quarta-feira, 7 de abril de 2021

AS IDEIAS DO MENINO ZEZINHO PARA A HUMANIDADE

 O Especial do Café: trabalho infantil é encontrado em lavouras da Costa  Rica (Reportagem 7) - YouTube

Crianças transmitem pouco a COVID-19 na escola, segundo estudo - ISTOÉ  DINHEIROOperação flagra trabalho infantil em plantações no interior de São Paulo |  Meia infância

AS IDEIAS DO MENINO  ZEZINHO PARA A HUMANIDADE

I

Viviam no Sertão um menino chamado Zezinho e a sua família, ao acordar não encontrava o seu pai em casa. Moravam num   Sítio e sobreviviam da venda das verduras, frutas,  legumes,  queijos,  leite e dos ovos que  produziam, eram   pequenos agricultores.

A vida no campo era difícil, porém prazerosa, ninguém valorizava os seus produtos. Uma vez por semana   o pai do Zezinho   madrugava na cidade   para apurar alguns trocados e comprar produtos que   não produzia, mesmo assim eram  felizes, viviam do suor do próprio rosto.

Para comprar uma barra de sabão, era necessário  um quilo de queijo;  um pacote de café,  cinco litros de leite; um quilo de sabão duas dúzias de ovos, um litro de querosene custava um balaio de verduras, uma vestimenta quase todo o apurado, por isso aproveitavam as roupas até chegarem ao fim, muitas vezes não dava para comprar tudo que precisavam.  Para o transporte das mercadorias   possuíam uma dupla de burros , não havia estrada , apenas uma vereda íngreme e estreita, quando chovia era muito  perigoso.

Zezinho ficava encabulado com o que via, pois o seu pai trabalhava o dia inteiro e quando chegava da cidade  falava que as coisas estavam ruins, dizia que havia muitos produtores rurais oferecendo as suas mercadorias  e para não voltar sem nada, sem nenhum trocado   tinha que vender por qualquer preço, melhor do que jogar fora. 

O que também chamava a atenção do menino era o fato de serem  os moradores da cidade, que não entendiam da lavoura e da criação de animais, quem ditavam os  preços dos produtos. 

Como sabiam ler, escrever, contar e se expressar com desenvoltura mandavam  naqueles que só sabiam trabalhar no pesado, debaixo do tempo,  expostos ao sol causticante, espinhos, ventos, redemoinhos,  poeira, formigas,  bichos de pé, carrapatos e aos peçonhentos como cobras, aranhas e escorpiões.

 Pensava :

 “ Para o agricultor ganhar o pão de cada dia é muito trabalhoso e arriscado, é   injusto este sistema ” .

 Estes pensamentos não saiam de sua cabeça .

                    II

O Zezinho foi crescendo e vendo a diferença entre as pessoas. Os seus pais trabalhavam de sol a sol e dependiam da vontade do tempo, quando chovia  pouco a terra nada produzia, as galinhas não punham ovos e nem as vacas davam leite, quando chovia demais muitas plantas se perdiam, pois ficavam embebidas e encharcadas com tanta água, murchavam e morriam, mesmo assim a produção era muito grande.   Era bom  para o pessoal da cidade, pois os produtos ficavam  baratos pela grande quantidade, porém  para os produtores as mesmas dificuldades e os  mesmos sofrimentos. 

 Pensou mais uma vez  : 

 “Com o sol causticante a terra nada produzia, com água demais a produção era  grande e o transporte  difícil, continuava ruim para os produtores. Produtos  agrícolas  em grande quantidade caem os preços”.

 A cabeça do menino mastigava estes pensamentos todos os dias, o Zezinho era uma criança, mas já era um pensador.

O que também chamava a atenção do menino era que , o povo da cidade ganhava muito bem dos governos e não dependia da vontade do tempo como  os agricultores, chovesse ou fizesse sol o ganho era garantido, não havia tempo ruim. 

Voltava a refletir, só para si, quais eram as causas desta diferença entre as pessoas,   pensava em muitas possibilidades, uma delas era a escolaridade e assim refletia: 

"Será que é porque eles têm escolas, leem livros , jornais  e estudaram?  Será que , se todos estudassem, inclusive os homens da roça,  teriam as mesmas chances? " 

 Com estes pensamentos, o Zezinho exigiu do seu pai que queria acompanhá-lo mais vezes para vender os produtos,  conhecer mais a cidade, os seus moradores e as coisas da vida. 

