domingo, 18 de julho de 2021

O LIVRO, UM SENHOR PRESENTE PARA OS JOVENS.

                                               

 Livros de fantasia: saiba quais são os mais vendidos · Anatomia de uma  leitora

9 Ways that Reading Fantasy Books Makes You Smarter – Fantasy Book Fanatic 

Como ler um livro em um dia •

O LIVRO E O HOMEM

Desde que me entendo por gente escuto falar  que livro é um produto caro, sendo  inclusive  o  álibi para o grande desinteresse pelo hábito da leitura , nunca aceitei esta pífia conclusão.

Pergunto aos que utilizam esta insustentável explicação, qual é  a média do preço de um livro? , do produto livro,  uma vez que o valor do seu conteúdo é incalculável.  Antes que me respondam, emendo logo outras perguntas  e já com óbvias respostas: 

Pergunto quanto  custa uma pizza para duas pessoas, quanto se paga por uma corrida de táxi de sua casa para o trabalho, para a escola ou para o aeroporto ,  qual o preço de um almoço  num médio restaurante self service , qual o valor de um  ingresso para o show de um artista mediano,   porque  de uma  grande estrela, não precisa nem perguntar.  Qual o valor de um corte de cabelo em qualquer  salão de beleza, sem falar nos outros produtos  deste estabelecimento. 

Deixo sempre o interlocutor  reflexivo com estas perguntas . Explano que , o valor do mais barato dos produtos   equivale ao valor de um livro . Faço ainda a seguinte observação, quando o livro é impresso em papel  menos nobre  e em brochuras mais simples,  fica quase  de graça, custa menos do que uma  refeição simples .

Fico indignado inclusive com alguns letrados e muitos escritores, que  contaminados pelo desânimo , pela falta de apoio , pelo descaso  dos gestores  da cultura,  passam a acreditar que o livro é um produto caro.

Utilizo o seguinte argumento para o convencimento do baixo valor de um compêndio literário escrito, informo que se um livro fosse comprado para fazer fogo, enrolar sabão ou pregos numa feira livre seria um produto caro, pois existe papel mais barato, agora , o livro possuidor de uma identidade, de um responsável, de um pai, de um criador é um elemento que tem vida ,  alma,  personalidade , caráter e ética, então,  quando se adquire uma obra literária, jamais esta obra tem um valor pecuniário, o preço na prateleira  é simbólico , uma vez que, naquela  celulose  existe muitos anos de pesquisas ,  de estudos ,  a participação de diversas cabeças, muitas mãos, noites em claro , quilômetros de andanças e incalculáveis doses   de emoção.

Termino falando que do ponto de vista literário, o livro não é um  mero produto,  é a alma do autor, é a sua vida, é um filho,  é um ser vivo  e que nunca morrerá, viverá em eterna hibernação ,  despertará todas as vezes que for aberto para leitura, nascerá com cada leitor,  fará parte da sua vida  , será incorporado e com ela se confundirá. O livro é uma das mais importantes partes deste ilimitado universo,  não é um simples produto . 

O valor pago por cada volume é  simbólico , comemorativo e o passaporte para o nascimento de mais uma obra,  é o incentivo aos magos e abnegados escritores. 

Ao visitar um grande Centro Comercial vi que o valor de uma xícara de  café, de uma água mineral e de  duas bolas de sorvetes  equivale ao valor simbólico de um livro. 

As palavras , principalmente quando escritas,  são alimentos mor do intelecto humano, são  combustíveis para o cérebro, como  é o pão o   energético do corpo.


À Reflexão: 

O livro meus amigos é como a vida, não tem preço. 

O livro como a água é  o diluidor universal , é um ser indispensável, é o melhor presente que um jovem deveria  receber.

Vá  de ônibus, dispense o táxi e lá adquira um livro .

 

 Boa leitura.

Iderval Reginaldo Tenório

 

Observação- 

O lema:

“Alimentar os músculos nota mil , alimentar o cérebro zero.”

 “Tenha o corpo bem definido e o cérebro sem definição, carcomido” 

 Iderval Reginaldo Tenório

 

Observação -

O que encarece são  as luxuosas  instalações nos luxuosos centros comerciais, o transporte , a qualidade do papel, geralmente o bom é importado,  e  o não costume de comprar livros  pela população.

O não incentivo para as crianças dos 03 aos 12  anos também induz o habito de não gostar de livros, apenas 30% tem acesso a livros em casa.  São estas crianças o lastro para grandes leitores na fase adulta e incentivadores para os jovens. 

O que se vive é o  ensinamentos  recebidos pela população para o consumo de coisas , DE COISAS  SUPÉRFLUAS, precisamente para os jovens. 

Peço,  aprenda a presentear os jovens também com livros.

 Uma camisa, um perfume, um celular e junto anexe um livro. 

Um carrinho, uma boneca, um sapatinho, um eletrônico , junte a este pacote um livro e leia  com  a criança.

 Livros, revistas e jornais   não se guardam, se expõem.  Coloque sobre a mesa, abra a revista num assunto interessante e deixe exposta que o jovem vai se interessar.

                                                     Adendo

   Os livros  já são isentos de impostos desde 1945 e do PIS/ COFINS desde 2004.

