terça-feira, 21 de julho de 2015

CONHEÇAM O GRANDE JOÃO SILVA - O MAIOR COMPOSITOR DE FORRÓ DO BRASIL, O MAIOR PARCEIRO DE LUIZ GONZAGA- LEIAM A SUA PEQUENA ENTREVISTA E VIAGEM NO TEMPO, NA MÚSICA E NA REALIDADE, VEJAM O QUE DIZ O VELHO JOÃO.

CONHEÇAM O  GRANDE JOÃO SILVA - O MAIOR COMPOSITOR DE FORRÓ  DO BRASIL, O MAIOR PARCEIRO DE LUIZ GONZAGA- LEIAM  A SUA PEQUENA ENTREVISTA E VIAGEM NO TEMPO, NA MÚSICA E NA REALIDADE, VEJAM O QUE DIZ O VELHO JOÃO.



À primeira vista, não dá para perceber. O rosto rústico, a pele marcada pelo sol e por 75 anos de uma vida bem vivida, escondem os olhos azuis cristalinos do compositor João Silva. Mas eles estão lá. Vívidos, curiosos. Gostam de contar o que viram de forma mansa, detalhada. Sem pressa e sem interrupções. Certa vez, em uma entrevista na televisão, tentaram passar pó compacto no rosto dele. “Olhei para a moça e disse: Você sabe de onde eu sou? Eu sou de Arcoverde!”, esbravejou, orgulhoso do seu aspecto sertanejo.

Compositor de mais de duas mil músicas (“entre 2020 e 2050”, detalha), morou por mais de 45 anos no Rio de Janeiro. Fuma de três a cinco cigarros por dia e há poucos anos começou a deixar a bebida de lado. “Eu não sabia beber. Começava com duas cachaças e depois era cerveja, uísque, o que viesse”, recorda, sentado em um bar ao lado do apartamento onde mora há quatro anos.
Entre as mais conhecidas músicas da parceria João Silva e Luiz Gonzaga estão Uma pra tu, um pra mimPobre sanfoneiroNem se despediu de mimDanado de bomVou te matar de cheiro,Pagode russo e muitas outras.
A vinda - ou volta - ao Recife não foi fácil. Há mais de 50 anos, no Rio, João Silva conheceu Tânia Cândida da Silva, então com 13 anos. “Ela era de cor e se tornou líder comunitária de 26 comunidades em Belford Roxo”, recorda, com saudade. Nunca se casou com ela, mas moraram juntos por 46 anos e tiveram cinco filhos, que lhe deram cinco netos e dois bisnetos. Quatro anos atrás, Tânia morreu. Os amigos disseram para ele mudar os móveis da casa - ia ser mais fácil não lembrar tanto dela. Os filhos, preocupados com a tristeza do pai, chamaram um psicólogo. “Ele disse que isso não ia adiantar. Eu escutava qualquer barulho na casa e achava que era ela. Acredito em outra vida depois daqui, mas não que se consiga passar de um mundo para o outro”, diz. Por conselho dos filhos, deixou o Rio de Janeiro. “Ela era muito conhecida. As pessoas me viam e diziam ‘coitadinho do João’. E era verdade”.
No caminho para o Recife, passou em Aracaju. Ficou sabendo de uma banda havia gravado 10 músicas suas sem autorização e sem pagar direitos autorais. Quando foi falar com a responsável, apaixonou-se. Veio com ela para o Recife, onde mora atualmente. Na quarta-feira passada, João Silva sentou em uma mesa de bar com o Diario. Sem beber e nem comer, falou sobre a carreira e o futuro do forró:

Parceria com GonzagãoNa maioria das vezes, eu fazia a música e a letra. Às vezes, ele só começava a música e eu terminava. Ele não tinha tempo. Só teve quando adoeceu. O que acontecia é que eu entregava tudo para ele e ele arrumava alguma coisa da letra. Ele chegava e dizia “eu quero fazer uma música disso e dissso”. Ele uma vez disse “a Bahia gosta muito de mim, vamos fazer uma música e cantarolou: “Maria Baiana pra onde você vai, Maria Baiana pra onde você vai…”, perguntei: e o resto? “agora é contigo, nojento” (risos). E assim foi.

Forró eletrônicoIsso que chamam de forró eletrônico nasceu aqui porque no interior não tem cinema, não tem teatro, mal tem televisão. Colocaram esse nome de “forró” porque vende. Mas não tem absolutamente nada a ver com forró. É algo que existe no mundo desde o can can da França. É para ver mulher dançando. Elas mostram a calcinha e as pessoas aplaudem. A coisa da fantasia. Cresceu por que houve investimento, os empresários colocaram dinheiro nisso. Mas não é forró de jeito nenhum.

MáfiaGravei um disco do Trio Nordestino e gastei 11 mil, no dinheiro da época. Vendeu 280 mil cópias. Gonzaga gravou um no mesmo ano, custou 300 mil e vendeu 1,5 mil. O que estava errado? Os diretores da gravadora colocavam 50 zabumbas, 50 sanfonas. Mas só usavam uma e embolsavam o dinheiro do resto. Era uma máfia e Gonzaga nem desconfiava. Antes de me conhecer, ele era uma firma mal-administrada. Os empresários ganhavam fortunas com os shows e davam muito pouco dinheiro para ele.

JabáA gravadora queria dar um disco de ouro para Gonzaga e me chamou para produzir. O que fiz de diferente dos outros? Mídia. A gravadora tinha um roteiro de divulgação em cada estado. Você ia para Maceió, São Paulo, Salvador, com os nomes das rádios, para se apresentar lá. Mas não dava dinheiro. O vinil de Danado de bom já saía da gravadora com o cheque dentro do encarte para pagar as rádios, as emissoras de TV grandes. Porque as pequenas seguiam os que as grandes tocavam. Em um mês e meio, conseguimos vender cem mil cópias.

Futuro do forróEu acho que fica só nisso mesmo. Se os grandes empresários resolverem fazer um investimento nas bandas pé-de-serra, aí fica bem de novo. Senão, é isso mesmo ou até pior. Agora se os empresários que gastam com essas bandas aí investirem no forró, ele vem e fica eterno. Se não, a briga é feia. Tudo é investimento. O artista é a mídia. Eu ví o vídeo de uma cantora gringa (Amy Winehouse) que ela entrou bêbada, jogou o pedestal do microfone no chão. A maior artista do mundo! E continua sendo a maior artista do mundo, porque a mídia segura. Vendo ela cantar atualmente, você não dá um centavo. Tantos cantores novos aqui no Recife - ou em São Paulo, onde o forró vem crescendo muito - menino de 18 anos engolindo o acordeon… Se o meio empresarial investir, o forró fica de um jeito que ninguém derruba ele. Mas do jeito que tá… Eu faço um show, Gennaro faz outro, e vem aquela banda fuleira e faz 50. Demoro seis meses pra receber o cachê. A banda recebe adiantado. E outras vezes é paga e nem vem tocar.

SAIBA MAIS
- Seu maior sucesso sem Gonzaga foi Pra não morrer de tristeza, que teve cerca de 40 gravações. Entre os nomes, Ney Matogrosso e Núbia Lafayette.

- O filme Recordações nordestinas, de Deby Brennand, é sobre a vida e a obra de João Silva. O documentário, que deve ser lançado em 2012, segue o roteiro da música Arcoverde meu, com passagens e entrevistas do Agreste ao Sertão.

- João Silva atualmente trabalha na produção do álbum de Silveirinha, do grupo Cascabulho. Foi para esse disco que cômpos sua mais recente música, na semana passada, o xote Mais gostoso tô.

