quinta-feira, 21 de abril de 2016

A QUEDA DA CICLOVIA-NÃO RESPEITARAM AS VARIÁVEIS DO GRANDE OCEANO ATLÂNTICO.



 

O POVO ESQUECE MUITO RÁPIDO AS MAZELAS DOS POLITICOS, O PREFEITO QUE CONSTRUIU DEVERIA SER PROCESSADO PELO RESTO DA VIDA, PARECE QUE ´FORTE CANDIDATO A VOLTAR À PREFEITURA. SE FOR ELEITO SERÁ O MAIOR ABSSURDO.
 
A QUEDA DA CICLOVIA

NÃO RESPEITARAM AS VARIÁVEIS DO GRANDE OCEANO ATLÂNTICO.

FRENTE DO MAR MAIS DE 50 METROS,
SAIDA DA ÁGUA POR BAIXO DA CICLOVIA, MENOS DE 10 METROS , A PRESSÃO É MUITO GRANDE , É UM VERDADEIRO FUNIL,  A PLACA FOI ARRANCADA .

A QUEDA DA CICLOVIA

Neste local as ondas batem num afunilado , o volume d’água que sobe bate com uma pressão muito alta de baixo para cima, conseqüentemente leva para cima a ciclovia, destruindo tudo que encontrar na frente.
 
 Ali todo o volume d’água que vem do oceano entra num funil e sai em jato.
 
Será que os projetistas e os engenheiros não atentaram para o majestoso Atlântico e os seus naturais arrotos?

A obra foi um projeto do PT PMDB - EDUARDO PAES, CABRAL E PEZAO. Foi uma obra feita às pressas .

Iderval ReginaldoTenório
 

 

COM O IMPEACHMENT OS POLITICOS BLINDADOS CAIRÃO NO LAVA JATO



O IMPEACHMENT , O GOLPE E A BLINDAGEM DOS CULPADOS
                                                                        

Amigos, esta brutal força e insistência da situação em barrar o Impeachment ,  tem um significado , caindo a Presidente, cairão todos os políticos da situação que ocupam cargos blindados , todos serão investigados e responderão no LAVA JATO .

O que se diz GOLPE  ou constitucional é questão de vida ou morte para os componentes do governo, principalmente os de fórum  privilegiado.

Os senadores, os  ministros, os quase ministros e todos os blindados ficarão sem a cortina protetora e terão que ir  à Coritiba.

Com as barbas de molhos todos, inclusive o Wagner, o Cardoso, o Lula , muitos e até a própria Dilma .

O fedor de enxofre ronda o governo e parte dele é gerado dentro dos seus quadros .

O afastamento dará uma nova conotação às investigações  e muitos que cantam hoje de galo perderam a voz.

Assumindo o Temer, muitos dos seus serão também averiguados, muitos estão na mira do país e da justiça. Cuidados com os homens que vendem a mãe para crescerem na vida , cuidado, viva o povo brasileiro.


O BRASIL ESTÁ SEM RUMO E SEM PRUMO,  PORÉM ACREDITO NA SUA FORÇA E RESISTENCIA, OS BLINDADOS ESTÃO PERDENDO A CARAPAÇA.

Avante Brasil ,  avante.

Iderval  Reginaldo Tenório

OS TRÊS IRMÃOS

Foto de Lucas Tenório.
                                                                                        


OS TRÊS IRMÃOS

OS TRES IRMÃOS-
 O HOMEM, O BURRO E O HOMEM.


Estava em Juazeiro do Norte Ceará,  na serra do horto, 
 quando passou um cidadão com o seu burro na limpeza do monumento do Padre Cícero, não poderia ficar em albis o encontro de três irmãos- 

Eu, o burro e o dono da carroça.  
  

  Falei  para o condutor :
___Vamos tirar uma fotografia dos três irmãos?
(eu, o senhor e o burro )    


  De imediato ele  falou.
__  Não seu doutor, não seu doutor , eu sou de outra raça, de outra família , pode tirar  com todo o prazer o  seu retrato com o seu irmão, nós chama ele aqui de dotô, e  coloque num quadro , a comida para o almoço o senhor já está levando na carroça.

E caiu numa bela  gargalhada.

 São ótimos estes encontros em minha terra natal.
 
Cada encontro uma surpresa. 
 
Iderval Reginaldo Tenório


                       Lembranças da infância e da juventude em Juazeiro do Norte.
 
