segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O MENSALÃO- O Mensalão e o Povo .Nós estes simples mortais.


Foto: Furacão Sandy x Furacão Seca

Enquanto a mídia só fala no furacão "Sandy", por aqui outro furacão também começado com "S" vem devastando o povo pobre do Nordeste, o nome desse furacão é "SECA" e vem a anos matando plantas, animais e pessoas, castigando o povo Nordestino com fome e sede, aqui mesmo em nosso pais, em nosso Brasil, em nosso Nordeste, mas para a mídia, tudo isso é muito menos importante (atrativo) que um Furacão Americano!

Ei, Brasil! O Nordeste pede socorro! Salve o Nordeste!

www.nacaonordestina.org
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O Mensalão e o Povo .Nós estes  simples mortais.

Quando a corte máxima brasileira abriu as suas portas para julgar o maior processo do país, processo chamado de  MENSALÃO, foi de uma demonstração  democrática já mais vista numa nação tupiniquim. Ousadia  maior   quando conseguiu mostrar diariamente nas telas da TV os pronunciamentos dos  senhores Ministros.

O país entrou em polvorosa e se imaginaria  que só a elite jurídica e alguns intelectuais mostrassem interesse em acompanhar o demorado debate, puro e enganoso pensamento, o Julgamento do Mensalão entrou nas entranhas de uma grande parte da população brasileira, o povo mostrou interesse e anseia de imediato a prisão dos culpados, episódio que talvez jamais aconteça , uma vez que demanda tempo,provas,recursos e mais recursos. Uma verdadeira via-crúcis, conduta esta só após tramitado , julgado,recorrido ,revisado e sentenciado a pena, isto leva tempo e muitas discussões.

Para este mortal o fato de se chegar  ao acontecido ,a maestria de nomear todos os envolvidos, alguns considerados blindados e intocáveis ,verdadeiros semideuses,depois sentenciados ,julgados,considerados culpados ,discutidos, apresentados ,escancarados e levados ao conhecimentos   dos  mais simples cidadãos deste país em todos os recantos da nação, já se considera uma vitória da democracia e do exercício da cidadania , fazendo brotar a alegria de ser Brasileiro pelas as atitudes da maioria dos Ministros julgadores. Nem tudo está perdido ,será este  o refrão ,refrão que será semeado na mente de cada cidadão brasileiro,eu disse cidadão.

Outro fator que chama a atenção do cidadão é a posição de cada Ministro, muitos de nós indaga a si mesmo, muitos de nós fica a imaginar como votaria um Ministro indicado pelo Presidente da República, provavelmente deverá votar na vontade de quem lhe indicou num compadrio subserviente e sem limite, esta interpretação vem eivada de equívocos, pois uma vez sendo o Ministro do STF indicado por determinado Presidente  e depois de  ser aprovado pelo Senado da República após uma sabatina, entra no Tribunal com a chancela do povo e é ao povo que deve plena e irrestrita satisfação.

 Não deve este  Ministro querer agradar a nenhum cidadão deste país, além do cargo ser pétreo e estável,só sai com a compulsória , jamais poderá ser punido em relação aos seus fartos salários e mais ,  só foi indicado por ser conhecedor profundo das leis do país, por ter conduta ilibada em todos os setores da vida e por  ser motivo de orgulho para um povo simples e sedento por justiça.

 Qualquer cidadão que ocupe uma cadeira neste Tribunal , tem por obrigação que ter os olhos virados para a justiça e para a isenção,tem que julgar  sem compadrio ou preso a qualquer favor. Agir de outra maneira é desvirtuar o mister do Supremo,agir de outra maneira é mudar o viés do Tribunal, é trair os anseios, as vontades e o querer do seu  povo.

O Julgamento do Mensalão já é motivo de orgulho para o povo brasileiro, o que vier depois já faz parte da segunda etapa, do segundo tempo e continua na mira do povo. Termino afirmando que, povo bem informado é povo participativo .

