segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Um animal doméstico na sua vida. Antropomorfismo exacerbado

 


Cão de Guarda: 10 Melhores Raças (com fotos) - Destino Pet


Um animal doméstico na sua vida.

  Antropomorfismo exacerbado

                           

Trabalhos científicos mostram a importância dos animais domésticos, notadamnte o cão, no convívio familiar, tanto no tocante à terapia individual e coletiva, como   no diálogo entre os seus componentes, confirmando  a necessidade de possuir  um elo neutro para o equilíbrio na comunicação, uma companhia para os solitários devido  o aviltante esfacelamento da familia ou um subalterno para comandar, uma das propriedades dos seres humanos.

O cão guarda estreita relação com os humanos, chegando em muitas   famílias  a ser considerado, equivocadamente,  membro consanguineo. É inteligente, dócil, amável, obediente, apaixonante e ocupa  as lacunas existenciais  no cotidiano dos humanos, atua como um   verdadeiro terapeuta.

A sua cabeça  está aberta a receber muitas propriedades, desde o contato físico, o tom da voz, os atos dos humanos, os costumes e as reações psíquicas são captadas pelo animal. 

Os odores hormonais  liberados pelos humanos, em cada situação, funcionam como importantes informações, pois cada reação libera um neurotransmissor diferente e que  ativam o  cérebro do canino. Não é preciso enfatizar, que dependendo da raça, um cão apresenta uma capacidade 10 mil a 100 mil vezes superior à nossa em decifrar estes episódios.

O focinho do cão possui cerca de 300 milhões de receptores olfativos, responsáveis por captarem os odores, enquanto o nariz dos  humanos possui 6 milhões, isto faz com que decifre se os humanos estão alegres, tristes, perturbados ou até agressivos. Além disso  a porção do cérebro responsável pela análise e processamento de cheiros é 40 vezes superior aos humanos.  Com esta riqueza  deteta células cancerígenas, explosivos e drogas, são  estas as propriedades que induzem o cão a ser um farejador de drogas, ter ojeriza a estranhos e afinidade aos donos. Muitas vezes  desconhecem  os  seus tutores, quando estes estão sob o efeito de drogas lícitas ou ilícitas, como a cocaína, maconha, álcool e odores que suplantem os originais dos seus proprietários, quando  isto acontece, considera-os como humanos estranhos e agressores, nestes casos parte para agredí-los num mecanismo de defesa. 

Vale lembrar que, se nos primeiros contatos, ainda filhote, o cão registrar no seu cérebro os odores dos seus  proprietários, estes odores  passam  a fazer parte do seu portfólio original e o animal não os estranharão. Mesmo passado anos afastados, o animal reconhece as pessoas do seu convívio.

O que não se defende, neste relacionamento, é a  humanização exacerbada  dos animais. Há de se entender, que cada espécie possui propriedades próprias  e costumes  peculiares. A humanização dos animais é uma agressão, uma afronta às leis da natureza, um desrespeito e uma forma de maus tratos, tal qual colocar uma criança na escola pela manhã, academia, danças, futebol, aulas extracurriculares à tarde e reforço à noite com o intuito de se forjar um superhomem para o  futuro. Este modus operandi, superseletivo e isolacionista  do mundo social natural,  aos poucos vai construíndo um ser diferente e montando um desajustado psíquico.

 

Iderval Reginaldo Tenório

Nenhum comentário: