domingo, 13 de outubro de 2024

Nonato Luiz & Quarteto Iguaçu - Ave Maria | HD

Fui presenteado,  via WhatsApp, por amigo e conterrâneo Nonato Luiz e queria enviar para todos os meus  amigos esta Pérola musical.

Confesso que foi uma das mais belas peças que tive acesso.

Nonato, meu irmão, muito obrigado.

Idervall Reginaldo Tenório

Nonato Luiz, nome artístico de Raimundo Nonato de Oliveira (nascido na cidade de Lavras da Mangabeira, no estado do Ceará, no dia 3 de agosto de 1952) é um renomado violonista brasileiro, compositor, arranjador, intérprete e dono de uma obra musical com centenas de composições. Seu repertório violonístico contempla desde gêneros e estilos "universais” (valsas, choros, minuetos, prelúdios, estudos, canções) e estrangeiros (blues, flamenco) até os tipicamente nordestinos (baiões, xotes e frevos).

Seu primeiro álbum, nominado "Terra" foi lançado em 1980 e, atualmente, sua discografia é composta por mais de 30 discos gravados, na sua maioria, autorais, onde Nonato Luiz apresenta-se como solista de suas peças. Em outros, tanto explora obras de renomados compositores, arranjando-as para o violão, quanto divide parcerias com instrumentistas.

Como concertista, possui uma carreira internacional consolidada, por apresentar-se em várias partes do mundo, principalmente pelo continente europeu, por onde excursiona anualmente, com destaque para Salzburg, terra natal de Mozart.

 

O Quarteto Iguaçu é um grupo musical criado em 1984, que desenvolve um relevante trabalho na divulgação da música brasileira. Com mais de 800 concertos realizados pelo Brasil, ao longo desses mais de 30 anos de experiência, o quarteto busca sempre realizar apresentações didáticas, favorecendo a compreensão dos ouvintes, despertando neles o interesse e incentivando para que novos talentos venham surgir. O grupo é formado por José Maria Magalhães Silva, Moisés Nesi, Leila Cristina Tascheck e Romildo Weingartner.

 

                                   Nenhuma descrição de foto disponível. 

               O Quarteto Iguaçu é um grupo de câmara de Curitiba, no Paraná:



Local
Curitiba, Paraná
Fundado em
1984

AS GRANDES TRILHAS DE ENNIO MORRICONE PARA O CINEMA

Viajando por milhares de matérias  do Blogger cultural. 

sábado, 12 de outubro de 2024

Gilda, Lúcia e o Bode: Fernanda Montenegro e Fernanda Torres falam sobr...

 

Não deixe de assistir esta bela aula de vida.

 Com Fernanda Montenegro e Fernanda Torres.

05 MINUTOS QUE VALEM UM MILHÃO DE HORAS .

Mais de 90% dos idosos  preservam o paladar e estas prorpriedades dão qualidades à suas vidas.

Quando comem e bebem aquilo que gostam, retornam para  os belos e soborosos momentos da vida. 

Proibir, tomar, suspender, enclausurar, coibir e anular as vontades e  as lembranças dos idosos é assassinar antes do tempo as suas vidas como um todo.

Proporcione alegria, cuidado, atenção e orgulho por tudo que os idosos realizaram na vida pela familia, amigos, comunidades, os animais e a natureza.

Não desrepeite o cérebro de um  idoso.

Iderval Reginaldo Tenório


28 de mai. de 2023Memórias da primeira ida ao campo, do primeiro contato com as vacas, do sabor ímpar que tinham as frutas colhidas direto das árvores e do .

A S S I S TA.

BRASIL, A ELEIÇÃO DE 1930 E A ELEIÇÃO 2022. .

 

BRASIL, A ELEIÇÃO DE 1930 E A ELEIÇÃO 2022.

Nos livramos do que aconteceu 1930, será que viria uma ditadura militar?

Com a palavra os eleitores

 


Entre destruição e valorização nacional: a nonagenária Revolução de 30 e  sua importância para o Brasil - Disparada


Vargas Fascista ou Populista? O debate sobre a Era Vargas

VIVA A DEMOCRACIA
A LEI FOI CRIADA PARA TODOS. 

DITADURAS JAMAIS- NEM DE DIREITA E NEM DE ESQUERDA. 

                                        VIVA A DEMOCRACIA

Querido amigos, o país caminha a passos largos para um desentendimento total. A sociedade civil deverasmente  amedrontada com o crescimento desenfreado do BOLIVARIANISMO, as instituições e os poderes totalmente sem força e à deriva, dando combustível para uma intervenção militar tal qual 1930. 

Em 1929 aconteceu Eleição Presidencial, quando foi eleito o Júlio Prestes,com apoio do governo Washington Luiz. 
 
Antes de assumir a Presidencia, os governos de  Minas, Paraíba e o Rio Grande do Sul criaram o movimento  ALIANÇA LIBERAL, sob a tutela do Getúlio Vargas, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada e João Pessoa para derrubar  e não deixar o Júlio Prestes  assumir. Tantos foram os desentedimentos que as forças armadas tiveram que intervir e antes da posse,  uma junta militar derrubou o Presidente Washington Luiz, anulou a eleição do Julio Prestes  e depois entregaram  a cadeira ao Getúlio, que deu início a mais sangrenta ditadura do país, mostrando que governo não se ganha no voto e sim se toma, é o lema  e o que temos visto. 
 
Fato relevante. O assassinato do Presidente da Paraiba e vice de Getúlio Vargas. Este episódio foi mais um dos estupins para a destuição do Woshingtin Luiz e  a anulação da posse do Júlio Prestes, um dos maiores produtores de café do Brasil.  A vez era a do Leite, cideda por Minas para o Rio Grande do Sul. 
 
Disse o  Governador de Minas Antônio Carlos Ribeiro de Andrada:
  
"   Getúlio, nem ele e nem eu, você aceita esta luta?".
 
 De pronto o Getúlio falou:
 
" Eu, Você e o João Pessoa  salvaremos o Brasil, vamos arregaçar as mangas."
 

O maior fato político da Paraíba no Século XX, também considerado um dos mais importantes do Brasil pelo menos na primeira metade do século passado: a morte de João Pessoa, então presidente da Paraíba, completa 90 anos neste domingo (26). O assassinato que eternizou o nome do político na capital da Paraíba e o luto na bandeira do estado foi o episódio fatídico que mudou os rumos políticos do Brasil, decretando o fim do período da República Velha e alçando Getúlio Vargas ao poder.

Crime passional ou homicídio por razões políticas? Embora haja um acirramento de narrativas para contar as versões do fato, o professor da UFCG José Luciano de Queiroz Aires, doutor em História pela UFPE e autor do livro “A Fabricação do Mito João Pessoa: Batalhas de Memórias na Paraíba (1930-1945)”, propõe uma explicação científica para o assassinato do governador da Paraíba em 26 de julho de 1930 pelo advogado João Dantas, no Recife, como um misto das duas versões totalizantes
 

Foram 06 as ditaduras  a posteriore.

Getúlio 1930 a 1945 depois 1950 a 1954,  Eurico Gaspar Dutra 1946 A 1950 e as QUATRO militares- 1964 CASTELO- MEDICI- GEISEL E A DE JOÃO BAPTISTA DE FIGUEIREDO até 1985.

  Revolução de 1930 foi o movimento armado, liderado pelos estados de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul, que culminou com o golpe de Estado, o Golpe de 1930, que depôs o presidente da república Washington Luís em 24 de outubro de 1930, impediu a posse do presidente eleito Júlio Prestes e pôs fim à República Velha.

Em 1 de março de 1930, foram realizadas as eleições para presidente da República que deram a vitória ao candidato governista, que era o governador do estado de São Paulo, Júlio Prestes. Porém, ele não tomou posse em virtude do golpe de estado desencadeado a 3 de outubro de 1930, e foi exilado. Getúlio Vargas assumiu a chefia do "Governo Provisório" em 3 de novembro de 1930, data que marca o fim da República Velha no Brasil.

A Aliança Liberal foi criada em agosto de 1929 para fazer oposição à candidatura de Júlio Prestes à presidência da república. Formavam a Aliança Liberal: Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraíba e partidos políticos de oposição de diversos estados, inclusive do Partido Democrático (1930) de São Paulo.

A eleição para a presidência da república foi realizada no dia 1 de março de 1930, um sábado de carnaval, e foi vencida por Júlio Prestes, (chamado, pela imprensa de "Candidato Nacional") com 1.091.709 votos contra 742.797 dados a Getúlio (Candidato Liberal).
 
Getúlio, no entanto, obteve 100% dos votos do Rio Grande do Sul e um total de 610.000 votos nos três estados aliancistas. A votação de Getúlio nos 17 estados prestistas foi inexpressiva. No antigo Distrito Federal, a cidade do Rio de Janeiro, houve empate. O Rio Grande do Sul acabou sendo o único estado aliancista que chegou unido às eleições de 1 de março. 
 
Júlio Prestes foi eleito para governar de 1930 a 1934. Sua posse na presidência deveria ocorrer no dia 15 de novembro de 1930. A apuração dos resultados da eleição foi demorada e tensa, se estendendo até maio de 1930.

A Conspiração
A partir da recusa da maioria dos políticos e tenentes da Aliança Liberal de aceitar o resultado das urnas, iniciou-se uma conspiração, com base no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais, com a intenção de não permitir que Júlio Prestes assumisse a presidência, o que deveria ocorrer em 15 de novembro. No nordeste do Brasil, o tenente Juarez Távora, que havia fugido da prisão em janeiro de 1930, organizava, na clandestinidade, a revolução.

Esta conspiração sofreu um revés em 10 de maio, quando morreu, em acidente aéreo, o tenente Antônio Siqueira Campos. Siqueira Campos era um bom articulador político e fazia o contato com militares estacionados em São Paulo. Com sua morte, praticamente acabou o ímpeto revolucionário entre militares estacionados em São Paulo. 
 
Em 29 de maio de 1930, a conspiração sofreu outro revés, com o brado comunista de Luís Carlos Prestes, que deveria ter sido o comandante militar da revolução de 1930, mas desistiu do comando para apoiar o comunismo. O comandante militar secreto da revolução ficou sendo então o tenente-coronel Pedro Aurélio de Góis Monteiro. Em 1º de junho, Getúlio lança um manifesto acusando irregularidades nas eleições de 1º de março, porém não clama por revolução, assim como em sua última mensagem anual, como presidente do Rio Grande do Sul, ao poder legislativo gaúcho.

No Nordeste do Brasil, os revolucionários marchavam em direção à Bahia. Pelo sul, os revolucionários, vindos do Rio Grande do Sul, estavam estacionados na região de Itararé, na divisa do Paraná com São Paulo, onde as forças do governo federal e tropas paulistas estavam acampadas para deter o avanço das tropas revolucionárias.

Esperava-se que ocorresse uma grande batalha em Itararé. Getúlio aguardava os acontecimentos, instalado em Curitiba. No Sul de Minas Gerais tropas federais ainda resistiam ao avanço das tropas mineiras rumo ao Rio de Janeiro. Não houve a esperada "Batalha de Itararé", porque, em 24 de outubro, antes que ela ocorresse, os generais Tasso Fragoso , Mena Barreto e o almirante Isaías de Noronha depuseram Washington Luís através de um golpe militar, e formaram uma Junta Militar Provisória
 
No mesmo dia, Osvaldo Aranha foi enviado ao Rio de Janeiro para negociar a entrega do poder a Getúlio Vargas. A Junta Militar governou o Brasil até passar o governo a Getúlio em 3 de novembro de 1930. Washington Luís foi deposto  22 dias antes do término do mandato presidencial, que se encerraria em 15 de novembro de 1930.

A Aliança Liberal teve o apoio de intelectuais como José Américo de Almeida, João Neves da Fontoura, Lindolfo Collor, Virgílio Alvim de Melo Franco, Afrânio de Melo Franco, Júlio de Mesquita Filho, Plínio Barreto e Pedro Ernesto, de membros das camadas médias urbanas, na época chamadas de "classes liberais" que se opunham às "classes conservadoras" formada pelas associações comerciais e fazendeiros. No Rio Grande do Sul, o grande articulador da Aliança Liberal foi Osvaldo Aranha.

A Aliança Liberal contou com o apoio, também, da corrente político-militar chamada "Tenentismo". 
 
 
 
No Exértcito o general reformado Isidoro Dias Lopes, o general honorário do exército brasileiro José Antônio Flores da Cunha , o major da Polícia Militar de São Paulo Miguel Costa
 
O tenente Cordeiro de Farias, que chegou a marechal, afirmou, em suas memórias, que os tenentes estavam em minoria no exército brasileiro em 1930, mas que mesmo assim fizeram a revolução de 1930.

RESUMO DA REVOLUÇÃO E O RISCO QUE HOJE PASSAMOS ..

Política 

Três ex-ministros de Getúlio Vargas chegaram à Presidência da República: Eurico Dutra, João Goulart e Tancredo Neves. Este último não chegou a assumir o cargo, pois, na véspera da posse, sentiu fortes dores abdominais sequenciais durante uma cerimônia religiosa no Santuário Dom Bosco, recebendo o diagnóstico de diverticulite que o levou à morte em 21 de abril de 1985, em São Paulo.    

Três tenentes de 1930 chegaram à Presidência da República: Castelo Branco, Médici e Geisel.