     III 

Ficava  impressionado com as vestimentas do povo da cidade, os homens bem vestidos   e bem calçados, muitos usavam gravatas, chapéus de massa e só fumavam cigarros finos, cigarros mansos, as mulheres  com roupas, lenços  e calçados finos  , as crianças da sua idade, com fardas escolares, sapatos pretos, bolsas de couro  a  tiracolo e sacolas coloridas com pães, sucos,  doces, bananas e biscoitos para a merenda , todas saltitantes a caminho da escola, enquanto ele com a mesma idade  já ajudava os pais na lida da roça, lutava sujeito  a  todos os maltratados da lavoura, ora   no cabo da enxada, na irrigação das plantas , na colheita  e ora na contagem dos ovos, pois  em matéria de fazer contas , na sua idade, era um gigante. No campo o que possuía de  bom era a  natureza , a liberdade e os animais , estes para Zezinho eram os seus verdadeiros amigos. 

O menino  era tão pensativo que sabia muitas coisas sobre o tempo, quando era lua nova, lua cheia, quarto crescente, quarto minguante, quando ia chover, sabia das horas pela inclinação do sol , sabia a idade de um cavalo examinando os seus dentes , sabia pelo cantar dos pássaros se haveria inverno ou seca.   Conhecia muitas constelações e o nome de algumas estrelas, pois quando chegava a noite todos iam para o alpendre da casa e os mais velhos contavam todas as histórias que sabiam, muitas eram  antigas, dos tempos dos grandes Reis, principalmente as contadas pelos seus avós.

IV

Ficou tão impressionado com a situação , com as dificuldades dos seus pais   que um dia sem sentir, sem querer e sem saber o porquê as lágrimas caíram no rosto e molharam a sua face, o Zezinho não entendia tamanha injustiça e imaginou só para si, para ninguém saber, só para si.

 “Aquilo era uma injustiça, aquilo estava errado, não poderia continuar assim” 

E passava o dia pensando, já falei que o menino era um pensador.

O estopim foi quando o Zezinho soube de outras coisas que lhes soaram  muito estranhas.

Soube que todos os anos os moradores da cidade recebiam um salário a mais e passavam 30 dias sem trabalhar, isto  é , sem fazer nada e por cima recebiam os salários sem faltar um centavo. Depois de pesquisar  soube que eram o 13º salário e as férias remuneradas, os seus pais nem de longe sonhavam com este verdadeiro milagre, aquilo não lhe conformava, lhe deixava impaciente e pensativo, achava tudo muito estranho. 

 Matutou mais uma vez ,  era um pensador , não queria que  ninguém soubesse dos seus pensamentos , com os olhos a  marejar pensou: 

"Se todos são trabalhadores , todos deveriam receber estes benefícios, não existia dúvidas, deveria ser assim. Queria saber quem pagava estes benefícios e como pode receber sem trabalhar.

Na roça até os animais trabalham, as vacas dão leite, as plantas dão frutos, as galinhas põe  ovos e os burros carregam os produtos nas costas, a vida é dura, até ele, que ainda era uma criança,  tinha que ajudar em vez de ir para a escola e brincar, uma vez que todas as crianças têm que brincar, é brincando e estudando  que se aprende, já dizia vovó  DIDI”.

Neste dia o menino não dormiu, veio à mente que no futuro a força motora iria perder totalmente o valor , tudo seria produzido e transportado por máquinas, até mesmo os animais iriam ficar sem os seus empregos, como iriam sobreviver? , a vida seria mais fácil para os cidadãos que tivessem estudado, que possuíssem uma profissão e utilizassem o cérebro para ganhar o pão, enquanto mais estudasse maiores seriam as chances de uma vida melhor. 

Concluiu que o homem do futuro para ganhar a vida só precisaria do cérebro, mesmo  com deficiência física, porém  possuindo um cérebro sadio poderia crescer na vida,  pois ganharia a vida sentado  numa carteira, dando palestras, escrevendo, ensinando , comandando um grupo de pessoas ou operando uma máquina  , sedimentou na sua cabeça que o homem é o cérebro e as outras partes são acessórios, o importante é o cérebro. 

V

O pensador  teve uma ideia e  achava que era muito boa, ele queria justiça entre os povos, não podia continuar assim.

Na cidade o povo tem tudo e não precisa trabalhar com a terra, com a lavoura ,  com os animais e nem com o perigo dos animais peçonhentos   para ganhar o pão, muitos ganham a vida  sentados numa carteira, mexem com papeis, canetas, lápis e relatórios, trabalham na sombra e com todas as garantias,  inclusive com este tal de 13º salário e com férias remuneradas. Na cidade   todas as crianças  vão para a escola, particular ou publica , porém vão para a escola e vestem-se bem, comem  bem e brincam muito, enquanto no campo com a  mesma idade tinha que  trabalhar para ajudar a família. 

