I
O UNIVERSO
Não se sabe quando e nem como surgiu o fantástico e misterioso Universo, calcula-se de 14 a 15 bilhões de anos. Neste infinito espaço flutuam bilhões de galáxias com os seus quintrilhões de estrelas, cada uma, como o sol, tutela um sistema com os seus planetas e satélites.
Numa das menores galáxias , a Via Láctea , e fazendo parte de um sistema comandado por uma estrela de quinta grandeza, o Sol, surgiu o minúsculo e insignificante planeta chamado terra .
A Via Láctea em forma de disco tem 100 mil anos luz de extensão por 3 mil anos luz de espessura, cada ano luz equivale a 9,5 trilhões de quilômetros.
O Sistema solar é mais um, dos 200 bilhões que existem na Via Láctea, teve a sua origem há cinco bilhões de anos e a previsão é que o sol brilhará por mais cinco bilhões. No final deste período iniciará o seu ciclo de morte, transformando-se numa massa gasosa, que ao se expandir fagocitará todos os seus planetas com os respectivos satélites. Este é o fenômeno natural que ocorrerá com o sistema solar, não se sabe o que acontecerá com os outros bilhões de estrelas da galáxia e os seus sistemas, por analogia provavelmente terão o mesmo destino.
Calcula-se que existem bilhões de estrelas numa galáxia, bilhões de galáxias no Universo e inúmeros Universos compondo o imensurável e hipotético Multiverso.
"O Multiverso é um conceito pseudocientífico e um termo usado para descrever o conjunto hipotético de universos possíveis, incluindo o universo em que vivemos.
Os universos seriam, em uma analogia, semelhantes a bolhas de sabão flutuando num espaço maior capaz de abrigá-las. Alguns seriam até mesmo interconectados entre si por BURACOS NEGROS( buracos negros ou de buracos de minhoca)
Para corroborá a consciêntização da pequenez da terra e do homem, o Universo encontra-se em evolução e em contínua expansão. São mais de 200 bilhões de galáxias iguais ou maiores do que a Via Láctea, formando o universo, mais de 200 bilhões de estrelas em cada galáxia e cada estrela comanda um sistema análogo ao Sistema Solar . Calcula-se que, pela teoria da relatividade geral, o diâmetro do Universo, provavelmente infinito para o homem, equivale a 92 bilhões de anos luz.
II
OS HOMENS
Alheio aos fenômenos naturais, esta matéria procurará expor pontos pertinentes ao planeta terra, a sua origem , a evolução, o surgimento e o fim de muitas civilizações .
Indiferentes à origem dos homens, estes foram evoluindo até se transformarem nos mais importantes dos animais. Viviam inicialmente em pequenos grupos e usavam a força bruta para a sobrevivência. Após milhares de anos começaram a utilizar o cérebro como a principal ferramenta contra os predadores, os grupos semelhantes e para se defenderem dos fenômenos naturais. Como mola propulsora da humanidade descobriram o fogo, o manejo da pedra e do ferro, no fabrico de utensílios domésticos. Viviam do extrativismo animal, vegetal e mineral .
"Extrativismo significa resumidamente todas as atividades de coleta de produtos naturais, sejam estes produtos de origem animal, vegetal ou mineral. É a mais antiga atividade humana, antecedendo a agricultura, a pecuária e a indústria".
Na luta corpo a corpo promoviam o domínio de grupos sobre grupos, exterminavam os vencidos varões e as fêmeas eram agregadas aos vencedores e serviam de matrizes para os dominantes. Com o passar dos séculos e a anexação de novas culturas, evoluíam os mais fortes e os mais adaptáveis ao bioma.
Passo primordial para a evolução e crescimento, foi perceber que o homem poderia trabalhar para o outro em troca da sobrevivência, a partir desta descoberta surgiu a mais importante propriedade da natureza (a valorização da vida). Com este modus operandi passaram a oferecer aos varões derrotados esta possibilidade, porém no sistema de escravidão e assim os homens viveram por muitos séculos. Neste sistema surgiram e desapareceram diversas civilizações, ficando parte das suas culturas como legado para a próxima geração.
Estudos retrospectivos mostram, que durante milhões de anos nenhuma civilização agredia mortalmente o seu ecossistema, os homens viviam em harmonia com o solo, os rios, o mar, os espaços e as florestas. As civilizações sucumbiam, mas os biomas continuavam intactos.
Com os dominantes surgiam novas civilizações e assim foi até o século quinze. Ali os homens saiam da idade média e entravam na era moderna. Nesta fase descobriram o poder da mente, do conhecimento, da tecnologia, o controle das doenças, o surgimento do direito e a judicialização da vida, proporcionando a acelerada multiplicação populacional. Estas conquistas obrigaram a criar urgentemente medidas que provessem os cidadãos de alimentos, roupas, locomoção e demais insumos pertinentes à vida propiciando novos rumos e diretrizes aos habitantes da terra, os homem passaram a seguir regras de convivência .
