segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

DOUTOR INTÉ OUTRO DIA- Zé Praxedes

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ZÉ PRAXEDES

JOSÉ PRAXEDES BARRETO (1916 - 1983), nasceu a 15 de novembro na fazenda ‘Espinheiro’, município de Currais Novos, atualmente Cerro Corá (RN). Filho de Francisco Praxedes Barreto e Maria Segunda Barreto.
Casou-se com Hilda Pinheiro, em 1941, e geraram José Praxedes Filho. Em 1950, como quase todo nordestino fazia à época, tomou um ITA, navio, juntamente com a mulher e o filho, e desembarcou no Rio de Janeiro



Dando continuidade a pagina literária de minha raíz,  postarei uma poesia do grande Zé Praxedes, obra que muito marcou no Cariri Cearense a vida daquela juventude sedenta por saber, ao mesmo tempo faço pequenos agradecimentos aos homens que plantaram  a pura e verdadeira cultura na hora certa e para as pessoas certas.

Acredito que pela pureza destes baluartes do Rádio  Caririense, os mesmos  não tinham  idéia e nem  a percepção da importância dos seus atos para o futuro do seu povo,   ao recitarem despojadamente, os grandes poetas populares do século .

Como  Deus ao lançar a sua luz  para todos do Universo sem distinção, estes baluartes nos seus programas matutinos lançavam esta providencial cultura a todos que tivessem ouvidos e consciência para saborear.


Aproveito o ensejo e envio para ser saboreada uma poesia por demais conhecida pelos cancioneiros nordestinos. Nós aí do Cariri ouvíamos todas as manhãs o grande Eloy Teles de Morais plantar e dividir os frutos  com todos os privilegiados que tinham acesso à Radio Araripe do Crato, uma verdadeira Escola .

Acho inclusive,  que nós do Cariri deveríamos prestar uma homenagem a todos os ícones do Radio Caririense, estes abençoados  que transmitiam cotidianamente estas pérolas enriquecendo a nossa cultura, não sei se os mesmos tinham a noção da   grandeza , da importância ao transmitir  ,  para o futuro da juventude nordestina aquelas enxurradas de cultura , transmitidas cotidianamente pelas ondas curtas e sonoras das  Radios AM,  Zé Limeira, Zé Praxedes, Patativa do Assaré, Catulo da Paixão Cearense, Zé Dantas , Humberto, Daldeth Bandeira, Pedro Bandeira de Caldas e outra dezena de plantadores de cultura. 

A nossa infância e a nossa juventude fazem parte do rol das melhores do mundo, pois nascer na Serra do Araripe ou no seu pé, conviver com Eloy Teles, Luiz Gonzaga, Patativa do Assaré, Pedro Bandeira de Caldas, João Sobreira( O LAMPIÃO), Alcely Sobreiras, Daniel Walker , Cego Oliveira e uma plêiade de nomes do mais alto gabarito é privilégio de poucos, ainda por cima na terra do Padre Cícero Romão Batista(JUAZEIRO DO  NORTE) por onde peregrinaram  o grande Frei Damião, Padre Ibiapina, Lampião, Patativa do Assaré, Meu Mano ,Coronel Ludugero  e Cego Aderaldo.

Bela infância, abençoada juventude.

Obrigado a Eloy Teles de Moraes pelas aulas de cultura reverberadas para quem quisesse ouvir.

Um abraço- Iderval  Reginaldo Tenório 




NO FIM DA MATÉRIA ESCUTEM , A VOLTA DA ASA BRANCA





DOUTOR INTÉ OUTRO DIA

Doutor inté outro dia
basta mecê precisá
de um criado às suas ordens
na Serra do Jatobá

Pros armoço tem galinha
tem quaiada pro jantá
água cheirosa de tanque
pra vosmecê se banhá

Leite quente ao pé da vaca
quando o dia amanhecê
café torrado no caco
de quando invez pra vancê

Aguardente potiguá
caso goste de bebê
capim mimoso verdinho
pra seu cavalo comê

Pra vosmecê fazê lanche
mé de abeia com farinha
tem da fonte milagrosa
água fria na quartinha

Pra vosmecê se deitar
uma rede bem arvinha
mais leve  a sua muié
proque lá só tem a minha
      (Zé Praxedes)


ZÉ PRAXEDES - UM DOS MAIORES POETAS DO BRASIL

DOUTOR INTÉ OUTRO DIA - ZÉ PRAXEDES



ESCUTEM O HINO DO NORDESTINO, A VOLTA DA ASA BRANCA , DE ZÉ DANTAS COM O REI DO BAIÃO, LUIZ LUA GONZAGA. 