Depois de julgado , o povo será mais  exigente , ninguém saberá qual o destino a seguir e como será o desenlace.   Eu não acredito que ficará o dito pelo não dito.

Deus e a Justiça ilibada com certeza proverão  a melhor solução.
A depender da vontade do povo , das sentenças dos  Ministros e das novidades tudo pode acontecer,até mesmo a pena máxima para alguns dos envolvidos.
Paciência faz parte desta receita e resiliência a  maior propriedade de um povo consciente.    

Iderval Reginaldo Tenório
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O Rappa "Vapor barato" (Musikaos)

A banda carioca O Rappa ao vivo no programa Musikaos apresenta sua versão para o clássico de Jards Macalé & Wally Salomão "Vapor barato", em 2001.
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Gal Costa - Vapor barato

clip feito como trabalho de faculdade ... Layla Macedo ... gal costa clip ...
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O Rappa - Homem Amarelo

homem amarelo
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O Rappa - Suplica Cearense

cd 7 Vezes
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domingo, 21 de outubro de 2012

ANTONIO CARLOS MORAES MOREIRA


Dando continuidade ao mundo cultural deste Brasil de meu Deus, posto a vida e parte do que fez o poeta.,arranjador,compositor,cantor,músico e eclético Moraes Moreira.  Sem sobra de dúvidas um dos maiores nomes da Musica da Bahia e que  projetou os novos baianos no cenário  mundial. Moraes Moreira sempre atual, sempre  antenado com a cinesia musical, culto e sabedor antecipado dos anseios de um público exigente. Foi assim em Pombo Correio,Sintonia ,Preta Preta Pretinha ,Lá Vem o Brasil e mais  centenas de sucessos, sucessos seus ou na sua voz em  parceria com Carlinho,Caetano ,Pepeu,Capinan,Gil,Baby,Luiz Galvão,Chico Buarque,Edu Lobo, Fausto Nilo e outros monstros  Brasileiros. Moraes Moreira  é gente nossa, é brasileiro e com muito orgulho.
 Iderval Reginaldo Tenório
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Moraes Moreira

Moraes Moreira



Antônio Carlos Moreira Pires nasceu em Ituaçú BA em 08 de Julho de 1947. Criado no sertão da Bahia, desde cedo tocava sanfona, que mais tarde substituiu pelo violão e pela guitarra. Em 1966 mudou-se para Salvador BA e entrou em contato com o rock and roll, e também com as criações de Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, Edu Lobo. Arranjou emprego num banco, e em noitadas de violão na própria pensão onde morava, conheceu Paulinho Boca de Cantor e Luís Galvão, com os quais criaria o grupo Os Novos Baianos, que estreou em 1968.
Em 1975 deixou o grupo para seguir carreira individual. A partir dessa época, foi um dos responsáveis pela afirmação e pelo crescimento do Carnaval de rua em Salvador. Em 1976 fez grande sucesso no Carnaval baiano, como cantor do Trio Elétrico de Dodô e Osmar. Lançou em 1978 Pombo correio, que se tornou grande êxito carnavalesco nacional. A partir de 1983, passou a desenvolver o Projeto Brasil, uma série de shows pelas capitais do pais, com repertório carnavalesco, frevos e marchas como Grito de guerra e Festa do interior. Nessa época, decepcionado com a organização do Carnaval de Salvador (excesso de turistas, perda de autenticidade em favor do espetáculo etc.), começou a orientar seu trabalho de compositor e intérprete para um caminho mais acústico e com mais integração entre o erudito e o popular. Dessa nova vertente saíram dois discos: O Brasil tem concerto e Morais Moreira acústico. Em 1991 lançou o disco Cidadão, com destaque para Leda, parceria com Paulo Leminski. Lançou em 1993 o disco Terreiro do mundo, destacando-se Agradeça ao Pelo (com Neguinho do Samba).
Comemorou 50 anos de idade em 1997, com o CD Estados, que incluiu o sucesso Sinal de vida.Lançou também pela Virgin o CD 50 Carnavais, com sete inéditas e cinco regravações de antigos sucessos. Entre suas principais composições estão: Que papo e esse e Cidadão (com Capinam), Arco- íris (com Sivuca e Glorinha Gadelha), Rádio Cidadão (com Fred Gois), Estado de graça (com Armandinho), Meninas de Minas Gerais (com Tony Costa e Guilherme Maia), Os carapintadas e Festa do interior (com Abel Silva), Forro do ABC (com João Santana),Monumento vivo (com Davi Morais, seu filho, gravada por Daniela Mercury), Acabou chorare, Preta pretinha, É ferro na boneca, De Vera, Colégio de Aplicação e Felicidade no ar (estas seis com Luís Galvão). Entre outros, seus principais interpretes são: Gal Costa, que transformou Festa do interior na musica mais tocada de 1982, Maria Bethânia, Simone, Fagner, Ney Matogrosso, Zizi Possi, Elba Ramalho, Marisa Monte e Daniela Mercury.


