quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Carne de cavalo era vendida para hamburguerias de Caxias do Sul, diz MP

 

Carne de cavalo era vendida para hamburguerias de Caxias do Sul, diz MP

Segundo o Ministério Público, 800 kg de carne de cavalo e carne estragada eram destinados por semana a hamburguerias da cidade da Serra Gaúcha

Operação Hipo descobriu esquema de criação de cavalos para abate em substituição à carne bovina
Operação Hipo descobriu esquema de criação de cavalos para abate em substituição à carne bovina Ministério Público do Rio Grande do Sul

Seis pessoas foram presas por participar do abate, processamento e venda de carne de cavalo e carne estragada para hamburguerias de Caxias do Sul, segundo declaração de membros do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) nesta quinta-feira (18).

As investigações apontam a distribuição de 800 kg de carne por semana para estabelecimentos da região. O MPRS aponta ainda a possibilidade de que 60% das hamburguerias da cidade tenham comprado carne de cavalo ou estragada processada pelo frigorífico clandestino.

As perícias realizadas em duas hamburguerias de Caxias do Sul confirmaram a presença de DNA proveniente da carne de cavalo nos lanches dos estabelecimentos Mírus Hambúrguer e Natural Burguer.

As investigações apontam que também era utilizada de carne estragada, lavada para tirar o odor e misturada a outras na confecção dos hambúrgueres.

Investigações

O MPRS iniciou a investigação há cerca de dois meses, deflagrada a partir de denúncias da Inspetoria de Defesa Agropecuária de Caxias do Sul. Segundo o órgão, havia abate clandestino de cavalos e posterior trituração para venda em forma de carne moída na região cidade de Caxias do Sul, na Serra Gaúcha.

A Justiça do Rio Grande do Sul liberou a interceptação e análise de conversas telefônicas que permitiram ao Ministério Público chegar ao grupo.

O MPRS disse ainda que o grupo responsável pela venda de carne de cavalo aos estabelecimentos não possuía autorização para o abate e comercialização de nenhum tipo de carne e que o local onde o produto era processado apresentava péssimas condições de higiene.

Foram emitidos 15 mandados de prisão para participantes de toda a operação, da criação à comercialização, passando pelo abate e armazenamento da carne.

Um comentário:

lairtonrh37@gmail.com disse...

No Brasil a fiscalização age rápido. Agora o processo de punição é muito lento, ficam procurando as pessoas influentes envolvidas para poder assim agir de maneira passional ou não.