Editorial
do Domingo- Brasil, não varonil, Brasil Colônia
Amigos do meu Brasil, não
varonil, povo brasileiro de todas as camadas sociais, econômica e
cultural.
É estranho observar o
comportamento político e de honestidade de cada cidadão.
Como rir, cantar e dançar numa
nação, na qual os políticos de todas as instâncias estão envolvidos em
falcatruas e corrupções, como aceitar o gargalhar, o sentimento de ódio dentro
de cada um, quando os ícones da política, que deveriam ser exemplar, são detectados
como mais um desonesto a compor o balaio dos corruptos e mentirosos.
É de se estarrecer em
presenciar o ovacionamento de figuras públicas após a
comprovação de desqualidades vergonhosas, como roubos,
mentiras e enganação. Isto vem acontecendo publicamente nos últimos
40 anos e cada grupo de brasileiros, possuidor do seu corrupto predileto,
grita de alegria quando o seu opositor, também corrupto, é castigado. Isto
aconteceu e acontece até com presidentes e ex-presidente
da república.
Caberia a sociedade organizada
se envergonhar destes homens e dos seus atos vergonhosos. Caberia a esta
sociedade divulgar veementemente para os mais jovens e reprovar
todas as ações de desonestidade e corrupção.
Sem estes comportamentos, o
nosso Brasil, não varonil, continuará nas garras destes enganadores por muito
tempo e a sociedade santificando a corrupção, o nepotismo e a desonestidade.
Dançar, rir, cantar e
ovacionar corruptos confesso, é perder a personalidade e o sonho de um país
livre, soberano e dono de sua constituição, é institucionalizar a idolatria e
olvidar o passado e o presente dos idolatrados.
O Brasil, não varonil, sempre
a caminho da subserviência e sem a vontade de se afastar de armadilhas, numa
premissa de continuar como colônia, ora das democracias sugadoras da OTAN
e ora das ditaduras perversas sob a chancela da China.
De uma lado a Cruz e do outro
a Espada, se correr o bicho pega, se ficar será digerido. A idolatria e o
desconhecimento reais dos fatos ainda perdurarão por muito tempo no nosso Brasil
não varonil, sempre à procura de um ABSOLUTISTA para se curvar.
E o povo? O povo apenas mais
um detalhe. Viva a corrupção, a desonestidade e a mentira, os alicerces para
mais um século de colonialismo.
Iderval Reginaldo Tenório
NO CAMINHO, COM MAIAKÓVSKI
Do escritor carioca Eduardo Alves da Costa
Tu sabes,
conheces melhor do que eu
a velha história.
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho e nossa casa,
rouba-nos a luz e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
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