sábado, 5 de maio de 2012

Meu Primo Lunga lá de Juazeiro do Norte-Ceará.




ESTÓRIAS DE SEU LUNGA

LUNGA É UM PRIMO QUE TENHO EM JUAZEIRO DO NORTE,SUL DO CEARÁ A CIDADE QUE NASCI.. O SEU NOME VERADEIRO É JOAQUIM RODRIGUES DOS SANTOS TENÓRIO,NÃO SABE DIZER PORQUE PERDEU O TENÓRIO,MORA NA CIDADE E É UM COMERCIANTE  DE SUCATAS. HOMEM EDUCADO,INTELGENTE ALÉM DA CONTA,PESPICAZ E QUE NÃO GOSTA DE PERGUNTAS BESTAS OU PERGUNTAS SEM LÓGICA,NÃO É BRUTALIDADE SUA,EU APRENDO MUITO COM O COMPADRE LUNGA COMO O CHAMO,HOJE COM 84 ANOS,VIRIL ,VIRGIL  E MUITO SIMPÁTICO. ESTAS ESTÓRIAS  SÃO ATRIBUÍDAS AO MESTRE LUNGA DEVIDO O SEU SUCESSO,MUITAS NÃO TEM CABIMENTO,VEJAM A DO PAPEL HIGIÊNICO SE TEM LÓGICA,NEM LÓGICA CRONOLÓGICA.,POIS NA ÉPOCA NÃO SE CONHECIA NO CARIRI ESTE UTILITÁRIO.ACHO QUE LUNGA DEVERIA DOCUMENTAR  E EXIGIR DIREITOS SOBRE A EXPLORAÇÃO DO SEU NOME.
                                                                                            Iderval Reginaldo Tenório


No fim do POST colocarei um vídeo com Lunga e dois com o grande Cego Oliveira que acompanhei na minha cidade de Juazeiro do Norte.












                                       1- A SOPA
Outro dia Carmelita minha prima que é a esposa de Lunga,no horário do jantar, lá da  cozinha pergunta em voz alta a Lunga que já se encontrava sentado na cabeceira da longa mesa.:

___Lunga estou levando a sopa,levo no prato ou na tigela?

Diante da inusitada pergunta e sem lógica para o menestrel este responde na bucha.

___Bota no chão e traz com um rodo diabo,que pergunta .

                                          2- A COÇADA DE CABEÇA

Lunga um dia sai de sua loja na rua Santa Luzia em Juazeiro do Norte e vai até o mercado Muncipal comprar Fumo Arapiraca na loja do seu irmão . Ao chegar na loja quem está lá é a sua cunhada.

Chega,compra três ou quatro pacotes de  cigarros de fumo e despreocupadamente coça a cabeça sem retirar o seu belo chapéu de massa. A sua cunhada de imediato indaga:

___Oxente cumpadi Lunga,o cumpadi num tira o chapéu pra coçar a cabeça não?

O mestre de chofre devolve a sua resposta.

___Cumadi , a senhora tira a calça pra coçar a bunda?


                                          3- A CABEÇA DE PORCO
Meu pai sempre foi um homem preocupado com a família e nos fins de semana matava um animal e distribuía com os vizinhos e parentes partes do avantajado suíno. Num fim de semana prolongado mandou matar um porcoo de seus 150 kilogramas.Além de sua parte de direito,meu pai presenteou Lunga com a bela cabeça para o mesmo fazer um saboroso cozido. Lunga passa a corda de croá na cabeça do bicho,dá um nó arrochado,coloca  a correia  nos quatros dedos da mão direita passando pela palma da grande mão e sai às pressas para Carmelita preparar o almoço.Ao passar na frente da casa de uma vizinha a mesma pergunta.

____SEU LUNGA ESTA CABEÇA É PARA O SENHOR COMER.?

Lunga olha para a inocente madame,joga a cabeça do porco no chão  e exclama a dizer.

