segunda-feira, 17 de junho de 2019

Documentário sobre as origens do blues, da chegada dos escravos negros à america do norte, .

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EU TENHO UM SONHO

Martin Luther King

Eu tenho um sonho que um dia essa nação levantar-se-á e viverá o verdadeiro significado da sua crença: “Consideramos essas verdades como auto-evidentes que todos os homens são criados iguais.”


Eu tenho um sonho que um dia, nas montanhas rubras da Geórgia, os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos descendentes de donos de escravos poderão sentar-se juntos à mesa da fraternidade.


Eu tenho um sonho que um dia mesmo o estado do Mississippi, um estado desértico sufocado pelo calor da injustiça, e sufocado pelo calor da opressão, será transformado num oásis de liberdade e justiça.


Eu tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos um dia viverão em uma nação onde não serão julgados pela cor da pele, mas pelo conteúdo do seu caráter. Eu tenho um sonho hoje.


Eu tenho um sonho que um dia o estado do Alabama, com seus racistas cruéis, cujo governador cospe palavras de “interposição” e “anulação”, um dia bem lá no Alabama meninos negros e meninas negras possam dar-se as mãos com meninos brancos e meninas brancas, como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje.

Eu tenho um sonho que um dia essa nação levantar-se-á e viverá o verdadeiro significado da sua crença: “Consideramos essas verdades como auto-evidentes que todos os homens são criados iguais.”

Eu tenho um sonho que um dia, nas montanhas rubras da Geórgia, os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos descendentes de donos de escravos poderão sentar-se juntos à mesa da fraternidade.

Eu tenho um sonho que um dia mesmo o estado do Mississippi, um estado desértico sufocado pelo calor da injustiça, e sufocado pelo calor da opressão, será transformado num oásis de liberdade e justiça.

Eu tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos um dia viverão em uma nação onde não serão julgados pela cor da pele, mas pelo conteúdo do seu caráter. Eu tenho um sonho hoje.

Eu tenho um sonho que um dia o estado do Alabama, com seus racistas cruéis, cujo governador cospe palavras de “interposição” e “anulação”, um dia bem lá no Alabama meninos negros e meninas negras possam dar-se as mãos com meninos brancos e meninas brancas, como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje.

Eu tenho um sonho que um dia “todos os vales serão elevados, todas as montanhas e encostas serão niveladas; os lugares mais acidentados se tornarão planícies e os lugares tortuosos se tornarão retos e a glória do Senhor será revelada e todos os seres a verão conjuntamente”.

Essa é a nossa esperança. Essa é a fé com a qual eu regresso ao Sul. Com essa fé nós poderemos esculpir na montanha do desespero uma pedra de esperança. Com essa fé poderemos transformar as dissonantes discórdias do nosso país em uma linda sinfonia de fraternidade.


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4 de abr de 2012 - Vídeo enviado por ivanluisgomes
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Confira a tradução na íntegra do discurso feito por Martin Luther King há 50 anos

No dia 28 de agosto de 1963, ele discursou para cerca de 250 mil pessoas sobre seu sonho de ver uma sociedade em que todos seriam iguais sem distinção de cor e raça

Confira a tradução na íntegra do discurso feito por Martin Luther King há 50 anos Reprodução/Ver Descrição
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Foto: Reprodução / Ver Descrição
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“Estou feliz por estar hoje com vocês num evento que entrará para a história como a maior demonstração pela liberdade na história de nosso país.

Há cem anos, um grande americano, sob cuja simbólica sombra nos encontramos, assinou a Proclamação da Emancipação. Esse decreto fundamental foi como um grande raio de luz de esperança para milhões de escravos negros que tinham sido marcados a ferro nas chamas de uma vergonhosa injustiça. Veio como uma aurora feliz para pôr fim à longa noite de cativeiro.

Mas, cem anos mais tarde, devemos encarar a trágica realidade de que o negro ainda não é livre. Cem anos mais tarde, a vida do negro está ainda infelizmente dilacerada pelas algemas da segregação e pelas correntes da discriminação.

