Cego Oliveira - e a sua companheira inseparável- a sua RABECA.
UM PATRIMÔNIO DO JUAZEIRO DO NORTE- DO CARIRI- DO SUL DO CEARÁ- DO NORDESTE E DO BRASIL QUE SÓ NÓS DA REGIÃO VIVENCIAMOS. APROVEITO E ENVIO PARA TODO O BRASIL - ISSO É CULTURA. O CEGO OLIVEIRA FEZ PARTE DA NOSSA INFÂNCIA E DA NOSSA JUVENTUDE. CONHEÇAM O FOLCLORE RAIZ.
Iderval Reginaldo Tenório
Pedro Pereira da Silva ou Pedro Oliveira (Crato, 1912; +Juazeiro do Norte, 1997) foi um compositor, rabequista e cantador brasileiro.
Cego de nascença, no seio de uma família pobre e numerosa, ainda menino ele começa a pedir esmolas, o que muito lhe desgostava.
Desejava ganhar a vida através da música, queria ter uma sanfona, mas como o instrumento custava muito caro, começou a tocar pífano, instrumento mais acessível; posteriormente, tocou também realejo.
Em 1928, teve o primeiro contato com a rabeca, ao receber de um tio um desses instrumentos, que prendeu a tocar por conta própria.
Oliveira ficou conhecido, dentro e fora do Brasil, na década de 1970, por ocasião do filme "Nordeste: Cordel, Repente e Canção", da cineasta Tânia Quaresma, lançado em 1975.
O álbum homônimo lançado com o filme, contém duas faixas interpretadas pelo rabequeiro: O verdadeiro Romance de João de Calais e Nas portas dos cabarés, esta última de autoria do cordelista Antônio Faustino.
A rabeca é um instrumento de origem árabe tendo-se notícias de sua utilização desde a Idade Média. A rabeca é um instrumento de arco, precursor do violino. No Brasil, encontramos a rabeca de norte a sul, confeccionada por artistas populares em comunidades rurais. Ela é tocada em manifestações populares e religiosas desde os remotos tempos da colonização brasileira. Sua construção, a afinação e a maneira de tocar mudam conforme a região de origem. Ultimamente a rabeca tem sido difundida por músicos populares que a trouxeram para os grandes centros urbanos.
Cego Oliveira foi tema de dois curtas-metragens: Cego Oliveira: no sertão do seu olhar (1998), de Lucila Meirelles e Oliveira: o cego que viu o mar (1999), de Rosemberg Cariry. Ele aparece, ainda, em Jornal do Sertão, de Geraldo Sardo (1970); Cobra Verde, do cineasta alemão Werner Herzog (1987); Os romeiros do Padre Cícero, de Eduardo Coutinho (1994); e em O homem que engarrafava nuvens, dirigido por Lírio Ferreira (2009)
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