quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Nobel de medicina é categórico: Jejum é muito melhor do que comer a cada 3 horas







Nobel de medicina é categórico: Jejum é muito melhor do que comer a cada 3 horas

Mais uma vez volta à tona o que  se conversa entre  os grandes especialistas, eles em exaustivos estudos dizem e confirmam que,  enquanto mais se come mais  se morre , o ato de se empanturrar é um ato de se adoecer, é colocar em exaustão  todo o complexo sistema celular,  não dando a chance de se recuperar. Quem come muito não proprorciona repouso ao fígado, ao pâncras e a todo o sistema digestório, levando ao envelhecimento precoce. 
 Eu , mesmo não sendo cientista, passo a seguinte informação aos meus assistidos, coma menos e queime mais , coma menos alimentos que precisam de muitas enzimas para serem digeridos, comparo com um motor que faz muita força para a executar a sua tarefa, termina queimando, vide um liquidificador quem tem que processar produtos cascudos, grossos e e pesados, a sua meia vida cai e muito. Fam a leitura do cientista., abraços. 

inygy, http://www.lnygy.com/article/chickendinner.html
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Parece que o jogo virou. Especialistas do mundo inteiro estão indo na contramão da crença popular de que comer de 3 em 3 horas é a melhor forma de se alimentar.O jejum quando acompanhado por um profissional, está ganhando destaque entre as dietas saudáveis. 
Mark Mattson, chefe do Laboratório de Neurociência do Instituto Nacional de Envelhecimento e professor na Universidade Johns Hopkins, foi além e revelou em uma das palestras do TEDx que, além de não prejudicar nossa saúde, passar longos períodos sem comer pode trazer benefícios gigantescos ao nosso cérebro!
De acordo com o especialista, os benefícios do jejum podem ser comparados aos benefícios que a prática de atividades físicas traz ao corpo humano.As diversas pesquisas realizadas por Mattson e sua equipe apontaram que a restrição alimentar e calórica aumenta a produção de fatores neurotróficos que promovem o crescimento de neurônios, melhorando a conexão entre eles e dando mais força para as sinapses.

Quando você está com fome e não se alimenta, o cérebro meio que entra em um estado de alerta, fica mais ativo e começa a desencadear reações para se adaptar a essa realidade. Basicamente é a mesma coisa que acontece aos animais quando passam longas horas ou até dias em jejum atrás da caça – afinal, somos animais também.
Uma dessas reações de adaptação feitas pelo cérebro humano no período de jejum é o aumento da produção de mitocôndrias nos neurônios. Essa alteração faz com que a habilidade dos neurônios de se conectarem também aumente, o que acaba promovendo uma melhor absorção de informações, favorecendo o aprendizado e a memória, revela Mattson.
Além disso, a prática dessa dieta, segundo este estudo publicado no site científico The American Journal of Clinical Nutrition, está associada à redução de doenças cardiovasculares, câncer e ainda no tratamento de diabetes.
E mais, de acordo com o especialista, estudos feitos pela Universidade do Sul da Califórnia constataram que o jejum, além de proteger nosso sistema imune, ainda é capaz de regenerá-lo.
No período que passamos sem nos alimentar, nosso corpo começa a poupar energia e assim, ele acaba “matando” algumas células imunes velhas que não estão mais trabalhando corretamente. Depois de tirar todas do nosso organismo, quando a gente se alimenta novamente, cria-se novas células imunes.
Ou seja, o jejum acaba fazendo uma “faxina celular” no organismo, jogando as velhas fora e criando, a partir das células tronco, novas células, prontinhas para turbinar o funcionamento do nosso corpo, capazes até de reparar nosso DNA.
BCL Nutrition
De acordo com o neurocientista, todas essas alterações no nosso organismo e cérebro são capazes de prolongar nossa vida e ainda retardar ou evitar o aparecimento de doenças degenerativas, como o Alzheimeir e o Parkinson, por exemplo.
“Desafios para o cérebro, seja por jejum intermitente ou exercício vigoroso… é um desafio cognitivo. Quando isso acontece circuitos neurais são ativados, níveis de fatores neurotróficos aumentam, e isso promove o crescimento de neurônios e a formação e fortalecimento das sinapses. Nós não poderíamos prever que o jejum prolongado poderia ter um efeito tão impressionante na promoção de regeneração baseada em célula tronco” – revelou Mark Mattson.