Moraes Moreira nasceu em Ituaçu, cidade do sertão baiano. Ainda criança, já era despertado pelo som das bandas de música, pelas madrugadas que antecediam a festa da Padroeira. Eram as alvoradas. Tubas, trompas, trompetes, clarinetes e plautins no toque da caixa, lindos dobrados rompendo o silêncio, entrando em seu sonho. Fogos de artifício explodiam no ar. Logo ele corria para a rua, e atrás da banda andava e admirava todos aqueles instrumentos e seus sons maravilhosos. A Lira e a Jandira, duas bandas que completavam a alegria da cidade. À medida que foi crescendo, cresceu também o interesse pela música. Ganhou da irmã uma sanfona de doze baixos, seu primeiro instrumento, e em pouco tempo de aprendizado, já animava festas de São João, batizados e casamentos. Fidélis, o melhor sanfoneiro da região, foi seu professor. Nessa época, se encontrava preso, cumprindo pena por crime cometido na Gruta da Mangabeira. Moraes ia visitá-lo em sua cela, enquanto ele o ensinava um pouco dos conhecimentos de sanfoneiro. Com 16 anos de idade, concluiu o ginasial em Ituaçu. Para continuar os estudos, foi para Caculé, cidade vizinha onde havia o curso científico. Chegando lá, logo ficou conhecendo dois bons violonistas que lhes ensinaram os primeiros acordes. Mestre Dadula era um deles, do qual ele ouviu duas frases que jamais esqueceu: “Violão não tem fim” e “Afinar é mais difícil que tocar”. O outro era Arnunice, colega de colégio com quem aprendeu muita coisa. Tocavam juntos em festivais, bailes e serenatas. Três anos em Calulé, terminou o curso científico e adquiriu, nesse espaço de tempo, um conhecimento razoável de violão. Partiu para Salvador, onde deveria prestar exame de vestibular para Medicina. Sentiu, nesse momento, que já estava bem mais pra música. Ingressou no Seminário de Música da Universidade Federal da Bahia e mesmo não encontrando vaga para estudar violão, topou fazer o curso de percussão, pois seu objetivo era conhecer pessoas e penetrar no meio musical de Salvador. Foi aí que encontrou Tom Zé, grande compositor baiano, que ensinava violão no Seminário, e com ele estudou cifras e composição. Este foi seu primeiro contato com a música; até então Moraes só tocava de ouvido. De lá para cá, são mais de 30 anos de estrada, entre Novos Baianos e carreira solo. Isso sem falar nas músicas gravadas por grandes artistas da MPB. O violão tem sido seu companheiro inseparável, o parceiro de sempr
Biografia: Enciclopédia da Música Brasileira
Art Editora e PubliFolha



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Pombo Correio & Festa do Interior - Moraes Moreira

Pout-pouorri com as músicas "Pombo Correio" e "Festa do Interior"
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Moraes Moreira, Elba Ramalho

 e Toquinho cantam "Preta Pretinha" - 1981

Ao vivo no Festival de Montreaux.
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Moraes Moreira - "Lá vem o Brasil, descendo a ladeira" (1980)