A carroça ainda é um dos meios de transporte e de ganha pão do cidadão nordestino.  

Neste caso o encontro foi no monumento do padre Cícero.


O burro, o homem , a natureza e outros. 
Não sei se homens ou burros.

ZÉ CASTOR: O CAPIM DA LAGOA - YouTube

www.youtube.com/watch?v=ziVVrSUMO1s
18 de mar de 2012 - Vídeo enviado por José de Anchieta Barros
Homenagem ao Poeta e Cantor José Castor, que fez muito sucesso com seu cavaquinho divulgando a ...

Zé Castor - YouTube

www.youtube.com/watch?v=MDvSGweHWUc
17 de out de 2009 - Vídeo enviado por José de Anchieta Barros
Homenagem ao Cantor Zé Castor e seu cavaquinho.(Alagoinha-PE) Cantava muito em festas de ...

Resumo- os muares (os burros ou mulas) são animais híbridos, gerados após o cruzamento  dos asininos(os jumentos ou jegues) com os equinos(cavalos ou é éguas).

São animais que não se reproduzem, são estéreis.

Burro macho não cruza com burro femea(a mula)
    O BLOG É CULTURAL

).
Como ler uma caixa taxonómicaMula
Mule.jpg
Classificação científica
Reino:Animalia
Filo:Chordata
Classe:Mammalia
Ordem:Perissodactyla
Família:Equidae
Género:Equus
Espécie:E. cabalus x E. asinus

Mula pastando
Mula, em seu significado moderno comum, é o indivíduo híbridoresultante do cruzamento de umjumentoEquus africanus asinus, com uma éguaEquus caballus.
Por agrupar características positivas das duas raças, é um animal adaptado ao transporte de cargas, tendo sido muito utilizado até o começo do século XX, principalmente em locais de topografia acidentada.
Devido ao fato de cavalos possuírem 64 cromossomas, enquanto o jumento possui 62, resultando em 63 cromossomas, as mulas são, quase sempre, estéreis. São raros os casos em que uma mula deu à luz; com efeito, desde 1527, data em que os casos começaram a ser arquivados, apenas 60 casos foram registrados.




Apologia ao jumentoApologia ao jumentopor kayoz41

FÉRIAS NA SERRA DO ARARIPE- POR UM SERRANO







FÉRIAS NA SERRA DO ARARIPE


Era 5 da tarde, o jipe azul parou defronte da casa, as crianças desceram correndo, a prima Helena já se encontrava na porta à espera de “meu padrinho e minha madrinha”, como sempre os chamava, os cachorros abanando os rabos faziam a festa e mais de 10 moradores , uns com os cabos das suas facas-peixeiras à mostra na cintura , observavam o desembarque, era a chegada da família citadina em gozo de férias escolares .