Os homens saíram do período muscular, da força braçal e passaram a utilizar o intelecto como a principal arma para a sobrevivência. Para o domínio hegemônico entre os povos, começaram a explorar as riquezas da terra em todos os seus flancos, depois iniciaram a conquista de novos povos, de novos territórios por terra e pelo mar em buscar do domínio global.
III
O HOMEM EXPLORADOR
Os homens atuais em busca do poder e de acumularem riquezas, utilizam-se de todos os meios existentes na esfera terrestre à procura do domínio entre as nações.
Na busca dos metais preciosos e combustíveis fósseis, notadamente o petróleo, o responsável por esta era energética, os homens reviram milhões de toneladas de areias betuminosas de aluvião, do subsolo e depois das profundezas dos oceanos, nestas atividades utilizam bilhões de metros cúbicos de água potável devolvida ao meio ambiente contaminada de efluentes.
Na extração, armazenamento, preparo, refino e transporte por oleodutos ou navios, cometem catástrofes deletérias para a humanidade. Proposital ou por acidentes rompem tanques, válvulas e tubulações descartando petróleo no meio ambiente contaminando os mares, os céus, os rios, as florestas e milhões de vidas intoxicadas pelos hidrocarbonetos.
Detonam morros , mares, florestas , serras e campos à procura do ferro, xisto, ouro, prata, zinco, carvão mineral , granito e outros minerais exaurindo as suas riquezas, eliminando e impedindo a continuidade da vida naquele ecossistema.
Na produção de alimentos, milhares de hectares de terras são destruídas, tanto nas queimadas como nas derrubadas. Milhões de toneladas de agrotóxicos são jogados no solo e subsolo, contaminam os mananciais influenciando diretamente na cadeia alimentar, uma vez que exterminam insetos polinizadores, aves, roedores e os que estão nos primeiros degraus da cadeia alimentar, insetos, fungos e bactérias.
Com a ameaça do fim do petróleo, na década de 50, as grandes nações passaram a desenvolver a energia nuclear, classificando-a equivocadamente de energia limpa.
Só nos Estados Unidos foram construídas mais de 50 grandes usinas, na Europa, Ásia e Oriente centenas. Com o domínio desta tecnologia, o enriquecimento do Urânio, nasceu uma grande ameaça à paz, à saúde e ao meio ambiente.
Da retirada do urânio do subsolo até o seu refino, muitos são os riscos de catástrofes contra a natureza, haja vista o que aconteceu com Chernobyl na Rússia, como também as armas nucleares, como a bomba atômica, que destruiu Hiroshima e Nagasaki, o acidente de Fukushima no Japão e o acidente radioativo, com Césio-137, em setembro de 1987 na cidade de Goiânia no Brasil.
IV
IMPACTOS NOCIVOS
A alta tecnologia com aviões, computadores, satélites, foguetes, canhões, tanques de guerra, navios, submarinos, máquinas pesadas, carros, trens bala e fábricas enchem os espaços com bilhões de objetos micros e macroscópicos líquidos, gasosos ou sólidos, todos a flutuarem na atmosfera .
Calcula-se que por ano, os homens jogam no espaço mais de 40 bilhões de toneladas de gases diversos e outros objetos, que incrementados com a morte dos animais e vegetais, com a decomposição dos minerais e as agressões humanas tornam o meio ambiente incompatível com a vida.
Catástrofes não desprezíveis são os raios gerados pelas emissoras de rádios, TVs, radioamadores, controles remotos, internet, telefones e milhões de outros tipos que cortam os céus em todos as direções, cruzam os corpos vivos modificando programações no DNA, trazendo consequências inimagináveis.
V
AS AGRURAS DA TERRA
Há muito que se fala que: "Na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma" Antoine-Laurent de Lavoisier (Paris, 26 de agosto de 1743 — Paris, 8 de maio de 1794) . A terra necessita apenas de tempo.
Acredita-se que, com o tempo a terra se recuperará e tudo voltará a ser igual, tanto os recursos animais, vegetais e minerais.
O tema em pauta é para enfatizar a veloz e agressiva saga humana na exploração da terra. Veja o Projeto Genona dos Humanos , o Projeto Transgênico em todas as espécies, animais e vegetais, que modifica a qualidade, aumenta a produção de alimentos, origina novas espécies e diversifica as matérias- primas, tudo para suprir as necessidades desta civilização.
O petróleo é limitado e nos próximos 50 anos, de acordo com as reservas atuais, irá à exaustão em muitos continentes, dentre eles o Americano, podendo ainda existir nos polos glaciais gelados, nas camadas profundas dos oceanos, nos grandes desertos e nas grandes florestas, tornando-se inexplorável sob risco de aceleração do fim desta civilização devido os estragos na sua exploração.
O ferro, o zinco, o carvão mineral, o ouro e a prata serão metais de luxo nos próximos cem anos. A exploração no subsolo será cada dia mais difícil e mais profunda, fruto da devastação atual.
As florestas aos poucos estão sumindo, são devoradas pelo agronegócio, na produção de energia e na construção de cidades, hoje raridade dos países do G8.Os céus cortados por milhões de ondas, gases e objetos ficarão pequenos para a quantidade de estruturas que neles transitam.