Cem anos mais tarde, o negro ainda vive numa ilha isolada de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos mais tarde, o negro ainda definha nas margens da sociedade americana estando exilado em sua própria terra. Por isso, encontramo-nos aqui hoje para dramatizar essa terrível condição.



De certo modo, viemos à capital do nosso país para descontar um cheque. Quando os arquitetos da nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e a Declaração da Independência, eles estavam a assinar uma nota promissória da qual todo americano seria herdeiro. Essa nota foi uma promessa de que todos os homens teriam garantia aos direitos inalienáveis de “vida, liberdade e à procura de felicidade”.

É óbvio que a América de hoje ainda não pagou essa nota promissória no que concerne aos seus cidadãos de cor. Em vez de honrar esse compromisso sagrado, a América entregou ao povo negro um cheque inválido devolvido com a seguinte inscrição: “Saldo insuficiente”.

Porém recusamo-nos a acreditar que o banco da justiça abriu falência. Recusamo-nos a acreditar que não haja dinheiro suficiente nos grandes cofres de oportunidade desse país. Então viemos para descontar esse cheque, um cheque que nos dará à vista as riquezas da liberdade e a segurança da justiça.

Viemos também para este lugar sagrado para lembrar à América da clara urgência do agora. Não é hora de se dar ao luxo de procrastinar ou de tomar o remédio tranquilizante do gradualismo. Agora é tempo de tornar reais as promessas da democracia.

Agora é hora de sair do vale escuro e desolado da segregação para o caminho iluminado da justiça racial. Agora é hora [aplausos] de retirar a nossa nação das areias movediças da injustiça racial para a sólida rocha da fraternidade. Agora é hora de transformar a justiça em realidade para todos os filhos de Deus.

Seria fatal para a nação não levar a sério a urgência desse momento. Esse verão sufocante da insatisfação legítima do negro não passará até que chegue o revigorante outono da liberdade e igualdade. Mil novecentos e sessenta e três não é um fim, mas um começo. E aqueles que creem que o negro só precisava desabafar e que agora ficará sossegado, acordarão sobressaltados se o país voltar ao ritmo normal.


Não haverá nem descanso nem tranquilidade na América até o negro adquirir seus direitos como cidadão. Os turbilhões da revolta continuarão a sacudir os alicerces do nosso país até que o resplandecente dia da justiça desponte.

Há algo, porém, que devo dizer a meu povo, que se encontra no caloroso limiar que conduz ao palácio da justiça: no processo de ganhar o nosso legítimo lugar não devemos ser culpados de atos errados. Não tentemos satisfazer a sede de liberdade bebendo da taça da amargura e do ódio. Devemos sempre conduzir nossa luta no nível elevado da dignidade e disciplina.

Não devemos deixar que o nosso protesto criativo se degenere na violência física. Repetidas vezes, teremos que nos erguer às alturas majestosas para encontrar a força física com a força da alma.

Esta nova militância maravilhosa que engolfou a comunidade negra não nos deve levar a desconfiar de todas as pessoas brancas, pois muitos dos irmãos brancos, como se vê pela presença deles aqui, hoje, estão conscientes de que seus destinos estão ligados ao nosso destino.

E estão conscientes de que sua liberdade está intrinsicamente ligada à nossa liberdade. Não podemos caminhar sozinhos. À medida que caminhamos, devemos assumir o compromisso de marcharmos em frente. Não podemos retroceder.

Há quem pergunte aos defensores dos direitos civis: “Quando é que ficarão satisfeitos?” Não estaremos satisfeitos enquanto o negro for vítima dos indescritíveis horrores da brutalidade policial. Jamais poderemos estar satisfeitos enquanto os nossos corpos, cansados com as fadigas da viagem, não conseguirem ter acesso aos hotéis de beira de estrada e das cidades.

Não poderemos estar satisfeitos enquanto a mobilidade básica do negro for passar de um gueto pequeno para um maior. Não podemos estar satisfeitos enquanto nossas crianças forem destituídas de sua individualidade e privadas de sua dignidade por placas onde se lê “somente para brancos”.