No veículo,  dois adultos e uma criança nos bancos da frente , 05 crianças atrás com idades variando de 08 a 16 aos, quase todas filhos, aqui e acolá um vizinho quase irmão, quase filho de consideração, eram assim os vizinhos dos pretéritos tempos.
Era carga completa, viagem longa , mais de 100 quilômetros de estrada de barro e muita poeira, duas paradas: a primeira no posto do Exu para abastecer o carro de gasolina na bomba a manivela manual;  e encher as barrigas das crianças com pão , doce de leite e queijo de manteiga , a outra na entrada da estrada vicinal para visita de cortesia aos parentes , que aos poucos vão se achegando para desejar boas vindas aos citadinos, uns para pedir a benção , outros para abençoar e servir aquele belo e esperado saboroso café , grãos arábicos torrados no tacho,  regado a beiju de forno com o assado queijo coalho.
Trinta minutos depois chega o caminhão Chevrolet 66 , neste, aboletados na boléia com seu Chico Pié alguns funcionários e os filhos mais velhos, na carroceria tonéis de gasolina cada um com 200 litros , diversas malas,bolsas e sacos cheios de redes, lençóis, tolhas e roupas de frios, alguns sacos de cereais, latas de biscoitos, sacos de pães,  fardos de rapadura ,  sacos de açúcar , sacos de sal grosso, sabão em pedra, anil, fósforos , sabonetes para as meninas,  cocos secos, um saco de pequi com dois centos comprados nos pequizeiros , três sacos de cordas, arupembas de palha e de arame, cestas, fardos de paneiros para as prensas nas farinhadas,  enxadas tupy, sendo algumas delas meias lua,  enxadecos,  cavadores sem cabos , dois pés de bode,  grampos para arame farpados do grande e do pequeno,  facões colinos, meia dúzia de foice,  roçadeiras bem afiadas ,feitas de molas de caminhão, ciscadores,  espingardas soca-soca,  quilos de pólvoras da preta e quilos de chumbos de diversos calibres,  caixas de espoletas sendo  para espingarda de cartucho, caixas de cartuchos da praça calibre 36 cada uma com 100 unidades,  quilos de café em grãos e  torrados e pisados oriundos da cidade do Crato, latas de óleo salada, muitas latas de doces de goiaba ou de banana Palmerom ou Boa Idéia, muito apreciadas pelo chefe da casa, duas ou três latas de biscoitos sortidos e cream craker pilar,  latas de querosene jacaré cada uma com 20 litros, algumas bolas de arame farpado do grosso e do fino,  fardos de fumo de rolo da marca Arapiraca do bom , caixas de papeis fino para cigarro , cada caixa com 10 pacotes de mil folhas 4 por 8 cms que eram vendidos aos fumantes em pacotinhos com 100 unidades, todos branquinhos separados por uma folha azul claro , muitos sacos de algodão vazios para ensacar farinha para a próxima viagem,  rolos de cordão para costura , agulhas de fardos, sem contar com caixas de cibalena, cibazol, melhoral, mercúrio cromo , pomada terramicina , pomada de penicilina, sonrisal , quilos de pimenta do reino,  cominho,  cebola roxa, erva doce ,  três tranças de alho do grande que ficavam penduradas em pregos nas paredes da dispensa , 05 quilos de pedra hume para clarear a potável água barrenta, decantando as impurezas sólidas para o fundo do pote produzindo uma lama escura constituída de girinos, insetos variados, ferro, lodos e outras matérias ,  litros de creolina,  quilos de enxofre, pomadas calminex da grande para as bicheiras e os machucados dos animais, tudo isso coberto por uma grande grossa lona encerada de cor amarela que quando chovia formava uma poça d´agua sobre a carga e não caia uma única gota nas mercadorias, salvo quando um dos passageiros devido o frio mergulhava por debaixo deixando apenas o cocorote às vistas, uma verdadeira viagem.
Era festa para as crianças por três meses e trabalho para os adultos, apesar de não se levar brinquedos, estes faziam partes da natureza ,eram eles: o sol, o vento, a lua ,as estrelas, as nuvens, os relâmpagos, os trovões, as chuvas, os redemoinhos, as poeiras ,os sapos, os maracujás bravos, as lagartixas, os calangos, as borboletas, os imbuas, as joaninhas, os grilos soldadinhos de diversas cores para serem encangados,  os verdes gafanhotos, os besouros, os burregos, os bezerros, os potros, os cachorros , os gatos, as outras crianças que eram muitas e os adultos que vinham ou passavam no terreiro com os seus “BONDIA” , os pássaros, as cobras,  muitas vezes cascavéis,  cavalos de paus feitos de cabos de vassouras , os umbuzeiros, as canafistas e tudo quanto aparecia que pudesse alegrar uma criança, como bicicletas, animais apenas com a manta para serem montados nas brincadeiras como se fossem índios.
A natureza era viva , apesar dos fojos , das arapucas e das baladeiras artesanais feitas no capricho,  com os seus cabos de madeiras recobertos por ligas de borrachas pretas,  tudo para o abate de caças menores com balas esféricas de barros amarelo-laranja, feitas e secadas à mão nas beiradas dos barreiros, herança dos ancestrais da mama África.