Para este mortal a música- ASA BRANCA  de Humberto Teixeira é um marco, é o começo, porém a Volta da Asa Branca é muito mais significativa, é a bonança, a esperança, a fartura, o sorriso, o casamento, o bucho cheio, a babuja, o sapo, a rã, o grilo , a neblina, o orvalho,  as nuvens cinzas cheias de água e a terra ficando verde.

A VOLTA DA ASA BRANCA É VIDA, É SANGUE , É CORAÇÃO , É O NORDESTE.


A VOLTA DA ASA BRANCA - LUIZ GONZAGA - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=zxakklYlbI8
23 de jan de 2013 - Vídeo enviado por M@rcelo Bissi
A volta do asa branca Luiz Gonzaga Já faz três noites Que pro norte relampeia A asa branca Ouvindo o ...

Luiz Gonzaga - A volta da asa branca - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=whKGCQiD7iY
17 de mai de 2009 - Vídeo enviado por didiloureiro
Luiz Gonzaga - A volta da asa branca. Canal de didiloureiro. SubscribeSubscribedUnsubscribe ...

DOUTOR INTÉ OUTRO DIA - ZÉ PRAXEDES

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ZÉ PRAXEDES

JOSÉ PRAXEDES BARRETO (1916 - 1983), nasceu a 15 de novembro na fazenda ‘Espinheiro’, município de Currais Novos, atualmente Cerro Corá (RN). Filho de Francisco Praxedes Barreto e Maria Segunda Barreto.
Casou-se com Hilda Pinheiro, em 1941, e geraram José Praxedes Filho. Em 1950, como quase todo nordestino fazia à época, tomou um ITA, navio, juntamente com a mulher e o filho, e desembarcou no Rio de Janeiro



Dando continuidade a pagina literária de minha raíz,  postarei uma poesia do grande Zé Praxedes, obra que muito marcou no Cariri Cearense a vida daquela juventude sedenta por saber, ao mesmo tempo faço pequenos agradecimentos aos homens que plantaram  a pura e verdadeira cultura na hora certa e para as pessoas certas.

Acredito que pela pureza destes baluartes do Rádio  Caririense, os mesmos  não tinham  idéia e nem  a percepção da importância dos seus atos para o futuro do seu povo,   ao recitarem despojadamente, os grandes poetas populares do século .

Como  Deus ao lançar a sua luz  para todos do Universo sem distinção, estes baluartes nos seus programas matutinos lançavam esta providencial cultura a todos que tivessem ouvidos e consciência para saborear.


Aproveito o ensejo e envio para ser saboreada uma poesia por demais conhecida pelos cancioneiros nordestinos. Nós aí do Cariri ouvíamos todas as manhãs o grande Eloy Teles de Morais plantar e dividir os frutos  com todos os privilegiados que tinham acesso à Radio Araripe do Crato, uma verdadeira Escola .

Acho inclusive,  que nós do Cariri deveríamos prestar uma homenagem a todos os ícones do Radio Caririense, estes abençoados  que transmitiam cotidianamente estas pérolas enriquecendo a nossa cultura, não sei se os mesmos tinham a noção da   grandeza , da importância ao transmitir  ,  para o futuro da juventude nordestina aquelas enxurradas de cultura , transmitidas cotidianamente pelas ondas curtas e sonoras das  Radios AM,  Zé Limeira, Zé Praxedes, Patativa do Assaré, Catulo da Paixão Cearense, Zé Dantas , Humberto Teixeira, Ariano Suassuna, Daldhete Bandeira, Pedro Bandeira de Caldas e outra dezena de plantadores de cultura. 