 

Não saiam  de sua cabeça algumas perguntas: quem pagava este 13º, estas férias que os grã-finos tem direito? era uma injustiça com os homens da lavoura, outro entrave eram os preços das mercadorias, se o agricultor  é quem planta e colhe, por que não dita os preços? isto não estava certo, era uma injustiça com quem trabalha na terra com todos os sacrifícios que existem, era sim uma grande injustiça, o menino não parava de pensar. Já informei que era o Zezinho um pensador.

Ficou mais indignado quando soube que muitos  não trabalhavam mais e recebiam os seus salários, queria saber este mistério, seria milagre?. 

Foi até a Prefeitura falar com o Prefeito e disseram a ele que estes recebiam o nome de aposentados. Pessoas que trabalhavam até certa idade e depois ficavam em repouso para o resto da vida, era uma garantia para quem trabalhou até a velhice,  veio na sua cabeça o seu avô, que apesar de velho ainda ajudava na lavoura, nunca deixou de trabalhar. 

O Zezinho entrou em parafuso, quem paga se ninguém trabalha com  a terra que dá os frutos que alimenta o homem ? pois quem sustentava os seus avós ,  os seus pais  e toda  a sua prole  era   o pequeno terreno da família.

 Dizia o seu avô que aquele sítio era herança do seu pai, o meu bisavô, que há muito tempo vivia daquela terra plantando e criando alguns animais , veio à tona o pensamento da escola:

" Será que o meu bisavô frequentou a escola? será? tudo indica que não" 

 VI

Ao chegar ao sítio convocou todas crianças filhas dos lavradores, contou tudo que viu, o que pesquisou e como funcionava a vida na cidade, foi um alvoroço total.  Os pais não estavam entendendo tantos encontros e tantas reuniões secretas entre as crianças da roça, era muito estranho, o que estavam articulando?  sabiam que quando muitas crianças se reúnem estão planejando alguma travessura, pois as crianças são cheias de artes e sabem de muitas coisas que os adultos nem imaginam.  As crianças raciocinam e muito, as crianças são cheias de ideias, tem a mente limpa e nova, aprendem tudo com muita facilidade, são atentas e antenadas  em tudo, as crianças são muito inteligentes, deveriam ser mais escutadas pelos adultos.

                                                                      VII

Noventa  dias depois,  após muitas idas e vindas à cidade, os meninos constituíram uma comissão, foram  ao Prefeito, ao Juiz, aos Vereadores, aos Professores , ao Padre e por último aos pais, falaram que tinham tomado uma decisão e  estavam convocando todos para uma grande assembleia na qual apresentariam  um plano desenvolvido nestes noventa dias .

Todos gostaram dos comunicados, das sugestões  e das medidas que proporcionassem justiça,  principalmente para o trabalhador do campo, para os mais pobres e para os mais necessitados.

 As crianças chegaram à conclusão que o  mundo é de todos e não deveria existir castas muito distantes uma das outras, os  salários dependerão da capacidade, dos esforços e  da escolaridade de cada um, desde que todos  tivessem  as  mesmas oportunidades e ensino com  isonomia,  tudo  iria depender das ações dos gestores públicos, daqueles que estão com as rédeas do poder e das exigencias da população. 

Quanto aos ganhos sem trabalhar  13° , férias e aposentadoria   entenderam que os benefícios são pagos  pela  força de todos os trabalhadores , cada um, durante a vida  de luta ,  recolhe uma parcela  proporcional aos ganhos,  para depois passar a receber   um benefício.  Muitas foram as ideias, sugestões  e soluções.

Foi da mente do menino Zezinho que, muitas medidas foram tomadas para melhorar a vida  de muitos seres humanos, foram elaboradas as leis trabalhistas e férias remuneradas para todos. 

 Os pequenos agricultores foram orientados a  formarem grupos que tinham poderes sobre as plantações, o transporte e os seus preços.

  Os homens do campo passaram a figurar nas estatísticas como importantes cidadãos e  para as  crianças a escola passou a ser obrigatória , todas passaram a frequentar  diversos cursos,  passaram a alimentar o cérebro,  entendiam que só a escola , só a educação era capaz de proporcionar a igualdade social. 

VIII

Para uma pessoa  trabalhar numa  fazenda, loja  ou na casa de outra pessoa   foi criado a carteira profissional , todos passaram a ter direito a saúde e aposentadoria por um sistema de seguridade público.

Graças ao Zezinho o mundo dos agricultores  melhorou, as  pessoas passaram a  ser chamadas de cidadãos e  ficaram sabendo de onde vem o dinheiro para o  13º salário, férias remuneradas e aposentadoria, graça ao seu esforço todos passaram a ter os mesmos direitos , no campo ou na cidade, o importante era trabalhar dignamente .