Moraes Moreira canta "Lá vem o Brasil, descendo a ladeira"
 (Pepeu Gomes - Moraes Moreira) no Fantástico de 1980 (da TV Globo).
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Moraes Moreira - Sintonia (gravação original)

Atendendo a muitos pedidos, resolvi postar essa música aqui 
pra compartilhar com todos.(gravação original)
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A calçola de tia Zizinha



Prosa literária: A calçola de tia Zizinha










                               A calçola de tia Zizinha


Apesar de franzina, tia Zizinha era setentona valente, de semblante calmo, de voz firme, olhar seguro. Impunhava respeito. Nem só seus sobrinhos, mas todos a chamavam de Tia Zizinha. Era ela quem organizava as quermesses, as partidas de futebol, as torcidas organizadas e as festas do milho. Quando jovem, ganhou concursos de Rainha da Paróquia. Embora pequena, sequinha, fora um verdadeiro furacão, ou um vulcão em atividade.
Havia chegado dezembro de 1978, e a cidade se achava em chamas. A população, duplicada, devido à presença dos visitantes para a maior vaquejada da região. Cavalos em todos os recantos e baixios. Bois, espraiados pelos currais. Caminhões e caminhonetes enchiam as ruas de chão batido.  Carros de som martelando ouvidos, canções sertanejas aproximando os apaixonados, rodas gigantes, canoas, tiro ao alvo e muita comida regional. Tudo idealizado, organizado e executado por tia Zizinha.
O relógio marcava 12 horas, e a conversa rodeava a farta mesa do almoço. O papo solto campeava na imensa sala da amada tia. Eu, sempre tirado a conversador, iniciei uma discussão sobre a vida, sobre a grandeza do universo, sobre a importância do ser humano e o quanto de orgulho possui uma certa classe social, apesar da insignificância. Depois da longa prosa filosófica, em tom de deboche, falei para tia Zizinha:
- Tia, a senhora não vê, neste mundão de meu Deus, esses indivíduos que se dizem importantes, bonitos, orgulhosos, cheios de soberbas etc.? Eles e todos nós somos uns bostas, tia Zizinha. Somos uns merdas. Aliás, tia Zizinha, nós e bosta somos a mesma coisa: basta um mosquito, uma bactéria, um vírus, e lá estamos todos nós debaixo do chão. Veja tia, nós não somos nada. Basta um dia sem um banho, e lá está a inhaca.
Tia Zizinha parou, pensou e, de imediato, me falou:
- Nós não, meu filho. Me tire dessa. Vocês, sim. Vocês, que estudaram, se diplomaram, moraram na capital e são doutores, podem se considerar bostas. Podem se achar uns merdas, porque eu ainda sou um pum: um pumsilencioso, um pum sem odor, isto é, um pum fajuto, escondido e que não tem direito a voz. Pra você ver, nem zoada o coitado faz. Eu sou um projeto de bosta, ainda falta muito, e nem sei se um dia serei. Acho que sempre serei um prenúncio.
Após gostosas e efusivas gargalhadas retruquei:
- É, tia, eu não sei por que tanto orgulho, tanto orgulho besta, pois todo mundo do mundo tem por trás uma bunda: umas batidas, outras avantajadas, mas todos têm. Todos, todo mundo do mundo, tia, tem uma bunda.
A tia não contou conversa. Com o dedo em riste, abriu a boca e, em voz alta, advertiu-me: 
- E ainda por cima, meu filho, ainda por cima, furada. 
                                      *****
Agora, voltando à vaquejada. Estávamos num pôr do sol de domingo. Tia Zizinha, no comando da festa, de vestido vermelho-rodado, chicote de couro cru na mão direita, chapéu de massa na esquerda, e de bota. Era uma verdadeira amazonas. Ao redor, via-se a pista limpa, rapazolas pendurados nos mourões da cerca de madeira, moças de minissaias saboreando maçã do amor, velhos e crianças nas arquibancadas de tábuas agrestes. As cancelas e os portões fechados. Tudo pronto para a abertura do evento.