Antes de tudo, é preciso deixar bem claro que a prática dessa dieta e todos os benefícios que ela pode trazer a nossa saúde só são reais quando tudo é feito com acompanhamento profissional. Parar de comer sem a orientação de um ESTUDIOSO pode levar a uma defasagem de vitaminas e o que era para te fazer bem, pode tomar proporções terríveis para sua saúde.
Existem várias formas de seguir essa restrição alimentar, como o modelo “5 por 2”, que consiste em fazer o jejum por algumas horas durante dois dias da semana e nos outros cinco dias, comer normalmente. E de fato, não é necessário passar 24 horas completamente em jejum.
Conforme explicamos  especialistas sugerem reservar algumas horas do dia, preferencialmente a noite, por exemplo, não se alimentar das 7 da noite até as 7 da manhã.
Pode parecer bastante difícil, mas, conforme o neurocientista explicou em sua palestra, esse é um novo “hábito” que deve ser inserido na sua rotina aos poucos. Com o tempo fica fácil nos adaptarmos ao jejum.

Mas então, por qual motivo essa história de comer de 3 em 3 horas é tão difundida?

O neurocientista tem a resposta na ponta da língua: é bom para os negócios!
De acordo com Mattson, tanto a indústria farmacêutica quanto a alimentícia não pouparam esforços para difundir essa informação. 
Conforme aponta o especialista, se todos soubessem dos reais benefícios de passar algumas horas sem se alimentar, toda a grana que gira em torno da nossa alimentação sofreria grandes alterações. Ou seja, poderosos perderiam dinheiro. Muito dinheiro.
Imagine se as pessoas que sofrem com essas doenças citadas, como as cardiovasculares, diabetes ou doenças degenerativas, tomassem conhecimento de que uma mudança na rotina de alimentação pode tratar todos os males. Certamente elas iriam menos à farmácia, logo a indústria farmacêutica perderia dinheiro. Sem contar que esse esquema “PECUNIÁRIO” (comer de 3 em 3 horas), faz com que o consumo de comidinhas rápidas (barrinhas, lanchinhos e afins) aumente significativamente. Sem esse sistema, a indústria alimentícia perderia uma boa parcela do mercado.
Diversos especialistas questionam a validade das pesquisas científicas financiadas justamente por essas indústrias. Inclusive em sua palestra  Mark Mattson diz que os resultados sobre os benefícios da alimentação de 3 em 3 horas estão nessa lista de estudos duvidosos. O documentário “What The Health“, disponível na Netflix, detalha como esse financiamento funciona – vale assistir!
Além deste estudo, publicado no site científico NBCI, ter revelado que realmente comer a cada três horas não favorece nosso metabolismo e pode até favorecer o aumento do peso, Yoshinori Ohsumi, biologista celular e Nobel de Medicina em 2016, também constatou que o jejum é um arma poderosa à favor da saúde.
inygy
– Yoshinori Ohsumi, Nobel de Medicina em 2016
Neste estudo, feito por Ohsumi, foi comprovado a renovação celular e os benefícios diversos da dieta restritiva, já citados por Mattson em sua palestra ao TEDx.
Chamando essa reação de “Autofagia”, o estudo feito pelo ganhador do Nobel de Medicina criou grande polêmica ao comprovar que ficar um tempo sem comer elimina as células ruins do organismo e posteriormente cria células novas, mais eficazes para o bom funcionamento do nosso corpo, além de ser eficaz no combate dos malefícios do envelhecimento e na cura de doenças degenerativas.
Ou seja, não faltam estudos e especialistas renomados apoiando o jejum como uma poderosa ferramenta para nossa saúde. Se ficou com vontade de começar esse novo “desafio”, é preciso ser responsável. Em hipótese alguma pare de comer sem a supervisão de um nutricionista

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

APELO DE UM AGRICULTOR APELO DE UM AGRICULTOR PATATIVA DO ASSARÉ.