 

Iderval Reginaldo Tenório

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Lançada a Demografia Médica no Brasil 2023. Grande Matéria

                               

 

 

Número de médicos no Brasil bate recorde: 575 mil medicos ativos [2024]

Lançada a Demografia Médica no Brasil 2023.

Chamada da matéria .

Já são 562.229 médicos inscritos/Previsto 600.000 em 2024.

A projeção é de que em 2035 haverá entre 1.016.121 e 1.032.753 médicos no Brasil. 

Número de médicos especialistas no país cresce 84% em 10 anos, e mulheres serão maioria na profissão já em 2024

A materia mostra o que a população precisa  saber sobre  a medicina. 

É um vasto material  para estudo, pesquisas, debates e para a orientação dos gestores públicos.  

Para facilitar a leitura da matéria, publicarei em oito pequenos capítulos. 

O leitor poderá escolher um dos tópicos, fazer a leitura e caso se interesse pode mergulhar e ler todos os tópicos.  

É importante para toda a população, notadamente para os professionais de saúde, para os que querem entrar nesta segmento profissional, os jovens e os seus  pais.

                 Iderval Reginaldo Tenório

                        Tópicos  em capítulos 


CAPÍTULO  1-Introdução  da materia, muito importante 

 CAPÍTULO 2 -Médicos especialistas e especialidades médicas*

 CAPÍTULO 3-*Aumento de médicos no Brasil*

 CAPITULO 4-  *Projeção da oferta de médicos no Brasil nos próximos anos*

  CAPITUlLO 5- *Mais mulheres na profissão*

   CAPITULO 6-*Consultas médicas no Brasil*

   CAPITULO 7- *A expansão dos cursos de medicina no Brasil e o perfil dos        estudantes*

    CAPITULO-8- *Oferta e distribuição de Residência Médica*

                                                    Iderval Reginaldo Tenório

        

Chamada da matéria .

Número de médicos especialistas no país cresce 84% em 10 anos, e mulheres serão maioria na profissão já em 2024

                            CAPÍTULO  1

                           INTODUÇÃO

Demografia Médica no Brasil 2023, produzida em parceria entre a Associação Médica Brasileira e a Faculdade de Medicina da USP, também projeta que país chegará em 2035 com mais de 1 milhão de médicos; médicas declaram renda 36% anual inferior que os colegas homens

            O número de registros de médicos com título em alguma especialidade cresceu 84% nos últimos 10 anos no Brasil. As mulheres passarão a ser maioria na profissão já a partir do próximo ano. Com a expansão da abertura de cursos e vagas de medicina, em 2035 haverá no país mais de um milhão de médicos no país.

            As informações constam da mais nova edição da Demografia Médica no Brasil (DMB) a primeira produzida em parceria entre a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), no mais completo estudo já realizado sobre a realidade dos médicos em todo o país. O levantamento foi divulgado na manhã desta quarta-feira (8/2) na sede da AMB, na capital paulista.

            A DMB 2023, coordenada pelo pesquisador Mário Scheffer, professor livre-docente do Departamento de Medicina Preventiva da FMUSP, foi formulada a partir de três eixos principais: estudos demográficos da população médica, estudos sobre formação e profissão médica e inquéritos sobre Residência Médica e trabalho médico no Brasil.

            César Eduardo Fernandes, presidente da Associação Médica Brasileira, destaca o suporte institucional oferecido para a nova edição da DMB, por meio da disponibilização dos dados anonimizados dos associados da entidade, dentre outras informações. “Temos orgulho de participar ativamente desta edição da Demografia Médica, que oferece dados de relevância nacional e importantes subsídios a todos os gestores públicos e privados comprometidos com a valorização da medicina e a saúde da população”, enfatiza.

            Para a professora Eloisa Bonfá, diretora da Faculdade de Medicina da USP, a Demografia Médica tem se revelado importante fonte de informações dirigida a pesquisadores, veículos de comunicação, entidades e órgãos governamentais. “É fundamental para o planejamento do sistema de saúde tomar conhecimento do número, do perfil e da distribuição dos médicos e médicas no Brasil, das mudanças na graduação de Medicina, na Residência Médica e na oferta de especialistas, assim como acompanhar as transformações no mercado de trabalho médico”, afirma.

            Além da AMB, a produção da Demografia Médica no Brasil 2023 também contou com apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), FFM (Fundação Faculdade de Medicina), Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) e Ministério da Saúde.

 

       CAPÍTULO 2     

            *Médicos especialistas e especialidades médicas*

            Em 2022 o Brasil possuía 321.581 médicos com ou mais títulos de especialistas, o que representa 62,5% dos profissionais em atividade no país. Os demais 37,5% eram médicos generalistas, ou seja, sem titulação em nenhuma especialidade.