A nossa infância e a nossa juventude fazem parte do rol das melhores do mundo, pois nascer na Serra do Araripe ou no seu pé, conviver com Eloy Teles, Luiz Gonzaga, Patativa do Assaré, Pedro Bandeira de Caldas, João Sobreira( O LAMPIÃO), Alcely Sobreiras, Daniel Walker , Cego Oliveira e uma plêiade de nomes do mais alto gabarito é privilégio de poucos, ainda por cima na terra do Padre Cícero Romão Batista(JUAZEIRO DO  NORTE) por onde peregrinaram  o grande Frei Damião, Padre Ibiapina, Lampião, Patativa do Assaré, Meu Mano ,Coronel Ludugero  e Cego Aderaldo.

Bela infância, abençoada juventude.

Obrigado a Eloy Teles de Moraes pelas aulas de cultura reverberadas para quem quisesse ouvir.

Um abraço- Iderval  Reginaldo Tenório 




NO FIM DA MATÉRIA ESCUTEM , A VOLTA DA ASA BRANCA






DOUTOR INTÉ OUTRO DIA

Doutor inté outro dia
basta mecê precisá
de um criado às suas ordens
na Serra do Jatobá

Pros armoço tem galinha
tem quaiada pro jantá
água cheirosa de tanque
pra vosmecê se banhá

Leite quente ao pé da vaca
quando o dia amanhecê
café torrado no caco
de quando invez pra vancê

Aguardente potiguá
caso goste de bebê
capim mimoso verdinho
pra seu cavalo comê

Pra vosmecê fazê lanche
mé de abeia com farinha
tem da fonte milagrosa
água fria na quartinha

Pra vosmecê se deitar
uma rede bem arvinha
mais leve  a sua muié
proque lá só tem a minha
      (Zé Praxedes)


ZÉ PRAXEDES - UM DOS MAIORES POETAS DO BRASIL
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ESCUTEM O HINO DO NORDESTINO, A VOLTA DA ASA BRANCA , DE ZÉ DANTAS COM O REI DO BAIÃO, LUIZ LUA GONZAGA. 

Para este mortal a música- ASA BRANCA  de Humberto Teixeira é um marco, é o começo, porém a Volta da Asa Branca é muito mais significativa, é a bonança, a esperança, a fartura, o sorriso, o casamento, o bucho cheio, a babuja, o sapo, a rã, o grilo , a neblina, o orvalho,  as nuvens cinzas cheias de água e a terra ficando verde.

A VOLTA DA ASA BRANCA É VIDA, É SANGUE , É CORAÇÃO , É O NORDESTE.


A VOLTA DA ASA BRANCA - LUIZ GONZAGA - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=zxakklYlbI8
23 de jan de 2013 - Vídeo enviado por M@rcelo Bissi
A volta do asa branca Luiz Gonzaga Já faz três noites Que pro norte relampeia A asa branca Ouvindo o ...

Luiz Gonzaga - A volta da asa branca - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=whKGCQiD7iY
17 de mai de 2009 - Vídeo enviado por didiloureiro
Luiz Gonzaga - A volta da asa branca. Canal de didiloureiro. SubscribeSubscribedUnsubscribe ...



JOSÉ MIGUEL E DONA ANTONIA, A SERRA DO ARARIPE E O FUTURO DE UMA FAMILIA

                                               
 A ESPEANÇA DE UMA FAMILIA

Este vídeo é  um pedaço da Serra do Araripe( CHAPADA DO ARARIPE) no Estado de Pernambuco, Município do Bodocó, , divisa com o meu Ceará, Crato e Juazeiro do Norte.
 
Mostra a casa principal do arrebol onde o meu pai e minha mãe constituíram família depois de casarem em 1934, eles eram primos legítimos.  

Foi nesta casa que nasceram 10 dos seus 12 filhos, eu fui o ultimo a nascer neste palacete, tenho esta honra.

Foi nesta casa onde nasci e neste terreiro onde me criei ao lado dos meus irmãos humanos , dos meus amigos caprinos, asininos, equinos , bovinos e de mais de uma centenas de primos, amigos e serranos de fibras.
 
 Este que fala é o meu irmão Vicente Reginaldo Tenório, economista de fibra, intelectual nato e poeta do mais alto valor.

 Envio para ele este pedido.
 