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                                APELO DE UM AGRICULTOR  
                                               PATATIVA DO ASSARÉ.
       
Queridos amigos, queridos brasileiros, queridos conterrâneos, é com prazer que publico do Patativa do Assaré os reclamos do homem do campo, os reclamos de um agricultor solicitando a sua aposentadoria, guarde na memória estas palavras que continuam sempre atuais.  
    
           Viva o meu Ceará, viva o meu ASSARÉ, parabéns para o grande Patativa, o Cearense do século.

          Nascido como Antonio Gonçalves DA SILVA, na cidade do ASSARÉ-Ceará. Agricultor, inteligente, humano e um sociólogo nato, se tivesse estudado provavelmente seria contaminado pelos povos do além mar.

            Nasceu no dia 05 de março de 1909, faleceu no dia 08 de Julho de 2002, uma grande lacuna para a cultura brasileira.

               Do autor-  A TRISTE PARTIDA , o maior sucesso do Luiz Gonzaga, Vaca Estrela e Boi Fubá cantada por Luiz Gonzaga, Fagner e mais uma centena de artistas brasileiros.

                   Quando falo do patativa estou falando de todos os homens do campo deste Brasil, estou falando de José Miguel da Silva e Antonia Reginaldo da Silva os meus pais, eu sei o quanto trabalharam e o quanto sofreram, com o Patativa  faço uma ode  a todos os trabalhadores Rurais deste país.

                                        Iderval Reginaldo Tenório


 APELO DE UM AGRICULTOR
Patativa do Assaré


Seu dotô, não lhe aborreço,
Venho é fazê um pedido
E como sei qui merêço,
Espero sê atendido.
Não quera se aborrecê,
Pois antes de lhe dizê
O meu desejo sagrado,
Vou minha históra contá
E o senhô vai iscutá
Todo meu palavriado.


Vevi sempre a trabaiá
De ferramenta na mão
Tenho no rosto o siná
Do quente só do sertão.
Tratando de agricurtura
Já mostrei grande bravura
Sempre dei uma premêra
Naquele tempo passado,
Fui o herói do machado
Foice, inxada e roçadeira.


Sei qui o dotô inguinora,
E tem bastante razão,
Pois quem na cidade mora,
Não vai pensá no Sertão,
E por isso eu vou assim
Contá tin-tin por tin-tin
Como é que tenho vivido,
Minhas razão eu dizendo
O dotô fica sabendo
Quanto eu lhe tenho servido.


Sou pai de quatôze fio,
Cabras macho de valô,
Pois num tem nenhum vadio,
São todos trabaiadô,
Cada um destes cabôco
Aprendeu a lê um pôco,
Mais porém mode votá,
Nunca nenhum levô pau,
Já são quatôze degrau
Pra seu dotô se atrepá.


Quando o dia amanhecia,
Que meu café eu tomava,
Pra meu roçado  ia
E os fio me acompanhava;
Pra roça eu levava tudo
Era os miúdo e os graúdo,
Era os menino e os rapaz,
Eu satisfeito e contente
Ia seguindo na frente
E aquela infiêra atráz.

O mais véio dava um grito:
__Anima rapaziada!
Era um truvejo bonito
No manejá das inxada;
Com licença da palavra,
Eu tinha da minha lavra
Munta gente em serviço
Trabaiando no roçado
Mode abastecê os mercado
Com os geno alimenticio

Defendendo a vida alêia,
Vivi sempre a trabaiá
E nunca fiz cara feia
Promode imposto pagá,
Pois todos aquele que tem
Budega, loja , armazém
E ôtras vendas de valô
O seu lucro nunca estraga,
Pruquê o imposto quem paga
É sempre o consumidô.

Fui um  correto sujeito 
E nunca baruio fiz.
Bradando contra os dereito
Criado em nosso país,
Eu nunca me revortava 
Quando pra fêra eu levava
Mio, farinha e feijão
Mode vendê no mercado
Qui chegava um impregado
Trazendo um papé na mão.

