QUANDO A PAUTA É A EDUCAÇÃO
Quando a pauta é a educação, faz-se necessário estudar o assunto para saber o que é realmente educação.
É importante mergulhar nos anais da história e entender que a trajetória educacional é constituída de várias etapas.
Tem início na fase embrionária, nesta todos os órgãos e sistemas se formam (organogênese) e o bebê é chamado de embrião, vai da concepção até o fim da oitava semana de gestação. Depois vem a fase fetal, da nona semana até o nascimento e o bebê é chamado de feto. Estes dois períodos, segundo a neurociência, são de suma importância para o ser humano. No primeiro forja-se o corpo e na segunda o detalhamento, isto é, o acabamento de cada trato, de cada aparelho e a interação dos órgãos.
É
na fase fetal que o sistema nervoso, o elétrico, conecta os aparelhos,
o sistema vascular, muscular, ósseo e ligamentar, nesta fase
sedimenta-se as ligações
sanguínias e plasmáticas de todos os elementos corporais. Para este fenômeno acontecer,
a conxeção do sistema cerebral, tegumentar, cardiovascular,
gástrico, pulmonar, osteomusculoligamentar, glandular e os demais é
fundamental uma boa alimentação, é essencial
o abandono de vícios por parte dos pais, precisamente da mãe, como
drogas em geral, brigas e os descontroles emocionais.
É crucial saber que, nesta fase, já
na décima oitava semana os neurônios começam a conectarem-se por
intermédio das sinapses e formam o ser humano, literalmente humano.
Após o nascimento, dos zero aos cinco anos, é primordial unir todos os esforços na pluralidade educacional, nas informações e na alimentação do cérebro, enfatizando as artes, os esportes, os exercícios mentais e as demandas cognitivas.
Nesta fase são conectadas mais 800 sinapses por segundo, o ápice acontece entre o segundo e o quarto ano de vida, sendo reforçado até os oito. É bom salientar que os neurônios obsoletos, por desusos, são elimandos, esta propriedade natural recebe o nome de apoptose.
Após o oitavo ano de vida, mesmo com a diminuição da formação das sinapses, que nunca param de conectar-se, os cuidados devem ser dobrados devido múltiplos fatores externos encampados pelos humanos na sua socialização: a escola, os contatos com a família, os novos amigos, a comunidade e o meio social do qual pertence.
Dos oito aos catorze anos requer muita atenção, é o período de transição entre a infância, a adolescência e a fase adulta, nela tem início o amadurecimento fisico, sexual e psicológico do ser humano.
A sedimentação da educação vai até os dezoito anos de idade, a partir dos desenove, tudo que se aprende vai depender desta primordial fase. Significa que as famílias e os gestores deveriam aplicar mais verbas e atenção neste segmento, promovendo a inlcusão social e o exercício da cidadania com responsabilidade, notadamente para os menos afortunados no tocante ao lado financeiro, cerebral e motor, aqueles com dificuldades no aprendizado por diversos fatores.
Aplicar no solo, raiz e no caule, cuidar da fase de floração até a de frutificação é tarefa de toda a sociedade. Enfim, proteger das ervas daninhas, das pragas e dos
predadores configura um dos principais significados de educação. Conclui-se que a base da educação é
cuidar da fase embrionária até
os dezoito anos, as demais são consequências. Existem evidencias científicas, por
diversos estudos, que o cérebro do ser humano só atinge a sua formação
aos 25 anos de idade, a partir dos 25 anos começa a pesar e sopesar as
suas ações.
Uma boa educação guarda semelhança com a natureza. Num pomar mal cuidado e mal planejado, os frutos serão azedos, defeituosos, sem resistências, secos, sem firmezas, atrofiados, sem sementes boas para continuar a sua prole. São presas fáceis para os predadores e todos os tipos de agressores, só a exceção servirá para uma boa utilidade. É bom lembrar, que de cada mil ovos postos pelas tartarugas, epenas três conseguem chegar à fase adulta, os outros são postos para servir de alimentos a todos os predadores, mesmo depois de eclodirem.
É comum um político dizer, que cuida da educação do país,
criando e facilitando o curso superior para todos, mesmo sem lastro cultural, na verdade este ato prejudica
o país, uma vez que esquece da base da educação e investe na
fronde, deixando milhões de jovens no ostracismo e no abandono, isto é,
deixa o cérebro na melhor fase do aprendizado
sem o ensino infantil, fundamental e médio de qualidade.
As nações que cresceram fizeram exatamente o contrário do Brasil, durante trinta anos investiram no terreno, na base, na raiz, no tronco e na proteção da juventude. Instalaram isonomia no ensino público para todos independente de raça, cor, nivel social, pensamento político, religião, sexo ou preferencia sexual. Foi assim com a China, Coreia do Sul, Singapura, Japão e outras nações asiáticas. Primeiro o curso médio e técnico de qualidade para depois o ingresso nas Universidades.
A primeira fase da formação educacional de um povo, dos zero aos dezoito anos, é responsabilidade do Estado, da sociedade civil organizada e com a participação de todos.
Para o curso superior tem que ser aplicadas outras estratégias, outros modais: gratuito para os menos favorecidos, pagamento escalonado e proporcional para os apaniguados financeiramente. Tem que ter rigor na justiça e seriedade na piramide social. Nenhum cidadão é melhor ou superior a outro, tudo dependará do esforço de cada um, desde quando haja isonomia nos direitos constituicionais.
Para os desiguais, tratamentos desiguais, mais atenção às camadas sociais mais baixas e mais periféricas.
É
injusto o filho do muito rico já nascer com todas as facilidades na
vida, porém mais injusto é o filho do pobre não ter a chance
de sair da pobreza e continuar na escuridão da vida.
É de grande importância mostrar à população que, para o pobre só tem um caminho: educação plena e democrática, cursos técnicos de qualidade e superior de excelência para os mais destacados de todas as classes sociais. Isto não impede que os mais ricos procurem melhores cursos no país ou no exterior.
Iderval Reginaldo Tenório
Adendo
Os gestores que fizeram diferente prestaram um desserviço ao país. Esta grande quantidade de marginais, de drogados e de prostituição, dos 15 aos 30 anos, é fruto do abandono dos jovens e equivocos no setor educacional. Configura uma juventude roubada.
Os jovens foram literalmente esquecidos e bombardeados pela doença do consumismo sem lastro moral, financeiro e sem responsabilidades.
Foram escanteados do mundo real, contaminados e abstecidos pelas corrupções dos gestores e pelo alto grau de impunidade, notadamenete pelos crimes cometidos contra o erário público. Os espelhos foram e continuam sendo os piores.
A juventude pede socorro.
Iderval Reginaldo Tenório
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