Cremerj cassa registro do ex-secretário estadual de Saúde Sérgio Côrtes
Médico foi acusado de comandar braço do esquema de corrupção de Cabral
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RIO — O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj)
cassou no fim da noite desta terça-feira o registro profissional do
ex-secretário estadual de Saúde do Rio e ex-diretor do Instituto de
Traumatologia do Rio (Into) Sérgio Côrtes.
O médico, que está preso acusado de integrar o sistema de corrupção do
governo de Sérgio Cabral, pode recorrer da decisão junto ao Conselho
Federal de Medicina.
Côrtes foi acusado de comandar o braço do esquema de corrupção do ex-governador na área da Saúde. O médico teria formado uma parceria com o empresário Miguel Iskin na cobrança de propina aos fornecedores de equipamentos e serviços para a rede estadual de Saúde.
Preso desde abril do ano passado, após a Operação Fatura Exposta, desdobramento da Operação Lava-Jato no Rio, Côrtes foi denunciado por ter participado de um esquema que desviou cerca de R$ 300 milhões da Saúde do Rio. Em fevereiro, no entanto, o ex-secretário foi solto por Gilmar Mendes depois de nove meses encarcerado.
O ex-secretário voltou a ser detido no fim de agosto na etapa Operação S.O.S da Lava-Jato do Rio. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), fraudes em contratos da Organização Social (OS) Pró-Saúde foram responsáveis pelo desvio de R$ 74 milhões dos cofres públicos, com anuência da Secretaria de Saúde à época comandada por Côrtes.
As investigações apontam que Iskin tinha influência sobre o orçamento e a liberação de recursos da secretaria de Saúde e nas contratações de fornecedores feitas pela Pró-Saúde. Ele indicava empresas e fornecia a documentação necessária, como cotações de preços e propostas fraudadas, para facilitar a contratação. Em contrapartida, cobrava 10% sobre o valor dos contratos dos fornecedores da Pró-Saúde, que depois eram distribuídos entre os "membros da organização criminosa, como Sérgio Côrtes e Gustavo Estellita", segundo o MPF.
Em entrevista ao GLOBO, Côrtes admitiu ter recebido propina e se disse "envergonhado". Ele diz que sua relação com Cabral "acabou" e explica que não poderia voltar a realizar cirurgias por ter um dos nervos que permitem o movimento de pinça do dedo comprimido.
- Eu não queria ter ido para a cela com o Cabral. Preferia ficar num espaço com outras 43 pessoas em vez de ter ido para a cela com ele. Acabou para mim a relação, entendeu? Eu não queria mais aquilo - ressaltou o ex-secretário.
Côrtes foi acusado de comandar o braço do esquema de corrupção do ex-governador na área da Saúde. O médico teria formado uma parceria com o empresário Miguel Iskin na cobrança de propina aos fornecedores de equipamentos e serviços para a rede estadual de Saúde.
Preso desde abril do ano passado, após a Operação Fatura Exposta, desdobramento da Operação Lava-Jato no Rio, Côrtes foi denunciado por ter participado de um esquema que desviou cerca de R$ 300 milhões da Saúde do Rio. Em fevereiro, no entanto, o ex-secretário foi solto por Gilmar Mendes depois de nove meses encarcerado.
O ex-secretário voltou a ser detido no fim de agosto na etapa Operação S.O.S da Lava-Jato do Rio. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), fraudes em contratos da Organização Social (OS) Pró-Saúde foram responsáveis pelo desvio de R$ 74 milhões dos cofres públicos, com anuência da Secretaria de Saúde à época comandada por Côrtes.
As investigações apontam que Iskin tinha influência sobre o orçamento e a liberação de recursos da secretaria de Saúde e nas contratações de fornecedores feitas pela Pró-Saúde. Ele indicava empresas e fornecia a documentação necessária, como cotações de preços e propostas fraudadas, para facilitar a contratação. Em contrapartida, cobrava 10% sobre o valor dos contratos dos fornecedores da Pró-Saúde, que depois eram distribuídos entre os "membros da organização criminosa, como Sérgio Côrtes e Gustavo Estellita", segundo o MPF.
Em entrevista ao GLOBO, Côrtes admitiu ter recebido propina e se disse "envergonhado". Ele diz que sua relação com Cabral "acabou" e explica que não poderia voltar a realizar cirurgias por ter um dos nervos que permitem o movimento de pinça do dedo comprimido.
- Eu não queria ter ido para a cela com o Cabral. Preferia ficar num espaço com outras 43 pessoas em vez de ter ido para a cela com ele. Acabou para mim a relação, entendeu? Eu não queria mais aquilo - ressaltou o ex-secretário.
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