O agricurtô é desposto
Ele vende , paga imposto,
Se compra, paga também.
Nesta coisa maginando
Vejo qui venho pagando
Imposto derne menino,
Quando comprava bom-bom
Qui chupava e achava bom
Quando eu era pequeninino.

Mesmo assim , falando errado,
Já contei a seu dotô,
Quem eu já fui no passado,
Honesto e trabaiadô.
A linguage tá errada
Mas a verdade é sagrada.
E agora preste tensão,
Tenha a bondade de uvi
O qui eu venho lhe pedi
Com dereito e com razão:

Não lhe minto e nem lhe nego
Já tenho sessenta ano,
Sofro munto, não sossego,
Já vivo mole, sem prano;
E por isto, nesta idade,
Eu venho aqui lhe rogá
Pra eu sê apusentado
Com dereito carimbado,
Por meio do FUNRURÁ.

Sessenta ano, pra mim,
É uma carga pesada,
Tô achando munto ruim,
O peso da minha inxada;
Os fio todos casado
Eu, doente, fracassado,
E além de vivê doente,
Sou da percisão cativo
Sei lá se eu ainda vivo
Mais cinco ano pra frente?

Sei que o dotô considera
O meu dito verdadêro.
Que diabo é que a gente espera
Já com sessenta janêro?
Esta idade é um castigo
E é por isto que lhe digo:
Minha aposentadoria
Já é tempo de fazê,
Eu passos mais vivê
Dando murro todo dia.

Eu, novo, resovi tudo
Qui fiquei de péia grossa,
Fui cabra bamba, peitudo
Iguá um boi de carroça;
Passei minha vida intêra
Naquela grande cansêra
Da paioça pro roçado.
Se o nosso Brasi falasse
O lucro que eu tenho dado.

Já tô de cabelo branco,
A cara toda incuída,
Eu lhe digo e falo franco
Nesta viage da vida
Já tô no fim do caminho;
Seu dotô ,  vá de pouquinho
Mandando de lá pra cá,
Pra este meu cativêro,
Uma parte do dinhêro
Que mandei daqui pra lá.

Patativa do Assaré.
CANTE LÁ QUE EU CANTO CÁ.
Editora Vozes, pagina 167.
Obra completa 


A TRISTE PARTIDA - PATATIVA DO ASSARÉ - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=r-8rsqTJi-0
25 de jun de 2009 - Vídeo enviado por senhorincrivel
Um retrato da alma nordestina. Música de Luiz Gonzaga e Poema de Patativa do Assaré.
21 de mar de 2010 - Vídeo enviado por MrLimeirense
Antológica entrevista do poeta Patativa do Assaré no programa Jô Soares 11:30 (SBT/1993), em versos ...

TRISTE PARTIDA - Patativa do Assaré-Luiz Gonzaga - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=kNurNd1TYIU
5 de ago de 2013 - Vídeo enviado por luciano hortencio
Patativa do Assaré - TRISTE PARTIDA - Patativa do Assaré-Luiz Gonzaga. Álbum: Patativa do Assaré ...

Trailer Oficial - Patativa do Assaré - Ave Poesia - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=2Z8wiIFUe2s
26 de mar de 2013 - Vídeo enviado por João Roberto Rocha Pina Teixeira
A vida e a obra do poeta Patativa do Assaré, a relevância dos seus poemas, o significado político dos

Mais de 90% dos jovens com HPV em Salvador consomem álcool Com 71,9% de incidência, capital lidera ranking nacional; 88,3% tem comportamento sexual de risco