Não poderemos estar satisfeitos enquanto um negro no Mississippi não puder votar e um negro em Nova Iorque achar que não há nada pelo qual valha a pena votar. Não, não, não estamos satisfeitos e só estaremos satisfeitos quando “a justiça correr como a água e a retidão como uma poderosa corrente”.

Eu sei muito bem que alguns de vocês chegaram aqui após muitas dificuldades e tribulações. Alguns de vocês acabaram de sair de pequenas celas de prisão. Alguns de vocês vieram de áreas onde a sua procura de liberdade lhes deixou marcas provocadas pelas tempestades de perseguição e pelos ventos da brutalidade policial.

Vocês são veteranos do sofrimento criativo. Continuem a trabalhar com a fé de que um sofrimento injusto é redentor. Voltem para o Mississippi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina do Sul, voltem para a Geórgia, voltem para Luisiana, voltem para as favelas e guetos das nossas modernas cidades, sabendo que, de alguma forma, essa situação pode e será alterada. Não nos embrenhemos no vale do desespero.

Digo-lhes hoje, meus amigos, que, apesar das dificuldades e frustrações do momento, eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.

Eu tenho um sonho que um dia essa nação levantar-se-á e viverá o verdadeiro significado da sua crença: “Consideramos essas verdades como auto-evidentes que todos os homens são criados iguais.”

Eu tenho um sonho que um dia, nas montanhas rubras da Geórgia, os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos descendentes de donos de escravos poderão sentar-se juntos à mesa da fraternidade.

Eu tenho um sonho que um dia mesmo o estado do Mississippi, um estado desértico sufocado pelo calor da injustiça, e sufocado pelo calor da opressão, será transformado num oásis de liberdade e justiça.

Eu tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos um dia viverão em uma nação onde não serão julgados pela cor da pele, mas pelo conteúdo do seu caráter. Eu tenho um sonho hoje.

Eu tenho um sonho que um dia o estado do Alabama, com seus racistas cruéis, cujo governador cospe palavras de “interposição” e “anulação”, um dia bem lá no Alabama meninos negros e meninas negras possam dar-se as mãos com meninos brancos e meninas brancas, como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje.

Eu tenho um sonho que um dia “todos os vales serão elevados, todas as montanhas e encostas serão niveladas; os lugares mais acidentados se tornarão planícies e os lugares tortuosos se tornarão retos e a glória do Senhor será revelada e todos os seres a verão conjuntamente”.

Essa é a nossa esperança. Essa é a fé com a qual eu regresso ao Sul. Com essa fé nós poderemos esculpir na montanha do desespero uma pedra de esperança. Com essa fé poderemos transformar as dissonantes discórdias do nosso país em uma linda sinfonia de fraternidade.

Com essa fé poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, ser presos juntos, defender a liberdade juntos, sabendo que um dia haveremos de ser livres. Esse será o dia, esse será o dia quando todos os filhos de Deus poderão cantar com um novo significado:

Meu país é teu, doce terra da liberdade, de ti eu canto.

Terra onde morreram meus pais, terra do orgulho dos peregrinos, que de cada lado das montanhas ressoe a liberdade!

E se a América quiser ser uma grande nação, isso tem que se tornar realidade.

E que a liberdade ressoe então do topo das montanhas mais prodigiosas de Nova Hampshire.

Que a liberdade ressoe das poderosas montanhas de Nova Iorque.

Que a liberdade ressoe das elevadas montanhas Allegheny da Pensilvânia.

Que a liberdade ressoe dos cumes cobertos de neve das montanhas Rochosas do Colorado.

Que a liberdade ressoe dos picos curvos da Califórnia.

Mas não só isso; que a liberdade ressoe da montanha Stone da Geórgia.

Que a liberdade ressoe da montanha Lookout do Tennessee.

Que a liberdade ressoe de cada montanha e de cada pequena elevação do Mississippi. Que de cada encosta a liberdade ressoe.

E quando isso acontecer, quando permitirmos que a liberdade ressoe, quando a deixarmos ressoar de cada vila e cada lugar, de cada estado e cada cidade, seremos capazes de fazer chegar mais rápido o dia em que todos os filhos de Deus, negros e brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão dar-se as mãos e cantar as palavras da antiga canção espiritual negra:

Finalmente livres! Finalmente livres!