            O número total de registros de médicos titulados no país chega a 495.716, o que representa 84% a mais em relação aos 268,2 mil registros existentes em 2012. Trata-se de um dado inédito e relevante da Demografia Médica, resultado da expansão da Residência Médica no Brasil e da atuação da AMB e de suas filiadas – sociedades de especialidade que concedem títulos de especialistas.

Um mesmo médico pode ter título ou ter concluído Residência Médica em mais de uma especialidade e, por isso, o número de títulos em especialidades é maior que o número de indivíduos especialistas.

            O estudo considerou as 55 especialidades médicas reconhecidas pela Comissão Mista de Especialidades, composta por representantes da Comissão Nacional de Residência Médica, Conselho Federal de Medicina e Associação Médica Brasileira.

A defasagem entre os egressos de cursos de medicina e vagas de Residência Médica de acesso direto aumentou no período analisado pela Demografia Médica. Essa diferença, que era de 3.866 vagas em 2018, passou para 11.770 vagas em 2021. Considerando que a oferta de vagas de graduação em medicina vem aumentando no país, em curto prazo o número de médicos sem formação especializada deverá aumentar ainda mais, caso não haja ampliação de vagas de Residência Médica.

            As especialidades com maior número de registros de especialistas são Clínica Médica, com 56.979 médicos, Pediatria (48.654), Cirurgia Geral (41.547), Ginecologia e Obstetrícia (37.327), Anestesiologia (29.358), Ortopedia e Traumatologia (20.972), Medicina do Trabalho (20.804) e Cardiologia (20.324). Juntas, essas oito especialidades representam mais da metade (55,6%) do total de registro de especialistas.

            Um segundo grupo, de cinco especialidades – Oftalmologia, Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Psiquiatria, Dermatologia e Medicina de Família e Comunidade, soma 14,4% do total de especialistas. Assim, 13 das 55 especialidades médicas existentes no Brasil reúnem 70% dos registros de especialistas.

            No período entre 2012 e 2022, algumas especialidades como Clínica Médica, Medicina de Família e Comunidade, Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Medicina Legal e Perícia Médica, Cirurgia de Mão, Medicina de Tráfego, Angiologia, Geriatria, Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Neurologia, Genética Médica e Mastologia pelo menos dobraram o número de especialistas.

            Outras 15 especialidades se destacaram, com crescimento entre 80% e 100%. São elas, Ortopedia e Traumatologia, Cirurgia Vascular, Endocrinologia e Metabologia, Cirurgia do Aparelho Digestivo, Dermatologia, Reumatologia, Patologia, Nefrologia, Medicina Intensiva, Medicina Esportiva, Cirurgia Geral, Endoscopia, Psiquiatria, Infectologia e Oftalmologia.

            Os homens são maioria em 36 das 55 especialidades médicas e as mulheres predominam em 19 delas. As especialidades mais “femininas” são Dermatologia, Pediatria, Alergia e Imunologia, Endocrinologia e Metabologia e Genética Médica. As especialidades mais “masculinas” são Urologia, Ortopedia e Traumatologia, Neurocirurgia, Cirurgia Cardiovascular e Cirurgia do Aparelho Digestivo.

A especialidade com maior número de mulheres é a Dermatologia: são 8.236 médicas, o que representa 77,9% dos dermatologistas do país. Outras especialidades com grande proporção de mulheres são Pediatria (75,6%), Alergia e Imunologia e Endocrinologia e Metabologia, ambas com 72,1%.

Em nove das 55 especialidades, os homens são mais de 80%. As mulheres são minoria em todas as especialidades cirúrgicas, caso da Cirurgia Geral, em que representam menos de 25% do total de especialistas.

Em 34 das 55 especialidades médicas existentes no Brasil, a média de idade dos médicos especialistas é inferior a 50 anos.

No Sul do país, 68% dos médicos possuem alguma especialidade. Já no Centro-Oeste 63,4% dos profissionais são médicos especializados, enquanto no Sudeste são 63,3%, no Norte, 57,2% e no Nordeste, 52,3%.

O Distrito Federal possui a maior proporção de médicos especialistas em relação ao total de profissionais (72,7%), enquanto o Amapá registra a menor (40,4%).

Em relação à Força de Trabalho Cirúrgica – que inclui cirurgiões, anestesiologistas e obstetras, a Demografia Médica aponta que, no Brasil, há uma densidade de 66 especialistas por 100.000 habitantes, mais do que o triplo do recomendado pela Lancet Commission On Global Surgery, que é de 20 por 100 mil.