Mais de 90% dos jovens com HPV em Salvador consomem álcool

29.11.2017, 05:10:00

(Foto: Arisson Marinho/Arquivo CORREIO)
Salvador é a capital brasileira com o maior número de jovens entre 16 e 25 anos infectados pelo HPV (papilomavírus humano) entre a população pesquisada, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde.
O levantamento, que é preliminar, mostrou que a capital baiana apresentou a prevalência de HPV mais alta do Brasil, com 71,9% dos resultados dos exames positivos - a média nacional é de 54,6%. Dos soteropolitanos infectados, nove em cada 10 consomem álcool, o que aumenta a predisposição a comportamentos de risco, como transar sem proteção (saiba mais abaixo).
Dentre os jovens com o vírus, 50% dos soteropolitanos apresentam HPV de alto risco para o desenvolvimento de câncer - mais do que os 38,4% da média brasileira. Os dados completos serão divulgados em 2018.
Atrás de Salvador, aparecem Palmas (Tocantins, 61,8%), Cuiabá (Mato Grosso, 61,5%) e Macapá (Amapá, 61,3%). 
Na outra ponta da lista, com a menor prevalência, está Recife (Pernambuco), com índice de 41,2%. A cidade de São Paulo - a maior do país - tem taxa de 52%, próxima ao índice nacional. Já Brasília, Campo Grande e Belo Horizonte não informaram dados suficientes para que a pesquisa fosse fechada.
Perfil dos soteropolitanos
Em Salvador, os dados do projeto POP-Brasil - Estudo Epidemiológico sobre a Prevalência Nacional de Infecção pelo HPV foi realizado com 291 participantes, sendo 234 do sexo feminino e 57 do sexo masculino. Em todo o país, foram entrevistadas 7.586 pessoas.
O consumo de álcool entre os pesquisados de Salvador foi de 90,7%, segundo maior do Brasil, ficando atrás apenas de Florianópolis, com 91,3%. 
Predisposição
Segundo Adriana Miranda, coordenadora da Atenção Primária na Secretaria Municipal de Saúde, esse é um dos fatores que podem estar relacionados ao alto índice de prevalência do vírus em Salvador por aumentar a predisposição a comportamentos de risco, como o sexo sem camisinha.
“Outros estudos são necessários para identificar as causas da infecção”, explicou Adriana, ressaltando que ações nesse sentido também serão realizadas, como um trabalho junto a escolas públicas e particulares para discutir com crianças e adolescentes, além dos pais, a importância da vacinação contra o HPV. “O índice alto de prevalência do vírus indica que uma intervenção é necessária”, diz ela.
Embora a pesquisa tenha sido realizada majoritariamente entre jovens das classes D-E (47,8%) e C (44%) - dados de Salvador -, a prevalência de HPV é alta também entre jovens das classes A e B. “O HPV é a infecção sexual mais prevalente no mundo, independente de classe”, explica a ginecologista Karen Abbehusen, integrante da Câmara de Ginecologia e Obstetrícia do Conselho Regional de Medicina (Cremeb).
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A presença de outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), como HIV ou sífilis, foi detectada em 15,8% dos jovens pesquisados.
Segundo o infectologista Alessandro Farias, dentre os 100 sorotipos de HPV, o 16 e o 18 se destacam por estar associados ao câncer de colo de útero, câncer na região orofaríngea (boca e garganta), câncer retal e câncer de pênis. “Fazer exames anualmente é importante para prevenir e tratar o HPV. Em menos de um ano, é difícil que uma lesão se transforme em câncer”, explica Alessandro, que é gerente de ensino do Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa (Cedap). Outros dois tipos, o 6 e o 11, também estão entre os mais incidentes na população e são responsáveis pelos aparecimento de verrugas genitais. A vacina previne contra esses quatro tipos de vírus.
Comportamento sexual de risco
Dentre os participantes baianos, 88,3% apresentaram comportamento sexual de risco (primeira relação antes dos 14 anos ou mais de quatro parceiros durante a vida ou relações sexuais sob a influência de álcool ou drogas ou ter relações sexuais desprotegidas), índice maior que a média brasileira (83,4%) e o terceiro maior entre as capitais.
Apenas 33% dos jovens baianos relataram utilizar camisinha na última relação e 44,3% utilizaram preservativo rotineiramente. “Vacinação e uso de preservativo são as principais formas de prevenção contra o HPV”, afirma a médica Karen Abbehusen, ressaltando que a proteção não é 100% eficaz e deve ser associada a um menor comportamento de risco. A idade média de início da atividade sexual dos jovens soteropolitanos foi de 15 anos, e o número médio de parceiros nos últimos cinco anos foi de 10,9.
“Alguns jovens desenvolvem doenças e a maioria fica com a infecção latente, sem se manifestar. Assim, podem contaminar o parceiro meses após contrair o vírus. Se o parceiro tiver comportamento de risco, aumenta a chance de contaminação”, esclarece a ginecologista.
Segundo o Ministério da Saúde, é a primeira vez que um estudo estima a prevalência do vírus na população brasileira. O dado é importante, afirma a pasta, para medir o impacto da imunização daqui a alguns anos.
***
Vacina está disponível nos postos de saúde da capital
A vacina é disponibilizada gratuitamente nos postos de saúde para meninas de 9 a 15 anos e para meninos de 11 a 14 anos.
Neste ano, a pasta incluiu no calendário de vacinação meninas que chegaram aos 14 anos sem tomar a vacina ou que não completaram as duas doses indicadas e meninos de 12 e 13 anos.
Embora o imunizante seja gratuito e esteja disponível em todos os postos de saúde do país, o governo federal tem tido dificuldades de alcançar a cobertura vacinal ideal. Nos últimos anos, a taxa de adesão tem ficado em cerca de 50%.
Na pesquisa do Ministério da Saúde, somente 28% dos jovens de Salvador relataram ter recebido informações acerca do HPV com um profissional da área.
Informações sobre a doença
  • Transmissão: Relações sexuais, pelo sangue, por roupas ou objetos contaminados (toalhas, roupas íntimas ou sabonetes), pelo beijo e durante o parto.
  • Sinais: Feridas na região genital, pernas e braços. Verrugas perto do útero e que podem levar ao câncer.
  • Prevenção: Vacinação e uso de preservativo são as principais formas de prevenção.