Graças a Deus Todo Poderoso, somos livres, finalmente."

Confira a tradução na íntegra do discurso feito por Martin Luther King há 50 anos







Confira a tradução na íntegra do discurso feito por Martin Luther King há 50 anos

No dia 28 de agosto de 1963, ele discursou para cerca de 250 mil pessoas sobre seu sonho de ver uma sociedade em que todos seriam iguais sem distinção de cor e raça

Confira a tradução na íntegra do discurso feito por Martin Luther King há 50 anos Reprodução/Ver Descrição
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“Estou feliz por estar hoje com vocês num evento que entrará para a história como a maior demonstração pela liberdade na história de nosso país.

Há cem anos, um grande americano, sob cuja simbólica sombra nos encontramos, assinou a Proclamação da Emancipação. Esse decreto fundamental foi como um grande raio de luz de esperança para milhões de escravos negros que tinham sido marcados a ferro nas chamas de uma vergonhosa injustiça. Veio como uma aurora feliz para pôr fim à longa noite de cativeiro.

Mas, cem anos mais tarde, devemos encarar a trágica realidade de que o negro ainda não é livre. Cem anos mais tarde, a vida do negro está ainda infelizmente dilacerada pelas algemas da segregação e pelas correntes da discriminação.

Cem anos mais tarde, o negro ainda vive numa ilha isolada de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos mais tarde, o negro ainda definha nas margens da sociedade americana estando exilado em sua própria terra. Por isso, encontramo-nos aqui hoje para dramatizar essa terrível condição.



De certo modo, viemos à capital do nosso país para descontar um cheque. Quando os arquitetos da nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e a Declaração da Independência, eles estavam a assinar uma nota promissória da qual todo americano seria herdeiro. Essa nota foi uma promessa de que todos os homens teriam garantia aos direitos inalienáveis de “vida, liberdade e à procura de felicidade”.

É óbvio que a América de hoje ainda não pagou essa nota promissória no que concerne aos seus cidadãos de cor. Em vez de honrar esse compromisso sagrado, a América entregou ao povo negro um cheque inválido devolvido com a seguinte inscrição: “Saldo insuficiente”.

Porém recusamo-nos a acreditar que o banco da justiça abriu falência. Recusamo-nos a acreditar que não haja dinheiro suficiente nos grandes cofres de oportunidade desse país. Então viemos para descontar esse cheque, um cheque que nos dará à vista as riquezas da liberdade e a segurança da justiça.

Viemos também para este lugar sagrado para lembrar à América da clara urgência do agora. Não é hora de se dar ao luxo de procrastinar ou de tomar o remédio tranquilizante do gradualismo. Agora é tempo de tornar reais as promessas da democracia.

Agora é hora de sair do vale escuro e desolado da segregação para o caminho iluminado da justiça racial. Agora é hora [aplausos] de retirar a nossa nação das areias movediças da injustiça racial para a sólida rocha da fraternidade. Agora é hora de transformar a justiça em realidade para todos os filhos de Deus.

Seria fatal para a nação não levar a sério a urgência desse momento. Esse verão sufocante da insatisfação legítima do negro não passará até que chegue o revigorante outono da liberdade e igualdade. Mil novecentos e sessenta e três não é um fim, mas um começo. E aqueles que creem que o negro só precisava desabafar e que agora ficará sossegado, acordarão sobressaltados se o país voltar ao ritmo normal.


Não haverá nem descanso nem tranquilidade na América até o negro adquirir seus direitos como cidadão. Os turbilhões da revolta continuarão a sacudir os alicerces do nosso país até que o resplandecente dia da justiça desponte.

Há algo, porém, que devo dizer a meu povo, que se encontra no caloroso limiar que conduz ao palácio da justiça: no processo de ganhar o nosso legítimo lugar não devemos ser culpados de atos errados. Não tentemos satisfazer a sede de liberdade bebendo da taça da amargura e do ódio. Devemos sempre conduzir nossa luta no nível elevado da dignidade e disciplina.