 As zoonoses faziam parte deste universo , não havia distinção entres os três reinos da natureza , nem entre os racionais e irracionais, todos eram integrantes da divertida e empolgante vida, o importante era viver.
Enquanto descarregavam a carga para o armazém colado à grande casa, ficavam os barris de gasolina para o fim,  os tonéis com o combustível numa arriscada manobra,  eram descarregados um a um ,j ogando-os e rolando-os da carroceria sobre grandes pneus sem câmaras de ar,  que ficavam no solo para amortecerem as quedas, o jipe era colocado na garagem com muita manobra, pois nas laterais ficavam enfileirados os ditos vasilhames de gasolina para consumo próprio e para a comercialização a granel junto a todos do arrebol num raio de 15 quilômetros.
A mãe ia para a cozinha preparar o jantar ajudada pela sobrinha Helena, por sinal, muito bonita apesar dos maus tratos da lida diária no campo , outra ajudante era  dona Maria Passarim,  esposa de Véi Joaquim, velha dos seus 70anos , saias rodadas e fofas sempre, com mais de uma, uma por cima da outra , lenço enrolado na cabeça, peles enrugadas e maltratadas pelo escaldante sol ,  grandes pterígios em ambos os olhos complicados pelo tracoma,  mas muito disposta, as crianças corriam para olhar a quantidade de água nos dois barreiros,  Antonio Passarim filho de dona Maria e os primos bem menores , alguns eram filhos da prima Helena sempre acompanhavam dando as coordenadas e as novidades dos quatros meses de ausência dos donos mirins da casa.
Vinha o jantar: arroz ainda enfumaçando, galinha caipira cozida na hora , muito gostosa por sinal,f arofa de banha de porco com nacos de toicinhos, lascas de queijos, pão de milho e depois café de coador com tapioca e ovo estrelado, o rádio a pilha sintonizado na Sociedade da Bahia ou na Tupy de São Paulo.  Terminado este manjá, era hora de retirar as redes dos sacos, cada um com a sua procurando o melhor armador, uns nos quartos de meias paredes , outras na sala do grande pote d’água  assentado num pé de pote vazado,  sempre úmido para deixá-la eternamente refrescante e saborosa , sem esquecer o porta copos e canecos feito de madeira, as ultimas sempre as ultimas, ninguém queria , eram armadas na sala da frente bem defronte das frestas das janelas,  por onde passava de madrugada o ar frio e encanado , que os finos lençóis carimbados com os nomes das usinas de nada serviam, primeiro se procuravam as cordas , os meninos maiores davam os esperados nós de porco nos punhos de cada uma, o meu irmão João era o maior especialista no assunto, armavam-se as redes uma ao lado da outra, em cada uma um pequeno lençol feito de sacos de açúcar, lavado com sabão em pedra pavão e clareado com anil, estavam prontos os leitos noturnos.
Abria-se a porta da frente, sentava-se na alta e fria calçada de cimento bem na quina, era um verdadeiro batentão de fora a fora, de onde se avistava um grande pé de umbu, a casa de Helena, a de dona Maria Passarim , dois grandes pés de cedro , a estrada que ia para a central e a desembocadura do grande barreiro,  que de vez em quando, pelo  lado direito , tangenciado a casa de seu Joaquim e dona Maria Passarim,  chegava um senhor com um surrado chapéu de palha montado no seu jeguinho, cabresto de corda de croá, sem sela, no seco, só na puída manta de algodão, não sei porque, muitas vezes de roupas rasgadas, alpercatas velhas e que só enxergava por um olho, dizem que um graveto furou o olho direito, era um proprietário rural e o maior criador de porcos que conheci, seus porcos chegavam a pesar 250 quilos, era o irmão do dono da Serra, era o Tio Ontõe.
Olhar para o céu era o entretenimento, a noite era curta, a lua cheia com São Jorge e o seu cavalo encravado no meio clareava o terreiro, na sua ausência eram  as estrelas, nas suas constelações,  as luzes da vez, o cruzeiro do Sul, as três Marias, a estrela Dalva e muitas outras enfeitando o escuro azul do céu, não poderia contá-las devido o risco de no outro dia as mãos amanhecerem cheias de verrugas.
A lua surgia cedo e numa carreira macia e constante cruzava o céu , sempre a nos seguir , sem contar com as grandes e andantes nuvens, algumas muito brancas, outras acinzentadas formando imagens de carneiros, bois, castelos, mapas, bolas, perfis de caras e muitos outros objetos.
O vento frio açoitava lentamente, era fim de novembro e começo de Dezembro, os sapos coaxando nos barreiros, os cachorros latindo acuados com alguns desavisados Pebas , tatus ou gambás, os caseiros e moradores de meia vinham trazer as ultimas novidades, as noticias, os nascimentos, os casamentos, as mortes e tudo quanto era necessário,  sempre regado a um bom e forte café.
A noite se aprofundava muito cedo, era hora de dormir, cada um na sua rede, mas antes era obrigatório esvaziar a bexiga por trás da casa junto a um pequeno matagal ou touceiras de bananas, lavavam-se os pés e se bebiam um chá hipnotizante, bebida amarela e muito  doce feita da erva capim  santo ou erva cidreira fresca colhida do pé da parede da grande casa, escovavam-se os dentes e tibungavam nas suas já armadas redes, a noite era curta, longas eram as conversas entres os irmãos até a hora em que se escutavam a voz da mãe através da meia parede mandando se calarem e que fossem dormir, os que dormiam na sala da frente conferiam as pesadas tramelas de madeira, tampavam as frestas das janelas com panos,  impedindo a passagem do frio vento da madrugada , era assim o primeiro dia de férias , férias estas que se prolongavam por mais de 90 dias,  num grande paraíso chamado Serra do Araripe, só quem teve esta felicidade , sabe o que um dia de férias em cima daquela Chapada, um dia ainda serei criança, um dia serei, a Serra do Araripe que me espere.
Iderval Reginaldo Tenório
Salvador,2011/junho/23