Salvador lidera ranking de infectados por HPV Francisco Artur*.Vacina contra o vírus está disponível em todos os postos da capital


Ter , 28/11/2017 às 22:01 | Atualizado em: 28/11/2017 às 22:06

Salvador lidera ranking de infectados por HPV

Francisco Artur*


Vacina contra o vírus está disponível em todos os postos da capital - Foto: Alessandra Lori l Ag. A TARDE
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Vacina contra o vírus está disponível em todos os postos da capital
Alessandra Lori l Ag. A TARDE
Salvador é a capital brasileira com maior número de casos de infecção pelo HPV (papilomavírus humano), que está associado ao câncer de colo do útero, pênis, de vulva, de canal anal e orofaringe. Esta conclusão partiu de um relatório elaborado pelo Ministério da Saúde, divulgado nesta terça-feira, 28.
O estudo constatou a incidência do vírus em 71,9% da população da cidade entre 16 e 25 anos. De acordo com informações da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), a capital baiana registrou, neste ano, 93 casos de HPV em jovens da faixa etária analisada pela pesquisa do Ministério da Saúde. Do total, 39 são homens e 54 são mulheres.
Embora Salvador lidere o ranking das capitais com maior incidência da contaminação pelo vírus, a coordenadora de atenção primária à saúde da SMS, Adriana Miranda, disse que o relatório do governo federal é uma prévia e não oferece condições para avaliar a causa do grande número de pessoas infectadas na capital.
“O resultado final sairá no mês de março do ano que vem. Assim, poderemos identificar as causas do aumento da incidência da doença em Salvador”, esclareceu Adriana.
Ainda assim, ela garantiu a intensificação de políticas públicas para prevenir o contágio do HPV. Neste ano, segundo informações da assessoria de comunicação da SMS, 29.157 meninas de 9 a 15 anos se vacinaram. No mesmo período, 22.628 meninos de 11 a 14 anos, 11 meses e 29 dias foram imunizados.
Ainda segundo o órgão, como o Ministério da Saúde condiciona a faixa etária da vacina a adolescentes meninos de 11 a 13 e garotas entre 9 a 14 anos, a imunização será promovida em escolas da capital. A vacinação também está disponível em todos os postos de saúde do município.
Além disso, a secretaria informou que vai organizar ações de conscientização entre os alunos sobre a necessidade de utilizar preservativo nas relações sexuais.
“É um trabalho conjunto com educadores e pais, pois o contágio ocorre por meio do sexo e do contato pele com pele”, concluiu.
Posto de saúde
A estudante Karen Sateles, 23, esteve nesta terça no 5º Centro de Saúde Clementino Fraga, na avenida Centenário, para tomar a segunda dose da imunização.
“Acho importante me prevenir, principalmente contra o câncer de colo do útero”, disse a estudante, que tomou a dose inicial no mês de agosto, quando SMS liberou estoques para a população mais velha.
*Sob a supervisão da jornalista Hilcélia Falcão

