quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Gordo ativo é tão saudável quanto magro, dizem estudos


Tenho debatido com a classe médica e com as pessoas que o ser humano gordo não é doente, insisto que o gordo tem que perder o medo e não viver a paranóia anti natural, cada cidadão tem um biotipo , o que não pode é ser obeso mórbido, o que não pode é viver eternamente no sedentarismo e nem viver para comer. Gordura também é saúde, muitos só são bonitos porque são gordos ,como também a sua saúde está atrelado ao seu manto gorduroso, NÃO À OBESIDADE MÓRBIDA,NÃO À PARANOIA DOS ÍNDICES DO COLESTROL.
O RISCO RESULTA DO  SOMATÓRIO DE VÁRIOS FATORES:
1-IDADE 2-FUMO 3-ALCOOL-4-AÇUCAR-5-GORDURA 6-SEDENTARISMO- 7-STRESS-8-GENÉTICA-9-HUMOR- 10-GRAU DE FELICIDADE
Iderval Reginaldo Tenório
05/09/2012 - 05h02

Gordo ativo é tão saudável quanto magro, dizem estudos

                                                                             

DÉBORA MISMETTI
EDITORA-ASSISTENTE DE "CIÊNCIA + SAÚDE"


Dois estudos publicados hoje questionam o conceito já cristalizado de que gordura extra é sempre sinal de maior risco para a saúde.
O fenômeno é chamado pelos pesquisadores de paradoxo da obesidade: em certos casos, os quilos além da conta não indicam perigo e podem até ser protetores.
A primeira pesquisa analisou dados de 43 mil americanos divididos em grupos conforme o nível de obesidade e os resultados em testes de colesterol, pressão arterial e condicionamento físico.
Após um acompanhamento de cerca de 14 anos, os médicos, liderados por Francisco Ortega, da Universidade de Granada (Espanha), perceberam que os obesos considerados saudáveis após os exames tiveram um risco 38% menor do que os não saudáveis de morrer por qualquer causa. A redução de morte por problema cardíaco ou câncer foi de 30% a 50%.
O desempenho desses gordos "em forma" ao longo do tempo foi similar ao dos magros saudáveis, segundo o estudo, publicado hoje no "European Heart Journal".
Outro trabalho, na mesma edição da revista especializada, analisou, por três anos, a mortalidade de 64 mil suecos com problemas cardíacos (como angina e infarto) submetidos a um exame de imagem para determinar a saúde de suas artérias coronárias.
Os pacientes foram subdivididos de acordo com seu IMC (índice de massa corporal, calculado dividindo o peso em quilos pela altura ao quadrado, em metros).
O gráfico de mortalidade ficou em forma de "U": quem estava nos extremos (muito magros ou obesos mórbidos) tinha risco mais alto de morrer do que paciente intermediários, com sobrepeso ou obesidade moderada.
De acordo com o cardiologista Eduardo Gomes Lima, do Hospital 9 de Julho, esses achados propõem um questionamento ao uso do índice de massa corporal como método para avaliar obesidade.
"Dizer que um IMC a partir de 30 significa obesidade é suficiente? Nessa população vai ter obeso de verdade, mas também uma população com boa condição física, com muita massa magra. Não dá para colocar o IMC como grande definidor de prognóstico dos pacientes."
A pesquisa que acompanhou os americanos credita o melhor condicionamento físico dos obesos saudáveis como responsável pelo menor risco de morte observado nesse grupo em relação aos não saudáveis.
De acordo com o cardiologista Raul Santos, diretor da unidade de lípides do Incor (Instituto do Coração do HC de São Paulo), os exercícios reduzem o impacto dos efeitos prejudiciais da gordura.
"O exercício tem ação anticoagulante, ajuda a dilatação dos vasos e melhora a resistência à insulina, tendo um efeito contrário ao da obesidade. É melhor ser um obeso que se exercita do que um magro sedentário."
Para Santos, no caso do estudo com cardíacos, o efeito protetor conferido aos obesos moderados é mais difícil de explicar. Uma possibilidade é a de esse grupo ter pessoas com menos gordura abdominal, que produz substâncias inflamatórias e é um conhecido fator de risco cardíaco.
"Recomendamos a quem tem problema cardíaco perder peso, especialmente se a pessoa for barriguda."
Lima afirma que não se deve ficar com a impressão de que a obesidade não tem consequências. "A obesidade mórbida sempre está associada a um prognóstico pior."
Para ele, o importante é a necessidade de redefinir os limites da obesidade. "Talvez a gente esteja sendo muito rígido nessa avaliação."

A FOLHA  SÃO PAULO

2 comentários:

Jussiara Hora Melo disse...

Gostei do artigo.

Até os 35 anos, fui magra. E tinha complexos de inferioridade.Me achava feia, esqueletica, ossuda, enfim.

Depois engordei, engordei e claro, preciso perder peso. Sei disso. Mas não quero mais voltar ao peso antigo.

Porem, as nutricionistas insistem em perda de peso, imprimem um padrão dificil de se alcançar. Há 3 anos, participei de um grupo de Perda de Peso. Nossa, só tinha obesos quase mórbidos. Eu era quase uma formiga no meio deles. Perdi somente 3 kgs em 3 meses e passei e me senti bonita, auto estima se elevou e quis manter este padrão. Porem, a Equipe Médica insistia que eu estava obesa e a Psicóloga teve o desplante de fazer um comentário jocoso pq eu disse, no palco da reunião, que me sentia linda. Ela, a Psicóloga, é feia, magra, sem sal e sem graça.

O endo me fez tomar Sinvastatina e mesmo com o meu colesterol de 178, ele disse que, caso eu parasse de tomar, eu ia infartar. Que eu preciso tomar para o resto da vida.

Graças a Deus sou saudável. Não tenho diabetes, nem pressão alta. Apenas fiz hipotiroidismo com Hashimoto há mais de 20 anos e faço uso de Puran de 88. Senti-me acuada e.........doente, diante de tanta pressão. Acentuei o processo de hipocondria e com esse processo vieram doenças psicosomaticas como síndrome do pânico, gastrites, ansiedade, enfim. Larguei o grupo, engordei tudo que eu tinha perdido e mais alguns quilos e ando desanimada. E estou sem coragem de retomar as caminhadas. Mas farei isso sim.

Ah, eu penso que tem que observar a questão dos aspecto físico. Eu sou truncadinha. Baixinha, bunduda, toda rolicinha, minha gordura é dura e certamente sou bem mais pesada do que pessoas tb acima do peso mas com biotipo diferente do meu.

Agradeço de coração, doutor. Seus posts são deliciosos de ler e muito esclarecedor. Viva a quem estuda, pesquisa e acredita no que faz.

Abraços.

Jossara Bes disse...

Bom Dia Dr. Iderval!

Muito interessante! Tenho certeza que muitas pessoas irão sentir-se tranquilizadas. Sempre fui magra,mas acompanho a angustia de familiares,lutando constantemente com a balança.
Grande abraço!