Não devemos deixar que o nosso protesto criativo se degenere na violência física. Repetidas vezes, teremos que nos erguer às alturas majestosas para encontrar a força física com a força da alma.

Esta nova militância maravilhosa que engolfou a comunidade negra não nos deve levar a desconfiar de todas as pessoas brancas, pois muitos dos irmãos brancos, como se vê pela presença deles aqui, hoje, estão conscientes de que seus destinos estão ligados ao nosso destino.

E estão conscientes de que sua liberdade está intrinsicamente ligada à nossa liberdade. Não podemos caminhar sozinhos. À medida que caminhamos, devemos assumir o compromisso de marcharmos em frente. Não podemos retroceder.

Há quem pergunte aos defensores dos direitos civis: “Quando é que ficarão satisfeitos?” Não estaremos satisfeitos enquanto o negro for vítima dos indescritíveis horrores da brutalidade policial. Jamais poderemos estar satisfeitos enquanto os nossos corpos, cansados com as fadigas da viagem, não conseguirem ter acesso aos hotéis de beira de estrada e das cidades.

Não poderemos estar satisfeitos enquanto a mobilidade básica do negro for passar de um gueto pequeno para um maior. Não podemos estar satisfeitos enquanto nossas crianças forem destituídas de sua individualidade e privadas de sua dignidade por placas onde se lê “somente para brancos”.

Não poderemos estar satisfeitos enquanto um negro no Mississippi não puder votar e um negro em Nova Iorque achar que não há nada pelo qual valha a pena votar. Não, não, não estamos satisfeitos e só estaremos satisfeitos quando “a justiça correr como a água e a retidão como uma poderosa corrente”.

Eu sei muito bem que alguns de vocês chegaram aqui após muitas dificuldades e tribulações. Alguns de vocês acabaram de sair de pequenas celas de prisão. Alguns de vocês vieram de áreas onde a sua procura de liberdade lhes deixou marcas provocadas pelas tempestades de perseguição e pelos ventos da brutalidade policial.

Vocês são veteranos do sofrimento criativo. Continuem a trabalhar com a fé de que um sofrimento injusto é redentor. Voltem para o Mississippi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina do Sul, voltem para a Geórgia, voltem para Luisiana, voltem para as favelas e guetos das nossas modernas cidades, sabendo que, de alguma forma, essa situação pode e será alterada. Não nos embrenhemos no vale do desespero.

Digo-lhes hoje, meus amigos, que, apesar das dificuldades e frustrações do momento, eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.

Eu tenho um sonho que um dia essa nação levantar-se-á e viverá o verdadeiro significado da sua crença: “Consideramos essas verdades como auto-evidentes que todos os homens são criados iguais.”

Eu tenho um sonho que um dia, nas montanhas rubras da Geórgia, os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos descendentes de donos de escravos poderão sentar-se juntos à mesa da fraternidade.

Eu tenho um sonho que um dia mesmo o estado do Mississippi, um estado desértico sufocado pelo calor da injustiça, e sufocado pelo calor da opressão, será transformado num oásis de liberdade e justiça.

Eu tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos um dia viverão em uma nação onde não serão julgados pela cor da pele, mas pelo conteúdo do seu caráter. Eu tenho um sonho hoje.

Eu tenho um sonho que um dia o estado do Alabama, com seus racistas cruéis, cujo governador cospe palavras de “interposição” e “anulação”, um dia bem lá no Alabama meninos negros e meninas negras possam dar-se as mãos com meninos brancos e meninas brancas, como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje.

Eu tenho um sonho que um dia “todos os vales serão elevados, todas as montanhas e encostas serão niveladas; os lugares mais acidentados se tornarão planícies e os lugares tortuosos se tornarão retos e a glória do Senhor será revelada e todos os seres a verão conjuntamente”.

Essa é a nossa esperança. Essa é a fé com a qual eu regresso ao Sul. Com essa fé nós poderemos esculpir na montanha do desespero uma pedra de esperança. Com essa fé poderemos transformar as dissonantes discórdias do nosso país em uma linda sinfonia de fraternidade.