Salvador é capital com maior número de jovens infectados com HPV




Salvador é capital com maior número de jovens infectados com HPV

28.11.2017, 10:41:00
Atualizado: 28.11.2017, 18:26:03
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(Agência Brasil )
Sete em cada dez soteropolitanos entre 16 e 25 anos de idade estão infectados com HPV, vírus causador do câncer de colo de útero e de outros tipos de tumor. De acordo com dados do Ministério da Saúde divulgados nesta segunda-feira (27), Salvador tem a maior taxa de prevalência de HPV entre as capitais do país com 71,9% da população nessa faixa etária infectada. Em seguida, aparecem Palmas (61,8%), Cuiabá (61,5%) e Macapá (61,3%). 
Na outra ponta da lista, com a menor prevalência, está Recife, com índice de 41,2%. A cidade de São Paulo tem taxa de 52%, próxima do índice nacional - que é 54,6%. Já Brasília, Campo Grande e Belo Horizonte não informaram dados suficientes para que a pesquisa fosse fechada.
A estimativa é de um estudo epidemiológico feito pelo Ministério da Saúde em parceria com o Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre.  Os pesquisadores entrevistaram 7.586 pessoas, das quais 2.669 foram submetidas ao teste de HPV. A partir dos exames, a prevalência estimada do vírus foi de infecção de mais da metade de população brasileira. Deste grupo, 38,4% apresentam tipos de HPV de alto risco para o desenvolvimento de câncer.
De acordo com o ministério, é a primeira vez que um estudo estima a prevalência do vírus na população brasileira. O dado é importante, afirma a pasta, para medir o impacto da imunização daqui a alguns anos. Esse estudo é preliminar. Os dados completos só serão divulgados em 2018.
A vacina contra a doença está disponível para meninas de 9 a 14 anos. Neste ano, o imunizante também ficou disponível para meninos de 11 a 14 anos. Embora o imunizante seja gratuito e esteja disponível em todos os postos de saúde do país, o governo federal tem tido dificuldades de alcançar a cobertura vacinal ideal. Nos últimos anos, a taxa de adesão tem ficado em 50%.
Prevalência 
O estudo mostrou ainda que 16,1% dos jovens têm alguma doença sexualmente transmissível (DST) prévia ou resultado positivo para HIV ou sífilis.
A diretora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Adele Benzaken, explica a importância desse tipo de estudo para conhecer a prevalência da doença.
"Até então, não havia estudos de prevalência nacional do HPV que possam medir o impacto da vacina no futuro. O sucesso da vacinação deve ser monitorado, não somente em termos de cobertura, mas principalmente em termos de efetividade na redução da infeção pelo HPV”, afirmou Adele.
Os dados finais deste projeto serão disponibilizados no relatório a ser apresentado ao Ministério da Saúde em abril de 2018.
A pesquisa POP-Brasil foi realizada em 119 Unidades Básicas de Saúde e um Centro de Testagem e Aconselhamento nas 26 capitais brasileiras e Distrito Federal, contando com a colaboração de mais de 250 profissionais de saúde. A pesquisa identificou os fatores demográficos, socioeconômicos, comportamentais e regionais associados à ocorrência do HPV em mulheres e homens entre 16 e 25 anos de idade, usuários do SUS nas 27 capitais.
População
