75 % dos antibióticos, produzidos no mundo, são usados para a produção de carnes bovinas, suínas, caprinas e de frangos.
Apenas 25% são usados para doenças humanas e de todos os outros animais.
75% PARA A PRODUÇÃO DE CARNES
"O
aumento da obesidade em todo o mundo. coincide com o uso generalizado de
antibióticos. É
possível que a exposição precoce de crianças aos antibióticos
potencialize a obesidade na vida adulta" Martin J. Blaser,
professor de medicina da Universidade de Nova York.
Indústria da carne já consome quatro quintos de todos os antibióticos nos EUA
A Pew Charitable Trusts divulgou números da agência sobre o uso de antibióticos em fazendas pecuárias e os compararam com o uso humano de antibióticos para tratar doenças.
Não é surpreendente que, quando animais são amontoados aos milhares e dosados diariamente com antibióticos, as bactérias que vivem sobre e nos animais se adaptem e desenvolvam resistência a esses antibióticos.
- Cerca de 78% das bactérias Salmonella encontradas em carnes de peru moída eram resistentes a pelo menos um antibiótico, e metade das bactérias eram resistentes a três ou mais;
- Cerca de três quartos das bactérias Salmonella encontradas em amostras de peito de frango eram resistentes a, pelo menos, um antibiótico. Cerca de 12% das amostras de peito de frango e de carnes de peru estavam contaminadas com a Salmonella;
- Bactérias do gênero Campylobacter encontradas em carnes de frango estão resistentes ao antibiótico tetraciclina.
01 quilograma de carne boniva equivale a 16 mil litros dágua e 44 quilogramas de grãos.
A sociedade mundial terá que encontrar uma maneira de alimentar 7 bilhões de pessoas sem acabar com a natureza, imaginem quando esta população chegar aos 10 bilhões.
Pecuária e a Saúde Pública
Quase
três quartos dos antibióticos vendidos no planeta são destinados à
produção de animais para corte, indústria que, desde 2000, cresceu entre
40% e 68% na Ásia, África e América do Sul.
Um grupo internacional de pesquisadores coordenado por Thomas Van Boeckel, do Instituto Federal de Tecnologia da Suíça, reuniu os resultados de 901 levantamentos feitos entre 2000 e 2018 e constatou que existe uma associação entre o uso de antibióticos e o desenvolvimento de resistência a esses medicamentos em bactérias das espécies Escherichia coli e Staphylococcus aureus e dos gêneros Salmonella e Campylobacter, causadoras de doenças em animais de corte e seres humanos.
A proporção de antibióticos que já perdeu a capacidade de eliminar metade dessas bactérias em galinhas aumentou de 0,15% em 2000 para 0,41% em 2018 (aumento de 1,5% ao ano). Em porcos, a taxa quase triplicou: passou de 0,13% para 0,34% (crescimento anual de 1,3%).
O levantamento não detectou alteração significativa no gado bovino (Science, 20 de setembro). Vários países de baixa ou média renda aparecem na análise como áreas importantes de surgimento de resistência, principalmente na Ásia e na África.
O Brasil também está na lista, em especial os estados do Sul. Os pesquisadores alertam: está diminuindo o arsenal de medicamentos para combater bactérias nocivas à saúde dos animais criados para a indústria alimentícia.
Com base em dados de densidade de animais de 2013, eles estimam que, no mundo, 9% dos bois, 18% dos porcos e 21% dos frangos sejam criados em regiões em que há resistência a antibióticos.
Na opinião dos pesquisadores, antibióticos importantes para a saúde humana não deveriam ser usados em animais de corte.
A Pew Charitable Trusts
FDA de seu National Antimicrobial Resistance Monitoring System, ou NARMS.
The American Meat Institut .
Martin J. Blaser, professor de medicina da Universidade de Nova York..
Thomas Van Boeckel, do Instituto Federal de Tecnologia da Suíça.
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