Idosos, velhos e o envelhecimento
O termo idoso é uma das propriedades da imaginação humana para definir, burocraticamente, um período da existência da vida, já o termo
velhice tem muitas variáveis, é mais complexa, não é definida pelo homem e corresponde a um processo natural da vida.
O termo idoso é por decreto, já a velhice é pessoal, existencial e uma premiação da vida biológica. Tem uma ligação fraternal com o psíquico e a mente, está no âmago de cada um dos seres humanos. Enquanto mais longo for o processo do envelhecimento, sem avarias orgânicas e mentais, mais prazeirosa será aceita pela humanidade.
Idoso são todos os seres humanos que oficialmente têm mais de 59 anos e 364 dias, aqueles nos quais os órgãos já viveram este fragmento da vida e pode possuir avarias pertinentes ao uso durante a sua existência, não sendo consideradas verdadeiras doenças, não confundir com velhos. Muitos idosos são considerados jovens no pensamento. O termo velho tem uma ligação muito próxima com o cérebro humano.
Um cérebro atuante é dotado de propriedades que retardam o envelhecimento e se for atrelado ao respeito, à valorização dos conhecimentos, da experiência adquerida e da gratidão, por parte da humanidade, o idoso vivenciará a sua trajetória radiante e feliz com a velhice.
Nas sociedades desenvolvidas, o idoso é considerado um troféu vivo e de grande valor. É no cérebro do idoso que se encontram todas as propriedades do conhecimento, muitas estão gravadas em papiros, pedras, peles, papéis, nas artes e de boca em boca, porém muitas só existem na mente dos mais vividos.
O idoso merece respeito.
Iderval Reginaldo Tenório
60 anos :Representam 13,9% do total populacional do mundo. O mundo vai atingir 8 bilhões de habitantes no dia 15 de novembro de 2022, segundo as últimas projeções da Divisão de População da ONU. Deste montante, pouco mais de 1,1 bilhão são idosos de 60 anos e mais de idade, representando 13,9% do total populacional.
As representações sociais de "pessoa velha" construídas por idosos
Social representations of "old person" built by elderly
Verônica Braga dos Santos Luiz Fernando Rangel Tura Angela Maria Silva Arruda Sobre os autores
De forma a contribuir para a compreensão de como as pessoas pensam, elaboram, articulam saberes, e agem acerca dos aspectos relacionados ao envelhecimento humano, o estudo objetivou apreender os sentidos atribuídos à "pessoa velha" construídos por idosos.
Com base na teoria das representações sociais, na abordagem estrutural, realizou-se um teste de evocação livre de palavras com a expressão "pessoa velha"; além disso, aplicou-se um questionário que fez a caracterização sociodemográfica e incluía perguntas abertas acerca de crenças, atitudes, normas, valores e práticas relacionadas ao envelhecimento e ao idoso.
Participaram 70 pessoas maiores de 60 anos, ex-alunos de uma instituição federal de ensino do Rio de Janeiro, com idade entre 60 e 83 anos (média de 65,4 anos) e maioria do sexo feminino (51,4%). Experiência compôs o sistema central.
O sistema periférico foi constituído por Carinho, Sabedoria, Saúde, Pai-Mãe-Tia, Dificuldade, Abandono, Alegria, Respeito, Excluída, Aposentado, Cansada, Cuidado e Exercícios; o sistema intermediário foi formado por Doença, Idoso, Dedicação, Preconceito, Tristeza, Paciência, Avô, Discriminação, Rabugenta, Solidão, Ultrapassada.
Foi identificada na representação construída uma dimensão psicossocial, referindo-se criticamente ao tratamento que os participantes compreendem que a sociedade direciona ou deveria direcionar a pessoa velha, e a forma passiva ou ativa de atuação da pessoa considerada velha.
Possivelmente, os idosos construíram uma representação com a qual não se identificam ou não querem se identificar em todos os seus sentidos, representam um outro, a pessoa velha.
Pessoa Velha; Idosos; Representações Sociais; Envelhecimento
Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo. Associação Paulista de Saúde Pública.
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