fica mais autêntico à proporção que vai se civilizando, à proporção que vai se distanciando geograficamente do seu torrão e mergulha noutras plagas mais evoluídas, o nordestino nato não substitui os seus valores,não apaga da mente as suas origens, o verdadeiro nordestino sempre está retocando o seu arquétipo ,sem prejudicar os novos conhecimentos,sem deixar de usufruir ou sorver do nécta  da modernidade. 


O Nordestino nato,não abandona a nação nordeste, não abandona a religião do agreste,jamais esquecerá da ladainha familiar e da arquitetura regional com todas as suas diversidades.


O homem da caatinga, é catingueiro,é mão grossa,é pele seca,é voz ríspida, é homem na verdadeira concepção da palavra, o nordestino nato é um vencedor,o nordestino nato ainda tem o que lhe mais caracteriza , o nordestino nato ainda tem alma . .Ainda .E sempre terá.
                                             Iderval Reginaldo Tenório

CONCURSO DNIT


NOVA MANHÃ - CONCURSO - Dnit abre 1.200 vagas
O Ministério do Planejamento autorizou ontem, através de Portaria, publicada no Diário Oficial da União, a realização de concurso público para preenchimento de 1.200 cargos no quadro de pessoal do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), destinados à substituição de terceirizados que estão em desacordo com a legislação vigente.Do total, 911 vagas são para cargos de nível médio, assim distribuídos: 767 para Técnico de Suporte em infraestrutura, com remuneração inicial de R$ 3,5 mil; e 144 vagas para Técnico Administrativo, com salário inicial de R$ 2,5 mil. As outras 289 vagas exigem nível superior: 110 cargos de Analista Administrativo, com remuneração de R$ 5,4 mil; e 179 vagas para Analista de infraestrutura de Transportes, com inicial de R$ 7,8 mil.

terça-feira, 8 de maio de 2012

O VAQUEIRO


Muito merecido o reconhecimento dos vaqueiros como patrimônio cultural imaterial da Bahia. Na verdade, como personagem de todo o Sertão, o título deveria envolver todo o Nordeste porque não são exclusividade da Bahia. 
Como admiradora do Sertão, dos sertanejos e dos vaqueiros, fico feliz por ver reconhecido esse ofício especial, que une coragem e sensibilidade. O vaqueiro não é um mero tangedor de gado, mas um cuidador verdadeiro, que enfrenta o ambiente árido para recuperar sua rês; que canta para envolver sua boiada e se alegra com a chuva e com a certeza de que percebemos a importância de seu trabalho. Um exemplo sutil, mas forte, para todos que são cuidadores por profissão.
 ·  ·  · há ± 1 hora · 

HEBIATRA




ADOLESCENTE: NEM CRIANÇA, NEM ADULTO.

Quando os filhos crescem, uma das principais dificuldades dos pais, além de conversar, é conseguir levá-los ao médico. Os adolescentes nunca acham que estão doentes e, normalmente, ficam tímidos para tratar de assuntos relacionados ao próprio corpo.
O problema é que para esta turma se um pediatra é "coisa de criança", a simples menção de fazer uma consulta com um urologista – no caso dos meninos – ou um ginecologista – caso das meninas – pode se transformar num grande transtorno doméstico. É aí que entra em cena o hebiatra.
O hebiatra é um dos profissionais da área médica que pode ajudar a diminuir a ansiedade dos jovens e esclarecer algumas das muitas dúvidas que surgem nesta fase da vida - que vai dos 10 aos 18 anos. O médico é um pediatra com formação específica para lidar com adolescentes.
A especialidade, apesar de não ser muito conhecida, existe há pelo menos 40 anos, e o nome hebiatria é uma referência à Hebe, deusa da juventude na mitologia grega.
A Associação Médica Brasileira reconheceu a especialidade em 1998.


Música é cultura, música, porém  prioridade é  Educação e Saúde, de olho nas Prefeituras.
Iderval Reginaldo Tenório


segunda-feira, 7 de maio de 2012

Zé da Luz- A flor de Puxinanã


Postarei uma das mais importantes páginas do grande poeta Paraibano-

                            Zé da Luz.


 ZÉ DA LUZ (1)

Severino de Andrade Silva, nasceu em Itabaiana, PB, em 29/03/1904 e faleceu no Rio de Janeiro-RJ, em 12/02/1965. O trabalho de Zé da Luz é conhecido pela linguagem matuta presente em seus cordéis. 
Zé da Luz, poeta, das terras nordestinas, nasceu em 29 de março de 1904 em Itabaiana, região agreste da Paraíba e faleceu no Rio de Janeiro em 12 de fevereiro de 1965. Veio ao mundo como Severino de Andrade Silva e recebeu a alcunha de Zé da Luz. Nome de guerra e poesia, nome dado pela terra aos que nascem Josés e, também, aos Severinos, que se não for Biu é seu Zé.