Com essa fé poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, ser presos juntos, defender a liberdade juntos, sabendo que um dia haveremos de ser livres. Esse será o dia, esse será o dia quando todos os filhos de Deus poderão cantar com um novo significado:

Meu país é teu, doce terra da liberdade, de ti eu canto.

Terra onde morreram meus pais, terra do orgulho dos peregrinos, que de cada lado das montanhas ressoe a liberdade!

E se a América quiser ser uma grande nação, isso tem que se tornar realidade.

E que a liberdade ressoe então do topo das montanhas mais prodigiosas de Nova Hampshire.

Que a liberdade ressoe das poderosas montanhas de Nova Iorque.

Que a liberdade ressoe das elevadas montanhas Allegheny da Pensilvânia.

Que a liberdade ressoe dos cumes cobertos de neve das montanhas Rochosas do Colorado.

Que a liberdade ressoe dos picos curvos da Califórnia.

Mas não só isso; que a liberdade ressoe da montanha Stone da Geórgia.

Que a liberdade ressoe da montanha Lookout do Tennessee.

Que a liberdade ressoe de cada montanha e de cada pequena elevação do Mississippi. Que de cada encosta a liberdade ressoe.

E quando isso acontecer, quando permitirmos que a liberdade ressoe, quando a deixarmos ressoar de cada vila e cada lugar, de cada estado e cada cidade, seremos capazes de fazer chegar mais rápido o dia em que todos os filhos de Deus, negros e brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão dar-se as mãos e cantar as palavras da antiga canção espiritual negra:

Finalmente livres! Finalmente livres!

Graças a Deus Todo Poderoso, somos livres, finalmente."

TRÊS GERAÇÕES NA TERRA. DUAS CRIANÇAS E DOIS ADULTOS. CONFLITOS EDUCACIONAIS

TRÊS GERAÇÕES NA TERRA. DUAS CRIANÇAS E DOIS ADULTOS. CONFLITOS EDUCACIONAIS


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TRÊS GERAÇÕES   NA TERRA.
DUAS CRIANÇAS E DOIS ADULTOS.
CONFLITOS EDUCACIONAIS 
A sala estava tão  pequena que o respirar de um influenciava no respirar do outro, pequena não no tamanho, não geometricamente, pequena  porque o ar de cumplicidade invadia o espaço do outro, a interação foi  plena.

___Qual a idade de vocês ? vocês estão bem na escola?

A mais espevitada, porém de olhar angelical, respondeu que vai completar nove anos e a sua prima completou  onze  , falou mostrando os dez dedos das mãos  e que vão muito bem na escola.

O velho foi mais enfático e emendou a segunda pergunta:

___Quando vocês crescerem, qual a profissão que vão escolher?

A pré-adolescente, a de onze anos, foi rápida na resposta e falou que vai ser médica,  afirmou peremptoriamente que não é questão de querer, ela vai ser e assim será, a mais nova, compenetradamente,   complementou a fala.

___Você não pode ser  médica, só pode ser médica ou médico se a criança for filho de medica, irmã  ou neta de médica ou se o pai for médico, pois ainda dentro da barriga da mãe a criança escuta eles estudarem, receitarem, trabalharem e falarem das doenças dos seus pacientes  ,  assim ela vai aprendendo,  já nasce sabendo um pouquinho, depois entra na escola para aprender tudo até ser adulta, a criança desde pequena  já vem como uma médica, entendeu como é? não é qualquer criança que pode ser médica.

O velho amigo ficou boquiaberto com a conclusão da criança, uma vez que esta opinião pueril fundamenta o velho ditado gravado na cabeça do povo durante séculos :  “ filho de gato, gatinho é”  e  “filho de peixe, peixinho é”.

A  menina mais vivida abriu os olhos, olhou para a mais  nova , deu uma risadinha e falou:

___Não é nada disso, não é assim, qualquer pessoa pode ser médica ou médico, basta estudar, os filhos  dos médicos são médicos ou médicas  porque os pais podem pagar uma boa escola  quando a pessoa ainda é criança, que é a base , minha mãe disse     que escola boa para crianças é muito cara e é por isso que muitas vezes os pobres não são bem preparados ,  a vontade de estudar é grande , o que falta é condição , se o pobre tivesse escola boa como os ricos a vida era mais fácil, minha mãe também falou que para o pobre tudo é mais trabalhoso.
O velho amigo não suportou tão gratificante explanação,  com os olhos marejando mirou os olhos da mãe que também estavam a marejar, marejou tanto que teve que assuar o nariz  e a  esboçar um embutido  soluço, quase imperceptível, porém soluçou.