 Meu irmão Vicente, você está proibido em veicular esta matéria, isso não se faz antes consulta prévia, nem todos tem um coração pulsante e sadio para aguentar tamanha mensagem e com tão contundente emoção, eu sou um deles.
 
 Nesta casa nós nascemos e neste terreiro nos criamos, corremos, brincamos, brigamos e nos entendemos.   Neste causticante e esturricado torrão, temperado pelas lufadas dos escaldantes ventos  está encastoada e forjada todas as nossas personalidades e caráter.
 
 Por mais longe, por mais evoluído e desenvolvido que seja o lugar em que cada um hoje vive , jamais este ecossistema, esta paisagem, esta casa, este terreiro, este céu azul celeste que se vê até o infinito, uma vez que,  durante o dia se banha do mais puro e incandescente  sol e à noite se empanturra das mais belas estrelas ,   este relicário torrão será superado, jamais sairá da mente de cada um que lá nasceu.
 
 Do seio desta serra na produção da farinha de mandioca, da plantação do milho, da fava e do feijão,  da guarida desta humilde e nordestina casa , do sol causticante que queimava a tez de cada um, da água barrenta dos barreiros onde coaxavam os sapos e as rãs,  água salobra e amarelada que matava a sede dos homens, dos  bois, dos jumentos, dos cavalos, da cabras, dos carneiros , dos animais e dos pássaros silvestres , isto é, que matava a sede de todos os viventes daquele pedaço esquecido do mundo , das lufadas dos quentes ventos , dos redemoinhos que varriam as velhas capoeiras nos finais das tardes , da matriz uterina da nossa mãe e dos bagos certeiros do nosso pai, saíram homens e mulheres de caráter.
 
De sua linhagem,  muitos ou quase todos os filhos , os agregados pelo matrimônio, noras, genros e afilhados , os seus descendentes , isto é, quase uma centena de netos e bisnetos , mais de uma dezena de sobrinhos e sobrinhas , uma dúzia de irmãos dos patriarcas, tanto paternos como maternos,  e mais de uma dezena de funcionários galgaram uma cadeira no magistério, nos cursos técnicos e nas cadeiras das universidades por este Brasil a fora em quase todas as profissões, da engenharia à medicina lá estão as marcas do Zé Miguel e Dona Tonha. Oh casal macho, casal de fibra e que o Brasil muito lhe deve, eles priorizavam a alimentação,  a educação, e a saúde.

Muitas vezes papai e mamãe chamavam os filhos, os sobrinhos , os irmãos , os sobrinhos e falavam, só a educação pode salvar o pobre:

" Vamos para o Juazeiro do Norte, vocês precisam estudar, no futuro a força dos animais, a força do homens serão substituídas pelas máquinas, a força dará lugar ao  cérebro, o estudo é quem ditará o futuro de cada um, o pão de cada dia será adquirido pela caneta e não pela enxada,   terá uma vida melhor aquele que possuir mais estudo, vocês precisam no futuro de uma vida melhor , os seus filhos merecem um mundo mais promissor, vamos juntos , estudem, estará  no raciocínio o futuro da humanidade."
                                 Jose Miguel e Antonia Reginaldo
 
Eu agradeço a bela lembrança.
 
 Iderval Reginaldo Tenório

Serra do araripe Dr Iderval - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=O3QRkz4N3t0
19 horas atrás - Vídeo enviado por IDERVAL REGINALDO TENÓRIO Tenorio
Reginaldo Tenorio lhe enviou um arquivo de vídeo.

Serra do Araripe Dr Iderval - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=w5gI3IChINM
18 horas atrás - Vídeo enviado por IDERVAL REGINALDO TENÓRIO Tenorio
Serra do Araripe Dr Iderval. IDERVAL REGINALDO TENÓRIO Tenorio ... Chapada do Araripe - Josilson ...

Serra do Araripe Dr Iderval - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=VbPG8wlkGa8
19 horas atrás - Vídeo enviado por IDERVAL REGINALDO TENÓRIO Tenorio
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Serra do Araripe Dr Iderval Reginaldo Tenório - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=dNaIsP1ju08
10 horas atrás - Vídeo enviado por IDERVAL REGINALDO TENÓRIO Tenorio
Reginaldo Tenorio lhe enviou um arquivo de vídeo.

