"SUICÍDIO É UM PROBLEMA MUNDIAL EVITÁVEL", ALERTA PSIQUIATRA DO HOSPITAL ROBERTO SANTOS
"SUICÍDIO É UM PROBLEMA MUNDIAL EVITÁVEL"
Lucas Argolo.
PSIQUIATRA COORDENADOR DO HCRS-BAHIA
SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
6 de setembro de 2016
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
6 de setembro de 2016
"SUICÍDIO É UM PROBLEMA MUNDIAL EVITÁVEL", ALERTA PSIQUIATRA DO HOSPITAL ROBERTO SANTOS
Comemorado
em 10 de setembro, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio é uma
importante data para alertar a população para a gravidade deste ato, que
atinge cerca de dez mil pessoas por ano, conforme a Organização Mundial
da Saúde (OMS). Apesar dos dados alarmantes, diagnóstico e tratamento
adequados podem evitar mortes. Para garantir assistência ampla e
qualificada aos pacientes com transtornos mentais, o Hospital Geral
Roberto Santos (HGRS) implantou, no último semestre, o serviço de
psiquiatria na unidade.
De acordo com o coordenador da psiquiatria hospitalar no HGRS, Lucas
Argolo, o suicídio é um fenômeno complexo, de múltiplas causas, que até
hoje suscita grande debate na sociedade: "um tema que pode ser abordado
numa visão filosófica, sociológica, religiosa ou clínica".
A depressão, como destaca o psiquiatra, é o principal transtorno mental
associado ao suicídio, acompanhado de transtorno bipolar, abuso e
dependência a álcool e outras drogas, esquizofrenia e transtornos de
personalidade. "Pacientes com diagnóstico de transtorno psiquiátrico e
os que já tentaram suicídio previamente estão entre os pacientes com
maior risco de suicídio", afirma Lucas.
A OMS estima, ainda, que, até 2020, o número de mortes cresça para 1,5
milhão. Para cada suicídio consumado, segundo Botega et al, três tentam
suicídio, cinco planejam, e 17 pensam no suicídio. "Estudos mostram que
apenas 3,2% não têm um diagnóstico de transtorno psiquiátrico. Há uma
alta prevalência de pessoas sob risco, mas o suicídio é um problema de
saúde pública mundial que pode ser evitável. Isso se houver um
diagnóstico correto, se fatores de risco agudos e crônicos forem
reconhecidos e mitigados, e se houver tratamento adequado", explica o
médico.
Psiquiatria Hospitalar no HGRS
Inaugurado em julho deste ano, o serviço de psiquiatria do Hospital
Geral Roberto Santos cumpre seu papel no diagnóstico e na estratificação
de risco de suicídio dos pacientes que são admitidos nos diversos
setores da instituição e que são avaliados na interconsulta
psiquiátrica, quando o parecer do psiquiatra é solicitado. "Todo
paciente com indício de ideação suicida deve ser abordado e avaliado
pelo profissional para o correto diagnóstico e a implementação de
medidas precoces a fim de prevenir o suicídio", enfatiza Lucas Argolo.
Atualmente, os leitos destinados à psiquiatria hospitalar estão no
segundo andar do HGRS, em ala contígua a outras especialidades. Com o
fim da reforma iniciada na instituição, há previsão de expansão de
estrutura física, crescimento da equipe e enfermaria própria.
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