Sintam nas palavras do grande poeta a importância do ser humano,a importância da mulher.
A mulher pode ser gorda,magra,massuda,de nádegas e peitos avantajados,cintura com mais de 70% das medidas do quadril,quase 100%, mesmo assim todas são admiradas ,queridas e desejadas pelos homens, mostrando que o importante na mulher é o caráter,a seriedade e o respeito,como diz a minha mãe do alto dos seus 98 anos:'O IMPORTANTE NA MULHER MEU FILHO NÃO É O CORPO ,O  IMPORTANTE  É A DIREITICE"Dona Tonha.
Iderval Reginaldo Tenório
Quero a sua opinião






As flor de Puxinanã - Por Ze da Luz


Três muié ou três irmã,
três cachôrra da mulesta,
eu vi num dia de festa,
no lugar Puxinanã.

A mais véia, a mais ribusta
era mermo uma tentação!
mimosa flô do sertão
que o povo chamava Ogusta.

A segunda, a Guléimina,
tinha uns ói qui ô! mardição!
Matava quarqué critão
os oiá déssa minina.

Os ói dela paricia
duas istrêla tremendo,
se apagando e se acendendo
em noite de ventania.

A tercêra, era Maroca.
Cum um cóipo muito má feito.
Mas porém, tinha nos peito
dois cuscús de mandioca.

Dois cuscús, qui, prú capricho,
quando ela passou pru eu,
minhas venta se acendeu
cum o chêro vindo dos bicho.

Eu inté, me atrapaiava,
sem sabê das três irmã
qui ei vi im Puxinanã,
qual era a qui mi agradava.

Inscuiendo a minha cruz
prá sair desse imbaraço,
desejei, morrê nos braços,
da dona dos dois cuscús!

Zé da Luz.

sábado, 5 de maio de 2012

Um Professor a serviço da literatura-Eurides Dantas

                           euridesdantas@gmail.com  lpcariri@gmail.com 

                             Redação: O texto dissertativo - II

                             A estrutura do texto dissertativo

        Costuma-se dizer que o texto dissertativo apresenta três partes: introdução, desenvolvimento, conclusão. Todavia, essa classificação, na prática, faz surgir dificuldades na elaboração da dissertação. Por isso, atente-se para o texto abaixo, sobre o analfabetismo no Brasil, o qual está separado para efeito de exemplificação:

1.     Introdução - dá a conhecer, para quem lê o texto, o assunto sobre o qual discorrerá. Situa e encaminha o leitor no contexto da discussão. Desperta nele o interesse. Faz com que o leitor perceba, de imediato, a intenção que o texto carrega. Por isso, na introdução, é que se deve conter, de modo especial, a  ideia central. Exemplo:

Não é de hoje que se escuta falar, no Brasil, da corrida contra o analfabetismo. Planos de campanhas de eliminação surgiram ao longo dos anos. Defensores da causa não têm faltado. Isso já demonstra que, no País, existe uma consciência da sua prioridade.

2.     Desenvolvimento - deve fundamentar-se na ideia central expressa na introdução, que é anunciadora do desenvolvimento. Na verdade, pode-se dizer que, no desenvolvimento, manifesta-se o retorno da introdução ampliada ou desdobrada. A ideia central, argumentada contra ou a favor, através de analogias, dados, exemplos gerais, ou seja, todo um arsenal de informações capaz de convencer o leitor do ponto de vista exposto. Exemplo:

        Desde o Império que o problema do analfabetismo constrange a Nação. Encara-se ele como entrave ao progresso social, político e econômico. Se é verdade que, no decorrer do tempo, com o crescimento demográfico, o quadro estatístico do analfabetismo brasileiro vem caindo, contudo ainda permanece muito distante dos apresentados por nações do Primeiro Mundo.

Sinônimo de subdesenvolvimento, o analfabetismoimpede o acesso de milhões de brasileiros ao conhecimento moderno e à participação plena na vida comunitária. Além disso, torna-os incapazes para realizarem progresso em qualquer ordem de atividade, ainda as mais corriqueiras.Vale salientar que, hoje em dia, até um pedreiro ou um sapateiro, por exemplo, precisam saber ler e escrever para adquirir conhecimentos técnicos de sua profissão, ou de sua arte.

3.     Conclusão - a conclusão é o fechamento do texto, como forma de resumo conciso e sucinto. Um balanço de tudo o que foi discutido. Além dessa síntese do conteúdo anterior do texto, deve expor, de modo claro, uma proposta de ação, sem decair para emoções exageradas ou proselitismo religioso ou político.

Apesar das tentativas feitas para erradicar o analfabetismo, ele continua ameaçando o desenvolvimento do Brasil. Vê-se como um desafio a que o povo brasileiro necessita de resolver com urgência. A própria sociedade deve investir sobre ele com o espírito de luta: ou alfabetiza ou perece. Releva-se de maior importância do que distribuir comida aos pobres ou construir obras faraônicas.