O Zezinho continua  plantando justiça e formando  milhares de Zezinhos , pensando    num  mundo melhor . Afirma que  sem esta interação a vida não tem sentido, diz em voz alta que o remédio é crescer sem destruir , crescer  com cidadania e respeito .  

Crescer preservando e recuperando  a natureza, o caminho  é lutar.

Iderval Reginaldo Tenório

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Clip musical - música "Obrigado ao homem do campo ", de Dom e Ravel.
13 de ago. de 2020 · Vídeo enviado por TV CONTAG

 

terça-feira, 6 de abril de 2021

JUAZEIRO DO NORTE- MAIS UMA PARTE DO MUNICIPIO- É O SUL DO CEARÁ.

Juazeiro do Norte, 300mil habitantes, ligado a todo o Brasil por via aérea e rodoviária.

Possui um ótima rede hoteleira

Temperatura dos 24º aos 38º

Turismo Religioso

Manufatura de Ouro

Manufatura de Couro 

Manufatura da borracha

Indústria de Calçados e Roupas.

Cidade histórica

Padre Cícero- Floro Bartolomeu- Lampião- Pinheiro Machado e Ruy Barbosa

Leiam a Sedição de Juazeiro, uma das guerras regionais do Brasil

Como chegar ao Cariri | VIAJE NA CHAPADA

Aeroporto Regional do Cariri – Juazeiro do Norte – Chapada do Araripe –  Ceará (2) | VIAJE NA CHAPADA

Sindicato solicita esclarecimentos sobre contratação precária de médicos  para Hospital Regional do Cariri

Covid-19: Taxa de ocupação de leitos de UTI no Hospital Regional do Cariri  cai e atinge 87% - Região - Diário do Nordeste

Audiência pública discute elaboração da proposta orçamentária de Juazeiro  em 2020 nesta quarta – Badalo

do concurso público de Juazeiro do Norte - RÁDIO PROGRESSO FM 105.1 - A  PRIMEIRA DO BRASIL /Confira o edital oficial

Estimativa do IBGE divulgada hoje aponta Juazeiro com mais de 200 mil  católicos - Gazeta do Cariri - Notícias da região do Cariri, Ceará, Brasil  e do Mundo.

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O que fazer em Juazeiro do Norte: dicas, vida noturna e pontos históricos

Ceará Nobre°°°: Juazeiro do Norte

Sala 31 M² - Triangulo, Juazeiro Do Norte | SJ

Juazeiro do Norte | Diário Cariri - Diário do Nordeste

Praça Padre Cícero, em Juazeiro do Norte, está aberta para circulação de  pedestres – Badalo

Praça Padre Cícero, em Juazeiro, foi entregue no último fim de semana |  Diário Cariri - Diário do Nordeste

Trauma é segundo maior atendimento no Hospital Regional do Cariri - Governo  do Estado do Ceará

Música Viva Meu Padin com Luiz Gonzaga.
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27 de out. de 2015 · Vídeo enviado por Era Uma Vez o Forró

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FALECE O MEDICO Dr. Reinaldo José Machado dos Santos.

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DE CAMISA BRANCA, O MAIOR TORCEDOR DO BAHIA. Dr.Reinaldo   Machado

Faleceu um grande amigo Reinaldo Machado caridosamente chamado de DENDE ex presidente do Clube dos médicos membro do Sindimed e CREMEB médico do EC Bahia onde foi conselheiro torcedor ... vítima da COVID descanse em paz DENDE . Como você dizia “ estamos juntos “

Depoimento do Dr Francisco Magalhães

 ex-presidende   do Sindicato dos Médicos da Bahia

 

 RELATO DO SEU SOBRINHO

Hoje o mundo fica um pouco mais triste pela partida desse que foi um paradigma de Ser Humano e Médico na minha Vida. Deixa esse plano com muitos amigos e familiares solidarizando com nossa família nessa hora de dor.

 Há tempos não nos encontrávamos fisicamente mas a sua presença era sentida por mim em cada ato médico, cada ação de caridade, cada luta em busca do bem social. Está nos anais da história da cidade do Salvador pois foi agraciado com a medalha Tomé de Souza por sua vida de dedicação aos menos favorecidos.

 Ele era um EXCELENTE PAI, cidadão humanista, altruísta ao extremo, sempre lutando por um mundo mais justo e menos desigual e acima de tudo um SÍMBOLO DE TORCEDOR DO BAHIA. 

Deus o acolha na sua infinita misericórdia e Bondade! Deus conforte a todos nós que o conhecemos e tivemos o privilégio de conviver com ele. Vá em Paz, meu Tio e Padrinho Reinaldo José Machado dos Santos.

 

Relato do Sobrinho