___NÃO MINHA SENHORA,NÃO MINHA SENHORA, É PRA CRIAR ,CUUUUCHI,CUUUUUCHI,CUUUUCHI. ANDA BICHO.
               
                                      4-  A  ABERTURA DA LOJA
Era 6:30 da manhã,segunda-feira Lunga chega pela manhã na sua loja, pára a sua bicicleta freio contra pedal na calçada da loja,pega um feixe de  meio quilo de chaves da cintura,abre meia dúzia de cadeados e quando está elevando o grande portão de aço de enrolar na altura de 1,0 metro, um sujeito passa e pergunta em alta voz:

___ABRINDO A LOJA SEU LUNGA?

 E mais uma vez o mestre Lunga num tom mais alto responde:

___NÃO FIE DA PESTE ,TOU FECHANDO.

Baixa o portão e volta pra casa.
                     

                                         5-O PAPEL HIGIÊNICO
No Cariri era comum os donos de mercearias criarem um tipo de venda a prazo que eram quitadas nos sábados, dia que saia o pagamento do peão,cada cliente  possuia uma caderneta para anotar a dívida. Refere que Lunga ainda criança foi chamado às pressas  pelo seu genitor que o ordenou que fosse na bodega de seu ZEZÉ comprar papel higiênico e que fosse num pé e voltasse noutro feito uma bala devido o desarranjo intestinal agudo que o velho apresentou. Lunga mais do que depressa corre até a bodega,pede o um pacote de papel higiênico e volta correndo, seu ZEZÈ do balcão pergunta aos gritos ao apressado garoto:

____LUNGA É PRA BOTAR NA CADERNETA?

E Lunga do alto dos seus 08 anos ,dá uma paradinha,eleva a cabeça e responde num tom alto e agudo.

___NÃO SEU ZEZÉ,É PRA PAI LIMPAR  A BUNDA.

Vejam se tem cabimento, agora tenho que publicar porque já faz parte do anedotário popular do meu primo LUNGA.

                                                      Iderval Reginaldo Tenório
                                                              o blog é cultural




Assista o filme realizado por Gabriel Tenório em Juazeiro do Norte com Lunga,Odilio,Iderval.




Miniatura


A verdade sobre Seu Lunga HD

Realizado na casa do Dr Iderval Reginaldo Tenório por Gabriel Ribeiro Tenório
Seu Lunga (Joaquim dos Santos Rodrigues) (Juazeiro do Norte, 18 de agosto, 1927). É um vendedor de sucata residente em Juazeiro do Norte o qual ...
  1. s - YouTube

    www.youtube.com/watch?v=wRsFRTjwd7s26 out. 2007 - 2 min - Vídeo enviado por cafemoura
    Trecho do documentário "Nordeste: Cordel, Repente E Canção (produção de Tânia Quaresma, 1975)" onde ...
  2. Cego Oliveira - Minha Rabequinha - YouTube

    www.youtube.com/watch?v=hdA9lvKUF6E26 out. 2007 - 1 min - Vídeo enviado por cafemoura

    Trecho do documentário "Nordeste: Cordel, Repente E Canção (produção de Tânia Quaresma, 1975)" onde ...

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Homenagem de Célia Morais ao Blog e ao Brasil Cultura.





www.youtube.com
Composed by Pedro de Sá Pereira e Ary Pavão. Recorded 




www.youtube.com
Orquestra Paulistana de Viola Caipira executando o Hino Nacional brasileiro Video do primeiro DVD da Orquestra O DVD foi 



Homenagem de minha conterranea Célia Morais ao Blog e ao Brasil,belas lembranças e isso sim é cultura.
EITA Washington Grangeiro !! Você fez Celia Morais e Silvia Moraes voltarem ao tempo de Infância. E a gente sabe é cantar essa música do Canarinho. Um dia desses a gente tava tentando lembrar da letra toda e aí resolvi pesquisar no Google. Pois num é qui achei e depois vou postar pra você ver a tentativa de cantação do Canarinho pela Marcolinas Cantantes.

Canário
Folclóre do Nordeste

Lá em cima daquela serra,
Tem um canárim cinzento,
Que cantava todo dia,
Éra meu divertimento

Mandei fazer uma gaiola,
Botei o canárinho dentro,
Ao cabo de poucos dias,
Canárim ficou doente

Mandei chamar o doutor,
Com sua mala na mão,
Prá dar uma injeção,
Na veia do coraçao

Na primeira e na segunda
Canarinho estremeceu
Na terceira, abriu o bico
Na quarta, ele morreu

Canarinho, se eu pudesse,
Não te enterrava no chão
Fazia a tua cova,
Dentro do meu coração

Mandei fazer o enterro,
Com muita pompa e luxo,
Veio a gata da vizinha,
Passou canarim no bucho.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

A FAMILIA PEDE SOCORRO


A FAMÍLIA PEDE SOCORRO

                                                                 
                               


                            














A Família e as mudanças de paradigmas

O exercício exacerbado e conturbado da cidadania vem colocando em cheque a autonomia da família, fazendo com que  esta entidade aos poucos vá perdendo a sua força e à proporção que vai vagarosamente sangrando, mergulha  numa famigerada falta de controle, deixando os genitores totalmente atordoados.

