O PORQUÊ DAS GRANDES LIVRARIAS ESTAREM EM MAUS LENÇÓIS.
Nos últimos anos , o ato da leitura em papel foi desestimulado pelos aparelhos eletrônicos, chegando inclusive a ser cogitado o sumiço dos livros em brochuras, seriam substituídos pelas belas telas dos eletroeletrônicos , cada dia mais portáteis e mais baratos. A propostas é produzir uma obra literária, jogar num determinado portal e quem quiser poderá comprar em definitivo ou alugar, a outra proposta é a página possuir patrocinadores e muitas obras seriam acessadas gratuitamente, desde quando o portal reprodutor tinha o direito de por propagandas de produtos diversos, afinal de conta a internet é puro comercio.
VOCÊ PREFERE O LIVRO EM PAPEL OU O ELETRÔNICO?
Esta onda criou uma nova arrumação nas vendas, na guarda e na circulação dos preciosos livros, farei uma viagem para procurar explicar na visão de um exímio leitor o aconteceu com este novo modal da leitura.
INTROITO
As grandes Livrarias estão em maus lençóis não devido aos preços e sim a vários fatores , um dos principais é a grande extravagância nas suas instalações, o setor não precisa de tanto luxo, não precisa de tão grandes lojas e nem estarem em todos os SHOPPINGS , isto é uma afronta ao segmento do livro, uma vez que este setor é cultural e não visa o lucro, visa apenas a sua sobrevivência neste mercado consumista, leonino e devorador de coisas, coisas descartáveis, o que não é o Livro.
Saúde e educação não são coisas, não são objetos, mexem com a cidadania e com o futuro de um povo, enquanto mais culto e mais sadio é um povo maior a sua chance de entrar no primeiro mundo, são as principais propriedades para ascender na comunidade e no globo como um povo, uma vez que, a essência do ser humano em resumo é o seu encéfalo, de preferência bem cuidado, pois é nele que se armazena o conhecimento , a educação e a história da humanidade.
As pequenas e médias livrarias de alto padrão vão bem, elas expõem os seus livros e vendem com uma pequena margem de lucro, consequência de custos mais baixos para a comercialização, outro fator de importância cabal foi o crescimento das vendas pela INTERNET, vendas à distância, quando parte do lucro cai no colo dos correios e dos entregadores .
É bom lembrar e ficar atento que na vertente cibernética muitas vezes não precisam serem impressos, uma vez que já existe o E-BOOK, um livro virtual que vive catalogado nas nuvens .
Para uma boa leitura o ambiente precisa ser simples, muito simples, nada de pompa, nada de muitos equipamentos e nem de firulas, o livro é um sujeito importante, porém simples, humanamente simples, para ele o que interessa é o cérebro, o que lhe serve é um encéfalo disposto a recebê-lo com maestria e consideração, este é o espírito do livro, é o livro um excelente amigo.
Quem gosta de livros não gosta de luxo, gosta de tranquilidade, simplicidade, silêncio e da realidade, o grande leitor tem responsabilidade, sabe o real valor daquele calado amigo constituído de celulose e tinta, porém, sábio e rico em conhecimentos.
CUSTOS
As livrarias não aguentam os altos custos das suas pomposas instalações, os encargos sociais , os tributos e a reposição dos seus estoques , este setor é eivado de uma complexidade que foge aos conhecimentos dos seus usuários e do seu público, o setor é complexo, envolve diversas variantes .
Os custos do livro precisam de urgentes modificações : folha de pagamento, encargos sociais, informática, climatização, vigilância, condomínios dos gigantescos estabelecimentos e outros itens peculiares ao segmento que encarecem o produto, todos precisam de análises reais pela sua importância .
É notório que do ponto de vista literário, o livro não é um mero produto, é a alma do autor, é a sua vida, é um filho, é um ser vivo e que nunca morrerá, viverá em eterna hibernação , despertará todas as vezes que for aberto para leitura, nascerá com cada leitor, fará parte da sua vida , será incorporado e com ela se confundirá.