- Como cantor, João Silva gravou cinco discos, sendo três LPs. “Não gosto de cantar. Não sei nem os nomes dos álbuns, nem das músicas desses discos”, diz.

- Conheceu Luiz Gonzaga um mês antes do golpe militar de 1964, na rádio Mayrink Veiga, onde cantavam forró. "Eu fui para o Rio já fã de Gonzaga. No Sertão, sempre tentava ver um show dele. Ele cantou uma vez em Buíque e eu saí a pé de Arcoverde para vê-lo, mas não cheguei a tempo", lembra.
Por Carolina Santos, do Diario de Pernambuco


ESCUTEM ESTA PÁGINA- O HINO DE JUAZEIRO DO NORTE DO MESTRE JOÃO SILVA .


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  • O TRES HOMENS DO SECULO DA SERRA DO ARARIPE- LUIZ GONZGA-PATATIVADO ASSARÉ E O PADRE CÍCERO




    Foto de Gilsom Oliveira.
    JUAZEIRO DO NORTE- CEARÁ

    Quando cito Juazeiro do Norte, Crato, Assaré  e Exu, estou falando dos três ícones maiores  da Região do Cariri e do Geopark. Estou falando dos três homens do Século, todos três nascidos e gerados das terras do meu querido torrão, das terras da minha amada e inesquecível  Serra do Araripe  onde nasci  .

    Sou contemporâneo e tive uma boa convivência com o Luiz Gonzaga o rei do baião, fui criado perambulando nas vaquejadas  do Exu, do Juazeiro do Norte  , nas exposições do Crato e lá eram grandes os encontros com o Rei do Baião, mestre sisudo e compenetrado, camisas coloridas, calças de linho ingles, alpercatas e muitas vezes sem o tradicional chapéu. Era com muito orgulho que as vezes sentava do seu lado olhando as derrubadas de gado, era de pouca conversa.

     Com o Patativa do Assaré o rei da poesia  Nordestina, nascido na cidade do Assaré, os encontros eram maiores , pois  o menestrel  preenchia todos os espaços entre Juazeiro-Crato e Assaré, era o preferido do grande Eloy Teles de Morais, o mais influente e brilhante  radialista Raiz da Região, âncora da Rádio Araripe do Crato,  de quebra amigos, de quebra, acreditem: nasci e me criei na cidade  fundada pelo Padre Cícero Romão Batista,  Juazeiro do Norte lá no sul do Ceará na abençoada Serra do Araripe, obrigatoriamente visitada por todos os candidatos à Presidência da República em busca da proteção do Santo e  Padroeiro dos Romeiros do meu Padim  espraiados por todo o Brasil.     Sedimentei a minha adolescência numa  praça onde se encontra a sua lápide, numa praça onde 100 mil fies participam  mensalmente da Missa em homenagem ao Sacerdote que fundou  cidade e todos os anos é visitada por 2 milhões de pessoas, foi neste universo que se convivia com os três,  e mais, de vez em quando com o grande Frei Damião de Bozano que também peregrinava pelos sertões do Nordeste, acredito que a minha cabeça é chata porque o Frei colocava a sua mão na minha cabeça e dizia, vai com Deus menino. O Frei  Damião peregrinava  fazendo o mesmo percusso, o mesmo trajeto do  milagroso  cearense, o nordestino , o Sobralense Padre Ibiapina no século passado . Conheçam estes ícones um a um, um por um, de um em um.

    Três homens do século: Cícero, Luiz e o Patativa; e três em fase de beatificação, os três padres que pisaram na mesma Chapada do Araripe: Cicero, Damião e Ibiapina , esta Serra e este Cariri são abençoados por DEUS, só pode ser.