A menina também chorou quando viu o que fez com a jovem mãe e com o velho amigo, virou o rosto para si, enxugou as lágrimas, engoliu o soluço  e falou.

___Filho de pobre tem dificuldades para estudar, as escolas dos bairros não são boas  e não têm professores, a minha mãe disse que o governo não quer  que o pobre estude muito, mas ela disse que não é para prestar atenção no que  ele quer, tem que estudar assim mesmo e por conta própria, pois para o pobre melhorar de vida tem que estudar, mesmo que os governadores não dêem condições.

O velho interlocutor interessado sobre a escolaridade de sua mãe faz algumas suaves e discretas perguntas , a menina não titubeou  e respondeu.

___A minha mãe  estudou pouco, terminou o segundo grau numa Escola Pública do bairro e que ensinava muito pouco, não diferente de hoje,  minha avó era doméstica e não tinha estudo, porém disse  que minha mãe tinha que estudar para não trabalhar em casa de família, inclusive a patroa de minha avó pediu que ela levasse a minha mãe , ainda com 14)catorze) anos, para ser a babá da sua neta, a minha avó disse que não, ela   tinha que ter uma profissão e estava na escola.  

A minha mãe   não  continuou os estudos até o fim  porque era pobre e tinha que trabalhar ainda jovem, no tempo dela a vida era muito difícil, inclusive terminou tendo um filho muito nova, se hoje eu tenho 11(onze) anos e ela tem  29(vinte e nove ) ,  então  teve um filho com  18(dezoito)  , eu preciso é estudar, tenho que cuidar de minha mãe , minha mãe disse que teve que abandonar a escola  quando eu nasci , eu não vou abandonar os meus estudo,  eu vou ser uma médica.

Todos que estavam na sala ficaram em silêncio, a   menina em soluços entrecortados  foi até a mãe e a abraçou com todas as suas forças numa demonstração de respeito e agradecimento, ambas  se desmancharam num silencioso choro, o verdadeiro e incontestável choro, choro que só Deus e  quem está chorando sabe o porquê e a sua profundidade, o velho amigo também chorou e  ainda desconsertado cantarolou  um clássico do Luiz Vieira, Menino de Braçanã

“É tarde, eu já vou indo
Preciso ir embora, 'té amanhã
Mamãe quando eu saí disse
Filhinho não demora em Braçanã
Se eu demoro mamaezinha Tá a me esperar
Pra me castigar Tá doido moço
Num faço isso, não
Vou-me embora, vou sem medo dessa escuridão
Quem anda com Deus
Não tem medo de assombração
e eu ando com Jesus Cristo
No meu coração”

A conversa prolongou-se por mais um tempo, todos queriam tomar o caminho de casa, as meninas alegres e  já recuperadas das cenas vividas, o velho renovado após receber mais uma aula da sabedoria infantil, o ensino foi tão profundo que os seus olhos sempre marejam  ao recordar.

O velho amigo abraçou todos que estavam na  sala, inclusive a si próprio e mais uma vez aprendeu que está nas crianças  a essência da vida, está na inocência deste seres em formação o real significado da vida, entendeu que comete crime aquele gestor que não olha para este segmento populacional em formação , estão neste segmento o solo,  as sementes, as raízes , os troncos e as frondes  das árvores do futuro, olhando com responsabilidade estes detalhes, os pomares do futuro darão bons frutos,    na despedida assim sem pronunciou.
___Meninas  o mundo é de todos, a cúpula da espécie humana, os muito ricos,  insiste em se apresentar como a rainha do universo, durante muitos e muitos anos afirma que  os ricos têm direito a tudo e nós, o povo , teremos que lutar e muito para conseguir os nossos ideais, tudo  é regrado, contado, trabalhado e conquistado, quantas vezes não se escuta que  “ filho de gato , gatinho é e filho de peixe peixinho é? ” numa afirmativa  que diz, se o seu pai for carpinteiro  você também provavelmente será carpinteiro,  se a sua mãe é lavadeira a filha deverá seguir o seu caminho de lavadeira, isto é , os filhos seguem a profissão dos pais , vocês estão vendo que não é assim .