ESCUTEM DO MAIOR COMPOSITOR NORDESTINO DE TODOS OS TEMPOS,
JOÃO SILVA
O MAIOR PARCEIRO DE LUIZ GONZAGA, COM MAIS DE 150 MUSICAS GRAVADS PELO REI, DENTRE ELAS , VIVA MEU PADIM, TA  DANADO DE BOM, FORRO DE CABO A RABO E UMA PRA MIM E OUTRA OURA TU .

MEU ARARIPE.
de
João Silva

Meu Araripe - Luiz Gonzaga - VAGALUME


www.vagalume.com.br › Forró › L › Luiz Gonzaga
Luiz Gonzaga - Meu Araripe (música para ouvir e letra da música com legenda)! Meu Araripe, / Meu ...


Meu Araripe - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=TrXCDamaYD4
18 de mar de 2012 - Vídeo enviado por apfrezende G
Música Meu Araripe com Luiz Gonzaga. ... Meu Araripe. apfrezende G ...

Esclerose Lateral Amiotrófica- Cientistas dos EUA descobrem causa da



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Edição do dia 30/12/2015
30/12/2015 21h23 - Atualizado em 30/12/2015 23h06

Cientistas dos EUA descobrem causa da Esclerose Lateral Amiotrófica

Descoberta abre caminho para a pesquisa de tratamentos para a doença.
ELA provoca a morte dos neurônios motores.

 
Cientistas americanos descobriram a causa de uma doença devastadora e degenerativa: a Esclerose Lateral Amiotrófica. Essa descoberta é importantíssima porque abre caminho para a pesquisa de tratamentos para a doença.

O nome é complicado: Esclerose Lateral Amiotrófica. Muita gente só passou a saber dessa doença rara, conhecida pela sigla ELA, no ano passado, quando o desafio do balde de gelo rodou o mundo. Famosos e anônimos tomaram banhos gelados e arrecadaram mais de US$ 100 milhões para pesquisas.

A doença provoca a morte dos neurônios motores, que são as células nervosas responsáveis por todos os movimentos do corpo. Aos poucos, os doentes perdem a capacidade de se mover, de falar, de engolir e de respirar. 

O portador da doença mais conhecido é o físico britânico
Stephen Hawking, que atualmente só consegue movimentar um único músculo do rosto.

Ao contrário de outras doenças graves, como o câncer, a Esclerose Lateral Amiotrófica ainda não tem nem cura, nem tratamento. Um dos grandes desafios da medicina é justamente entender como e por que as pessoas desenvolvem doenças neurodegenerativas, como a ELA.

E aí que entra em cena um grupo de cientistas da Universidade da Carolina do Norte, nos
Estados Unidos. Eles descobriram a causa da ELA.

Os pesquisadores estudaram casos da doença ligados a mutações numa proteína chamada SOD1. Eles descobriram que a SOD1 cria um aglomerado temporário de três moléculas - chamado de trímero. Esse trímero é altamente tóxico para os neurônios motores, o que leva à morte dessas células.

O doutor Nikolay Dokholyan é o cientista-chefe da pesquisa. Ele explica que o próximo passo é descobrir um remédio que impeça a formação dos aglomerados. A expectativa é que essa droga comece a ser testada daqui a dois anos. Esses testes podem levar até cinco anos.

A descoberta também pode abrir caminho para o tratamento de outras doenças neurodegenerativas, como o Parkinson e o Alzheimer.

O neurologista Francisco Rotta é o pesquisador chefe do Instituto Paulo Gontijo, que investe na pesquisa da doença no Brasil.
“Isso não significa que em 2016 a gente vai ter a cura da Esclerose Lateral Amiotrófica baseada nessa pesquisa, mas a gente está muito mais perto de isso acontecer um dia”, ele diz.