 

domingo, 6 de dezembro de 2015

Zé da Luz - A FLOR DE PUXINANÃ- AI SE SESSE



Zé da Luz




Zé da Luz é o nome artístico de Severino de Andrade Silva, poeta nascido em Itabaiana - Paraíba, em 1904, e falecido em 1965. 
           
Ai! Se Sêsse!

Se um dia nós se gostasse;
Se um dia nós se queresse;
Se nós dois se impariasse,
Se juntinho nós dois vivesse!
Se juntinho nós dois morasse
Se juntinho nós dois dormisse;
Se juntinho nós dois morresse!
Se pro céu nós assubisse?
Mas porém, se acontecesse
Que São Pêdo não abrisse
As portas do céu e fosse,
Te dizer qualquer tolice?
E se eu me arriminasse
E tu com eu insistisse,
Pra que eu me arrezolvesse
E a minha faca puxasse,
E o bucho do céu furasse?...
Talvez que nós dois ficasse
Talvez que nós dois caísse
E o céu furado arriasse
E as virge todas fugisse!






As Flô de Puxinanã
(paródia de 'AA A FLOR DE PUXINANÃ) Três muié ou três irmã,
Três cachorra da molesta,
Eu vi num dia de festa,
No lugar Puxinanã.

A mais véia, a mais robusta
Era mesmo uma tentação!
Mimosa flô do sertão
Que o povo chamava Ogusta.

A segunda, a Guléimina,
Tinha uns ói que ô! maldição!
Matava qualquer cristão
Os oiá dessa menina.

Os ói dela parecia
Duas estrela tremendo,
Se apagando e se acendendo
Em noite de ventania.

A terceira, era Maroca.
Com um corpo muito malfeito.
Mas porém, tinha nos peito
Dois cuzcuz de mandioca.

Dois cuzcuz que, por capricho,
Quando ela passou por eu,
Minhas venta se acendeu
Com o cheiro vindo dos bicho.

Eu inté me atrapaiava,
Sem saber das três irmã
Que eu vi em Puxinanã,
Qual era a que me agradava.

Escolhendo a minha cruz
Pra sair desse embaraço,
Desejei morrer nos braços,
Da dona dos dois cuzcuz!





A Cacimba
Tá vendo aquela cacimba
Lá na beira do riacho,
Em riba da ribanceira,
Que fica assim pru debaixo
De um pé de tamarineira?

Pois um magote de moça
Quase toda manhanzinha,
Forma assim aquela tuia,
Na beira da cacimbinha
Pra tomar banho de cuia.

Eu não sei pru que razão,
As águas dessa nascente,
As águas que ali se vê,
Tem um gosto diferente
Das cacimbas de beber...

As águas da cacimbinha
Tem um gosto mais mió.
Nem salgada, nem insossa...
Tem um gostinho do suó
Do suvaco dessas moça...

Quando eu vejo essa cacimba,
Que espio a minha cara
E a cara torno a espiá,
Naquelas águas claras,
Pego logo a desejá...

... Desejo, pra que negar?
Desejo ser um caçote,
Com dois óio desse tamanho
Pra ver aquele magote
De moça tomando banho!







Sertão em Carne e Osso



No romper das alvorada,
Quando alegre a passarada
Se desmancha em cantoria,
Anunciando ao sertão
A sua ressurreição
No despontar de outro dia!

Nos galho das baraúna
Os magote de graúna
Quando o seu canto desata,
Parece uns vigário véio
Cantando o santo evangéio
Na igreja verde da mata!

Canta nas tarde morena
Quando o sol vai descambando,
Se despedindo da terra,
Beijando a crista da serra,
Deixando o céu tão bonito,
Que o sol redondo e vermêio
Parece, mal comparando,
Um grande chapéu de couro
Na cabeça do infinito!
...

ASA BRANCA (letra e vídeo) com CAETANO VELOSO ...

https://www.youtube.com/watch?v=7F0r1VRIYG4
25 de nov de 2013 - Vídeo enviado por Moacir Silveira
"Asa Branca" é uma canção de choro regional (popularmente conhecido ... Ao fazê-lo, ele promete ...