Inicio abordando a perda da autonomia da família  no que toca à religião, era inadmissível que no mesmo núcleo familiar um dos seus membros por qualquer motivo mudasse de religião, principalmente sendo um dos filhos. Uma vez sendo o tronco, católico ou protestante, seria necessário um fato muito marcante e relevante para haver mudanças na trajetória religiosa nos seus descendentes, com o exercício da cidadania, o livre arbítrio e uma sociedade laica, houve uma mudança radical do comportamento, sendo muitas famílias no tocante a religião  uma verdadeira torre de babel, cada membro segue caminhos religiosos  diferentes, gerando divergências, quando no passado a crença religiosa era fator de união e de  convergencia.

No item  cultura e educação, poucas são as famílias que conseguem implantar nos seus, o produtivo legado familiar, os bons costumes e as tradições, sem esquecer o necessário progresso e a indispensável atualização, acontece que  na grande maioria, os núcleos familiares perderam para os veículos de comunicação, veículos que em mais de 90% do tempo são deseducadores, que numa avalanche desproporcional substituem  os éticos ensinamentos familiares por  mais básicos que sejam ,por ensinamentos jurídicos e burocráticos linearmente ,deixando a  família apenas com a responsabilidade financeira ,muitos são os deveres e poucos os seus direitos . Os pais passaram em sua maioria a serem obsoletos, sendo preteridos pelos grandes ícones, na sua maioria sem as mínimas condições de servirem como espelhos. Nas escolas, os alunos, os professores, os coordenadores, os pais e os diretores perderam totalmente  a propriedade do diálogo, sendo necessário convênios com a polícia, com as pequenas causas e o ministério público, uma vez que, conflitos que eram resolvidos em família entre estes componentes, agora precisam da intermediação da justiça.

Outro ponto que merece muita atenção é a divergência no próprio lar com referencia à alimentação,uma vez que  o advento e a popularização da televisão, das grandes empresas que só pensam no lucro e  dos bem elaborados  comerciais que promovem uma verdadeira lavagem  cerebral, está a nova geração se afastando dos tradicionais e milenares pratos,substituindo os costumes e a nutritiva culinária regional por comidas rápidas,  produzindo verdadeiras diásporas familiares. Levantamento mostrou que o país cresceu em população o dobro nos últimos 40anos e o consumo total do clássico: feijão com arroz ,continua a mesma tonelagem de 1970, mostrando que em nada cresceu o seu consumo, no seu lugar  foram incrementados o consumo dos produtos industrializados de outras nações como-pizzas, hamburguês e outras guloseimas artificializadas, apagando os costumes familiares transferidos de geração para geração.

Na convivência com sociedade, mudanças aconteceram nas vestimentas, na  vida sexual, na desvalorização dos antepassados, no folclore, na música,na semântica,nos tratamentos,nas saudações, na arcaica e arraigada vida rural. Com este comportamento, o  jovem  se afasta do convívio com a  vida simples de sua região, sofistica as suas vontades e  incorpora os costumes e a cultura  de outros povos. Perde a família o direito e o dever de repassar para os seus componentes os segredos, os ensinamentos e  as grandes experiências, passando a ser apenas uma mera espectadora, sem voz, sem palavra e sem a liberdade de conduzir os seus membros aos bons costumes da raiz geradora daquele núcleo familiar.

 A família vai aos poucos perdendo a sua autonomia,vai paulatinamente morrendo e sendo substituída pelos poderes públicos, poderes estes,desprovidos de sentimentos,de amor ,de respeito e de responsabilidade familiar, poderes galgados na fria interpretação das leis,leis  encastoadas nos diversos regimentos,nos múltiplos estatutos e nos enviesados códigos vigentes da nação. A família pede socorro.

                             Iderval Reginaldo Tenório
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