Covid-19
Hospital da UFBA padroniza uso de saliva como teste para detectar novo coronavírus
O
Laboratório de Pesquisa em Infectologia (Lapi) do Complexo Hospitalar
Universitário Professor Edgard Santos, vinculado à Universidade Federal
da Bahia (Hupes-UFBA)e à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
(Ebserh), conseguiu padronizar o uso de saliva como teste para detecção
do novo coronavírus. O anúncio foi feito na segunda-feira (13) e
trata-se de uma ação inédita no Brasil, que está em estudo e aplicação
há cerca de dois meses.
A metodologia tem sido aplicada em pacientes e colaboradores do Hupes que apresentem sintomas compatíveis com a Covid-19.
O procedimento por meio da coleta da
saliva se caracteriza por não ser invasivo – o que traz menos
desconforto para o paciente – e por apresentar menor risco de
contaminação para funcionários, pois é autocoletado pelo próprio
paciente. Também possui menor custo, uma vez que não envolve meio de
transporte e tubos, apenas um coletor estéril. Também não há necessidade
de uso de equipamentos de proteção individual (EPI), que é necessário,
por exemplo, quando se coleta por nasofaringe.
“A utilização deste procedimento pode
ampliar significativamente o número de testes realizados, pois é mais
simples, mais rápida e de menor custo, além de não oferecer riscos de
contaminação durante a coleta. Com o teste por nasofaringe ocorre
irritação de vias aéreas, com desconforto para o paciente, além de risco
de espirros, tosse, e até vômitos durante o procedimento, aumentando a
chance de contaminação do ambiente e do responsável pela coleta”, afirma
o coordenador do Laboratório de Pesquisa em Infectologia do Hupes,
Carlos Brites.
Outro benefício da
detecção por saliva é a possibilidade da realização de vários testes ao
mesmo tempo chamado de “esquema pool”.
“Coletamos amostras de cinco pacientes e
juntamos em um único recipiente, homogeneizamos e testamos como se
fosse amostra única. Se o resultado for negativo, não precisa fazer mais
nada. Caso seja positivo, testamos as amostras 2 a 2, para identificar
qual foi positiva. Como pelo menos metade dos testes realizados na
rotina são negativos, isso economizará recursos, pois menos testes serão
necessários ao final”, esclarece Brites.
Com informações do Ministério da Educação
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