VEJAM AMIGOS O QUE DIZ O GRANDE NEUROCIENTISTA IVAN IZQUIERDO. PRIMEIRO SAIBA QUEM É O GRANDE CIENTISTA.
Ivan Izquierdo nasceu em Buenos Aires e naturalizou-se brasileiro, fixando residência em Porto Alegre. É medico e Doutor em Medicina, c exerce a função de Professor Titular em Neuroquímica na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Autor e co-autor de cinco livros, tem cerca de 370 textos publicados em revistas científicas. É ó cientista brasileiro mais citado no exterior. Este é seu primeiro livro do ensaios.
Iderval Reginaldo Tenório
o blog é cultural
aguardo a sua opinião
5 perguntas para Iván Izquierdo |
1-Qual a importância do esquecimento
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No livro Psychology, o professor de neurobiologia da Universidade da Califórnia James McGaugh afirma que o aspecto mais notável da memória é o esquecimento. Não guardamos a maior parte dos fatos que vivemos, dos livros que lemos, das imagens que vemos. Mesmo a nossa infância, quando fazemos mais descobertas, pode ser contada em no máximo uma hora. Isso é natural. A formação e a evocação de memórias ocupam muitas células neurais. É preciso liberar espaço, que é saturável.
2-Nosso ''disco rígido'', portanto, é limitado?
É impossível medir o espaço de memória. Temos 100 bilhões de neurônios, mas as conexões neurais são inúmeras. Sabe-se, a partir de testes com animais de laboratórios, que para evocar lembranças é preciso de pelo menos 60% do hipocampo e 40% para armazenar. É preciso ter espaço livre.
3-Com o tempo, é inevitável sentir perdas de memória?
Acredito que isso seja um mito. Existem pessoas com 80 anos e memória fantástica, e jovens com dificuldade de lembrar. O fato de os idosos terem dificuldade de se lembrar de fatos de ontem e poderem dar detalhes de passagens da juventude é uma questão de memória seletiva. É muito mais confortável lembrar-se da época em que se namorava e saía para dançar do que das recomendações médicas mais recentes.
4-Existem exercícios ou remédios para deixar a memória mais afiada?
Em condições normais - sem doenças ou perdas causadas por acidente -, ninguém precisa de remédio para a memória. E o melhor exercício não saiu de laboratórios e tem milênios. É a leitura, uma espécie de natação para o cérebro. Ao mesmo tempo, exercita a memória em suas várias faces: de longo prazo, de trabalho, visual, auditiva, a linguagem e a criatividade. A TV seria como um fast-food, pois apresenta informações prontas, digeridas. Por isso é tão preocupante a falta de acesso à leitura no Brasil.
5-O excesso de informação leva à saturação precoce da memória?
De fato, este excesso pode gerar estresse e ansiedade, que afetam a memória. Mas é engraçada a percepção do que é excesso de informação. Outro dia, li um livro do escritor espanhol Santiago Ramón y Cajál, de 1920, em que ele já se queixava disso.
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QUESTÕES SOBRE MEMÓRIA
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