Contudo, também nesse quesito há disparidade na distribuição territorial. Enquanto no Distrito Federal e no Estado de São Paulo, a FTC tem razões, respectivamente, de 151,5 e 85,4 por 100.000 habitantes, no Maranhão e no Acre os índices são de 26,7 e 28,6.

 

                             CAPÍTULO 3

*Aumento de médicos no Brasil*

Nos últimos 13 anos, de 2010 a 2023, mais de 250 mil novos médicos (251.362) entraram no mercado de trabalho no Brasil, resultado direto da abertura de cursos e de vagas de graduação em medicina.

Em janeiro de 2023 o país contava com 562.229 médicos inscritos nos 27 Conselhos Regionais de Medicina (CRMs), o que corresponde a uma taxa nacional de 2,6 médicos por 1.000 habitantes. Na mesma data, o total de registros médicos chegava a 618.593.

Essa diferença entre o quantitativo de indivíduos médicos e o de registros se refere aos profissionais que possuem inscrições em mais de um CRM, seja porque trabalham em cidades de diferentes estados ou porque se deslocam temporariamente a outro estado.

No ano 2000 o Brasil contava com 239.110 médicos. Enquanto o número de profissionais mais do que dobrou até 2023, a população geral do país cresceu em torno de 27%.

            Duas regiões do país possuem número de médicos em relação à população inferior à média nacional. No Norte há 1,45 médico por 1.000 habitantes e, no Nordeste, 1,93.

            Já as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul do Brasil possuem razões de 3,39, 3,10 e 2,95 médicos por 1.000 habitantes, respectivamente.

            Os estados brasileiros que possuem maior densidade de médicos por 1.000 habitantes são o Distrito Federal (5,53), Rio de Janeiro (3,77), São Paulo (3,50) e Santa Catarina (3,05). As menores densidades são encontradas no Pará (1,18 médico por 1.000 habitantes), Maranhão (1,22) e Amazonas (1,36).

            Os dados da Demografia Médica ainda mostram que os médicos se concentram nas capitais brasileiras que, somadas, reúnem 312.246 médicos de todo o país, o que representa uma razão de 6,13 profissionais por 1.000 habitantes.

            Já o grupo de regiões metropolitanas do Brasil (excluindo capitais) possui 44.824 médicos, o que significa 1,14 médico por 1.000 habitantes. Na somatória das cidades que compõem o interior do Brasil, são 225.996 médicos ou 1,84 profissional por 1.000 habitantes.

“Ainda é pouco significativa a dispersão territorial ou ‘interiorização’ de médicos, o que vinha sendo aguardado depois que inúmeros cursos de medicina foram abertos no interior. Pela projeção feita, o Brasil como um todo terá 4,4 mil médicos por mil habitantes em 2035, mas a desigualdade pode até mesmo se intensificar, com mais profissionais se dirigindo para locais onde a concentração já é alta”, destaca o documento da Demografia Médica em suas considerações finais.

                           CAPITULO 4

            *Projeção da oferta de médicos no Brasil nos próximos anos*

            Uma das projeções inéditas feitas pela nova edição da Demografia Médica no Brasil 2023 é referente à oferta de médicos em atividade no país nos próximos anos.

            Em dois cenários analisados – de eventual “congelamento” na abertura de cursos de graduação e vagas de medicina entre 2023 e 2029 ou de manutenção dos efeitos da legislação vigente em 2022 em que a abertura de cursos e vagas é regulada e não seria interrompida nos anos seguintes -, a projeção é de que em 2035 haverá entre 1.016.121 e 1.032.753 médicos no Brasil.

            Em ambos os cenários o Brasil chegará a 2035 com densidade superior a 4,4 médicos por 1.000 habitantes. E, em qualquer circunstância, a população de médicos no país será, além de mais numerosa, mais feminina, mais jovem e, provavelmente, mais desigualmente distribuída.

            “Haverá acirramento das disparidades de concentração de médicos. Das 27 unidades da Federação, 18 delas irão apresentar densidade de profissionais por mil habitantes abaixo da média nacional, estimada em 4,4 em 2035. Ou seja, se medidas excepcionais não forem adotadas, estará mantida ou será agravada a desigualdade da distribuição geográfica, o que fará persistir a escassez localizada de profissionais, mesmo em cenário de maior e crescente oferta de médicos”, alerta o documento da pesquisa.

                                CAPITULO 5

                    *Mais mulheres na profissão*

            O fenômeno da “feminização” da profissão médica já vinha sendo observado desde 2009 entre os recém-graduados, mas ainda havia, no total da profissão, 59,5% de homens e 40,5% de mulheres. Em 2022 a proporção foi de 51,4% de médicos e 48,6% de médicas. Para 2024 a projeção é de que 50,2% do total de médicos no país sejam mulheres.

