FOI PREMIADA EM ABRIL COMO UMA DAS MELHORES CONSTISTAS DO BRASIL. TEM 13 ANOS. |
ESCRITORA MIRIM AYLA CEDRAZ. CONTO :
A ESTRANHEZA
Dando continuidade ao projeto cultural , do qual faz parte a demonstração dos escritores mirins da Bahia, publico da Escritora Ayla Cedraz, 14 anos, de Conceição do Coité , este belo CONTO A ESTRANHEZA.
Nesta foto os seus pais e a sua irmã mais velha Jade Cedraz estudante de Medicina.
Nesta foto os seus pais e a sua irmã mais velha Jade Cedraz estudante de Medicina.
Estranheza
Talvez sua alma fosse grande demais para caber no próprio corpo ou pequena demais para preenchê-lo e controlá-lo. Mas o fato é que o homem parecia não se adaptar a si próprio, parecia estar desconfortável consigo mesmo. Caminhava aos tropeços, confundia-se entre os próprios passos, por não saber exatamente aonde ir. Deixava simplesmente que lhe empurrassem aos dias e às noites, para que conseguisse exercer a raridade de estar vivo por inteiro. É que ele não permitia que lhe tocassem, tinha medo do que é sujo e feio. O semblante cansado deixava transparecer a desistência em relação aos seus próprios costumes, aos seus próprios pensamentos e a adaptação de si mesmo em meio aos outros já adaptados. Jogava-se simplesmente em meio a tantos outros, príncipes ou não, um corpo como qualquer outro corpo, e nada mais a declarar sobre o assunto.
Tinha para si, toda manhã, a arte de deslizar, tão própria de quem tem escondida uma chama de quem acredita. Era macio e de fácil manuseio, protegido através da falta de erros. Mais além, através da falta de tentativas. Queria para si, toda manhã, o poder da descontração. Imaginava ser a solução de todos os problemas. A sua incapacidade para adaptar-se às próprias mentiras parecia ser a razão de todo o fracasso de sua encarnação.
Não se permitia, em momento algum, sentir. Deixava que, em tantos momentos que justificariam uma explosão, o ódio morresse. Sobre o amor, mal ouvira falar. O seu, já se tornara obsoleto. Mas era todo amor, embora nem desconfiasse. É que tudo era tão incolor, tão insosso, tão reto... Como podia ele, sentir qualquer alteração? Ainda mais ele, que não tinha controle do próprio corpo. Carregava às costas o próprio peso multiplicado por mil, porque não sabia contar. Enchia-se de madeira velha, de poeira, pano e, o que sustentava tudo, apesar de tudo, poesia. Nos raros momentos em que não encolhia o peito, percebia-se assim. E, cansado, não tinha tempo de sentir-se feliz por isso. Era como a sua peça locomotora. Não se vê. Mas se vai, já nada mais é.
Desmoronado, volta o homem. O corpo se desmancha em pó, que logo se dispersa pelo ar. Com a maior facilidade, é possível encontrar seus indícios. Por todo canto, por todo lado. Basta respirar .
Ayla Cedraz
A autora é uma jovem estudante secundarista da Cidade de Conceição do Coité, morou até os 08 anos em Camaçari-Ba, oriunda de uma família guerreira, de uma família que tem nas suas fileiras o sangue da intelectualidade, pais comprometidos com a educação e que prezam por uma formação humanizada.
Diante a sua pequena idade aqui na terra e em pleno vigor, uma vez que ainda não completou os de 16 anos, luta cotidianamente e aos poucos vence barreiras que para muitos seriam desanimadoras, a sua batalha de vida como a de todos que abraçam as artes tem sido árdua .
Ayla Cedraz nasceu com o dom da escrita, da escultura e da pintura, nasceu com as artes e caminharão juntas por muitos e muitos anos a reverberar cultura.
Talentosa, de uma inteligência invejável, conhecimento estarrecedor e de um interesse exacerbado pelas artes do universo, transita espontaneamente e com desenvoltura por todos os séculos garimpando cultura, tem como parceiros os grandes imortais das letras, dos pinceis, dos mármores e das notas musicais.
Esta jovem tem muito o que mostrar para a Bahia , para o Brasil e para o mundo.
O céu é o limite.
Eu se autoridade fosse requisitaria todos estes jovens talentos para um futuro melhor.
Iderval Reinaldo Tenório
Diante a sua pequena idade aqui na terra e em pleno vigor, uma vez que ainda não completou os de 16 anos, luta cotidianamente e aos poucos vence barreiras que para muitos seriam desanimadoras, a sua batalha de vida como a de todos que abraçam as artes tem sido árdua .
Ayla Cedraz nasceu com o dom da escrita, da escultura e da pintura, nasceu com as artes e caminharão juntas por muitos e muitos anos a reverberar cultura.
Talentosa, de uma inteligência invejável, conhecimento estarrecedor e de um interesse exacerbado pelas artes do universo, transita espontaneamente e com desenvoltura por todos os séculos garimpando cultura, tem como parceiros os grandes imortais das letras, dos pinceis, dos mármores e das notas musicais.
Esta jovem tem muito o que mostrar para a Bahia , para o Brasil e para o mundo.
O céu é o limite.
Eu se autoridade fosse requisitaria todos estes jovens talentos para um futuro melhor.
Iderval Reinaldo Tenório
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