A população do estudo foi composta por 5.812 mulheres e 1.774 homens, sendo a média de idade de 20,6 anos. A maioria das entrevistas era composta de indivíduos que se autodeclararam pardos (56,6%), seguido de brancos (23,9%) e pretos (16,7%). Apenas 111 indivíduos se autodeclararam amarelos (1,7%) e 74 indígenas (1,2%). Essa distribuição é a mesma observada pelo último censo brasileiro onde os grupos raciais pardo e branco representaram a maioria da população dessa mesma faixa etária.
Em relação à escolaridade, 37,9% dos jovens referiram estar estudando; 28,3% interromperam os estudos e 33,8% concluíram os estudos. A população que compôs o POP-Brasil foi, majoritariamente, da classe C (55,6%) ou D-E (26,6%), seguida da classe B (15,8%) e somente 112 indivíduos foram incluídos na classe A (2,0%). Dos indivíduos que afirmaram estar trabalhando, 21% o fazia sem carteira de trabalho assinada (ou trabalho informal – por conta própria), 20,8% trabalhavam com carteira assinada, 1% era servidor público e 57% somente estudavam.
A maioria dos indivíduos referiu estar em uma relação afetiva estável, sendo que 41,9% estavam namorando e 33,1% casados (ou morando com o parceiro); o restante estava sem relacionamento, sendo solteiro (24,2%) ou divorciado (0,7%).
Dos jovens entrevistados, 15,6% referiram fumar cigarros, 70,8% relataram já terem feito uso de bebidas alcoólicas e 27,1% de drogas, ao longo da vida. A droga mais utilizada foi a maconha (23,7%). Quanto à saúde sexual, a média de idade de início da atividade sexual foi de 15,3 anos sendo 15,4 anos para mulheres e 15 anos para homens.
A diferença média de idade entre parceiros na primeira relação sexual foi de 3,8 anos. Entre as mulheres, 47,7% já engravidaram, sendo que dessas, 63,4% tiveram um filho e 35,4% tiveram 2 ou mais. A idade média para a primeira gestação foi de 17,1 anos. Pouco mais da metade dos indivíduos (51,5%) referiram usar camisinha rotineiramente e, apenas 41,1% fizeram uso na última relação sexual. O comportamento sexual de risco foi observado em 83,4% dos entrevistados, sendo que a média de parceiros sexuais no último ano foi de 2,2 e a média de parceiros nos últimos 5 anos de 7,5.
Veja o ranking da infecção por cidades: 
  1. Salvador (BA) -   71,90%
  2. Palmas (TO)   - 61,80%
  3. Cuiabá (MT)    -61,50%
  4. Macapá (AM)    - 61,30%
  5. São Luís (MA) -   59,10%
  6. Porto Alegre (RS) -   57,10%
  7. Rio Branco (AC)  -  55,90%
  8. Vitória (ES) -   55,10%
  9. Aracaju (SE)  -  54,60%
  10. Rio de Janeiro (RJ)  -  54,50%
  11. Teresina (PI) -   54,30%
  12. Goiânia (GO)  -  54,10%
  13. Goiânia (GO)  -  54,10%
  14. Fortaleza (CE)  -  53,40%
  15. Fortaleza (CE)   - 53,40%
  16. Natal (RN)  -  52,90%
  17. Porto Velho (RO) -   52,90%
  18. São Paulo (SP) -   52,00%
  19. Boa Vista (RR)  -  51,00%
  20. Belém (PA)  -  50,80%
  21. Manaus (AM)  -  50,30%
  22. Curitiba (PR)  -  48,00%
  23. João Pessoa (PB)  -  45,60%
  24. Maceió (AL)  -  45,10%
  25. Florianópolis (SC) -   44,00%
  26. Recife (PE) -   41,20%
Perguntas e respostas
1. Todos os tipos de HPV causam câncer?

Não, somente aqueles tipos considerados de alto risco são capazes de levar ao aparecimento de tumores. Já os considerados de baixo risco geralmente estão associados à ocorrência de verrugas genitais.
2. Que tipos de câncer são causados pelo HPV?
Além do de colo de útero, o vírus aumenta o risco de tumores de orofaringe, ânus, pênis, entre outros.
3. A vacina é segura?
Segundo sociedades médicas, o imunizante passou por pesquisas e é seguro, tendo sido aprovado e usado em mais de 130 países