A CHEIA DE 1924- CONHEÇAM ESTE GRANDE EPISÓDIO- COM IDERVAL. DR ONALDO , LUIZ GONZAGA E GORDURINHA.
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Luiz Gonzaga registra a maior cheia de todos os tempos no Nordeste Brasileiro e grava A GRANDE CHEIA.
Depois o homem simples , por ser muito simples , culpa a si mesmo por não saber pedir a Deus e o grande Gordurinha registra em a Súplica Cearense esta indesculpável ladainha. Os gestores brincam com o povo e quem paga a conta é São Pedro, Deus e o próprio povo, pobre Homem do campo.
Em 1924 os Estados Nordestinos, principalmente o meu querido CEARÁ, após rezar para o criador foi drasticamente arrasado por um verdadeiro dilúvio, a cheia de 1924. Rios, lagoas, riachos, açudes e barreiros foram emendados num único e gigante espelho dágua, milhões foram os metros cúbicos que caíram dos céus e ao caírem no solo seco levavam de rodão para os leitos dos rios tudo que encontravam pela frente- Homens, barragens, paredões, animais, casas, trecos, trem, mobílias , motores, carros, caminhões, carroças, cobras, pássaros e tudo que encontrassem na frente.
Esta enxurrada em todo o nordeste conseguiu dizimar milhões de vidas e arruinar a vida dos que ficaram vivos. Viúvas, filhos sem pais, adultos e menores no abandono, foi uma das maiores catástrofes já vistas e vividas pelos sertanejos, tão grandiosa como as secas de 1877 e 1932.
A culpa sempre é do pobre, de São Pedro e do Criador e haja castigo, quando não é sol, é água. Como disse o condoreiro Castro Alves:
"Como abutre me deste o sol ardente e o Suez foi a corrente que me ligaste ao pé" Voz d´África. C.A.
Iderval Reginaldo Tenório
Publico um texto do grande ONALDO QUEIROGA
Onaldo Rocha Queiroga
Juiz de Direito, Escritor, grande admirador das obras de Luiz Gonzaga, nascido na cidade de Pombal (PB), mora e exerce o cargo de Juiz de Direito atualmente na capital João Pessoa
ONALDO QUEIROGA
A CHEIA DE 24
Toda e qualquer música do repertório de Luiz Gonzaga tem um significado. Nenhuma delas veio à toa ao mundo. Como um verdadeiro garimpeiro, Gonzaga buscava inspirar-se, com seus parceiros, para a criação de músicas que falassem do sertão, do cariri, dos padres, dos vaqueiros, dos cangaceiros, dos violeiros, dos cantadores, das praias, de sua terra, de sua gente, de seus pais, da seca e da chuva.
Foi assim que, em 1968, o Rei do Baião gravou uma música sobre determinada cheia. De autoria de Severino Ramos, a música "A Cheia de 24" desenha musicalmente a violência impiedosa da correnteza da cheia do ano de 1924.
Segundo a letra da música, "a cheia de 24, Doutor, não foi brincadeira, na correnteza das águas descia a família inteira, quase não sobra vivente para contar a história, assim falava a mamãe, aquela santa senhora, descia gado e cavalo, pato, peru e galinha, cabrito, porco e carneiro, tudo o que o povo tinha; os açudes não podiam tantas águas suportar; rio, riacho e lago, tudo junto num só mar; os canoeiros lutavam, passando o povo no rio; mas o remanso das águas corria água em rodopio, afundavam as canoas na violenta correnteza; parecia inté castigo do autor da natureza; meu Padim Ciço pediu a Nossa Senhora das Dores que parasse aquela enchente que causava esses horrores; quando terminou a prece, logo parou de chover; o sol brilhou lá no céu, para todo mundo ver".
Algo ainda precisa ser dito sobre essa cheia de 1924. Luiz Gonzaga, quando gravou esta música, sabia que ela tinha o condão de remeter seu pensamento, seu íntimo e sua alma para um tempo também vivido por ele. Gonzaga nascera numa casa situada no Sítio Caiçara, às margens do Riacho Brígida e, aos 12 anos de idade, a cheia de 1924 bateu à sua porta. As águas do Riacho da Brígida se avolumaram, com uma correnteza nunca vista, varreram tudo que encontraram pela frente: a casa do Menino-Rei, seus utensílios, seus bichos, mas deixou intacto seu dom artístico e sua fé, para assim seguir em frente e cumprir seu destino.
Diante daquela estrondosa cheia, "seu" Januário e Dona Santana bateram em retirada: foram para a Vila do Araripe, distante uns três quilômetros do Sítio Caiçara. Ali passaram a residir, sob a proteção da família Alencar. Inicialmente, moraram numa casa no centro da Vila. Anos depois, quando Gonzaga já estava coroado como Rei do Baião, os Gonzagas passaram a residir numa casa localizada à entrada da Vila do Araripe. No programa "Globo Repórter", exibido em 1989, Luiz Gonzaga aparece em frente a esta casa, encenando seu retorno à Vila do Araripe, após 16 anos de ausência.
Levada pela cheia de 24, a casa onde nasceu Luiz Gonzaga há tempo que não mais existe. Hoje, no local, há um marco erguido pelo conterrâneo João Isac, com os seguintes dizeres: "Nasceu neste local Luiz Gonzaga do Nascimento, em 13 de dezembro de 1912 " O Rei do Baião. Saudade, meu remédio é cantar. Exu-PE. Homenagem de João Isac"
www.youtube.com/watch?v=C50z1GV5T6g
14 de mar de 2012 - Vídeo enviado por Pedro Macedo
Música a cheia de 24 de Luiz Gonzaga. ... Music. "A Cheia De 24" by Luiz Gonzaga (Google Play ...
www.youtube.com/watch?v=5JlqbOhIjjs
9 de mai de 2011 - Vídeo enviado por forrobodologia
Luiz Gonzaga - 50 anos de chão - disco 5 FONTE: http://www.forroemvinil.com Súplica Cearense
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