            Entre 2010 e 2022 o número de mulheres médicas quase dobrou, passando de 133 mil para 260 mil. Entre os homens o crescimento foi mais lento, com acréscimo de 43%.

            O estudo também demonstrou desigualdade de renda entre os gêneros. Conforme dados obtidos por meio de declarações junto à Receita Federal referente ao ano-base de 2020, as médicas brasileiras declaram rendimento médio anual 36,3% inferior que os profissionais do sexo masculino.

            Ainda de acordo com a projeção do estudo da Demografia Médica, a idade média do médico brasileiro vai cair e, em 2035, mais de 85% dos profissionais terão entre 22 e 45 anos. Também em 2035 haverá 56% de profissionais de medicina do sexo feminino contra 44% do sexo masculino.

                                 CAPITULO 6

                 *Consultas médicas no Brasil*

Segundo dados inéditos da Demografia Médica, mais de 600 milhões de consultas médicas são realizadas por ano no Brasil, o que corresponde a pouco mais de 3,13 consultas por habitante/ano (dados relativos a 2019, ano pré-pandemia). O número é menor do que a média dos países que integram a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) – 6,8 consultas por habitante/ano.

Considerando o número de médicos no país, cada profissional realiza, em média, 1.260 consultas anualmente ou 4,5 consultas por dia, em um calendário de 280 dias úteis (excluindo finais de semana e feriados). O número também é menor do que a média dos países que integram a OCDE – 2.122 consultas por médico/ano.

As disparidades relativas a consultas nas diferentes regiões do país e nos setores público e privado de saúde, contudo, são significativas. Em 2019 foram 2,3 consultas por habitante entre usuários do SUS e 3,3 entre clientes da saúde suplementar.

As regiões Sudeste e Sul apresentaram maior proporção de consultas por habitante, chegando a 3,93 e 3,19, respectivamente. As regiões Centro-Oeste (2,86 consultas por habitante), Nordeste (2,38) e Norte (1,86) estão abaixo da média nacional.

Com relação aos estados, São Paulo (4,64 consultas por habitante) e Rio de Janeiro (3,80) se destacam como os estados com maior número de consultas por habitante, seguidos pelo Mato Grosso do Sul (3,62). Tocantins (1,60), Amapá (1,60), Pará (1,76) e Amazonas (1,77) possuem os indicadores mais baixos.

O número de consultas médicas realizadas no SUS em 2019, segundo dados do Datasus , foi de 482,6 milhões, correspondente a 2,12 consultas por habitante.

O indicador varia bastante no território brasileiro. As regiões Norte e Nordeste apresentam razão de consultas SUS por habitante inferior a 2: 1,49 e 1,76, respectivamente.

Em relação aos estados, Amapá (1,20), Piauí (1,25) e Distrito Federal (1,27) apresentaram menor número de consultas médicas por habitante na rede pública. No outro extremo, São Paulo registrou 2,96 consultas SUS por habitante, o que contribui para manter a região Sudeste à frente, com 2,48 consultas por habitante.

Já as regiões Sul e Centro-Oeste apresentaram indicadores de consultas SUS por habitante de 2,22 e 2,01, respectivamente.

A proporção de consultas médicas por habitante entre os clientes de planos e seguros de saúde, em comparação com as consultas de usuários do SUS, se mostra superior em todas as grandes regiões do país.

A região Sudeste apresenta o maior número de consultas por usuários de plano privado, com 3,62 atendimentos por habitante, chegando a 4,59 no Espírito Santo e a 3,91 em São Paulo. O Nordeste foi a segunda região com maior número de consultas por usuários de planos de saúde (3,25 por habitante), seguida das regiões centro-oeste (2,67) e Sul (2,61).

Já a região Norte, assim como ocorreu nas consultas SUS, foi a que apresentou a menor razão de consultas por habitante entre usuários de planos privados de saúde (2,02).

                           CAPITULO 7

  *A expansão dos cursos de medicina no Brasil e o perfil dos estudantes*

            Segundo a Demografia Médica, de 2013 a 2022 foi registrada a maior expansão do ensino médico da história do Brasil.

            Em 2022 o Brasil contava com 389 escolas médicas que, juntas, ofereciam 41.805 vagas de graduação. Desse total, 23.287 novas vagas foram abertas de 2013 em diante. O aumento foi quase quatro vezes maior do que o registrado entre 2003 e 2012, quando foram autorizadas 5.990 vagas.