    Vejam o Universo e o ecossistema, vejam o micro mundo regional, nele o jovem   convivia com os índios, com os campesinos, com os letrados, os analfabetos,  os cultos,  os eruditos,  os poetas, os repentistas, os  musicistas, os  mendigos, os  artesãos, os brilhantes cegos, os rezadores e uma série tipos regionais , convivia com a fauna e com a flora da caatinga, com o nelore, com o indubrasil e com o pé duro, com o quarto de milha, com o puro sangue e com o pangaré , sem esquecer do jegue e do muar . Foi e continua sendo a maior escola plural do Brasil  .

     Então amigos, esses três  eu os conheço muito bem, conheço de perto, conheço de berço, de berço não , de Rede , pois no Ceará , na Serra do Araripe,  a criança  é criada é numa Rede mesmo, e não num berço , herança da  grande ascendência do  indígena e do capiau, plantador e comedor de andú, o famoso feijão de pau como dizia o Padre Cícero aos seus afilhados.

    Do mortal e sempre Cearense 
    Iderval Reginaldo Tenório
    Espero a sua opinião
     

    A TRISTE PARTIDA - PATATIVA DO ASSARÉ - YouTube

    www.youtube.com/watch?v=r-8rsqTJi-0
    25 de jun de 2009 - Vídeo enviado por senhorincrivel
    Um retrato da alma nordestina. Música de Luiz Gonzaga e Poema de Patativa do Assaré.
  • TRISTE PARTIDA - Patativa do Assaré-Luiz Gonzaga

    www.youtube.com/watch?v=kNurNd1TYIU
    5 de ago de 2013 - Vídeo enviado por luciano hortencio
    Patativa do Assaré - TRISTE PARTIDA - Patativa do Assaré-Luiz Gonzaga. Álbum: Patativa do Assaré ...
  • Luiz Gonzaga - A Triste Partida - Clássico - Composição ...

    www.youtube.com/watch?v=8n2bIOESPRQ
    25 de abr de 2013 - Vídeo enviado por rochajose Duca Rocha
    Luiz Gonzaga - A Triste Partida - Clássico - Composição - Patativa do ..... Patativa do Assaré era um ...
  • Luiz Gonzaga - Triste Partida-Composição Patativa do Assaré

    www.youtube.com/watch?v=1ZK6Wr2Wp2g
    26 de abr de 2013 - Vídeo enviado por rochajose Duca Rocha
    Luiz Gonzaga, composição de Patativa do Assaré, A Triste Partida.

  • O ULTIMO PAU DE ARARA



                                                       






    Cantada por Luiz Gonzaga, Fagner, Maria Bethanea e centenas de outros artistas , a página,  o ÚLTIMO PAU DE ARARA, representa o abandono de um povo esquecido por centenas de anos, um povo levado na chacota e com descaso, em contrapartida, fala também    da força e da pujança do homem do Nordeste  e  do homem meu  CARIRI, do meu sertão  lá no Sul do Ceará. 
    Juazeiro do Norte , Crato e Barbalha triângulo Cearense por onde a cultura brasileira ferve cotidianamente, é um grande Caldeirão de Cultura.
                  Iderval Reginaldo Tenório

    Último Pau de Arara


    Último Pau de Arara
    Composição: Venâncio/Corumbá/J.Guimarães
    A vida aqui só é ruim
    Quando não chove no chão
    Mas se chover dá de tudo
    Fartura tem de montão
    Tomara que chova logo
    Tomara, meu Deus, tomara
    Só deixo o meu Cariri
    No último pau-de-arara
    Só deixo o meu Cariri
    No último pau-de-arara
    Enquanto a minha vaquinha
    Tiver o couro e o osso
    E puder com o chocoalho
    Pendurado no pescoço
    Vou ficando por aqui
    Que Deus do céu me ajude
    Quem sai da terra natal
    Em outro canto não pára
    Só deixo o meu Cariri
    No último pau-de-arara
    Só deixo o meu Cariri
    No último pau-de-arara


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    Fagner e Zeca Baleiro - Babylon/Último Pau de Arara

    de AleCaxito3 anos atrás 84836 views
    Belíssimo projeto...




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