Por necessidade os homens terão que produzir objetos maiores para o transporte e haverá congestionamentos nos céus , terra e mar complicando a vida no planeta.
O solo para produção de alimentos a cada dia mingua e no futuro será insuficiente para manter de 10 a 12 bilhões de vidas humanas e mais outros tantos bilhões de vidas animais, calcula-se que existe mais de 200 bilhões de outras bocas para alimentar, tudo tem que sair da terra, sendo transformados em dejetos e gases poluentes.
VI
CONSEQUÊNCIAS
Nestes próximos 100 anos, os túneis, os canais , os grandes vazios promovidos pelos homens no subsolo enfraquecerão a crosta terrestre, destruirão os canais aquíferos, contaminarão os 3% de água potável e este líquido que é vida ficará escasso, motivo mais do que suficiente para grandes batalhas pela sobrevivência intercontinental .
A terra, além dos fenômenos naturais, como os períodos interglaciais e as Eras do Gelo, sofrerá desequilíbrio na temperatura liquefazendo as grandes geleiras polares, onde encontram-se mais de 90% da água da terra. As placas tectônicas sofrerão maiores abalos sísmicos promovendo ventanias, enchentes, gigantescas marés e o surgimento de ilhas, morros e montes. Milhões de animais, incluindo os homens, sucumbirão em fenômenos naturais que reduzirão os ambientes propícios à vida, diminuindo as chances de sobrevivência.
Ocupando o habitat dos outros animais como as florestas, os mares e os céus, os homens promoverão o desaparecimento de vidas macro e microscópicas, começarão a contrair micro vidas nocivas apenas aos invasores, como o Ebola, a Malária, a Esquistossomose, o Trypanosoma Cruzy, milhares de vírus, fungos e bactérias pertinentes às regiões ocupadas.
Com o intuito de preservar as suas fronteiras, as nações começarão a proteger os seus homens como se fossem os donos da terra. Muralhas de concretos, elétricas, magnéticas, eletrônicas e judiciárias serão erguidas entre as nações tais quais as muralhas diplomáticas de hoje.
Utilizarão passaportes, vistos , quarentenas e outras barreiras com a finalidade protetora de mercado, num marco claro de separação: ricos-pobres, feios-bonitos, grandes-pequenos, desenvolvidos e subdesenvolvidos. Criarão um mundo globalizado para os grandes e engessado para os pequenos, numa concentração galopante de riquezas e de tecnologia. Tudo isso baseado no fim da era dos combustíveis fósseis, o petróleo, o propulsor dos países hegemônicos da atualidade. As nações hegemônicas sempre viveram do suor dos pequenos, do artificialismo da vida, da solidão e da frieza humana. Por serem pobres em energia limpa e na produção de alimentos, exploram as riquezas naturais das nações periféricas e consomem internamente as contaminantes energias fóssil e nuclear.
Como as outras civilizações, os homens irão à luta, privatizarão todos os recursos naturais e o saber, controlarão desta maneira as águas, os raios solares, os ventos, as algas, as florestas, os espaços, os minerais e os genes.
Numa batalha desequilibrada dos fortes controladores contra os pequenos controlados, sobreviverão os mais fortes e estes serão os continuadores da vida. Terão que oferecer tempo a terra para auto recuperação, assim será o fim trágico de mais uma civilização e o surgimento de uma nova fase do globo terrestre.
A terra por milhões e milhões de anos saberá mais uma vez recuperar as desejadas, admiradas e necessárias riquezas naturais que os homens consumiram. Vão-se os homens, ficará a terra sempre serena e equilibrada, precisa apenas de tempo. Para quem tem mais cinco bilhões de anos, como a terra, uma civilização corresponde a um abrir e fechar de olhos.
Conflitos virão, guerras acontecerão, tudo pelo domínio da energia e da água. Aquele que por ventura descobrir, catalogar, produzir, dominar, registrar e esconder uma forma de energia renovável, perene, provavelmente privatizará o sistema e indubitavelmente será o precursor de uma nova civilização para a humanidade, porém para o globo, o início do fim da idade contemporânea e a entrada de mais uma IDADE, a ERA DA NATUREZA, a era da recuperação da terra. O homem deve continuar evoluindo, porém sem danificar mortalmente a natureza.
Trilhões de dólares serão destinados, da economia mundial, para recuperar a natureza. Tudo e todos deverão incorporar este pensamento em prol de sua restauração, este será o lema da próxima geração.
Iderval Reginaldo Tenório
O Universo dará as coordenadas, o homem é apenas a peça pensante de uma civilização.
No futuro, acumular riquezas será uma doença, uma moléstia e um desrespeito ao ser humano.
Possuir muitos bens, será como extravasar sangue no encéfalo e no coração. Será edemaciar os pulmões e as pernas, é inudar o abdome com líquidos livres na cavidade e impregnar o corpo com substâncias que deveriam se eliminadas pelo fígado, pulmões, derme e epiderme, intestinos e rins.
Acumular riquezas materiais, será considerado uma grande doença, um mal para a civilização contemporânea.
Salvador 12 de Junho de 1998
Iderval Reginaldo Tenório