            Uma das principais características da expansão da oferta de graduação médica nos últimos 20 anos no Brasil foi a abertura de vagas predominantemente no setor privado de educação.

Nesse período, enquanto as novas vagas de medicina em universidades públicas passaram de 5.917 em 2003 para 9.725 em 2022 (aumento de 64%), as vagas em escolas médicas do setor privado subiram de 7.001 para 32.080 (crescimento de 358%).

Proporcionalmente, a participação das instituições públicas no ensino médico atingiu seu menor patamar histórico em 2022, quando menos de um quarto das vagas foram ofertadas em 121 escolas públicas, enquanto as vagas nos 268 cursos privados representaram 77% do total. No Sudeste brasileiro, que concentra quase metade de todos os postos de graduação em medicina no Brasil, apenas 16,6% das vagas estão em instituições públicas.

Entre 2010 e 2020 o número de alunos cursando o primeiro ano de escolas médicas passou de 16.818 para 40.881, o que representa crescimento de 143% no período, resultado da ampla abertura de novos cursos de graduação no país.

As mulheres foram maioria entre os alunos do primeiro ano de medicina no período analisado pela Demografia Médica, representando 54,9% do total de estudantes em 2010 e 61,4% em 2019.

A Demografia identificou um aumento da população negra – soma de alunos que se declararam pretos e pardos -, de 1.483 estudantes de medicina em 2010 para 9.326 em 2019.

Além disso, cresceu a participação de estudantes de medicina entre aqueles que cursaram o ensino médio em escolas públicas, de 25,9% do total em 2010 para 29,8% em 2019.

 

                             CAPITULO 8

            *Oferta e distribuição de Residência          Médica*

            Em 2021, 4.950 programas de RM estavam credenciados no Brasil. Naquele ano, os 41.853 médicos que cursavam Residência Médica representavam cerca de 8% do total de médicos em atividade no país.

O estado de São Paulo concentra 33,3% de todos os residentes, seguido por Minas Gerais (11,1%), Rio de Janeiro (10%) e Rio Grande do Sul (7,1%). Das 27 unidades da Federação, 11 possuem menos de 1% do total de residentes do país. Desses, à exceção do Mato Grosso, todos se localizam nas regiões Norte e Nordeste.

Cerca de 46% das instituições que oferecem RM se concentram na região Sudeste, onde está metade dos programas credenciados.

O Distrito Federal é a unidade federativa com maior densidade de médicos residentes por 100.000 habitantes (44,92), seguido por São Paulo (29,86), Rio Grande do Sul (25,84) e Rio de Janeiro (24,06). No outro extremo, o estado do Maranhão apresenta a densidade mais baixa (4,57), seguido por Amapá (5,13) e Pará (7,10).

Em 2021, cerca de 43% dos médicos residentes cursavam programas em quatro especialidades: Clínica Médica (14,2%), Pediatria (10,87%), Ginecologia e Obstetrícia (9,15%) e Cirurgia Geral (9,08%).

Entre 2018 e 2021 o número de médicos que cursavam Residência Médica no Brasil passou de 38.681 para 41.853.

Ao comparar a oferta nacional de vagas de primeiro ano de Residência Médica com o número de profissionais que concluíram medicina no ano anterior percebe-se um descompasso entre a formação especializada e o ensino de graduação. Em razão da intensa abertura de cursos de medicina, as vagas de R1 disponíveis no Brasil não têm sido suficientes para formar especialistas em quantidade equivalente aos novos registros de médicos formados no ano anterior.

Ainda conforme a nova Demografia Médica no Brasil, apenas 24,6% dos médicos residentes entrevistados afirmaram ter intenção de trabalhar majoritariamente ou exclusivamente no SUS (Sistema Único de Saúde) no prazo de um ano após a conclusão da residência. No cenário de após cinco anos da conclusão da RM, a intenção de trabalhar majoritariamente ou exclusivamente no SUS cai para cai para 12,1% dos entrevistados.

A maioria dos residentes (55,7%) pretende, um ano após a formação, manter exercício profissional de dupla prática, dividindo a atuação profissional entre os serviços público e privado. Porcentagem semelhante (49%) pretende manter essa inserção público-privada após cinco anos de formado.

Cerca de 20% dos residentes entrevistados revelaram a intenção de trabalhar majoritariamente ou integralmente no sistema privado após um ano da conclusão do curso. Essa proporção sobe para 40% quando questionados sobre a intenção de local de trabalho cinco anos após a conclusão da RM.

 

 

Assista à cerimonia de lançamento no YouTube https://www.youtube.com/watch?v=Bk4OR1fUrdc