Sob os aplausos da plateia, entra tia Zizinha. Sozinha, descontraída e envaidecida com as salvas de palmas. Era a toda poderosa, a rainha da festa. Ali estava a Tia Zizinha em carne, osso e outros predicados. A plateia gritava em coro e sincronizada: “Tia Zizinha!”. Aquele ato poderia se chamar de dia de glória, de labuta, de dedicação. De coroação.
De repente, não se sabe de onde, surgiu um boi preto, de mais de metro de largura. De ancas largas, pontudo, bem pontudo, com um aro de cobre nas narinas, cinta de couro apertada no seu vazio, olhos avermelhados, bufando que só maria-fumaça. Com os cascos, queria furar o chão. As patadas sobre o solo e o poeirão que subia chamaram à atenção do público. O animal não contou conversas nem gritaria: partiu pra cima de tia Zizinha.
Imediatamente, a tia procurou os portões. Todos lacrados. Ela não titubeou: com seus finos gravetos, quis fazer bonito. Levantou os braços, mostrou o belo chapéu de massa e rodou o chicote de couro cru sobre a cabeça. Quis parecer que tudo fora programado, que aquilo fazia parte do espetáculo. Correu para um lado, pulou para o outro. Gritou como vaqueiro: “Vai boi mandingueiro, boi marruá, boi bufão”. Procurava enganar o valente bizão. Assim, conseguiu chegar até a cerca. Mas chegou tarde: sentiu, na sua traseira, uma cravinetada dupla, ou um impulso veloz, compacto, agudo e muito forte nos atrofiados glúteos. Os chifres lhes acertaram em cheio, decolando como um teco-teco. A manobra lhe arrancou a saia, as anáguas e a combinação. De quebra, trouxe, como troféu, a sua vermelha calçola de brim, fundo duplo de forro grosso e acinturada com cordões de rede.
Com a setentona jogada contra a cerca, e as saias lhes cobrindo as enfurecidas narinas, além da vista vedada pela calçola, o boi ficou acuado. Perdeu o rumo. Rodava como um peão, à procura da presa. O povo gritava, e o boi ficou perdido, desorientado.
Apesar do ataque, o boi perdeu a batalha. Tia Zizinha levantou garbosamente o machucado corpo. Ao sacudir a poeira, não teve outra escolha: desfilou só de califon e com as vestes de cima três dedos abaixo dos seus dois murchos maracujás. Com a traseira batida e dois vergalhões vermelhos indo até as costas, a tia corria elegantemente para escapar do esbaforido boi.
Foi o espetáculo do ano. A plateia foi ao chão: os gritos ensurdecedores contagiaram os presentes. Um delírio. E a tia Zizinha chegou ao estrelato, ao dia de glória e de inglória. Entretanto, daquele dia em diante, nunca mais a tia organizou festas. Passou a detestar vaquejadas e, como vingança, comprou o boi bufão, realizando o maior churrasco aberto de minha terra. E lá não compareceu.
                                           
                                 Iderval Tenório



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Xangai - Galope à Beira Mar Soletrado

Cantorias e Cantadores - Renato Teixeira, Eugênio Leandro, Xangai e Cida Moreira [2000] Das noites do sertão ao amanhecer com a viola, das curvas ...
de alfredopessoa13  1 ano atrás  606 exibições



ESCUTEM -
DANIELLE B ARAUJO
ESTA QUE SERÁ UMA DAS MAIORES ARTISTAS RAIZ DESTE PAIS,QUEM VIVER VERÁ E LOGO.
Estudou Fisioterapia na instituição de ensino UnB
Mora em BrasíliaNasceu em 2 de MarçoFeminino





João do Vale - Na Asa do Vento

João Batista do Vale nasceu em Pedreiras MA em 11 de Outubro de 1934. Desde pequeno