Quando uma mãe é doméstica a sua filha pode ter outra profissão, basta estudar, se esforçar e seguir nos estudos, muitos médicos  vieram da roça, muitos professores possuem pais analfabetos, muitos advogados são filhos de pescadores, vigilantes, zeladores e  vendedores ambulantes, na raça humana quem decide é o cérebro, quem manda  é o raciocínio, basta que o pobre tenha  uma única chance, basta que seja atencioso, interessado, compenetrado, estudioso, corajoso, que tenha uma  família unida   e que tenha coragem, todos os cidadãos têm os mesmos  direitos e podem seguir a profissão dos sonhos, basta estudarem e vencerem muitas   dificuldades na vida , principalmente as impostas pelas classes dominantes e pelos gestores da nação, e que são muitas , temos diversos exemplos a seguir.
O importante é ter a liberdade para pensar, o importante é exercer a cidadania, ter um exemplo para seguir, receber muitos incentivos da família,  vocês são jovens, inclusive a mãe de vocês,  vocês estão no início da vida, no começo da jornada, são importantes para a família, para todos nós e para o Brasil, não se esqueçam da escola, pois filho de pobre pode ter a profissão que almeja, muitas serão as dificuldades,  porém basta estudar e não ceder aos vícios, as coisas fáceis da vida , fator primordial é seguir unido à família , vão em frente. 

O filho de um gato jamais será um leão, isto porque não raciocinam, porém na raça humana o filho de uma lavadeira pode sim ser um Ministro do Supremo Tribunal, pode sim ser um Reitor de uma Universidade,  um grande Engenheiro, um Médico ou umimportnte  Professor, para isto o humano tem o CÉREBRO.          AVANTE.
Iderval Reginaldo Tenório

ESCUTEM EM DIVERSAS VERSÕES -  MENINO DE BRAÇANÃ,DE LUIZ VIEIRA.

Luiz Vieira - Menino de Braçanã - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=KChYMGTKKhw
1 de ago de 2013 - Vídeo enviado por André Batista
É tarde, eu já vou indo. Preciso ir embora, "té amanhã". Mamãe, quando eu saí, disse: "filhinho não demora ..

Zizi Possi – Menino de Braçanã - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=Qi5P4BkReew
26 de ago de 2014 - Vídeo enviado por Moriyama Sakiko
Zizi Possi "Menino de Braçanã" From the album Zizi Possi – "Sobre Todas As Coisas"

Rita Lee - Menino de Braçanã - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=viMMq0a2So4
3 de out de 2012 - Vídeo enviado por Gui Caldeirinha
Não encontrei essa música no youtube, então fiz questão de compartilhar. Salve Rita Lee! É tarde, eu já vou .

Maria Bethânia - Menino de Braçanã - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=E0ZErtmrc-I
11 de jul de 2016 - Vídeo enviado por Vinício Vilela
Extraído do DVD ''Caderno de Poesias''.

Menino de Braçanã - Zé Tobias - Sr. Brasil 01/09/2011 - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=4JIZ8AHl588
2 de set de 2011 - Vídeo enviado por TV Cultura Digital
ZÉ TOBIAS (Recife - PE) canta ?MENINO DE BRAÇANÃ? .Músicos acompanhantes: Alexandre de La Peña ...

Roberto Paiva - O MENINO DE BRAÇANÃ - toada de Luiz Vieira e ...

https://www.youtube.com/watch?v=CU0an8sYIyk
2 de ago de 2014 - Vídeo enviado por luciano hortencio
Roberto Paiva - O MENINO DE BRAÇANÃ - toada de Luiz Vieira e Arnaldo Passos. Gravação de 1953 ...