O livro é uma das mais importantes partes deste ilimitado universo, não é um simples produto e deve circular de casa em casa, de ser humano para ser humano, enquanto menos hibernado for mais vidas o incorporarão .
Utiliza-se o seguinte argumento para o convencimento do baixo valor de um livro escrito ou cibernético, informa-se que se um livro fosse comprado para fazer fogo, enrolar sabão ou pregos numa feira livre seria um produto caro e seria considerado um mero produto, pois existe papel mais barato, agora , o livro possuidor de uma identidade, de um responsável, de um pai, de um criador, é um elemento que tem vida , alma, personalidade , caráter e ética, então, quando se adquire uma obra literária, jamais esta obra tem um valor pecuniário, o preço na prateleira é simbólico , uma vez que, naquela celulose existe muitos anos de pesquisas , de estudos , de diversas cabeças, muitas mãos, noites em claro , quilômetros de andanças e incalculáveis doses de emoção .
O valor pago por cada volume é simbólico, comemorativo e o passaporte para o nascimento de mais uma obra, é o incentivo aos magos e abnegados escritores.
Ao visitar um grande Centro Comercial o leitor nota que o valor de uma xícara de café, de uma água mineral e de duas bolas de sorvetes equivalem ao valor simbólico de um livro.
Seria de boa valia se o livro continuasse sem a taxação de impostos, uma vez que o livro não proporciona lucros, o que deveria vir embutido nos seus custos seriam os itens nominados na produção da celulose e da tinta perpassando pela impressão, transporte , a colocação nas prateleiras e a parte que caberia aos magos escritores, que inclusive deveriam ser mais valorizados e muito bem recompensados pelos relevantes serviços prestados À SOCIEDADE.
UMA ARRANHÃO NA SOLUÇÃO DESTE IMBRÓGLIO
A solução plausível seria as grandes livrarias voltarem a ser lojas de vendas de livros como sempre foram, grandes balcões abertos e estantes expostas , inclusive nos grandes shoppings.
Seria de bom alvitre espaços de leitura dentro das lojas, uma boa sala mais afastadas, com luz adequada, luz indireta , um fundo musical instrumental , quase inaudível , apropriada para a leitura .
Ficaria todos os shopping obrigados a terem um espaço cultural próximo a cada livraria para leitura e descanso dos leitores , um minúsculo e aconchegante jardim, mesas simples de madeiras rústicas com as suas respectivas cadeiras e um bom silêncio, do outro lado próximo a este espaço pequenas lojas com sorvetes, sucos, biscoitos, chocolates e cafeterias , este espaço seria custeado por todos os legistas do centro comercial, claro que as guloseimas seriam por conta dos consumidores.
Esta conduta faria com que, nas peças de propagandas, em vez de falarem: " o nosso shopping tem estacionamentos e outras vantagens" , assim se pronunciariam:
"O nosso shopping tem bom estacionamento, segurança, ótimos restaurantes, bancos e outros equipamentos, porém o que mais nos orgulha são as suas livrarias com agregação de bons espaços para leituras , para saborosos sorvetes, sucos , revigorantes cafés a preços reais e um bom silêncio para o seu deleite. Venha viver momentos inesquecíveis , venha saborear momentos de cultura . A literatura infantil é um dos pontos forte deste grande CENTRO COMERCIAL. Venha e traga toda a sua família, venha saborear um pouco de cultura, rever os amigos , venha adquirir mais uma boa dose de cidadania e enriqueça a sua biblioteca com fantásticos livros , leve parte desta livraria para a sua casa, seja cidadão do bem.
SEJA CIDADÃO, SEJA UM CIDADÃO DO BEM.
À Reflexão:
O livro meus amigos é como a vida, não tem preço. O livro como a água é o diluidor universal , é um ser indispensável, é o melhor presente que um jovem deveria receber.
Jovem, venha de ônibus, venha com os amigos, com os pais, dispense o táxi e adquira um livro.
Boa leitura, seja cidadão.
Iderval Reginaldo Tenório
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