 A história de isenções tributárias ao setor no Brasil remonta à década de 1940, quando o escritor e então deputado federal Jorge Amado (1912-2001) conseguiu aprovar uma emenda que garantia imunidade tributária para a impressão de livros, revistas e jornais. Em 1988, ela passou a ser garantida na Constituição e, em 2004, uma lei federal livrou o setor de alíquotas referentes ao Programa de Integração Social (PIS) e à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).

1-Em 1945, Amado foi o deputado federal mais votado do estado de São Paulo e tornou-se membro da Assembleia Nacional Constituinte. Deve-se ao autor de “Gabriela, Cravo e Canela” e “Capitães de Areia” a emenda que instituiu na Constituição de 1946 a imunidade fiscal do papel destinado a impressão de livros, jornais e revistas. O então deputado tinha como objetivo estimular a leitura no país, tornando-a acessível aos mais pobres.

2- a lei 10.865, de 2004, zerou a alíquota da PIS/Cofins, incluindo, dessa forma, a isenção nas contribuições  

   

Iderval Reginaldo Tenório

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CEGO OLIVEIRA-JUAZEIRO DO NORTE-ESTE EU ESCUTEI MUITO

Quando criança,  na minha cidade natal, Juazeiro do Norte,  lá no Sul do  Ceará, ficava impressionado e sempre que podia passava horas a observar os mendigos nas vias e logradouros públicos , muitos pediam ao toque do  violão,  sanfona,  rabeca, pandeiro, reco-reco, chocalho, serrote, cavaquinho e diversos outros instrumentos musicais  representando a ancestralidade da região, os que nada tocavam estendiam piedosamente as mãos e com misericórdia pediam algo para encher a barriga.

Todos eram colocados no mesmo saco, no mesmo balaio, bastava um defeito físico, visual ou mental para serem  tachados de  pedintes.

Depois que a gente cresce e conhece as agruras da vida  ,  passa a entender o quadro sociológico daqueles humanos, muitos eram pacientes psiquiátricos abandonados pelas famílias e  pelos  poderes públicos, outros  ,  vitimas do alcoolismo crônico  e  viviam abaixo da linha da pobreza, agora pasmem,  diversos eram verdadeiros gênios ,  artistas natos, ícones do regionalismo e das tradições milenares dos povos que viviam  na região   ,  por serem deficientes físico , auditivo ou visual   utilizavam-se das artes  oferecidas por Deus para as suas  sobrevivências .

Tocavam flautas, pífanos, pandeiros, lâminas de serrotes, cítaras, sanfonas, rabecas, pé de bode, triângulos, berimbaus, berrantes, pratos, cavaquinhos, violas,   violões, triângulos, pandeiros,  apitos, colheres, garfos,  cabaças, maracás e outros instrumentos , outros por não saber tocar utilizavam os dedos, os lábios, batiam com as mãos no tórax e outras estripulias para ganhar o pão de cada dia   muitas destas artes eram executadas   simultaneamente pelo mesmo cidadão.

 Perdia horas e horas a ouvir as suas apresentações , as suas músicas  e as suas anasaladas vozes, hoje cheguei à conclusão que aquelas horas não foram perdidas , foram sim , horas importantes na formação cultural, regional e folclórica que jamais sairão da mente, foram horas ganhas. Depois  de consciente e adulto agradeço as horas perdidas, horas que na verdade  foram as horas mais achadas da minha vida, gravadas na   mente e importantíssimas para a minha formação humana, social   e cultural   .

 O que mais apreciava eram as histórias cantadas nas sua características vozes, muitas vezes choradas, anasaladas ,  gemidas e arrastadas, muitos foram os clássicos e os benditos gravados na minha mente , hoje repito espontaneamente, fruto das observações destes guerreiros Caririenses.

Obrigado abnegados e injustiçados gênios do meu Cariri, de minha serra do Araripe, da minha  Juazeiro do Norte, do meu abençoado Ceará.

Ao Cego Oliveira, Meu Mano, Bigode do Maneiro Pau, as mulheres das Lapinhas ,  os homens dos Reizados  e a todos os cantadores de rua.  Obrigado pelas aulas não valorizadas e que hoje cora de vergonha as faces daqueles  que  viveram, nada fizeram e não souberam valorizar aqueles professores e perpetuadores das artes. 

João Remexe-bucho, Tetê e Nena Doida, Maria caixa de pó, Teresa Maluca, Principe Ribamar,  Adélia, Doca do oião , Amaral e outros de grande importancia para a formação  de muitos que viveram no cariri.

Viva os nossos gênios tão maltratados , porém admirados por uma leva de inocentes  que fariam de tudo para voltar a conviver com todo aquele universo cultural , se possível fosse   bradaria em voz alta para todo o mundo escutar: Estes ícones são os elos entre a ancestralidade e o futuro, muitos artistas da modernidade devem a eles os seus vastos conhecimentos sobre a humanidade, escutem o Raul Seixas, o Alceu Valença, o Ariano Suassuna, o Luiz Gonzaga, o João Silva, o Luiz Fidelis, o Chico Anysio, o Adonias Filho,  o Jorge Amado e todos os ícones da cultura brasileira, foram os artistas analfabetos das ruas que alimentaram parte dos seus encéfalos.

Obrigado meus professores da vida e salve esta bela  e democrática cultura, viva os ícones que ficaram no esquecimento, mas que brotam de vez em quando das nossas mentes e em todo o cancioneiro raiz desta civilização.

Muito obrigado meus eternos professores.

 Salvador,12 de Março de2012 

 

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